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REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 Resumo Prova DOR Hyana Morato UNIME 2021 REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 Fisiopatologia da dor → A dor é uma experiencia sensorial e emocional desagradável. E a dor sempre vai estar associada a um dano tecidual real (ex: quando recebemos uma agulhada) e potencial (ex: sentimos dor antes de receber a agulhada); FISIOPATOLOGIA DA DOR: → A dor chega ao córtex cerebral através de 5 fases: 1. Transdução 2. Condução 3. Transmissão 4. Percepção 5. Modulação Transdução A dor envolve nociceptores, que estão presentes na pele, no osso, no musculo, e nas visceras e que vão captar o estimulo nervoso. Os nociceptores são terminações nervosas livres de neurônios. Trnasdução: É o mecanismo de ativação dos nociceptores, fenômeno que se dá pela transformação de um estímulo nocivo (mecânico, térmico ou químico) em potencial de ação. Ex: estímulos mecânicos ou térmicos geram um dano tecidual e vascular, liberam citocinas, serotonina, histamina, prostaglandinas e substancia P e com isso excitam/estimula os nociceptores. Condução Na condução, o impulso elétrico é levado pelos axônios aferentes ate a raiz dorsal da medula. A condução pode ocorrer por meio das fibras: 1. Fibra Aβ (beta): diâmetro grande, mielinizadas e condução rápida 2. Fibras C: diâmetro pequeno, NÃO mielinizadas, com velocidade de condução lenta. (dor em queimação)→ estimulo mecânico, térmico e químico “dor crônica” 3. Fibras Aδ (delta): diâmetro intermediário, mielinizadas, condução intermediaria. → estímulos térmicos e mecanismos “dor aguda” Até o final da condução, a pessoa ainda não sente dor. → nessa fase tem somente a nocicepção. Transmissão Transmissão: É o conjunto de vias e mecanismos que permite que o impulso nervoso, gerado ao nível de nociceptores, seja conduzido para estruturas do SNC comprometidas com o reconhecimento da dor. Ex: tálamo e cortex A transmissão gera um impulso elétrico que libera neurotransmissores na raiz dorsal (corno posterior) da medula. Esses neurotransmissores vão se ligar aos neurônios da raiz dorsal. Com isso vai gerar fortes estímulos por esses neurotransmissores e mediadores bioquímicos excitatórios (glutamato, substancia P, fatores de crescimento). A substancia P gera forte resposta pos sináptica, com isso faz com que o sinal progrida (suba) para centros mais altas (cortex, tálamo). GLUTAMATO: excitação rápida dos neurônios medulares SUBSTÂNCIA P: excitação lenta Vias de Transmissão da Dor: → Trato Neoespinotalâmico: Ou Trato Espinotalâmico Lateral Via que transmite a dor rápida – pelas fibras A-delta As fibras A-delta excitam os neurônios de segunda ordem do trato neoespinotalamico. FIBRA A DELTA: VIA NEOESPINOTALÂMICA → BULBO → MESENCÉFALO → ate então não interagiu →TÁLAMO (e ai interage) → CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL PRIMÁRIO. GLUTAMATO: É a substância neurotransmissora secretada nas terminações nervosas para dor do tipo A Delta na medula espinhal. Possui poucas sinapses Chega a pontos específicos do tálamo Sensação dolorosa bem definida e bem localizada. Ex: dor dentária “dor em pontada” → Trato Paleoespinotalâmico: Via que transmite a dor lenta Fibras C (amielínicas) A informação é lenta, gradativa e prolongada/muito difusa. Uma parte das fibras vai ao tálamo → córtex somestésico, Giro do Cíngulo e ínsula, mas a maioria se dirige à FORMAÇÃO RETICULAR →Córtex límbico e frontal, hipotálamo, núcleos motores. Esta via produz dor crônica, mal localizada, difusa, contínua em queimação. Conduz o estímulo da REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 periferia do SNC até o córtex cerebral, através de vários neurônios (no mínimo 4, podendo chegar a 16). Os terminais de fibras para dor do tipo C que entram na medula espinhal, liberam tanto o neurotransmissor glutamato quanto a substancia P. O glutamato atua de forma instantânea e dura por alguns milissegundos. A substancia P é liberada muito mais lentamente glutamato gerar sensação de dor rápida, enquanto o neurotransmissor substância P gera sensação mais duradoura. substância P está relacionada à dor crônica lenta glutamato é o neurotransmissor mais envolvido na transmissão da dor rápida A localização da dor transmitida pela via paleoespinotalâmica é imprecisa. Por exemplo, a dor crônica em geral so pode ser localizada em uma parte principal do corpo, como braço e perna, mas não em um ponto especifico, ou seja, se você pedir para o paciente indiciar o local da dor no braço, ele não vai saber o local exato, ele vai falar que a dor é no braço todo. E isso se deve a conectividade multissináptica difusa dessa via, com isso esse fenômeno explica porque os pacientes em geral, tem dificuldades em localizar a fonte de alguns tipos de dor crônica. Percepção A percepção acontece quando o impulso é percebido como dor. E isso acontece por meio da integração dos estímulos nocivos com as áreas corticais e do sistema límbico. A dor é percebida a partir do tálamo, antes do tálamo é percepção, depois do tálamo a dor vai ascender para o cortex e ai ativa varias áreas. Modulação Modulação: Capacidade de o SNC suprimir a sensação de dor quando conveniente. A modulação pode ser facilitada ou inibida. “Teoria do portal de controle da dor” ou teoria de comporta, no qual a estimulação sensorial pode inibir, mesmo parcialmente, a informação nociceptiva. Como nosso cérebro vai facilitar ou inibir a dor? Isso vai depender de como perigosa essa dor vai ser para o nosso corpo nesse momento. Se ela é muito perigosa, então a dor vai ser facilitada enquanto o nosso corpo estar em perigo, ou seja, a dor vai ser mais forte, pois precisamos entender que temos que resolver essa dor antes de fazer qualquer outra coisa. Com a inibição, a dor não é mais tão perigosa, nesse momento então o cérebro vai inibir a dor. Umas das projeções descendentes tem origem nos neurônios do locus ceruleus, cujos axônios alcançam o corno posterior da medula e ali liberam norepinefrina. A norepinefrina inibe a liberação de substancia P (gera sensação mais duradoura da dor) pelos neurônios aferentes primários antes deles fazerem sinapse com os neurônios de segunda ordem, ou seja, fazem inibição pre-sinaptica, tipos de dor 1. Dor aguda: é a dor de duração mais previsível, autolimitada, (tem período limitado e determinado) e que facilmente é diagnosticada. Tem o papel de alerta, comunica ao cérebro que algo esta errado. 2. Dor crônica: é uma dor de duração indeterminada, e não é autolimitada. Não tem qualquer função de alerta e determina acentuado estresse, sofrimento e perda na qualidade de vida. DOR NOCICEPTIVA: Causada pela ativação dos nociceptores e pela transmissão dos impulsos que percorrem as vias da dor ate as regiões do SNC, onde a dor. Características: - Começa simultaneamente ao início da estimulação, a qual pode ser usualmente identificada; - A remoção do fator causal provoca alívio da dor; - Nenhum déficit sensitivo é identificado; - A distribuição corresponde a das fibras nociceptivas estimuladas; - Pode ser espontânea ou evocada (quando desencadeada por determinada atividade); - Pode ser localizada (dor somática superficial) ou difusa (dor somática profunda e dor visceral). Dor somática: pele, músculos, periósteo, articulações. Dor visceral: é causada quase unicamente por distensão ou estiramento dos órgãos. REVISÃO PROVA DOR HyanaMorato 3 UNIME 2021 - Quanto maior o numero de segmentos medulares envolvidos na inervação de uma estrutura, mais difusa é a dor (somática profunda e visceral). - e quanto menos segmentos medulares envolvidos mais localizada é a dor (dor somática superficial). Espontânea – expressa como pontada, facada, agulhada, aguda, rasgando, latejante, continua, profunda, vaga → são denominações de lesão tecidular. Evocada: pode ser desencadeada por algumas manobras como Lasegue na ciatalgia, a dor provocada pelo estiramento da rais nervosa, pela elevação do membro inferior afetado, com o individuo em decúbito dorsal. E lavar o rosto e escovar os dentes, nos pacientes com neuralgia do trigêmeo. Dor somática superficial: Forma de dor nociceptiva decorrente da estimulação de NOCICEPTORES DO TEGUMENTO. Tende a ser bem localizada e se apresentar de maneira bem distinta (picada, pontada, rasgando, queimor). Dor somática profunda: Dor nociceptiva consequente à ativação de nociceptores dos MÚSCULOS, FÁSCIAS, TENDÕES, LIGAMENTOS e ARTICULAÇÕES Suas principais causas são: estiramento muscular, contração muscular isquêmica (exercício exaustivo prolongado), contusão, ruptura tendinosa e ligamentar, síndrome miofascial, artrite e artrose. É mais difusa que a dor somática superficial, sua localização é imprecisa. Dor visceral: É a dor nociceptiva decorrente da estimulação dos NOCICEPTORES VISCERAIS. É uma dor difusa, de difícil localização, profunda, descrita como dolorimento. Tende a melhorar com a solicitação funcional do órgão acometido. DOR REFERIDA: Dor referida é a dor sentida pela pessoa num local diferente daquele onde é produzido o estímulo que causa a dor. Ex: Dor na face medial do braço (dermátomo T1) em pacientes com infarto agudo do Miocárdio. DOR IRRADIADA: É a dor sentida a distância de sua origem, porém obrigatoriamente em estruturas inervadas pela raiz nervosa ou nervo cuja estimulação nociva é responsável pela dor. Ex: ciatalgia. DOR NEUROPÁTICA: A dor neuropática é um tipo de dor crônica que ocorre quando os nervos sensitivos do Sistema Nervoso Central e/ou Sistema nervoso periférico são feridos ou danificados. Então, é a lesão de qualquer tipo, que se aplica ao SNC e SNP. A remoção do fator causal usualmente não é possível, por não estar mais atuante ou por ser impossível interromper sua atuação. A maioria apresenta déficit sensitivo no local exato da dor. Pode ser espontânea (constante ou intermitente) ou evocada. A única diferença da dor nociceptiva pra dor neuropática é a via (neurônio), na dor neuropática a via esta lesada e na nociceptiva não. DOR MISTA: É aquela através dos mecanismos de dor nociceptiva e neuropática Ex: a dor oncológica, tanto tem a dor nociceptiva pela compressão das estruturas locais, como tem a dor neuropática, porque há uma destruição das terminações nervosas pela invasão do tumor. DOR PSICOGÊNICA: É uma dor de origem puramente psíquica, sem nenhum substrato orgânico. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 avaliação médica do paciente com dor Decálogo da dor - 9 PASSOS PARA AVALIAÇÃO DA DOR: 1. Localização 2. Irradiação 3. Qualidade ou tipo 4. Intensidade 5. Inicio e duração 6. Evolução 7. Relação com as funções orgânicas 8. Fatores de piora e de melhoras 9. Sinais e sintomas associados º - A inclusão da dor aos sinais vitais pode assegurar que todos os pacientes tenham acesso as intervenções para o controle da dor da mesma forma que se da tratamento aos outros sinais. LOCALIZAÇÃO: É a região onde o paciente sente dor. Tem que registrar todos os locais que o paciente sente dor → isso ajuda a encontrar a etiologia. Avaliar a sensibilidade nas áreas de distribuição da dor. → se houver presença de hipoestesia (diminuição da sensação do tato), pode sugerir dor neuropática. Pedir para o paciente apontar os locais de dor. IRRADIAÇÃO: A dor pode ser localizada, irradiada ou referida. O reconhecimento da localização inicial daquela dor e da sua irradiação pode indicar a estrutura nervosa que esta comprometida. QUALIDADE OU TIPO: Para saber a qualidade e o tipo da dor, o médico precisa pedir que tipo de sensação e emoção a dor tras para ele. 1. Primeiro tem que definir se a dor é espontânea e/ou evocada. A dor evocada é aquela que acontece por causa de algum tipo de provocação, como ex: na dor nociceptiva, dor neuropática e hiperalgesia primária e secundária. Hiperalgesia primaria é quando a sensibilidade á dor ocorre diretamente nos tecidos lesados. Hiperalgesia secundária é quando a sensibilidade dolorosa correrá nos nervos periféricos que não foram danificados durante a lesão. A dor espontânea é aquela dor que possui uma frequência e intensidade constante ou intermitente (vai e vem). INTENSIDADE: A intensidade da dor é um item muito importante, e é o principal determinante da escolha do esquema terapêutica (ver a escala da OMS). E precisa do uso de escalas unidimensionais ou multidimensionais. Em relação à intensidade, a dor pode ser classificada como leve, moderada ou intensa. INICIO E DURAÇÃO: É preciso determinar com precisão máxima possível a data de inicio da dor. Quando a dor é contínua, você pode calcular a sua duração de acordo com o tempo entre o inicio da dor e o momento da anamnese. Quando a dor é intermitente, é bom investigar a data e a duração de cada episodio que houve dor. E pode classificar como aguda e crônica, dependendo da duração. → aguda é aquela que dura menos de 1 mês ou menos de 3 meses e desaparece depois da cura da doença ou lesão. → dor crônica aquela com duração mais de 3 meses, ou mais de 1 ou 6 meses. Se a dor foi relacionada a algum movimento, você deve pedir ao paciente demonstrar a posição em que estava e a ação que estava fazendo quando a dor ocorreu pela primeira vez. EVOLUÇÃO: Releva a maneira como a dor evolui, desde o seu inicio ate o momento da anamnese. É necessário para ajudar a entender a evolução, o médico pesquisar de teve fatores de melhoras e pioras e quais foram e se também houve o uso de algum medicamento. E pesquisar a periodicidade. ➢ A dor neuropática pode iniciar semanas, meses ou anos depois de aparecer o fator causal na maioria dos casos. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 ➢ Já a dor nociceptiva é sempre simultâneo ao fator causal. RELAÇÃO COM FUNÇÕES ORGÂNICAS: Essa relação é avaliada de acordo com a localização da dor e os órgãos e estruturas situados na mesma área de dor. FATOR DE MELHORA: Melhora com medicações, posições, sono etc. FATOR DE PIORA: Piora com movimentação, ingestão de alimentos etc. O prejuízo nas atividades de vida diária, como sono, apetite, movimentação, higiene e deambulação, humor, também deve ser avaliado, pois essas alterações são fatores indicativos do desconforto causado pela dor e auxiliam na avaliação da qualidade da analgesia. HISTÓRIA MÉDICA PASSADA: A historia médica passada é especialmente importante na avaliação do paciente com dor crônica para ajudar na estratégia terapêutica e a avaliação dos resultados. HISTÓRIA FAMILIAR: É importante obter informações sobre a saúde dos pais e irmãos e determinar se sofreram distúrbios ou disfunções dolorosas com frequência. HISTÓRIA PSICOLÓGICA E PSICOSSOCIAL: A parte psicológica e psicossocial do histórico ajuda a determinar a contribuição de fatores afetivos e ambientais para a dor que constitui a queixa do paciente. escalas de avaliação da dor As escalas são caracterizadas como unidimensionais e multidimensionais e eles devem ser adequados de acordo coma idade e o tipo de paciente (ex: escolaridade). As escalas unidimensionais são caracterizadas por avaliarem apenas a intensidade da dor; As escalas multidimensionais avaliam diversos aspectos da dor, como o afetivo-emocional; ESCALAS UNIDIMENSIONAIS INCLUEM: ❶ Escala verbal descritiva; ❷ Escala visual analógica (EAV) – graduada em “com dor’ e “sem dor” para analise da intensidade. ❸ Escala visual numérica (EVN) – intensidade da dor em número. ❹ Escala facial (FPS - faces pain scale) ❺ Escala NFCS (neonatalfacial coding system), utilizada para neonatos. ESCALA VERBAL NUMÉRICA: Ordenação de número para que o paciente gradue a intensidade de quanto sente de dor no momento. 1. Dor fraca intensidade menor que 3 2. Dor moderada: de 4 a 6 3. Dor intensa: de 7 a 9 4. Dor insuportável: intensidade 10 ESCALAS MULTIDIMENSIONAIS: ❶ Questionário de Dor de McGill, que avalia os aspectos sensorial, afetivo e avaliativo da experiência dolorosa. E é baseado nas palavras que o paciente seleciona para descrever sua dor. E ele é bom pra população idosa. Pacientes com problemas de comunicação como déficit auditivo e visual tem muitas dificuldades em completar o MPQ. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 3 UNIME 2021 ❷ PAINAID – Br: Abrange apenas três das seis categorias comportamentais não verbais: expressão facial, verbalizações e linguagem corporal. ❸ Diário: Essa é uma forma de registro da dor que pode ser utilizada todas as vezes que for necessário fazer a evolução do paciente. ❹ NOPPAIN- Br O NOPPAIN é um instrumento simples e clinicamente útil para mensurar a dor a partir do julgamento de comportamentos que expressam, acessível aos profissionais de diferentes áreas e níveis de formação. tratamento medicamentoso da dor OBJEITVO DO TRATAMENTO ANALGESICO: Proporcionar conforto, atenuar respostas fisiológicas, prevenir o desenvolvimento dor crônica e realizar controle de quadros de ansiedade e agitação. ANALGESIA MULMODAL: É a combinação de varias drogas, com tratamento farmacológico e tratamento não farmacológico, para fornecer o melhor tratamento para o paciente. Pode combinar a combinação de: 1. Analgésicos opioides 2. Analgésicos não opioides 3. Anestesia regional Analgesia multimodal pode ser em qualquer parte da via dolorosa: periferia, condução, medula e centros superiores. O fármaco analgésico perfeito não existe, ou seja, aquele com: 1. Inicio e recuperação rápidos, 2. Baixo acumulo no organismo, 3. Baixo efeito colateral/toxidade 4. Não causa dependência Como essa droga não existe, é preciso chegar ao mais próximo possível do que seria ideal. TERAPIA NÃO FARMACOLÓGICA: A terapia não farmacológica tem papel importante no tratamento da dor, em particular a dor crônica. São utilizados vários métodos: massagem, crioterapia (tratamento pelo frio) ou termoterapia (tratamento pelo calor), em particular para o tratamento da dor musculoesquelética. O tratamento não farmacológico tem como vantagens: 1. O baixo custo financeiro, REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 4 UNIME 2021 2. O fato de ser não invasivo e apresentar pouco ou nenhum efeito colateral, 3. Além de poder ser utilizado de forma coadjuvante a terapia farmacológica, contribuindo para reduzir as doses de analgésicos, dessa forma, reduzindo o risco de efeitos colaterais. Escada Analgésica da OMS: O tratamento da dor segue as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS). A escada analgésica da OMS sugere a organização e a padronização do tratamento analgésico da dor baseado em uma escala de três degraus de acordo com a intensidade da dor que o paciente apresenta. ❶ O primeiro degrau – Dor fraca, caracterizada de 1 – 3 na escala numérica. Recomenda o uso de medicamentos analgésicos simples e antiflamatórios (analgésicos não opioides). ❷ O segundo degrau - Dor moderada, de 4-6 na escala numérica. Sugere opióides fracos, que podem ser associados a analgesicos não opiodes (analgésicos simples ou anti- inflamatórios do 1º grau). ❸ O terceiro degrau - Dor forte, vai de 7-10. Sugere opiódes fortes, associados ou não aos analgésicos simples ou anti-inflamatório, para dor forte. PARA DORES AGUDAS: Usar a escada de forma descendente, ou seja, usar o terceiro ou segundo degrau nos primeiros dias de acordo com as escalas de mensuração da dor. Os dias subsequentes ao trauma tecidual, descer a escada analgésica da OMS. PARA DOR CRÔNICA: Inicia pelo primeiro degrau para dores fortes, quando não ocorre alivio da dor, adiciona-se um opioide fraco para dor de intensidade leve a moderada, segundo degrau. Quando esta combinação é insuficiente deve-se substituir este opioide fraco por um opioide forte. Somente um medicamento de cada categoria deve ser usado por vez. Os medicamentos adjuvantes devem ser associados em todos os degraus da escada, de acordo com as indicações específicas (antidepressivos, anticonvulsivantes, neurolépticos, bifosfonados, corticosteróides, etc.). 1. Tratamento da dor leve (1º degrau da escada): usa analgésicos não opioides → a dipirona é o principal representante, depois vem o paracetamol e os AINEs. 2. Tratamento da dor moderada (2º degrau): usa analgésicos não opioides + opioide fraco → os doentes com dor moderada recebem associação de dipirona ou paracetamol, AINEs, opioide fraco (codeína e tramadol) → ex: paracetamol e codeína 3. Tratamento da dor Intensa (3º degrau): usa opioides fortes (morfina, metadona, oxidona, fentanil) → a morfina é o medicamento mais empregado. Tratamento Coadjuvante tem todos os degraus: antidepressivos, anticonvulsivantes, ansiolíticos. → eles vão atuar modulando a dor, principalmente a dor mais intensa. A via oral é a preferencial (se estiver disponível). ANALGESICOS: Dipirona Paracetamol OPIOIDE FRACO: Codeína Tramadol OPIOIDE FORTES: Morfina Metadona Oxidona Fentanil ADJUVANTES - ANTIDEPRESSIVO: Amitriptilina Nortriptilina ADJUVANTES –ANTICONVULSIVANTES: Gabapentina Pregabalina REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 5 UNIME 2021 RECOMENDAÇÕES: ❶ Não combinar dois anti-inflamatorios não esteroidais (AINES) e não usar eles isoladamente por período maior que 7 dias; ❷ Não combinar dois opioides fracos ❸ Dois opioides fortes só pode ser prescrito se um deles for utilizado como resgate do tratamento. COMPLICAÇOES E EFETIOS ADVERSOS COM OPIOIDES: 1. Tolerância 2. Dependência Física (ou Abstinência) 3. Dependência Psicológica (Vicio) 4. Sedação –Constipação 5. Náuseas e Vômitos 6. Prurido 7. Retenção Urinária 8. Depressão Respiratória MEDICAMENTOS ADJUVANTES: São mais utilizados no tratamento da dor neuropática Devem ser associados a todos os degraus Eles contribuem para o alivio da dor e também tratam os efeitos adversos dos analgésicos e melhoram os distúrbios psicológicos. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 FISIOLOGIA DA INFLAMAÇÃO: É preciso entender o processo de inflamação, para ver qual momento o AINE interfere na inflamação. Os AINEs atuam por meio da inibição das prostaglandinas. → Quando tem uma lesão celular, vai ter liberação de fosfolipídeos e vai ser a fosfolipase que vai converter esses fosfolipideos em ácido araquidônico. → O ácido araquidônico é o principal precursor dasProstaglandinas, estando presente nos fosfolipídeos das membranas celulares. → E vai ser o ciclo oxigenasse que vai converter o ácido araquidônico em prostaglandinas. → E há duas ciclo oxigenase: COX 1 e COX2 COX-1: Responsável pela produção fisiológica de prostanoides, regula os processos celulares normais. - É aquela que esta em todos os tecidos, esta atuante no nosso corpo a todo momento. - E esta relacionada com o processo homesostatico do nosso corpo - pode inibir as selectinas, e acaba inibindo a agregação plaquetária. COX-2: Provoca o aumento na produção de prostanoides mediante processo inflamatório, sua expressão é induzida por mediadores inflamatórios como FNT-alfa e IL-1. - Ao contrario da COX1, a COX2 é induzida a ser produzida, principalmente por conta da resposta inflamatória. - Ela não vai estar em todas as células, ela vai estar nas células inflamatórias. OU SEJA, É APENAS ATIVADA EM RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS. AINES: Para ser um AINE precisa ter: 1. Ação anti-inflamatória 2. Ação Analgésica – devido a ação irritante nas fibras nervosas 3. Ação antipirética – devido a ação da PGE2 no hipotálamo - Não existe um AINE perfeito que é bom nos três, a grande maioria é bom em duas e não tao bom em uma, ou bom em uma e não tão bom em duas. Com isso os famosos, ácido acetilsalicílico (AAS/ASPIRINA), Dipirona e Paracetamol não são AINEs, eles apresentam uma ação anti-inflamatoria quase nula. A grande quantidade de peróxidos inativa os medicamentos. Com isso esses 3 medicamentos são chamados de AINEs atípicos. FARMACOCINÉTICA: • São ácidos fracos • E são bem absorvidos • Tem metabolização hepática • Excreção renal e biliar (principalmente renal) EFEITOS ADVERSOS: 1. Pode levar a gastrite erosiva e ulceras. A prostaglandina é importante para o muco protetor do epitélio da mucosa gástrica → então se você usa um AINE não seletivo de COX, vai inibir tanto COX1 e COX2, e ai inibindo COX1 você vai inibir a produção de muco da mucosa gástrica e consequentemente expõem a mucosa a ação do ácido gástrico. 2. Pode aumentar o sangramento. na circulação se você tem a ação da COX1 inibida, você não tem a ação da prostaglandina induzindo a agregação plaquetária, consequentemente você vai Os AINEs são classificados em: - Inibidores não seletivos de COX (inibem tanto COX1 e COX2) - Inibidores seletivos da COX2 REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 inibir essa agregação, e torna paciente propenso a sangramento. Por isso que antes de cirurgias, o medico deve perguntar se o paciente faz uso de ASS (aspirina) e pede para que ele suspenda o uso geralmente por 7 dias, porque é o tempo em que as plaquetas vão se renovar. 3. Insuficiência pré renal (IRA) 4. Se você usa um AINE em uma gestante, suas contrações uterinas tendem a reduzir, o que demora o trabalho de parto. AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA A inibição da COX diminui a formação de prostaglandinas, modulando os aspectos da inflamação que dependem das PGs como mediadoras. Importante: sobre 1º e 2º geração. A inflamação tem duas fases: Inicial – atuação da COX-1 (minutos) Tardia – atuação da COX-2 (horas) Se o fármaco for de 1º geração, ele só vai atuar na fase inicial da inflamação, logo, não será efetivo no tratamento de doenças crônicas. MEDICAMENTOS AINES não típicos – tem uso mais momentâneo DERIVADOS DO ÁCIDO SALICÍLICO: AAS – aspirina - Age como um inibidor irreversível de COX 1 e 2. - Vai ser usado como anti-agregante plaquetário, o AAS destrói a COX1 das plaquetas. - Indicado a quem teve IAM, AVE, TEP (tromboembolismo venoso). - é bom antipirético em baixa dose • Em altas doses leva um aumento do metabolismo, que pode levar a um aumento da temperatura. • Ele tem a particularidade de poder provocar tontura, náuseas, vômitos, como efeitos adversos no SNC. – são menos frequentes • Indicações para o AAS: dores leves, febre, artrite reumatoide, doenças de agregação plaquetária. • Nas doenças de agregação plaquetaria, é pq o efeito adverso do AAS pode ser usado como terapêutica, que é a inibição da agregação plaquetaria, ele é um antiagregante. - efeito adverso importante da Aspirina é a Síndrome de Reye. E por isso a aspirina e outros salicilatos são contraindicados em crianças e adultos jovens com menos de 20 anos de idade com febre associada a doença viral. DERIVADOS DO PARA-AMINOFENOL: Paracetamol • Muito utilizado em febres em crianças já que o AAS não pode ser utilizado • Tomar cuidado com a dose por ser altamente hepatóxico -- pode causar hepatopatia fulminante. • Tem pouco poder de anti-inflamatorio • são excelentes na atuação da dor • ele tem um limite pra dose terapêutica e pra dose mínima de ação • É excelente pra dor leve e moderada e febre • É muito usado nos pacientes com alergia a AAS • É muito utilizado hoje em dia como analgésico DERIVADOS DA PIRAZOLONA: Dipirona • Não são seletivos da COX2 • Risco de agranulocitose (muito baixo) • Tem baixo risco de efeitos adversos e tóxicos • É melhor como analgésico, não é tao bom antipirético e anti-inflamação. • Semelhante ao paracetamol, mas sem o risco elevado de lesão hepática grave. AINEs Típicos - São utilizados por pessoas que apresentam algum comprometimento reumatológico, seja uma doença autoimune ou uma doença inflamatória degenerativa (como a Osteoatrite) DERIVADO DO ÁCIDO HETEROARIL ACÉTICO: Diclofenaco. • São inibidores não-seletivos da COX2 • Tem menos risco de ulceras gástricas • Ele é bom para dor, febre e inflamação – ele não é excelente nos três, mas é bom nos três. • É comum a indicação dele para dor pós operatória, dismenorreia, lesões musculoesqueléticas e doenças reumáticas. DERIVADOS DO ÁCIDO PROPRIÕNICO: • São inibidores não seletivos da COX2 • Também age nas três linhas de frente dos AINES – dor, febre e inflamação. • A depender do fármaco a potência variar • Não é muito bom como anti-inflamatorio • é um excelente analgésico REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 3 UNIME 2021 • é um excelente antipirético Ibuprofeno - Utilização parecido com o AAS, paracetamol - Utilizado para dores esporádicos - Utilizado em altas doses - Chance pequena de causar ulceras pépticas Cetoprofeno - Utilizado em menor doses. - Tratamento da artrite reumatoide e osteoartrite. Naproxeno - Muito semelhante ao Ibuprofeno e cetoprofeno - Efeitos adversos que atrapalham a sua aceitação – tontura, sonolência, cefaleia, fadiga, depressão, ototoxicidade. ÁCIDOS ENOLICOS: • São inibidores não seletivos da COX2 • tem meia-vida longa, o que acaba fazendo uso de poucas vezes no dia Piroxicam - Além de ser anti-inflamatório, inibe a ativação de neutrófilos - Tratamento da artrite reumatoide e osteoartrite - Muito indicado para artrite reumatoide e osteoartrite - - E também pode ser indicado para dismenorreia e dor pós-operatoria. Meloxicam - Bastante semelhante a Piroxicam, porém é mais seletivo a Cox-2 DERIVADOS DO ÁCIDO INDOLACÉTICO: Indometacina - Tratamento agudo da GOTA FURANONAS DIARIL: - São inibidores seletivos da COX2 - então eles não vão agir no estomago e no rim de maneira muito intensa igual os não seletivos.---- Ele vai agir no local da inflamação. - ele acaba não provocando alterações na função plaquetaria, não tem aquele risco de provocar antiagregação plaquetaria. - tem baixíssimo risco de ulcera gástrica. Rofecoxib Celocoxib Indicado principalmente para osteoartrite, dor pos operatório e dismenorreia. DERIVADO DA SULFONANILIDA: Nimesulida - Maior seletiva a Cox-2 - Muito hepatotoxicoCLASSIFICAÇÃO DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES (AINES) INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX-2 AAS -aspirina Paracetamol Ibuprofeno, Naproxeno, Cetoprofeno Diclofenaco Piroxicam, Meloxicam Indometacina INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2 Rofecoxib, Celocoxib Nimesulida REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 semiotécnica da cefaleia Para ter um diagnóstico de cefaleia, depende da historia clinica, do exame clinico, exame neurológico e exames complementares. anamnese: • Idade do paciente • Presença de aura ou pródromos (sinais que antecedem a doença) • Caráter da dor (aperto, pressão ou latejante) • Intensidade da dor: - Leve: não atrapalha nas atividade de vida rotineiras; -Moderada: dor mais intensa, que atrapalha as atividade rotineiras, mas não impede a realização; - Forte: dor que impede o indivíduo de continuar fazendo as ativadas. - você pode também aplicar as escalas de dor. • Momento e circunstancias da instalação da dor • Horário e velocidade de inicio • Quanto tempo a cefaleia leva para atingir sua intensidade máxima • Duração do episodio de dor - Quanto tempo o paciente possui a dor, idade de inicio da dor, se a dor é continua ou episódica, duração de cada episodio, frequência desses episódios (crises) e como ela se inicia (súbito ou insidioso). • Localização - definir se a dor é bilateral, unilateral, retro-orbital, occiptal, cervical ou localização mais especifica. - ver se a dor é sempre no mesmo lugar ou se muda. • Irradiação • Frequência • Numero de dias com cefaleia por mês • Se há sintomas neurológicos associados - Avaliar se a luz, barulho ou cheiros pioram ou atrapalham o paciente durante a dor. - perguntar se há outros sintomas, como ex: náuseas, vômitos, congestão nasal, lacrimejamento, olho vermelho, perda de força, parestesia, febre, tosse... • Progressão dos sintomas • Fatores de melhora ou piora. - investigar tem tem sintomas desencadeantes, como: estrese, privação do sono, jejum prolongado, álcool, cafeína, período menstrual, uso de medicamentos... • Fatores desencadeantes - ex: se o paciente come lago e tem dor de cabeça • Alterações recente de visão • Traumatismo recente • Abuso de analgésicos ou cafeína - investigar se o paciente faz uso de algum ou mais de um analgésico • Historia familiar de cefaleia Hábitos de vida: • Relação da cefaleia com o sono • Ocupação do paciente • Estado de saúde geral do paciente • Mudanças no estilo de vida • Mudanças no trabalho • Mudanças nos métodos contraceptivos • Problemas emocionais • Impacto da cefaleia. exame físico: • Avaliar pressão arterial e frequência cardíaca • Oroscopia, otoscopia e avaliação dos seios da face na presença de sintomas associados • Palpação de cabeça e pescoço, pra ver se tem: hipertonia muscular cervical ou pontos dolorosos. • Palpação da articulação temperomandibular (ATM) • Exames neurológicos – ver o estado mental; nível de consciência. - Usar a escala de Gasglow - nível da consciência normal, deprimida ou hiperalerta • Exame dos pares cranianos: - (I) Olfatório - (II) Optico: acuidade visual e campo visual - (III e IV) REFLEXO PUPILAR - (V) Trigemeo: sensibilidade facial, reflexo corneano, teste motor facial e simetria. • Exame motor: prova dedo-nariz. • Exame sensorial: Romberg • Avaliar os reflexos: Babinski • Sinais de irritação meníngea: a rigidez de nuca pode estar associada à meningite ou hemorragia subaracnóidea. - meningismo: tríade – rigidez na nuca, fotofobia e cefaleia. Se tiver alguma coisa alterada no exame físico, vai levar mais para cefaleias secundárias → porque nas cefaleias primárias, todo exame físico e neurológico estará NORMAL. Teste de Romberg O paciente é colocado em posição ortostática, com os calcanhares unidos e pontas dos pés separados em 30°, REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 cabeça reta, braços ao longo do corpo na posição anatômica, olhos fechados (para inibir a visão) durante um minuto. O exame é considerado alterado se houver queda. O teste é considerado positivo quando o paciente apresenta oscilação ou queda ao fechar os olhos, ou piora do desequilíbrio já existente de olhos abertos. Sinal De Babinski Sinal de Babinski refere-se ao sinal do reflexo plantar patológico, quando há a extensão do hálux (1º dedo do pé). A presença do reflexo (extensão do hálux) é uma reação normal em crianças até 1 ano de idade. Em adultos indica lesão neurológica. Cefaleia primária: São as que ocorrem sem etiologia demonstrável pelos exames clínicos ou laboratoriais usuais. → é uma dor que não tem uma causa subjacente. 1. Migrânea – enxaqueca 2. Cefaleia do tipo tensional 3. Cefaleia em Salvas 4. Cefaleia crônica diária. Cefaleia secundária: São as provocadas por doenças demonstráveis pelos exames clínicos ou laboratoriais. - A dor é consequência de uma condição sistêmica ou neurológica (ex: cefaleia atribuída a infecção sistêmica, cefaleia atribuída a meningite e cefaleia atribuída a neoplasia intracraniana). Sinais de alerta – red flags: → O exame físico e neurológico na cefaleia primária vai ser normal. → O que vai ajudar na anamnese e no exame físico, são os SINAIS DE ALARME ou redflags. → Eles são sinais de alerta que vão chamar a atenção para um EVENTENTO POTENCIALMENTE GRAVE, ou seja, uma cefaleia segundaria. → E quando houver sinais de alarme, vai solicitar os EXAMES COMPLEMENTARES. RED FLAGS: S - sistemico Sinais ou sintomas sistêmicos – febre, perda ponderal, toxemia, rigidez de nuca, rash cutâneo... N - neurologico Exame neurológico alterado – presença de déficits neurológicos focais, edema de papila, convulsão... - alteração no nível da consciência e comportamento O – inicio tardio Cefaleia que surgiu após os 50 anos O - Instalação “a pior dor de cabeça da vida”, ou aquela cefaleia que acorda o paciente durante o sono, cefaleia de inicio súbito. P - Padrao Mudança de padrão da dor, da cefaleia. – cefaleia com características diferentes das anteriores. → Se ele estiver presente, investigar como cefaleia secundária. d REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 migrânea É uma cefaleia primária comum e incapacitante. A enxaqueca (migrânea) pode ser dividida em dois subtipos: ❶ Enxaqueca sem aura (ESA) ❷ Enxaqueca com aura (ECA) quadro clinico: Alguns pacientes apresentam uma fase premonitória, que antecede o perecimento da cefaleia em horas ou dias • Os sintomas são inespecíficos, geralmente não percebidos e portanto não relatados, como ex: 1. Hiper ou hipoatividade 2. Depressão do humor 3. Apetite para alimentos específicos 4. Bocejos repetidos.. Esses mesmos sintomas podem voltar a aparecer após o término da crise e constituem a fase de resolução, que pode durar algumas horas ➔ Então quando esses sintomas aparecem antes, eles são da fase premonitória, o paciente pode conseguir saber que posteriormente vai ter enxaqueca. E se eles aparecerem depois, são da fase de resolução, o paciente pode conseguir saber que a crise de enxaqueca esta acabando. • Pacientes portadores de enxaqueca geralmente apresentam comorbidades como depressão, ansiedade e síndrome do pânico. ENXAQUECA SEM AURA: Existem critérios de diagnostico bem claros, que são: ❶ No mínimo 5 episódios de dor; ❷ Com duração de 4-72 horas ❸ Com 2 ou mais desses seguintes critérios: 1. Instalação UNILATERAL (dor tem que ser unilateral) 2. Pulsátil ou latejante 3. Dor de moderada a grave 4. Piora com intensidade física ❹ Além desses anteriores, tem queter 1 ou mais dos seguintes critérios: 1. Náusea e/ou vomito 2. Fotofobia e/ou fonofobia. O exame físico e exame neurológico não deve apresentar anormalidades. ENXAQUECA COM AURA: Aura: É um transtorno neurológico recorrente, transitório e totalmente reversível • Geralmente ela se desenvolve em 5 – 20 minutos, ou seja, os sintomas vão se instalando de 5-20 minutos e pode durar ate 1 hora. • É mais comum a aura anteceder a crise, mas pode ser concomitante a enxaqueca. Então o paciente já sabe que quando se inicia a aura, vai ter uma crise de enxaqueca. → Pode ter 4 tipos de aura: 1. Sintomas Visuais: como alterações nos campos visuais, pode ter turvação, estocoma cintilante (pontinhos brilhantes, linhas em formato de zigue- zague, diminuição da acuidade visual e embaçamento visual ou perda de parte do campo visual (hemianopsia). 2. Aura Sensitiva: formigamento ou dormência em um hemicorpo, ex:o paciente tem uma parestesia, uma hipoestesia. 3. Aura de fala ou linguagem: uma alteração na fala ou linguagem, pode apresentar disfasia ou dificuldade de expressão. 4. Aura motora: o paciente pode ter uma hemiplegia, as vezes isso pode confundir com AVC ou crise convulsiva. 5. Aura Olfativa: o paciente pode sentir cheiros diferentes, com intensidade diferente também. A aura visual é a mais frequente (90%), mas alguns pacientes podem ter mais de um tipo de aura em uma mesma crise. • São necessárias 2 crises com sintomas neurológicos focais e reversíveis precedendo uma enxaqueca para que seja definido migranêa com aura. Complicações da enxaqueca: • Estado de mal enxaquecoso: São crises incapacitantes de enxaqueca que duram mais de 72 horas. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 E que não respondem a tratamento analgésico rotineiro, e isso acaba sendo a causa frequente de visitas a serviços de emergência. • Enxaqueca Crônica: É definida como crises de dor que ocorrem em 15 ou mais dias por mês, por mais de 3 meses, na ausência de uso excessivo de medicação analgésica. - a maioria dos casos com enxaqueca crônica, tem inicio como enxaqueca sem aura de caráter episódico. Para definir uma enxaqueca como crônica, não pode haver uso excessivo de analgésicos pelo paciente → uso de 10 ou mais dias por mês, por pelo menos 3 meses. Fisiopatologia: Ainda não há conhecimento completo sobre a fisiopatologia. • As principais estruturas envolvidas parecem ser o sistema nervoso central (córtex e tronco cerebral), sistema trigemino-vascular e vasos correspondentes, outras fibras autonômicas que inervam esses vasos, e alguns agentes vasoativos locais, como: 1. SP (substancia P), 2. CGRP (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina) 3. NO (oxido nítrico), 4. VIP (peptídeo intestinal vasoativo), 5. noradrenalina (NA), 6. neuropeptídeo Y (NPY), 7. acetilcolina (Ach), 8. Neurocinina A (NKA). Sistema do trigemeo vascular cerebral: • A via sensorial que vai conduzir a informação sensorial que gera dor na enxaqueca é a via do sistema trigêmeo e vai ser os nervos trigêmeos que vão inervar os vasos sanguíneos. • O nosso sistema nervoso em si não contem receptores de dor, ou seja, não tem fibras nervosas de dor no SN, mas vai haver fibras nervosas sensoriais nos vasos sanguíneos que irrigam o encéfalo ou nos vasos sanguíneos que estão nas meninges, vão ser as fibras tipo C e fibras A delta e assim vão conduzir estímulos dolorosos. • Essas fibras sensoriais primarias são fibras do nervo trigêmeo, com isso vão inervar esses vasos sanguíneos passa pelo TG (gânglio do trigêmeo) e depois para o núcleo do trigêmeo caudal, localizado no tronco encefálico. • Do núcleo do trigêmeo projetam-se neurônios que se distribuem para varias estruturas no tronco do encéfalo, todas as fibras vão atuar em varias partes do tronco encefálico e também vão fazer sinapse com os neurônios do tálamo e com isso todos os neurônios do tálamo vão se projetar para áreas extensas do córtex cerebral (ex: área sensorial somática 1, área sensorial somática 2, e também áreas do córtex relacionadas com a visão e audição). • Existem três elementos importantes para geração do sinal na via do nervo trigêmeo 1. Depressão cortical alastrante (CSD) 2. É o próprio nervo trigêmeo 3. É o ramo do sistema nervoso autônomo • A depressão Alastrante estimula a INFLAMAÇÃO NEUROGÊNICA, por causa da liberação de substancias no meio extracelular, que alteram os neurônios e também liberam citocinas pro inflamatórias. • Essa depressão alastrante se propaga por todo o córtex cerebral, portanto a aura, aquelas alucinações visuais, aqueles clarões, se deve a estimulação do córtex cerebral pela despolarização do DA, ou seja, essa despolarização pode excitar as áreas corticais envolvidas com a visão. Tratamento: O tratamento da enxaqueca requer abordagem farmacológica e não farmacológica. • Deve incluir orientação de hábitos de vida, como; evitar sedentarismo, tabagismo e higiene do sono e também evitar os desencadeantes da crise enxaquecosa, como ex: cafeína, álcool, chocolate... - os desencadeantes devem ser identificados para cada paciente em particular, porque não são iguais para todos. • Em todos os casos – tentar manter o paciente em repouso, tranquilo, em um ambiente escuro e silencioso. • Tratamento agudo: analgésicos simples, AINEs, Triptanos E Ergotaminas. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 3 UNIME 2021 • Tratamento preventivo: antidepressivos, anticonvulsivantes, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio. Tratamento da Crise → Analgésicos simples: 1. Dipirona: 500 – 1000mg 2. Paracetamol: 500 – 750mg → AINEs: 1. Naproxeno: 500 – 550mg 2. Ibuprofeno: 400 – 600mg → Triptanos: 1. Naratriptano: 1mg; 2,5mg 2. Sumatriptano VO: 25mg, 50mg, 100mg 3. Sumatriptano subcutâneo 4mg; 6mg 4. Zolmitriptano 2,5mg; 5mg → Associação possíveis: 1. Metoclopramina: 10mg VO ou 5mg EV 2. Dexametasona 10mg EV (corticoide) 3. Sulfato de magnésio EV 1 a 2g 4. Clorpromazina 12,5mg EV ANALGESICOS SIMPLES AINES • Se usar 15 ou mais dias por mês tem um risco de cronificar a cefaleia. ➔ Ou seja, vai acabar aumentando a intensidade e a frequência das crises e gerar a Cefaleia Por Uso Excessivo de Medicamentos. TRIPTANOS ERGOTAMÍNICOS • 10 ou mais dias por mês O médico tem que orientar muito bem o paciente, explicar que ele estta tendo crise de enxaqueca e tomar o medicamento para dor, mas não pode passar de 15 dias por mês, no caso de analgésicos ou AINEs; e nem passar de 10 dias por mês se for triptanos ou ergotaminicos. Isso porque ele pode levar há uma cefaleia por uso excessivo de medicamentos. Tratamento Profilático (preventivo) • Não existe ainda medicações especificas para prevenir a migrânea. • Então faz uso de medicações de outras classes farmacológicas com intuito profilático. → Betabloqueadores: 1. Propanolol: 80 - 240mg/dia 2. Atenolol: 25 – 150 mg/dia → Bloqueadores de Canal de Cálcio: 1. Flunarizina: 5 – 10 mg/dia → Antidepressivos Triciclicos: 1. Amitriptilina 25 – 150mg 2. Nortriptilina 10 – 75 mg OBS: tem efeito colateral de aumento de peso e tem que tomar cuidado nos pacientes com migrânea. → Anticonculsivantes: 1. Acido Valproico: 500 – 1500mg Obs: tem que evitar em mulheres de idade fértil, pq são altamente teratogênico (produz dano ao embrião e feto) 2. Topiramato: 25 – 200mg • Pacientes que iniciam a terapia preventiva devem ser informados de que os resultados não são imediatos (até 4 semanas), visando à adesão ao tratamento. REVISÃO PROVA DORHyana Morato 1 UNIME 2021 Cefaleia tensional Cefaleia do tipo tensional é a cefaleia primaria e recorrente, no qual após a avaliação clinica e os exames complementares, não há sinais de lesão cerebral. Mais prevalente em todos os estudos populacionais, embora não o seja nas clínicas de cefaleia. → pode ser porque ela é do tipo tensional episódica leve. → Sua intensidade é maior no final do dia ou no início da noite, com leve a média intensidade. classificação: → Com relação a frequência, a cefaleia tipo tensional (CTT) pode ser: ❶ Episódica (CTTE) - quando ocorre em menos de 180 dias por ano e 15 dias por mês. ❷ Crônica (CTTC) – quando a frenquencia iguala ou supera 15 dias por mês, por pelo menos 3 meses. → A cefaleia tipo tensional pode ser classificada em: ❶ Infrequente – quando ocorre em menos de 1 dia por mês (12 dias por ano). ❷ Frequente – quando ocorre de 1 a 14 dias por mês. quadro clinico: → Vai caracterizar sempre que houver: 1. 10 episódios de dor 2. E que durão de 30 minutos a 7 dias. → E que tenha pelo menos 2 ou mais dos seguintes critérios: 1. Ser dor BILATERAL Pode ser frontal, occiptal ou holocraniana (abrange todo o crânio) 2. Dor em PRESSÃO ou APERTO Em geral, os pacientes descrevem a dor como uma sensação de aperto, pressão ou peso envolvendo a cabeça como uma faixa ou capacete. 3. Dor de intensidade leve a moderada Não impede as atividades rotineiras diárias. 4. Não piora com atividade física → Além disso, ela pode, mas NÃO É OBRIGATORIO, apresentar 1 dos seguintes sintomas: 1. Fotofobia ou fonofobia (uma delas pode estar presente) 2. O paciente NÃO pode ter náuseas e/ou vômitos. (o que é diferente da migrânea) ETIOLOGIA: Ocorre relacionada com o estresse físico (cansaço, exagero de atividade física, posicionamento do pescoço no sono ou no trabalho) ou emocional. → Por vezes, por meio da palpação muscular, observam-se dor e hipertonia da musculatura pericraniana. • O dolorimento é detectado pela palpação manual, que deverá ser feita com pequenos movimentos giratórios e uma pressão firme com o segundo e o terceiro dedos sobre os músculos frontal, temporal masseter, pterigóideo, esternocleidomastóideo, esplênio e trapézio. • Uma pontuação de dolorimento local, de 0 a 3 em cada musculo pode ser somada para produzir uma contagem total de dolorimento para cada individuo. Não se pode deixar de considerar que o dolorimento pericraniano pode também ocorrer nos pacientes com migrânea e principalmente na migrânea crônica. diagnostico: O diagnostico é clinico e geralmente não requer exames complementares. • O exame neurológico é normal • Deve ser feita a apalpação dos músculos pericranianos rotineiramente. • É importante obter historia clinica detalhada sobre as características da cefaleia – seu tipo, intensidade, localização, duração, periodicidade. Talvez a maior dificuldade diagnóstica entre a cefaleia tensional episódica e crônica seja diferenciar elas de crises leves de enxaqueca e enxaqueca crônica. tratamento: Tratamento Agudo: REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 → ANALGESICOS SIMPLES: 1. Parecetamol 750mg 2. Dipirona 500-1000 mg → AINEs: 1. Cetoprofeno 100 mg 2. Diclofenaco 75-100 mg 3. Ibuprofeno 200-1200mg 4. Naproxeno 500-550 mg 5. AAS Tratamento Profilático: → ANTIDEPRESSIVOS TRICICLICOS: 1. Amitriptilina 25-150 mg 1x ao dia 2. Nortriptilina 10-75 mg 1x ao dia → OUTROS ANTIDEPRESSIVOS: 1. Venlafaxina 37,5 – 150 mg/dia 2. Mirtrazapina 10-30 mg/dia 3. Clomipramina 30-150mg/dia OBS: Não fazer uso abusivo, pois pode acabar aumentando a intensidade e a frequência das crises e gerar a cefaleia por uso excessivo de medicamentos. O tratamento da cefaleia tensional pode ser: • Sintomático, que vai combater a fase álgica ou • Profilático, que tem como objetivo reduzir as crises, tanto em numero, quanto em intensidade. • No sintomático recomenda-se evitar métodos farmacológicos, porem, algumas vezes pode ser necessário, ai podem ser empregados analgésicos comuns ou AINEs. • Os antidepressivos tricíclicos são recomendados na Cefaleia tensional crônica. • Os analgésicos mais utilizados são paracetamol e ácido acetilsalicílico. • O Ácido Mefenâmico também pode ser utilizado, em especial nos casos em que há correlação da dor com o ciclo menstrual. • Os AINEs mais recomendados são o Ibuporfeno e o Naproxeno, sempre se respeitando as contraindicações destas drogas, como em casos de úlceras pépticas e gastrites erosivas. Se for necessário usar medicações, como AINEs e analgésicos por período prolongado, recomenda-se substituir o tratamento por um profilático, com ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS. CONDUTA: Deve sempre avaliar cada paciente individualmente e observar quais os possíveis fatores associados que possam estar corrobando/confirmando para a cefaleia tensional desse paciente. • Se o fatores emocional dor agravante, podemos pensar em terapia concomitante/junto ao tratamento medicamentoso ou ate técnicas de relaxamento. • Mas se estiver presente contratura ou disfunção musculoesquelética, técnicas de relaxamento, fisioterapia e acupuntura poderão ser realizadas. fisiopatologia: Pouco de sabe sobre a fisiopatologia. • Acredita-se que vários e diferentes mecanismos estão envolvidos, e eles devem ser individualizados para cada paciente. • Mecanismos periféricos (nocicepção miofascial) deflagradores de dor parecem predominar nas formas episodias da cefaleia tensional. • Mecanismos centrais (sensibilização ou falhas no controle endógeno de dor) estam mais relacionados com a forma crônica da cefaleia tensional. • Entre os principais deflagradores de dor nessa população de pacientes com cefaleia tensional, encontra-se o estresse da vida diária. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 3 UNIME 2021 Quadro Clinico: Cefaleia Tensional 10 episódios de dor Duração de 30minutos a 7 dias BILATERAL DOR em PRESSÃO ou APERTO Intensidade – leve a moderada Sem náuseas e vômitos Não piora com atividade física REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 A fibromialgia ou síndrome fibromialgica é uma condição dolorosa crônica difusa, ou seja, a dor é difusa sem um território específico. Algum tecido é lesado especificamente? Não há uma patologia de tecido específico, e as queixas incluem dor articular, lesão muscular, inflamação e dor visceral. E o aspecto psicológico? É possível que o estresse desempenhe um papel relevante na mediação e perpetuação dos sintomas de fibromialgia. Muitos doentes referem que os primeiros sintomas da síndrome surgiram após um período de estresse crônico ou após traumatismos. Ocorre principalmente em mulher de meia idade, de 25 – 65 anos de idade FISIOPATOLOGIA: A fibromialgia apresenta uma fisiopatologia complexa. → O componente principal da dor na fibromialgia esta relacionado com a sensibilização central. → O pacientes com fibromialgia estão em um estado de centralização da dor, ou seja, eles sentem mais dor do que o “esperado” para certo estimulo nociceptivo. → As fibras do tipo C da dor, são estimuladas repetidamente, de forma rápida e prolongada, isso acaba amplificando os potenciais de ação nos neurônios do corno posterior da medula. → Essa hiperestimulação acaba despolarizando os receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), gerando alterações que afetam o processamento da dor. → Além disso, vai haver também uma inibição das vias descendentes inibitórias da dor, essas vias modulama resposta medular aos estímulos dolorosos, e nos pacientes com fibromialgia elas vão estar prejudicadas , o que consequentemente potencializa a sensibilização central. Resumo: Paciente com fibromialgia apresenta um desequilíbrio entre a via ascendente e a via descendente. - a via ascendente nesses pacientes com fibromialgia esta exacerbada, por causa do aumento da liberação da substancia P e do Glutamato na fenda sináptica. (lembrar da fisiologia da dor, onde o glutamato e a substancia P agem aumentando a sensação de dor). - a via descendente dos pacientes com fibromialgia esta deficitária por causa da redução dos NTS como: adrenalina e serotonima. (lembrar que essa via é responsável por fazer a inibição do estimulo doloroso). E é por isso que no tratamento para fibromialgia, os pacientes fazem uso de antidepressivos (ex: os inibidores da receptação da serotonina - Fluoxetina, sertralina), e eles vão agir no cérebro impedindo que haja receptação desses NTs na fenda sináptica, com isso há mais neurotransmissores disponíveis para execer a atividade serotonérgica. QUADRO CLINÍCO: Os principais sintomas da fibromialgia podem ser vistos como uma tríade ❶ Dor difusa – bilateral, acima e abaixo do tronco e no esqueleto axial (cabeça, caixa toraxica e coluna vertebral) e duração maior de 3 meses. ❷ Fadiga ❸ Distúrbios do sono, também chamado de sono não reparador. Também pode apresentar: ➢ Transtorno de humor - irritabilidade ou depressão ➢ Sedentarismo; ➢ Parestesias e adormecimento; ➢ Síndrome do colon irritável – pode chegar apresentar diarreia e constipação); ➢ Cefaleias crônicas; ➢ Rigidez articular – costuma ser mais intensa pela amanha e ao anoitecer, e pode ficar mais graves; ➢ Edema de mãos – geralmente relata a dor na mão inteira. DIAGNOSTICO: EXAME FÍSICO: geralmente apresenta normal, exceto pela presença da dor difusa. Essa dor difusa pode ser identificada pela contagem de pontos dolorosos, ai o médico pode fazer a palpação digital de varias regiões do corpo. - Deve avaliar a hipersensibilidade, para ver se tem presença de alodinia ( dor a um estimulo não doloroso) Quando a serotonina é produzida no cérebro o indivíduo torna-se menos sensível à dor. Redução das concentrações de serotonina têm sido relatada em pessoas com fibromialgia. ISRSs são antidepressivos que aumentam a concentração de serotonina no cérebro. -- isso pode ser importante para saber o papel do antidepressivo na dor. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 ou hiperalgesia (dor extrema e desproporcional ao estimulo doloroso). Em 1990, a American College of Rheumatology, criou critérios para classificação de fibromialgia, que acabaram sendo adotados por muitos profissionais para o diagnostico de fribomialgia, que são eles: 1. Dor difusa (bilateral, acima e abaixo do tronco, acometendo esqueleto axial, por no mínimo 3 meses); 2. Detecção de onze pontos dolorosos à palpação (dentre 18), os chamados tender points. Mas essa classificação limitava a investigação da doença, pois ela não levava em consideração alterações do sono, fadiga e distúrbios cognitivos e também porque homens com fibromialgia tendem a não ter Tender Points. ATUALIZAÇÃO DO DIAGNOSTICO: Então em 2010 foi elaborado os critérios de 2010, no qual os Tender Points não são obrigatórios e apresentaram dois indicies, o IDG (índice de dor generalizada) e a EGS (escala de gravidade dos sintomas. IDG (ÍNDICE DE DOR GENERALIZADA) Marcar as áreas em que o paciente sentiu dor nos últimos 7 dias: E também identificar direita ou esquerda. EGS (ESCALA DE GRAVIDADE DOS SINTOMAS. CLASSIFICA COMO FRIBOMIALGIA se as 3 condições estiverem presentes: 1. IDG ≥ 7 e ESG ≥ 5 OU IDG entre 3 e 6 e EGS ≥ 9; 2. Sintomas estáveis e presentes por pelo menos 3 meses; 3. Não haver outra causa explicável dos sintomas, não ter outra doença que explique. IMPORTANTE: O diagnóstico da SFM não é de exclusão, é fundamentalmente clínico com as suas características. Não há evidências de anormalidades laboratoriais ou nos exames de imagem. TRATAMENTO: - O Primeiro passo é educar sobre a doença, para ele saber o que é fibromialgia, como cursa, seus sintomas e as possíveis terapêuticas. – tratamento multidisciplinar. Para ter um sucesso terapêutico tem que te a associação entre o tratamento medicamentoso e não medicamentoso Tratamento não medicamentoso: ➢ Exercício físico – exercícios musculoesqueléticos ➢ Terapia psicológica ➢ Educação do paciente Tratamento medicamentoso: É um tratamento individualizado de acordo com a sintomatologia Pode usar: 1. Antidepressivos tricíclicos, 2. Relaxantes musculares, 3. Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS’s), 4. Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN’s), 5. Inibidor da monoamina oxidade (MAO), REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 3 UNIME 2021 6. Antagonista de serotonina, antiparkinsoniano 7. Analgésicos simples 8. Opiáceos leves Antidepressivos: ➢ Tricíclicos – amitriptilina e nortriptilina ➢ ISNS – fluoxetina (doses acima de 40mg/dia) e ela é recomendada em combinação com os tricíclicos O uso isolado dos demais ISRSs não é recomendado. ➢ Duais – Venlafaxina e duloxetina Relaxantes musculares: Dentre os relaxantes musculares, a ciclobenzaprina pode ser utilizada, por reduzirem a dor e melhorarem a funcionalidade. Opioide leve: ➢ Tramadol Anticonvulsivantes/neuromoduladore: ➢ Gabapentina ➢ Pregabalina Eles inibem a susbtancia P e glutamato. Corticoesteróides e anti-inflamatórios não esteroidais (AINE’s) não são recomendados para o tratamento da fibromialgia. Amitriptilina: O perfil de efeitos adversos, incluindo ganho de peso, sonolência exagerada e possíveis alterações de conteúdo de consciência, sobretudo em idosos, tendem a ser os maiores obstáculos ao uso regular da amitriptilina, uma vez que possui baixo custo e posologia cômoda. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: Os principais são aqueles que causam dor crônica, como: ➢ osteoartrite, ➢ artrite reumatoide, ➢ espondiloartrites, ➢ hipotireoidismo, ➢ deficiência de vitamina D/osteomalácia, ➢ polimialgia reumática, ➢ miopatias inflamatórias, ➢ distrofias musculares, ➢ parkinsonismo, hipopotassemia, ➢ uso de certos medicamentos (estatinas, bloqueadores de H2) ou drogas ilícitas (cocaína, cannabis). Você pode pedir alguns exames complementares para auxiliar no diagnósitco diferencial, como: 1. Reagentes de fase aguda (VHS e PCR), 2. Função tireoideana – ajuda a excluir tireoideopatia 3. Avaliação do metabolismo ósseo (cálcio, paratormônio e vit. D), 4. Potássio sérico (uso de diuréticos), 5. Dosagem sérica de enzimas musculares (CPK e aldolase), 6. Eletroforese de proteínas séricas e sorologias (HCV, HBV, HIV, citomegalovírus, toxoplasmose parvovirose) Os reagentes de fase aguda estão geralmente ausentes na fibromialgia. E ai você observa que eles estão auemntados em condiçoes inflamatoias, como ex: polimialgia reumática, miopatias inflamatórias e doenças articulares inflamatórias (artrite reumatoide e espondiloartrites). ATENÇÃO: a fibromialgia não é uma condição inflamatória, logo, provas inflamatória não estão tipicamente alteradas. Exames de autoanticorpos, como fator anti-nuclear (FAN) e fator reumatoide (FR), podem ajudar a excluir lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide – pois o FAN e o FR estão presentes na maioria dos casos dessas doenças RESUMO DE TRATAMENTO: - O tratamento da fibromialgia tem objetivo dereduzir os sintomas, como: dor crônica generalizada, fadiga, insônia e disfunção cognitiva. - o tratamento deve priorizar medidas não farmacológicas, mas a maioria necessita de medicamentos. - pode indicar terapia medicamentosa com dose baixa de tricíclico á noite, sendo a AMITRIPTILIINA a mais usada no Brasil. Amitriptilina: 5 a 10 mg a 3 horas antes de deitar. - a dose pode aumentar em intervalos de 2 semanas ate a dose máxima necessária. - a dose de amitriptilina pode ser limitada por conta dos efeitos adversos, principalmente nos idosos. - outras dorgas podem ser tentadas, como duloxetina, o milnaciprano ou pregabalina. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 4 UNIME 2021 Lembrar que a fibromialgia pode ocorrer junto com outras doenças reumáticas. Dor difusa crônica, fadiga e distúrbios do sono falam a favor da fibromialgia; lesões cutâneas, nódulos subcutâneos, acometimento pulmonar e renal – comuns no lúpus ou na artrite reumatoide – não compõem o quadro da fibromialgia. - sobre a polimialgia reumática, ela acomete mais pessoas na idade jovem. Relacionando com o caso de ANGELICA: A dor de Angélica de início era localizada em região cervical e ombro, podendo ser causada por DORT (ela trabalha como telemarketing), e depois irradiaram para região lombar, coxas e calcanhares, bilateral. Se tornou difusa e bilateral, tem dor acima e dor abaixo da cintura, além do eixo axial é superior a 3 meses. Mulher de 37 anos Ela teve privação do sono (coincide com Fibromialgia), também teve estresse e é sedentária. Chama atenção o fato de o exame neurológico ter dado negativo: atentar-se a parestesias e adormecimentos. Perceber se ela começar a cursar com déficits cognitivos e problemas laborais. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 → Lombalgia: é a dor ou desconforto, localizado entre a margem costal e a prega glútea inferior, com ou sem dor na perna. → Ciática, ou ciatalgia, é a dor ao longo do curso do nervo ciático, geralmente resultado de comprometimento de raiz nervosa na coluna, mas pode ser também por compressão ou inflamação do próprio nervo. Quando além da dor no trajeto do nervo, o paciente apresente dor lombar, utiliza-se o termo “lombociatalgia”. A dor aguda geralmente ocorre após a prática de atividades físicas e é de início súbito com duração inferior a 6 semanas. Dor crônica é quando perdura por mais de 12 semanas. A dor neuropática (DN) está presente em 37 a 55% dos pacientes com dor irradiada para o membro inferior. ETIOLOGIA: 1. Protrusão discal: Significa 1rotuberância/proeminência. - Cerca de 90% dos casos de ciatalgia lombar estão relacionados a um processo inflamatório sobre a raiz nervosa, que é causada pela reação inflamatória, por causa do aumento de pressão intradiscal e protusão do disco intervertebral no interior do canal vertebral. 2. Hérnia de Disco: além do processo inflamatório sobre a raiz nervosa, também tem a compressão mecânica dessa raiz pelo disco intervertebral. “Hérnia significa projeção ou saída por meio de um orifício/fissura de uma estrutura contida. → vai liberar o disco de hérnia e por isso comprime o nervo. - isso acontece mais entre a terceira e quarta década de vida. 3. Estenose de canal vertebral: significa a redução do espaço anatômico do canal espinhal (local onde passa a medula e as raízes nervosas). - essa condição esta relacionada à compressão nervosa mecânica e também a insuficiência vascular e isquemia relativa. 4. Síndrome pós-laminectomia: É definida como “dor lombar espinhal de origem desconhecida” que persiste na mesma localização da dor original, mesmo depois de ter feito intervenções cirúrgicas. - cerca de 10-40% são submetidos a cirurgia de coluna lombar para alivio da dor, mas evoluem com dor crônica neuropática no membro inferior. 5. Síndrome do piriforme: É a compressão do nervo ciático pelo musculo periforme ou mesmo pelo tensão desse músculo no assoalho pélvico. - cerca de 6% dos casos de ciatalgia lombar podem ser relacionados a síndrome piriforme. - e isso pode acontecer quando há hipertrofia, inflamação ou variação anatômica do músculo. QUADRO CLINICO: É importante ter um diagnostico preciso do padrão de dor para ter um bom resultado terapêutico. Porque o fármaco deve ser especifico para cada tipo de dor. A identificação do componente neuropático depende da anamnese e exame físico minuciosos e exames complementares. A dor neuropática é espontânea e pode ter algumas caraterísticas clinicas especificas, como: 1. Hiperalgesia: dor exagerada (desproporcional) a um estimulo habitualmente doloroso; 2. Hiperpatia: reação exagerada aos estímulos álgicos intensos ou repetitivos aplicados em regiões hipoestésicas (ausência de sensibilidade) 3. Alodínea: dor devido a um estímulo que normalmente não provoca dor. O exame físico deve incluir: 1. Inspeção estática e dinâmica, 2. Marcha, manobras especiais provocativas, 3. Palpação (partes ósseas e partes moles), 4. Avaliação de pontos-gatilho (PG) miofasciais. - os pontos gatilhos estão presentes em 85% dos pacientes avaliados em centros de dor e é uma das principais causas de dores crônicas. O exame neurológico deve avaliar: 1. Motricidade, sensibilidade (tátil, dolorosa, térmica e vibratória) REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 2. Reflexos tendíneos profundos no tendão patelar (L4) e Aquileu (S1). A manobra provocativa mais utilizada é o teste da elevação da perna estendida, que é considerada positiva para comprometimento do nervo ciático quando reproduz os sintomas radiculares em uma elevação entre 35o e 70º. → TESTE DE LASÈGUE, COM OBJETIVO DE DEMONSTRAR A TENSÃO DO NERVO CIATICO. EXAMES COMPLEMENTARES: Os dados da anamnese e exame físico devem formular as hipóteses de diagnostico, e eles podem ser confirmados pelos exames complementares, se for necessário. → Os red flags são indicadores de investigação por meio de exames de imagem. → No primeiro episódio da dor não é necessário solicitar exame radiológico, a menos que exista sinais de alerta, como ex: idade <15 anos ou > 55 anos. → Se houver um segundo episodio, deve ser solicitada radiografia, onde podem ser encontrados lordose fisiológica, espasmos muscular, presença de listese, pinçamento dical, osteofitose. → a radiografia ajuda a descartar tumores, metástase, e infecções como tuberculose vertebral. → A RM irá enfatizar a desidratação do disco, que é normal com a idade, além de ser o padrão ouro para hérnia de disco. PROTRUSÃO DISCAL E HÉRNIA DE DISCO: - e o padrão outro: Ressonancia nuclear magnética (RNM). - tomografia computadorizada (TC) pode demonstrar a protusão do disco intervertebral. ESTENOSE DO CANAL VERTEBRAL: - A radiografia de coluna vertebral e a TC demonstram a hipertrofia óssea. SÍNDROME PÓS-LAMINECTOMIA A radiografia, TC e RNM pós-operatórias podem não demonstrar anormalidades. Anormalidades possíveis: são descompressão insuficiente, hematomas, infecção, instabilidade vertebral, posicionamento inadequado de órteses e fraturas vertebrais. SÍNDROME DO PIRIFORME Ressonância nuclear magnética da pelve demonstra o músculo piriforme e sua relação com o nervo ciático. TRATAMENTO CONSERVADOR: ❶ REPOUSO: O repouso é eficaz tanto nas lombalgias, como nas lombociatalgias e ciáticas. Ele não pode ser muito prolongado, pois a inatividade também tem a sua ação deletéria sobre o aparelho locomotor. Então o paciente deve ser estimulado a retornar as suas atividades habituais o mais rápido possível, ou seja, assim que a atividadee a deambulação forem possíveis o tempo de repouso deve ser encurtado. Duração de repouso: em média 3 a 4 dias, máximo 5 a 6 dias. Posição: o paciente em decúbito supino, joelho fletidos e os pês apoiados sobre o leito e/ou com flexão das pernas num ângulo de 90º com as coxas . – POSIÇÃO DE ZASSIRCHON). ❷ MEDICAMENTOS: Para iniciar o tratamento medicamentoso é necessário primeiro afastar causas especifica como: 1. Neoplasias 2. Fraturas 3. Doenças infecciosas e inflamatórias Esse tratamento deve ser centrado no controle sintomático da dor, para conseguir gerar uma recuperação funcional o mais rápido possível. ANALGESICOS NAO OPIOIDES: REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 3 UNIME 2021 Recomenda-se a analgesia da lombociatalgia aguda (intensidade discreta) com: PARACETAMOL (Acetaminofen): na dose de 500mg, 4 a 6 vezes ao dia. DIPIRONA: na dose de 500mg, ate 4 vezes ao dia. ANALGESICOS OPIOIDES: Os opiódes não são recomendados na lombalgia crônica, por causa do risco de dependência química por tempo prolongado. → Eles vão ser uma opção no tratamento da lombalgia, lombociatalgia por hérnias discais e ciatalgia aguda grave que não responderam aos AINHs. FOSFATO DE CODEÍNA: na dose de 30mg, 3 a 4 vezes ao dia. → tem como principais efeitos adversos: sonolência, déficit de atenção e constipação intestinal. CLORIDRATO DE TRAMADOL: na dose de 100 a 400 mg por dia. OXICODONA: 5 a 10 mg, 3 a 4 vezes ao dia. SULFATO DE MORFINA: indicação restrita a casos grave. ANTIINFLAMATORIOS NAO-HORMONAIS (AINHS): Os anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), na pratica clinica, são os medicamentos mais empregados, pois apresentam efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos associados. Todas as classes de anti-inflamatórios podem ser uteis no tratamento das lombalgias, desde que elas sejam usados com precaução em pacientes de risco, como idosos, principalmente por causa dos efeitos sobre o tubo digestivo e os rins. O ácido acetilsalicílico não é recomendado no tratamento dessas condições pela grande toxicidade nas doses analgésicas habituais. AINHs inibidores da COX-2 tem um menor risco de efeitos lesivos sobre o sistema digestório, mas eles devem ser usados com cautela em pacientes com distúrbios da coagulação, alterações hemodinâmicas, renais e cardiovascular. CORTICOIDE: O uso de corticoide ainda é conflitante para o tratamento. - na hérnia discal, pode fazer o uso de glicocorticoides, porque pode oferecer vantagens adicionais, porque a inibição do processo inflamatório é mais eficaz que com AINEs. RELAXANTES MUSCULARES: Podem ser associados aos AINHs mostrando melhor resultado do que quando usados isoladamente. 1. CICLOBENZAPRINA: 5 a 10 mg/dia; 2. CARISOPRODOL: 350 mg/dia, medicação de uso em curto prazo. Complicações potenciais incluem sonolência, tontura e constipação intestinal. ANTIDEPRESSIVOS: Os antidepressivos tricíclicos são uma opção nas lombalgias crônicas, mesmo quando não associadas à depressão. ❸ EXERCICIO AEROBICOS: Devem ser considerados na fase crônica. – A caminhada continua sendo a melhor forma de exercício, porque corrige todos os aspectos da fisiologia corporal. E a natação e ciclismo também. TRATAMENTO CIRÚRGICO: Deve ser baseado no diagnóstico clínico e nos exames por imagens. O tratamento cirúrgico da hérnia discal está indicado nos casos com déficit neurológico grave agudo (menos de 3 semanas), com ou sem dor; Na lombociatalgia hiperálgica e, nas outras de menor intensidade, apenas para os pacientes que não melhoram após 90 dias de adequado tratamento clínico. REABILITAÇÃO: Os exercícios aeróbicos e de fortalecimento muscular paravertebral são eficazes. Os exercícios diminuem a intensidade da dor lombar e ajudam na recuperação do paciente, porém não previnem a recorrência. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 4 UNIME 2021 REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 1 UNIME 2021 opioides Opioides são todas as substancias naturais semissintéticas ou sintéticas que reagem com os receptores opioides, como agonista ou antagonista. → Existe uma grande distribuição de receptores opioides no SNC, principalmente o receptor UM. → E as localizações dos receptores opideois são justamente nas áreas encefálicas envolvidas na dor. Mecanismo de ação: Receptores opioides • μ (mu ou mi) – sendo mais efetivo na ação analgésica por sua ampla distribuição, e também inibe as vias nociceptiva. • κ (kappa) • δ (delta) O mecanismo de ação do opioides ocorre quando ele se liga a seu receptor especifico no encéfalo, ex: morfina se liga no receptor um. A partri disso, vai haver o fechamento do canal de cálcio e a abertura do canal de potássio (k+), consequentemente vai ter a inibição da condução da informação dolorosa. Os receptores Mu são acoplados a proteína G, e a proteína G inibe a adnilato ciclase, fecha os canais de cálcio e facilita a abertura de canais de potássio (hiperpolarização). A maioria dos analgésicos opioides são agonistas dos receptores mi. Os opioides aliviam a dor elevando o limiar de dor na medula espinal e, o que é mais importante, alterando a percepção de dor do cérebro. Classificação de opioides: ❶ NATURAIS: Morfina, Codeína, Tebaina, ópio ❷ SEMISSINTÉTICOS: Heroína, Oxicodona, Hidroxicodona ❸ SINTÉTICOS: Metadona, Fentanil, Mepiridina, Petidina. ❹ AGONISTAS – ANTAGONISTAS: Pentazocina, Buprenorfina, Nalbufena. ❺ ANTAGONISTAS PUROS: Naltrexona, Naloxona. Os opioides são classificados, quanto à relação entre: 1. Dose e eficácia alnalgesica. - Forte: Morfina, Metadona, Oxicodona, Meperidina, Fentanila.. - Fracos: Tramadol, Codeína, Propoxifeno. 2. Padrão de ligação aos receptores opioides: - Agonistas - Agonistas parciais - Antagonistas: são aqueles que bloqueiam os receptores μ, κ e δ, ex: naloxona. Ações farmacológicas: Sobre o SNC: 1. Analgesia (Receptor Mu) 2. Supressão da tosse 3. Euforia* 4. Náuseas e vômitos* 5. Constrição pupilar – MIOSE* 6. Depressão respiratória* Todos esses de laranja são efeitos colaterais*. Sobre TGI: 1. Constipação - a morfina aumenta o tônus e diminui a motilidade do TGI; 2. Diminui a força de contração uterina 3. Produz retardo do esvaziamento gástrico → acaba alterando na absorção de fármacos; OUTROS: 1. A morfina libera histamina de mastócitos (pruido) 2. Pode reduzir PA e FC (por conta da histamina) Deve ter cautela para uso de opioide nos casos de: ❶ Pacientes mais velhos, por causa do maior risco de efeitos adversos; ❶ Doença renal, pacientes com doença renal crônica apresentam maior risco de efeitos colateriais dos opioides; -- pode usar metadona ❶ Insuficiencia hepática ou cirrose. – pode usar morfina. Opioides que mais causam náuseas e vômitos: Tramadol e Codeína são os opioides mais nauseantes. A morfina pode apresentar mais em uma frequência menor e a metadona é a opção menos nauseante. Opioides com maior tendência a provocar crises convul- sivas: os opioides, por si só, já reduzem o limiar convulsivo do paciente. Na hora de uma intoxicação, se você ver uma pupila puntiforme no paciente, pode ser intoxicação por OPIOIDES. REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 2 UNIME 2021 os medicamentos que mais apresentam esse efeito são o Tramadol e a Metadona, e devem ser evitados em pacientes que já possuem uma tendência à ocorrência de crises convulsivas. Tolerância: Tolerância é a perda do efeito com a manutenção
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