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Anatomia Sistema esquelético (Parte 1) Introdução O sistema esquelético é composto por ossos e cartilagem. Ele é responsável pela forma básica, sustentação do corpo, proteção dos órgãos vitais e é essencial para a movimentação. Os músculos, ossos e articulações formam o sistema musculoesquelético. O esqueleto é dividido em dois: Apendicular (126 ossos) e axial (80 ossos). No adulto ele irá ser formado por 206 ossos. Os esqueletos das crianças possuem mais ossos, que vão se fundir ao decorrer da infância e adolescência. Funções dos ossos Sustentação: Eles promovem suspenção e sustentação para os outros elementos que constituem o corpo. Proteção: Ossos são responsáveis por protegerem importantes órgãos. Fixação muscular: As extremidades dos músculos se fixam aos ossos. Esses ossos irão funcionar como uma espécie de alavanca. Formação de sangue ou hematopoese: Ocorre por meio da medula óssea. Reservatório de íons: São reservatórios de cálcio, potássio, magnésio e entre outros. Classificação dos ossos Os ossos são classificados em: Ossos longos, ossos planos ou largos, ossos curtos, ossos irregulares e ossos pneumáticos. Ossos longos: eles possuem um comprimento maior do que a largura e espessura (C>L e E). Possuem um corpo e duas extremidades. O corpo é chamado de diáfise e em seu centro encontra-se o canal medular. Ademais, a diáfise é revestida por uma membrana chamada de periósteo. O periósteo é responsável pelo crescimento do osso em espessura e a nutrição do tecido ósseo. As extremidades são chamadas de epífises, elas, geralmente, são mais volumosas que a diáfise. Nas epífises encontram-se superfícies lisas e depressões rugosas. Essas superfícies lisas são os locais onde é feita a articulação com os ossos vizinhos. As depressões rugosas é onde ocorre a inserção de ligamentos e músculos. Em pessoas mais jovens e ainda em desenvolvimento existe no osso a cartilagem epifisária. A cartilagem epifisária é responsável pelo crescimento do osso em comprimento. Entre a diáfise e as epífises se encontra a metáfise. Ossos planos ou largos: nos ossos largos ou planos o comprimento e a largura são maiores do que a espessura (C e L> E). Imagem do osso parietal, visão externa. Apresentam duas faces: interna e externa. A interna está voltada para dentro da cavidade e a externa está voltada para fora. As faces estão revestidas pelo periósteo. Possuem bordas articulares e rugosas. As bordas articulares unem o osso com os ossos vizinhos. As bordas rugosas são o local de inserções musculares. Ossos curtos: neles o comprimento, largura e espessura são equivalentes (C=L=E). Eles se encontram em regiões de grandes resistências. Possuem grande número de facetas. Algumas facetas destinadas a articulação e outras a ligamentos e músculos. Ossos irregulares: Possuem saliências, depressões e orifícios na superfície externa do osso. Ossos pneumáticos: eles apresentam seios, que se tratam de cavidades no interior do osso. Nesses seios há a circulação de ar. Estrutura óssea Os ossos possuem na sua estrutura a substância óssea, a medula óssea e o periósteo. A substância óssea possui uma coloração esbranquiçada e possui dois aspectos distintos, os quais são chamados de substância compacta e substância esponjosa. A substância compacta é formada por lâminas ósseas que não possuem cavidades intermediarias. A substância esponjosa é formada laminas de diferentes orientações que deixam pequenas cavidades. A medula óssea trata-se de um tecido mole e é parte importante na hematopoese. Ela também pode distinguir-se em medula óssea rubra (vermelha) e medula óssea flava (amarela). De forma geral, a medula óssea rubra é própria do feto e a medula óssea flava é do adulto. Contudo, ainda é possível encontrar a medula óssea rubra no adulto. Como último componente encontra-se o periósteo, o qual trata-se de uma membrana fibrocelular que envolve o osso. Ele possui uma coloração esbranquiçada e apresenta dois folhetos, um superficial e outro profundo. O folheto superficial é resistente e é por meio dele que os tendões e ligamentos se fixam nos ossos. Além disso, ele possui natureza fibrosa. O folheto profundo é de natureza celular e está em contato com o osso. Vascularização Os ossos possuem um grande suprimento de vasos sanguíneos. Esses vasos passam pelos forames nutrícios. Ademais pequenos ramos das artérias periosteais são responsáveis pela nutrição da substância compacta. Desta forma, caso o periósteo seja removido do osso ele morre. As veias acompanham as artérias pelos forames nutrícios. Ossos que possuem medula óssea vermelha possuem muitas veias de grande calibre. Inervação Os nervos acompanham os vasos sanguíneos que fazem a irrigação do osso. No periósteo encontram-se os nervos periosteais, os quais fazem com que o periósteo seja sensível a ruptura ou tensão. Dentro do osso ficam os nervos vasomotores. Esses nervos vão controlar o fluxo sanguíneo através da medula óssea. Desenvolvimento ósseo Grande parte dos ossos levam muitos anos para se desenvolver completamente. Todos os ossos derivam do mesênquima por dois processos distintos: ossificação intramembranosa e ossificação endocondral. Ossos supranumerários, suturais e sesamóides Os ossos supranumerários são inconstantes e possuem número variável. Os ossos supranumerários podem ser classificados em suturais e sesamóides. Os ossos suturais se encontram ocupando as suturas do crânio. Os ossos sesamóides se desenvolvem na espessura de tendões musculares. Bibliografia TORTORA, Gerald J.; NIELSEN, Mark T. Princípios de anatomia humana. 12. ed. rev. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 1112 p. ISBN 978-85-277-2065-6. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 1307 p. ISBN 978-8527725170.
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