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10 Emergências clínicas

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Emergências clínicas: 
 Sinais e sintomas de gravidade: resposta de defesa do organismo; frequência cardíaca aumentada 
(maior que 120 bpm), frequência respiratória aumentada (maior que 20 ipm), febre alta (maior 
que 39ºC), dor intensa, alterações de consciência e comportamento, fraqueza, apatia, letargia, 
cianose (baixa oxigenação dos tecidos). Condutas gerais: PERIGO (atuar como situação de 
emergência) e procurar auxílio médico o mais rápido possível, realizar CAB, acalmar a vítima 
(repouso) e os curiosos, colocar em posição de recuperação. 
 
 Sinais de trabalho de parto: procurar auxílio médico em gestantes quando há 3 ou mais 
contrações em 10 minutos, sangramentos (vermelho vivo em grande quantidade), perda de 
líquidos em grande quantidade, pressão arterial elevada (sistólica de 14 a 17 é geralmente 
assintomático e maiores podem levar à sintomas neurológicos), bebe sem movimento, disúria 
(ardência para urinar). Pede-se para a gestante ficar em decúbito lateral esquerdo para o útero 
não ficar acima da veia cava inferior (retorno venoso) e artéria aorta. 
 
 Infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco) e Acidente vascular cerebral/encefálico (AVC/AVE; 
na carótida): ocorreu aumento de incidência e ambos são potencialmente letais, possuem 
mesmos fatores de risco (deve-se controlar pressão arterial, diabetes, colesterol e triglicérides 
[dislipidemia], idade, contraceptivos hormonais, obesidade, tabagismo, períodos alongados de 
tensão/frustração/hostilidade, parar de fumar e com o abuso de álcool, praticar atividades físicas 
e ter hábitos saudáveis; maior incidência em homens e depois dos 30 anos; geralmente há 
formação de ateromas/placas de gordura) e são situações tempo-dependentes (deve-se realizar 
atendimento mais rápido possível). Ocorre estreitamento e obstrução com a formação de placa 
de gordura e a instabilidade da placa leva à agregação plaquetária e coagulação formando 
trombos e obstrução aguda. Prevenção: avaliação médica sempre e antes de início de atividades; 
hábitos de vida saudáveis. 
 Infarto (morte tecidual por isquemia) agudo do miocárdio: causa dores no peito (angenia) ou 
em outros locais do corpo (como irradiação para membro superior esquerdo, cervical, 
epigástrico), palpitações, falta de ar (sem bombeamento com a falta de oxigênio), sudorese, 
vômitos. Conduta: PERIGO, acalmar a vítima colocando-a em repouso, chamar ajuda e pedir 
um DEA. Observação: não cair na conversa da vítima (levar ao hospital mesmo se tiver 
melhora). 
 Acidente vascular cerebral/encefálico: ocorre com falta de sangue no cérebro (inflamação e 
edema aumentando a pressão interna, comprimindo os vasos), aneurisma e aterosclerose. 
Pode ser hemorrágico ou isquêmico, sendo trombótico ou embólico. Reconhecimento: 
alterações neurológicas como dormência ou fraqueza de perna/braço de um lado só podendo 
ocorrer paralisia, borramento da visão podendo causar cegueira imediata, “boca torta”, 
confusão mental, dificuldade de falar/andar/equilibrar-se, dor de cabeça súbita e intensa, 
pode ficar inconsciente (queda da base da língua pode provocar impedimento da respiração 
obstruindo a via aérea). O que fazer: PERIGO, acalmar a vítima, chamar ajuda o mais rápido 
possível, se necessário realizar RCPC. Não deve-se perder tempo, esperar mais sintomas, “cair 
na conversa” da vítima e outras pessoas. Observação: os nervos são cruzados, assim o lado 
esquerdo do corpo é controlado pelo lado direito do cérebro e vice-versa, com exceção da 
face. 
 
 Problemas clínicos comuns: 
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 Febre: temperatura acima de 37,8ºC (termômetro). Conduta: banho morno (abaixo dos 
37,8ºC para diminuir a temperatura aos poucos) demorado por mais de 30 minutos, 
compressas de água na nuca e axilas, aumento da ingesta de água, antitérmicos (dipirona, 
paracetamol em torno de 40 gotas). Deve-se atentar com febre prolongadas por mais de 3 
dias (mesmo se souber a causa, como resfriados), febres sem causa aparente, febres que não 
cedem, febres muito altas (acima de 39ºC). 
 Diarreia: importante pois mais de 200 milhões de pessoas sofrem por dia com diarreia e 8200 
pessoas morrem; por ano são 3 milhões e mortes e quase 90% delas poderiam ser evitadas 
(terapia de reidratação oral). Pode ser alimentar (toxinas, alimentos concentrados ou não 
absorvidos, gorduras), infecciosa (infecções alimentares em viajantes [não acostumado com 
aquele local], água contaminada, piqueniques, transmissão de pessoa para pessoa oral-fecal), 
por medicação. 
- Alimentar: sintomas como fezes aquosas e abundantes, desconforto abdominal, 
desidratação frequente. 
- Infecciosa: sintomas como febre, dor no corpo, fraqueza, vômitos, perda de apetite, 
desanimo, perda de apetite, tenesmo (vontade absurda de ir ao banheiro mas não há muitas 
fezes), desidratação. 
- Conduta: repor líquidos e sais (soro de reidratação oral [geralmente 1 pacote para 1 litro de 
água], isotônicos, água de coco e água; se consegue alimentar-se normalmente, pode 
somente ingerir água) à vontade (dois goles a cada 10/15 minutos) até que ocorra melhora 
do estado geral da vítima; repor nutrientes com alimentos leves e se possível alimentação 
normal; evitar bebidas doces, alcoólicas e que amarram o intestino, café, remédios que 
prendem o intestino (somente usado quando se tem certeza que não é infeccioso), maizena. 
Observação: o soro caseiro não é recomendado e deve ser evitado a todo custo. 
- Ajuda médica: se a febre estiver acima de 38,5ºC, desidratação contínua sem possibilidade 
de hidratação, vômitos, se durar mais que 48 horas sem melhora, sangue/muco/pus nas 
fezes, dor muito intensa na barriga. 
- Prevenção: alimentação (nunca alimentos crus, ou cozidos a muito tempo; higiene no local 
de venda), água (prefira bebidas engarrafadas, use hipoclorito sempre que necessário [2 gotas 
por litro de água por 30 minutos], cuidado com gelo), piscinas e praias. 
 Dores: de cabeça (intensa ou nova com causa desconhecida, persistente), nas costas, dor de 
ouvido, dor abdominal (súbita com febre, parada de eliminação de gases e febres, vomito, 
distensão abdominal, abdome em “tábua”). 
 Desmaio: perda subida e breve de consciência; reação de defesa do organismo causado por 
diminuição de fluxo sanguíneo para o cérebro. Desencadeado por hipoglicemia, desidratação, 
calor excessivo, emoções fortes, doenças. Diagnóstico: tontura, fraqueza, náusea e palidez. 
Conduta: antes de desmaiar colocar na sombra, alimento açucarado, posição genupeitoral 
(cabeça para baixo entre os joelhos), compressas de água (nuca, axilas e testa); depois de 
desmaiar se apresentar (CAB para excluir parada cardiorrespiratória), deitar a vítima e elevar 
as pernas, compressas de água. Não jogar balde de água, álcool, amoníaco, dar tapas. Após a 
vítima acordar deve-se apresentar à vítima, perguntar se já desmaiou, comeu ou estava no 
sol e fazer repouso. Levar ao médico se ocorre com frequência, se ocorre sem causa aparente, 
grande duração (mais que um minuto), se ocorreu algum trauma, se for criança ou idoso. 
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 Posição de recuperação: deitado de lado, braço de baixo esticado e o de cima dobrado com a 
mão no rosto. 
 
 Asma: obstrução variável e reversível das vias aéreas, decorrente de uma hiper-reatividade 
crônica expressa pela redução da luz dos brônquios; geralmente é por processo alérgico. 
Causas: ambientais, exercício físico (crise), infecção, drogas, ocupacional (estresse, ar 
condicionado sem limpeza), emocional. Diagnóstico: dificuldade para respirar, falta de ar, 
chiado no peito, tosse. Conduta: abordar e tranquilizar a vítima, levar a local arejado, colocar 
em posição genupeitoral, administrar bronquiodilatador (bombinha; agitar, deixar ereto, 
soprar todo o ar do pulmão para fora, colocar a cerca de um palmo da boca, disparar 
enquanto a vítima inspira e prender por 10 segundos; até duas vezes, mas terceira apenas em 
casos extremos) mas se não resolver levar imediatamente ao hospital. Se evoluir para parada 
respiratória realizar ventilação.

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