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Micologia Básica

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Micologi� Básic�
A Micologia é a ciência que estuda os fungos.
Por muito tempo, os fungos foram considerados vegetais mas por não
sintetizarem clorofila, possuírem parede celular de quitina e armazenarem
energia na forma de glicogênio, eles passaram a ser agrupados em um grupo
específico: O REINO FUNGI.
FUNGOS
Seres eucariotos, heterótrofos que se alimentam através da absorção.
Benefícios dos fungos:
● Decompositores, fazem a reciclagem de elementos vitais.
● Associações com plantas → micorrizas.
● Associações com algas → liquens → indicadores da qualidade do ar
pois são sensíveis à poluição.
● Produção de antibióticos → penicilina (o primeiro a ser descoberto) e
ciclosporina.
● Alimentação → fermentação, cogumelos comestíveis, bebidas
alcoólicas.
● Biorremediação → degradam inseticidas, herbicidas e plásticos.
Malefícios:
● Doenças em plantas.
● Cogumelos venenosos, alucinógenos.
● Doenças em humanos (candidíase, pé de atleta, alergia...).
● Contaminação de alimentos, paredes (“mofo”).
→ Existem cerca de 200 espécies patogênicas de fungos.
ESTRUTURA DOS FUNGOS:
Possuem membrana celular
formada por quitina, mananas e
glicanas e que contém
ergosterol → esterol com a
mesma função do colesterol nas
membranas celulares de
humanos. A ação seletiva de
antifúngicos “azóis” (fluconazol,
cetoconazol) é baseada na
diferença entre os esteróis da membrana humana e da membrana de fungos.
Receptores na superfície celular dos humanos reconhecem as substâncias
das paredes celulares dos fungos e ativam a resposta imunológica.
Os fungos podem ser unicelulares ou pluricelulares:
UNICELULARES
● Genericamente chamados de leveduras
● Não formam hifas e micélios
● Geralmente possuem forma ovalada ou
esférica
● Se reproduzem assexuadamente por
brotamento
● Muitos realizam fermentação na ausência de O2.
PLURICELULARES/ FILAMENTOSOS
● Bolores
● Esporos fúngicos crescem como
filamentos longos (hifas) e formam uma
massa (micélio).
● O micélio pode ser dividido em micélio
aéreo (reprodutivo), que forma corpo
de frutificação e é responsável pela
reprodução, e micélio terrestre
(vegetativo) que é responsável pela
absorção de nutrientes.
● As hifas podem ser septadas (“cortadas”
por paredes transversais) ou não septadas
(multinucleada= cenocítica). Também
podem ser classificadas em hifas hialinas
(de coloração clara) ou hifas demáceas
(com tonalidades mais escuras.)
Existem, ainda, fungos que
formam estruturas distintas em
diferentes temperaturas. São os
fungos DIMÓRFICOS, que se
desenvolvem como bolores no
meio externo, à temperatura
ambiente, e como leveduras (ou
outras estruturas) nos tecidos
humanos, à temperatura corporal, sendo potenciais patógenos.
AS COLÔNIAS:
Os fungos se desenvolvem em meios especiais
formando colônias dois tipos:
→ Colônias leveduriformes: conjuntos de leveduras.
Característica pastosa, esbranquiçada, semelhante à
colônia de bactérias.
→ Colônias filamentosas (bolores): possuem uma
parte aérea. Algodonosas, possuem vários tipos de
coloração.
REPRODUÇÃO
Fungos podem ter reprodução assexuada ou sexuada.
→ REPRODUÇÃO ASSEXUADA: liberação de conídios (esporos
assexuados) que possuem formas e cores diferentes, permitindo a
identificação dos fungos.
● Fragmentação:
Fragmentação da hifa e formação de novo
fungo. O conídio é a parte fragmentada.
● Brotamento ou gemulação:
Os brotos podem se separar do genitor,
mas,eventualmente, podem permanecer grudados,
formando cadeias de células (pseudo-hifas).
● Esporulação:
Formação de esporos no interior de um saco
(esporângio) em um pedúnculo, que são carregados
pelo vento e, quando em ambiente favorável,
formam novas hifas.
→ REPRODUÇÃO SEXUADA: dentro das hifas, os núcleos das células
sexuais se fundem e sofrem meiose, formando esporos sexuados.
PATOGENIA DOS FUNGOS
Fungos podem ser classificados como patógenos primários (quando são
capazes de infectar hospedeiros normais) ou patógenos oportunistas
(quando afetam indivíduos que estão com a imunidade comprometida).
MECANISMOS DE INFECÇÃO:
● Micotoxicoses → causadas por toxinas ingeridas, como as aflatoxinas
presentes em grãos e amendoins contaminados com Aspergillus flavus.
● Hipersensibilidade/alergia → decorrentes da exposição repetida a
alguns fungos → fungos dispersos no ar são inalados e ativam
macrófagos e mastócitos→ reação alérgica.
● Infecção invasiva → forma granulomas e lesiona tecidos.
TIPOS DE MICOSES:
De acordo com os tecidos e órgãos atingidos, as micoses podem ser
classificadas em:
● Micoses superficiais/ cutâneas: são
causadas por fungos (dermatófitos) que
infectam apenas estruturas superficiais
queratinizadas (pele, pelos e unhas) ou
mucosas, sem atingir tecidos mais
profundos. São adquiridas através do
contato direto.Fatores que contribuem para
o aparecimento de micoses superficiais: diabetes, AIDS, doenças
sistêmicas, umidade, má higiene,distrofias.
● Micoses subcutâneas: são
causadas por fungos que
crescem no solo e na
vegetação, sendo introduzidos
no tecido subcutâneo através de
traumas, mordeduras, arranhões
ou picadas. Ex: esporotricose, provocada por perfuração com espinhos
contaminados.
● Micoses sistêmicas:
resultam da inalação dos
esporos de fungos dimórficos
que, no solo, são encontrados
na forma de bolores. Atingem
órgãos e sistemas.
● Micoses oportunistas: são causadas por fungos oportunistas que
não provocam doença na maioria dos indivíduos imunocompetentes,
entretanto podem fazê-lo naqueles com defesas deficientes. Ex:
candidíase, provocada por fungos que compõem a microbiota normal
da pele.
A resposta imune contra fungos pode ser inespecífica (barreiras,
temperatura, microbiota, descamação, muco...) ou específica (ativação da
resposta imune–Linfócitos).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
Quatro abordagens podem ser adotadas para o diagnóstico laboratorial de
doenças fúngicas:
1- Exame microscópico direto: depende da observação de esporos
assexuados característicos, hifas ou leveduras ao microscópio óptico. O
espécime é tratado com solução de KOH ou corado com corantes
micológicos (azul de algodão, tinta nankim, coloração com giemsa,
imunofluorescência).
2- Cultura do organismo: os fungos são frequentemente cultivados em ágar
de Sabouraud, que facilita o desenvolvimento de fungos de crescimento lento
por inibir o crescimento de bactérias presentes no espécime.
3- Testes com sondas de DNA: podem identificar colônias
desenvolvendo-se em cultura em um estágio mais precoce do crescimento,
quando comparados aos testes baseados na detecção visual das colônias.
Como resultado, o diagnóstico pode ser realizado mais rapidamente.
4- Testes sorológicos: determinam a presença de anticorpos no soro ou
líquor do paciente. São úteis no diagnóstico de micoses sistêmicas, mas são
menos eficazes no diagnóstico de outras infecções fúngicas.

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