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Dermatite atópica canina

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Dermatite atópica canina
• Reação de hipersensibilidade do tipo I, mediada pela imunoglobulina E (IgE), por defeitos na barreira epidérmica e na codificação das proteínas de adesão 
 Alergia ?
• Existe uma predisposição genética compondo os fatores da alergia, associada também com a influência ambiental e desregulação imunológica 
• Predisposição genética: raças mais acometidas
 Shih tzu
 Golden retriever
 Bulldog Francês
 Bulldog inglês
 Beagle
 Labrador 
• Influencia ambiental: hipótese da higiene, estilo de vida do animal tutores super protetores, ex: pisou no chão e já limpa o membro – acompanhar com maior frequência 
 Fisiopatogenia
• Visualizando-se um muro, para que fique em pé o cimento precisa unir perfeitamente os tijolos, formando uma barreira forte 
↳ pele tem o mesmo principio, as células precisam estar coesas, formando uma barreira epidérmica de proteção forte nos cães atópicos não tem o que faz a junção dessas células, ou tem em menor quantidade começa ter lacunas entre as células, tudo que está fora (acaro, pólen, grama, partículas de perfume ou produtos de limpeza) consegue penetrar 
• O complexo de ceramidas que faz a união das células também tem função de peptido antimicrobiano = regula a microbiose, a mantém instável – leveduras e bactérias que vivem naturalmente na pele ficam em equilíbrio 
↳ se NÃO tem esses peptido antimicrobianos, os agentes começam a proliferar onde não deveriam pode ter piodermite (infecção bacteriana secundaria) 
• Terá também evaporação de água transepidérmica resulta em xerose cutânea = ressecamento da pele 
↳ o paciente vai coçar por partículas externas adentrando a pele causando reação inflamatória; coceira por infecções oportunistas e por ressecamento da pele
• Células de Langerhans – células sentinelas na pele: quando entra uma partícula que não é daquele meio ela ativa se acoplam na partícula, precisam encontrar uma característica daquela partícula para que o linfócito consiga identificar o que é e reagir
↳ vai passar essa partícula pela via linfática e degradando-a até encontrar algo que caracterize de forma exclusiva essa partícula – quando encontra apresenta essa partícula para o linfócito Th0 
 ↳ se acopla nessa partícula e se transforma em linfócito Th2 – que quando na presença da interleucina 3 e 4, estimula a produção e liberação de linfócitos B que consequentemente estimula a liberação de imunoglobulinas 
 O linfócito Th2 quando na presença de interleucina 5 estimula a produção e liberação de monócitos e de eosinófilos 
• Quando tem uma reexposição, isso tudo ↑ NÃO vai acontecer, pois o organismo já entende qual partícula é essa 
 a partícula entra e vai se ligar na imunoglobulina E (IgE) que está ligada ao monócito tem uma degranulação do mastócito levando a produção de histamina, serotonina e eparina (proinflamatorios) 
↳ porém junto com essa reexposição também tem uma nova exposição frente a outras partículas – acontece ao mesmo tempo o animal coça bastante, pois tem essa desregulação imunológica acontecendo o tempo todo
 Sinais clínicos 
• Prurido queixa forte
• Lambedura 
2 formas:
• Prurido alesional: coça mas não tem lesão 
• Prurido lesional: tem prurido intenso associado a lesões, que podem ser:
 eritema
 disqueratinização
 liquenificação
 hiperpigmentação
 alopecia
• Áreas do corpo que os sinais clínicos aparecem de forma mais intensa: cabeça, ventral, axila, virilha, patas 
• Escala de prurido, de 0 – 10 
• Patas é o lugar mais acometidos: enxerga-se pododermatites – áreas avermelhadas, normalmente tem infecção secundaria associada, os pacientes lambem muito, muito difícil controlar completamente isso, pois é uma região com muito mastócitos 
Otites
• Muito comum, em diversas fases 
• Pode ser que o paciente atópico tenha só otite, ou somente lesões em patas – não é regra ter lesões em diversos pontos
Eritema
• Região vermelha nas axilas
• Normalmente tem cheiro de chulé – por conta da pele estar oleosa 
 Diagnóstico 
Anamnese detalhada
• Histórico familiar – nem sempre tem
• Idade com qual iniciou lesões – geralmente começam apresentar entre o 2 e 3 ano de vida
↳ hoje em dia se vê animais mais novos, ou mais velhos que começaram apresentar essas lesões 
• Frequência de banho produto errado, como seca pode influenciar
• Como realiza o banho e qual produto utiliza – em casa ou petshop, qual produto utiliza
• Mora em casa ou apartamento 
 casa: areia, grama
 apartamento: tapete, embaixo de cama
• Passeios – precisa ter distrações, ficar somente em casa, sem brinquedos, podem levar a ansiedade que podem potencializar essa alergia
• Controle de ectoparasitas – alérgicos a picadas de carrapatos
• Tipo de alimentação – ração (qual?), alimentação natural 
Fase 1: animal com lesão de pele, lambe as patas, otite, o que fazer? Exames complementares: raspado de pele, citologia 
• Tem doença parasitaria? Sim, vamos tratar (ex: DAPE – doença alérgica a picada de parasita, escabiose) – Não tem: ↴
• Tem infecção concomitante (fúngica, bacteriana)? Sim, vamos tratar, de forma tópica ou sistêmica se tratei e teve resposta parcial, tem algo a mais ou se não tiver infecção concomitante vai pra fase 2
Fase 2: Dieta de eliminação durante 2 meses esse paciente vai ficar em dieta restritiva: ração hipoalergenica ou alimentação natural com proteína única 
*Não vai comer petiscos, apenas isso. Também não vai usar nenhuma outra medicação associada
• Voltou a coçar? Teve lesão? Como se comportou? 
 Ficou super bem = reação adversa ao alimento, precisa de uma alimentação diferenciada para o controle
 As lesões voltaram, teve otite, coceira = Dermatite atópica canina 
 Existe pacientes que as lesões retornam de forma branda = tem reação adversa ao alimento e TAMBÉM tem dermatite atópica canina 
↳ precisa do controle alimentar e medicamentoso
Critérios de FAVROT
• Inicio de sinais antes dos 3 anos de idade
• Cão intradomiciliado
• Prurido responsivo a corticóide
• As lesões aconteçam nas extremidades distais dos membros
• Alteração em conduto auditivo
• Margens de pavilhão auricular sem lesões
• Região dorso lombar sem lesões 
 ↳ Se o paciente tem pelo menos 5 desses critérios já consigo entender que provavelmente ele é um paciente atópico, associa as fases anteriores
 Terapia
• Não tem receita de bolo, cada paciente responde de uma maneira
• Terapia multimodal e muito individualizada
Cães atópicos:
 Inflamação acontecendo o tempo todo
 Barreira danificada que faz com que a pele fique mais seca
 agentes oportunistas que aproveitam daquela disbiose e começam entrar mais do que deveriam
• Se tratar apenas a inflamação, vai continuar tendo a disbiose e a barreira cutânea danificada, assim sucessivamente precisa tratar esses 3 pontos ao mesmo tempo
Controle da inflamação
• Corticóides cada um tem seu
• Ciclosporina beneficiou/indicação 
• Oclacitinib
• Lokivetmab
 Tirando o corticóide que é muito responsivo, cada paciente responde de uma forma, responde a um medicamento
 Tem que saber usar, o paciente em fase crônica não adianta utilizar oclacitinib, lokivetmab – não segura
↳ tem que ser feito com responsabilidade, na fase correta
Controle da disbiose 
• Terapia antimicrobiana (sistêmica ou tópica)
• Controlar o que tem de infecção secundária
• Sistêmica ou tópica? Avaliar o paciente, a intensidade das lesões 
 ↳ Avaliar também a disponibilidade, tópica é muito bom, porém o tutor pode não ter disponibilidade de ficar passando, o animal é inquieto, bravo, não deixa, ou o paciente não responde a medicação tópica 
*Terapia depende muito do tutor 
Reposição de barreira cutânea
• Hidratantes – avaliar qual funciona melhor com o paciente
Teste alérgico + Imunoterapia
• Teste alérgico não é diagnóstico, é terapia
• Preciso saber qual os principais alérgicos que esse paciente responde, sabendo disso vou preparar a imunoterapia, e também um melhor manejo do ambiente (ex: se for alérgicoa acaro intensificar a limpeza, alérgico a grama evitar que ele vá até a grama)
2 tipos: Prick teste (maior facilidade) e intradérmico 
Diagnostiquei, tratei, controlei o paciente, depois de 3-6 meses ele volta com as mesmas lesões
 lambendo, coçando persistente 
• Não tem cura, tem controle, se tiver contato com fatores que desencadeiam alergia, pode voltar 
Fatores
• Desidratação da pele passa o hidratante, tutor vê que está melhorando e esquece de fazer, faz um dia sim, o outro não – volta a ficar ressecada, volta coçar
• Parasitas externos tem que fazer constantemente 
• Excesso de oleosidade da pele pode acontecer por uso de um medicamento errado
• Infecções oportunistas mesmo com tratamento as bactérias podem começar se proliferar mais do que deveriam, principalmente se estiver falhando nos 3 critérios 
• Obesidade gordura é um tecido inflamatório, é necessário controlar o peso, um pet com excesso de peso tende a desencadear uma nova crise 
• Ócio, ansiedade, estresse é preciso que o animal tenha enriquecimento ambiental, brinquedos a disposição, passeios, coisas que interessam ele, descontam a ansiedade na pata
• Irritantes químicos cuidado com o que utilizar para limpar a casa (ex: água sanitária, desinfetante, detergente), perfume 
• Irritantes físicos calor, secador, lugar muito quente, ácaro, grama
• Hipersensibilidade alimentar

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