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Competência e foro por prerrogativa de função

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Exemplos sobre a competência da justiça federal 
Yanna Alencar 
@resumdireito 
 
Art. 109 CF 
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra 
o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira; 
- Essas ordens tem leis especiais, cada legislação extravagante que determina isso, diz 
se é competência federal ou não, se estiver em silencio será da estadual. 
Contra a economia popular, não tem vítima certa (diferente do estelionato), atrapalha 
e controla apenas a quantidade e não também a qualidade (o estelionato tenta controlar 
tudo para fraudar); 
Quem controla esses casos de sistema e ordem financeira são legislações extravagantes, 
vem falando em seu texto que só competem a justiça federal se expressamente falar 
que é dela. Já a lei contra o sistema financeiro fala expressamente que é da federal, a lei 
de capitais, hora fala que é da federal, hora não. 
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da 
Justiça Militar; 
Embarcações militares – competência militar 
- Navio de grande porte, aquele que consegue navegar em águas internacionais – a 
jurisprudência entende que é da justiça federal. 
XI - a disputa sobre direitos indígenas. 
OBS: O que arrasta para a competência para a justiça federal é estar em jogo direitos 
indígenas, e não o fato de ser cometido ou praticado contra um. 
Os direitos indígenas são sobre sua cultura, logo é sobre a coletividade, direitos coletivos 
devem ser apreciados pela j. federal. 
 
Competência em razão da Pessoa 
Foro por prerrogativa de função 
 
Sobre o STF, o art. 102, fala sobre o que lhe compete, que é principalmente sendo o 
guarda da constituição. 
Cabe ao STF, processar e julgar, originalmente: 
- ADI de lei ou ato normativo federal/estadual e ADC de lei ou ato normativo federal; 
- Infrações penais comuns, do presidente, seu vice, membro de congresso, ministro e 
procurador-geral; 
Esse foro é levar o caso desde a origem para os tribunais, originariamente começam no 
STF. 
- Infrações penais comuns e crimes de responsabilidade, ministro de estado, 
comandante dos exércitos, ressalvado art. 52, I, membro de tribunal superior, os de 
contas da união e os chefes de missão diplomática de forma permanente. 
- Habeas Corpus, sobre as pessoas citadas anteriores; mandado de segurança e habeas 
data do presidente, deputados e senadores, tribunal de contas da união (função adm. e 
e exe.), procurador-geral e do próprio STF. 
Entre outros incisos. 
 
São prerrogativas do cargo e não da pessoa. Ao perder o cargo, perde o foro, em regra, 
mas há exceções. 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, 
originariamente: 
 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, 
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de 
Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas 
dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou 
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que 
oficiem perante tribunais; 
 
*Grifados os que tem foro. 
O prefeito tem prerrogativa junto ao tribunal de justiça, naqueles casos de desvio de 
verba – art. 29, X. 
Juízes e promotores tem foro no tribunal. Se é juiz estadual, é ao TJ, se é juiz federal, é 
no TRF; 
Ex.: Governador se virar presidente – governador é foro STJ, presidente STF – a doutrina 
confirma que o foro virá com a atualidade do cargo, sobre a extensão desse foro. 
 
Investigação e indiciamento das pessoas com foro por prerrogativa de função 
Quem investiga, em regra, é a polícia ou civil ou federal; 
O STF tem o entendimento que nos casos de quem tem prerrogativa, para a investigação 
quanto ao indiciamento, requerem autorização judicial. 
Mas para o STJ, tem o entendimento que não precisa de autorização para investigar ou 
indiciar. 
REsp 1563962/RN. 
 
Ao STJ, se é para se exigir alguma coisa, como autorização, deveria vir no art. 5, II, 
ampliando seu rol. Devendo assim, ser aplicada a regra geral, que “não requer prévia 
autorização do judiciário”. 
A ausência de norma, revela a observância ao sistema acusatório. Ao condicionar uma 
autorização com indiciamento, acaba por ter um controle judicial prévio sobre uma 
condução de investigação, que tem um “aparente violação ao núcleo essencial do 
princípio acusatório”. 
Atenção: art. 5, II. – Desnecessidade de prévia autorização. 
 
Em caso de prova: relatar as duas visões, STF diz para ter autorização e o STJ não. 
Em caso de pedir autorização, seria a autoridade que lhe cabia o processo. 
 
Extensão do foro por prerrogativa de função 
 
Regra atual: Somente os crimes que foram praticados atrelados no exercício da sua 
função que poderá ser visto com o foro. Ou seja, aqueles crimes que não estão ligados 
ao cargo, não vão ser vistos pelo foro. 
Restrição do foro no STF AP 937 (para o STJ e STF). 
 
Análise dos crimes que entram no foro, principais pontos do texto, até segunda. A 
partir da mudança com a lei

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