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atividade toxicologia N2

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TOXICOLOGIA
1. Os Agrotóxicos são Substâncias químicas usadas no controle de pragas, animais, vegetais, fungos ou micro-organismos, apresentam um ou mais princípios ativos, contendo também aditivos, solventes, coadjuvantes, excipientes e impurezas, que podem ser tão ou mais tóxicos que o princípio ativo principal. Os mesmos apresentam classificações próprias. Descreva essas classificações, citando exemplo quando houver.
R: A toxicidade da maioria dos agrotóxicos é expressa em valores referentes à Dose Média Letal (DL50), por via oral, representada por miligramas do ingrediente ativo do produto por quilograma de peso vivo, necessários para matar 50% da população de ratos ou de outro animal teste. A DL50 é usada para estabelecer as medidas de segurança a serem seguidas para reduzir os riscos que o produto pode apresentar à saúde humana.
Os agrotóxicos são agrupados em classes, de acordo com a sua toxicidade Inseticidas: agrotóxicos que têm ação letal em insetos.
 • Fungicidas: agrotóxicos com ação sobre fungos.
 • Herbicidas: ação de controle às plantas consideradas daninhas ou invasoras, em especial, na agropecuária.
 • Desfolhantes: agrotóxicos com efeito desfolhante, ou seja aquele que em contato com as plantas, induzem a queda prematura das folhas. 
• Fumigantes: agrotóxicos com ação sobre fauna e flora, que tem sua ação promovida por meio de gases. Utilizados geralmente no solo, no armazenamento de grãos, no seu transporte terrestre ou por navios.
 • Rodenticidas/raticidas: agrotóxicos com ação letal em roedores.
 • Moluscicidas: agrotóxicos com ação em moluscos terrestres ou aquáticos. 
• Nematicidas: agrotóxicos com ação em nematóides.
 • Acaricidas: agrotóxicos com ação em ácaros. 
• Algicidas: agrotóxicos com ação no controle de algas. 
2. Por apresentar toxicidade a organismos vivos, a toxicidade dos agrotóxicos, apesar de teoricamente ser SELETIVA pode apresentar efeitos adversos com doses aumentadas ou até mesmo com as doses recomendadas dependendo do tipo e do tempo de exposição. Disserte sobre os efeitos dos agrotóxicos sobre a saúde humana contextualizando informações de via de exposição e populações exposta.
R: As intoxicações ocorrem quando há exposição a uma ou mais substâncias tóxicas:
INTENCIONAL (tentativa de suicídio, de homicídio, de abortamento);
 ACIDENTAL (reutilização de embalagens, fácil acesso das crianças a produtos)
OCUPACIONAL (no exercício da atividade de trabalho)
AMBIENTAL (água, ar, solo contaminados, proximidade de áreas pulverizadas, cadeia alimentar). 
A gravidade de uma intoxicação por agrotóxico dependerá: da via de contaminação; do tempo de exposição; da toxicidade da substância; da concentração da substância; das condições ambientais; da oportunidade de acesso ao serviço de saúde, quando o acesso precoce ao serviço oportuniza tratamento adequado, diminuição de morbidade e mortalidade. Pode ocorrer por exposição no local de trabalho que manuseia o agrotóxico sem (EPIS), ou até mesmo por alimentos contaminados pela a ingesta desse alimento, pode também ser por aerosois pela respiração ou em contato mesmo da pele. 
3. O meio ocupacional é um dos mais propícios a intoxicações por agrotóxicos, seu Antônio é um exemplo, morador da zona rural, acha frescura usar EPI’S para aplicação de herbicida, não obstante, lava as embalagens que continham os mesmos e entrega para dona Maria, sua esposa, usar como vaso para suas plantas ornamentais que embelezam a entrada de seu sítio. Observando a situação, a filha do casal “brifou” os mesmo do perigo exposto e orientou como proceder na utilização e descarte dos mesmos. Assim como na zona rural há outras fonte ocupacionais de intoxicação, relate em forma de orientação como trabalhadores que utilizam agrotóxicos podem se prevenir e como devem proceder nos primeiros momentos em caso de acidentes que envolvam intoxicação por agrotóxicos.
R: Armazenar os agrotóxicos em locais de acesso difícil para crianças; 
Evitar trocar embalagens e mantê-las rotuladas; 
Não reutilizar embalagens, principalmente para guardar água ou alimentos; 
Não enterrar nem queimar restos de agrotóxicos e embalagens; 
Buscar orientação profissional e contratar empresa especializada em desinsetização e desratização quando julgar necessário o uso de agrotóxicos; 
Descartar as embalagens adequadamente; 
Afastar pessoas e animais (antes e depois) do local de aplicação de agrotóxicos; 
Seguir as orientações do fabricante quanto à manipulação e dosagem do agrotóxico que tem em mãos. 
O emprego de EPIs, apesar de não desejado, deve ser considerado como tecnologia de proteção disponível dentro de uma visão integrada e sistêmica de abordagem dos problemas ocupacionais. A eficiência de todo sistema de Saúde e Segurança no Trabalho está intimamente relacionada à forma como é conduzida e balanceada, no processo decisório, a escolha das alternativas de prevenção, proteção e controle para a própria saúde de quem lida com esse tipo de produtos. 
4. A Bioquímica, do Laboratório Flor do Laço é recém contratada, e em poucas horas observou normas de biossegurança ignoradas por seus auxiliares. Ela resolveu evitar fadiga e ignorar algumas observações como: manipulação de ácidos sem utilização de epi’s. Um certo dia, uma de suas auxiliares, estava com um copo de café na mão e a outra na pipeta contendo ácido sulfúrico para calibração de pH de uma solução, e em um momento de distração, encontrou a pipeta na mão que segurava o copo de café, e em seguida levou aos olhos. Quais procedimentos deverão ser adotados de início para resolução rápida e quais serão as atitudes a serem tomadas a posteriori?
R: O trabalhador deverá ser sempre orientado quanto aos riscos envolvidos na manipulação do agrotóxico, e deverá ser esclarecido sobre os cuidados para evitar intoxicação. O trabalhador deve ser esclarecido de que não há uso seguro com relação aos agrotóxicos. Evitar sempre contatos das mãos ao olhos no local do laboratório uso imprescindível do óculos como (IPS)Para ele, para o alimento e para o meio ambiente; 
Trabalhadores expostos a agrotóxicos devem ser submetidos à vigilância médica contínua; 
Buscar orientação para o descarte de resíduos de agrotóxicos e suas embalagens; 
Orientando assim o trabalhador que não pode comer no local do laboratório e sim na copa evitando assim a contaminação cruzada pelo alimento, Treinando adequadamente os trabalhadores, para evitar acidentes; Higienizar bem as mãos com água e sabão antes de comer ou beber; Lavar a roupa do trabalho separadamente das demais, e de preferência no próprio local de trabalho, evitando uma fonte de contaminação para a família; 
5. Escolha um agrotóxico e explane a toxicocinética e toxidinânica do mesmo, aponte o possível diagnóstico laboratoriais e o tratamento adequado.
R: HERBICIDA : Toxicocinética : Absorção: pele e oral  A absorção do paraquate pela pele integra é desprezível, uma vez que o produto não é lipossolúvel. Pode causar irritação local reversível. Pode causar irritação ocular por respingo, reversível. Inalatória: as gotículas de pulverização são grandes > 30 micras, não são inaláveis. Não é volátil, não apresenta vapores. Oral: Todas as formulações de Paraquat contem emético, que provoca o vômito em caso de ingestão acidental ou intencional.
Toxicodinâmica Nas plantas, o paraquat exerce sua atividade herbicida por interferir no sistema intracelular de transferência de elétrons, inibindo a redução de NADP a NADPH durante a fotossíntese, quando os radicais superóxido (O2 - ), oxigênio singlete (O2 * ), hidroxila (OH- ) e peróxido de hidrogênio (H2 O2 ) são formados nas plantas (RANJBAR et al., 2002). Este processo leva à destruição dos lipídios das membranas celulares pela polimerização de compostos lipídicos insaturados (SANDY et al., 1986). Tem-se proposto que o mecanismo de dano tecidual deve-se ao aumento na formação de radicais livres e espécies reativas de oxigênio, entre eles o radical superóxido (O2 - ), o peróxido de hidrogênio (H2 O2 ) e o radical hidroxila (OH- ). Estas espécies são instáveise reagem rapidamente com ácidos graxos, provocando 
Efeitos adversos à saúde humana relevantes, relatados em registros de casos de intoxicações, estão relacionados às tentativas de suicídio ou uso indevido, sem a observância das boas práticas recomendadas em bula. Esta é a realidade atual para todas as classes de agrotóxicos no Brasil No caso de ingestão acidental/tentativa de suicídio os efeitos podem ser revertidos, e assim como para qualquer agente químico será eficaz se: O início do tratamento for ágil. Dose ingerida não for exagerada (a formulação de paraquate contem elementos de segurança para prevenir a ingestão acidental). Uso de medicamentos e antídotos gerais como: Carvão ativado, catárticos e diuréticos para diminuir a absorção e aumentar a excreção. Na falta de carvão ativado, terra argilosa diluída em água pode ser recomendada, uma vez que o produto é forte e irreversivelmente adsorvido neste tipo de material. Tratamento com protocolo pentaconjugado: N- acetilcisteína, propanolol, corticóides, ciclofosfamida e vitamina E. Resultados positivos com tratamento eficaz em vários locais como HC da USP de Ribeirão Preto e Unicamp. 
6. Os metais estão presente no meio ambiente e no nosso organismo. Para cada metal, há um ciclo específico que garante o equilíbrio vital, quando esse equilíbrio é comprometido, pode ocorrer casos de intoxicações, principalmente devido a sua característica de bioacumulação. Contextualize as principais características de intoxicação (apenas isso!) pelos metais: chumbo, mercúrio, cádmio, arsênio, cromo, níquel, manganês, cobre, ferro, zinco, litio, aluminio, platina.
R: BIOACUMULAÇÃO Relacionado ao maior acúmulo, em relação à eliminação, de substâncias químicas em organismos vivos. Está direta mente relacionado à via de absorção d a substância pelo organismo exposto (oral, dérmica, respiratória, entre outras), velocidade de absorção e de eliminação da substância pelo organismo, envolvendo processos de biotransformação, bem como da hidrofobicidade da substância química e de fatores ambientais, físicos e biológicos. Como regra geral, quanto maior a hidrofobicidade da substância, maior será a sua capacidade de se bioacumular nos organismos. 
A bioacumulação pode ocorrer de duas formas: 
Direta: ocorre pelo ambiente que envolve os organismos, denominada bio concentração. 
Indireta: ocorre pela alimentação mediante acúmulo de um xenobiótico e/ou de seus derivados nos diferentes níveis tróficos e sua transferência ao longo da cadeia alimentar, denominada biomagnificação.
Características de intoxicação por metais
Entre os sintomas típicos de intoxicação por chumbo incluem-se alterações de personalidade, dores de cabeça, perda de sensibilidade, fraqueza, sabor metálico na boca, instabilidade na locomoção, falta de apetite, vômitos, prisão de ventre, cólicas abdominais, dores em ossos ou articulações, hipertensão arterial e anemia. Frequentemente, os danos renais ocorrem sem sintomas.
Em geral, os sistemas neurológico, gastrintestinal e renal são predominantemente afetados. Os sintomas agudos após a inalação de vapor de mercúrio elementar incluem falta de ar, febre/calafrios, tosse, náusea, vômito, diarreia, paladar metálico, dores de cabeça, fraqueza e visão embaçada.
Em casos graves, os pacientes podem desenvolver lesão pulmonar aguda e desconforto respiratório grave com hipoxemia.
Sintomas da intoxicação por cádmio – diminuição da temperatura corporal, hiperatividade, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia, perda de dentes, dores articulares.
Os efeitos da intoxicação por arsênio envolvem diversos sistemas, sendo os efeitos gastrintestinais os mais importantes, com diarreia considerável descrita em forma de “água de arroz associada a náuseas e vômitos”, que pode ser difícil de diferenciar do cólera e durar de dias a semanas. Alguns pacientes podem apresentar hematêmese ou hematoquezia. Os pacientes podem se queixar de um gosto metálico na boca.
A exposição ao cromo hexavalente (CrO3) no ambiente de trabalho pode irritar a pele, os pulmões e o trato gastrointestinal e causar perfuração no septo nasal e carcinoma pulmonar. Hipotensão e taquicardia secundária à depleção de volume, vazamento capilar e disfunção miocárdica ocorrem em casos moderados a graves, podendo ocorrerem taquicardias normalmente ventriculares.
Níquel: O contato com a pele provoca dermatites, além disso constatou-se ainda que quando alguém sofre um infarto, o sangue está sempre saturado de níquel.
Manganês: Dentre as manifestações clínicas estão problemas de memória, alucinações, doença de Parkinson, embolia e bronquite. Em casos de exposições prolongadas, os homens podem apresentar impotência sexual. Outros sintomas incluem: apatia, esquizofrenia, fraqueza muscular, cefaleia e insônia.
A intoxicação aguda pelo sulfato de cobre é rara e frequente- mente acidental. Manifesta-se por náuseas, vômitos, diarreia, anemia hemolítica e, nos casos mais graves, insuficiência renal, insuficiência hepática e coma.
O ferro é a principal causa de morte por intoxicação em crianças. Os sintomas se iniciam com gastrenterite aguda seguida por um período quiescente e, depois, choque e insuficiência hepática. O diagnóstico é feito por dosagem de ferro sérico, detecção de comprimidos de ferro radiopacos no trato gastrintestinal ou por acidose metabólica inexplicável em pacientes com outros achados que sugerem intoxicação por ferro.
Manifestações Clínicas. A ingestão aguda de 1 a 2 g de sulfato de zinco pode produzir quadro gastrintestinal com náuseas, diarreia, dor abdominal e vômitos associados à irritação e à corrosão do trato gastrintestinal, e os pacientes ainda apresentam gosto metálico na boca.
Os pacientes com intoxicação aguda apresentam, inicialmente, sintomas gastrintestinais como anorexia, náuseas, vômitos e diarreia, que podem cursar com depleção volêmica e piora da função renal, agravando, por sua vez, a intoxicação. Os sintomas neurológicos são tardios e, quando aparecem, o paciente normalmente já tem melhora dos sintomas gastrintestinais, como ataxia troncal, confusão, agitação psicomotora e aumento da excitabilidade neuromuscular com mioclonias e espasmos, podendo, em casos severos, levar a convulsões, estado de mal epiléptico e até mesmo à encefalopatia.
Manifestações crônicas incluem dor óssea generalizada e muscular, fratura, fraqueza muscular proximal, osteomalácia, anemia microcítica resistente ao ferro, hipercalcemia e demência lentamente progressiva.
Os sintomas da intoxicação pela platina são lesão hepática e renal, diminuição da audição, e marcada sensibilização com manifestações alérgicas em pessoas predispostas (rinite, ataque asmático, urticária). Não se conhece o efeito fisiológico da platina.
7. Um paciente intoxicado apresenta características peculiares em cada caso, assim a conduta clínica baseia-se na: Estabilização, Avaliação clínica, Prevenção de absorção continuada do agente tóxico, Aumento da eliminação do agente tóxico, Administração de antídotos e Medidas de suporte com seguimento clínico. Caracterize cada uma dessas etapas e sempre que possível, exemplifique.
R: Prevenção de absorção continuada do agente tóxico, Aumento da eliminação do agente tóxico, Administração de antídotos e Medidas de suporte com seguimento clínico.
Estabilização inicial
Em vários casos de intoxicações, o paciente está acordado e apresenta sinais vitais estáveis, permitindo ao clínico atuar gradualmente para obter a anamnese e realizar o exame físico. Em outros casos, contudo, o paciente está inconsciente, apresentando convulsões ou tem ritmo cardíaco e pressão arterial instáveis, exigindo estabilização imediata. A primeira prioridade é a latência das vias aéreas. Os mecanismos protetores reflexos das vias aéreas podem estar comprometidos devido a depressão do sistema nervoso central (SNC) causado pelo medicamento (p. ex., por fármacos opioides ou hipnóticos-sedativos), devido a secreções orais ou bronquiais excessivas (p. ex., por inseticidas organofosforados) ou devido a edemas ou queimaduras (p. ex.,por fármacos corrosivos ou gases irritantes). As vias aéreas devem ser limpas com uso de sucção ou por reposicionamento do paciente; se o paciente tiver o reflexo da ânsia comprometido ou outras evidências de comprometimento das vias aéreas, deve ser colocado um tubo endotraqueal com cuff. A adequação da ventilação e oxigenação deve ser determinada por avaliação clínica, oximetria de pulso, mensuração dos gases no sangue arterial ou uma combinação destas técnicas. 
Avaliação clínica
Embora a anamnese obtida de pacientes que ingeriram intencionalmente dosagem excessiva de um medicamento possa ser duvidosa, ela não deve ser desprezada como fonte valiosa de informação. Se o paciente estiver reticente ou incapaz de especificar que medicamentos e quando foram ingeridos ou fornecer um relato pertinente, pode haver familiares ou amigos capazes de fazê-lo. Os membros da família devem ser questionados sobre outros medicamentos acessíveis na residência e sobre a exposição no local de trabalho ou em atividades de lazer. Além disso, os paramédicos devem ser indagados a respeito de frascos de comprimidos ou dispositivos para utilização de drogas que possam ter obtido ou observado no local do atendimento.
Prevenção de absorção continuada do agente tóxico: Visa a remoção do agente tóxico com o intuito de diminuir a sua reabsorção. Durante o procedimento, a equipe de atendimento deverá tomar as precauções para se proteger da exposição ao agente tóxico. Os seguintes procedimentos estão indicados, de acordo com a via de exposição.
Aumento da eliminação
Carvão ativado em doses múltiplas
A administração de doses múltiplas de carvão ativado parte do pressuposto de que a administração de doses repetidas de carvão ativado pode aumentar a eliminação gastrintestinal de drogas que estejam presentes na circulação sistêmica em níveis tóxicos e que apresentem meia-vida prolongada, baixo volume de distribuição, secreção enterogástrica, enteroentérica ou circulação enteroepática23,34. Todavia, ainda não há estudos clínicos controlados em pacientes intoxicados que demonstrem diminuição da morbidade e mortalidade com esse procedimento, incluindo a definição das melhores doses e intervalos de administração
Antídotos específicos
Para os antídotos utilizados mais comuns, Antídotos comuns específicos. Fármacos quelantes são usadas em intoxicações com metais pesados e ocasionalmente com outros fármacos ( Roteiro para terapia por quelação). Emulsões lipídicas IV em concentrações de 10 a 20% e terapia com alta dose de insulina foram usadas para tratar com sucesso várias toxinas cardíacas diferentes (p. ex., bupivacaina, verapamil)
Medidas contínuas de suporte
A maioria dos sintomas (p. ex., agitação, sedação, coma, edema cerebral, hipertensão, arritmias, insuficiência renal, hipoglicemia) é tratada com medidas de suporte usuais (ver em outras partes deste Manual).
Hipotensão e arritmias induzidas por fármacos podem não responder aos tratamentos usuais. Na hipotensão refratária, deve-se pensar em utilizar dopamina, adrenalina, outros vasoconstritores, balão intra-aórtico com bomba ou mesmo circulação extracorporal.
Nas arritmias refratárias, o marca-passo cardíaco poderá ser necessário. Frequentemente, torsade de pointes devem ser tratadas com sulfato de Mg, 2 a 4 g IV sobre-estimulação (overdrive pacing) ou infusão de isoproterenol titulada.
Convulsões são inicialmente tratadas com benzodiazepínicos. Também utilizam-se fenobarbital ou fenitoína. É necessário controlar a forte agitação com benzodiazepínicos em altas doses, muitas vezes outros sedativos potentes (p. ex., propofol) ou, em casos extremos, indução de paralisia e ventilação mecânica.
8. O biomédico João e a bioquímica Maria acabaram de assumir um hospital que será inaugurado em breve, além dos trâmites essenciais a regularização do mesmo, a direção solicitou a eles um levantamento de aparelhos e reagentes para diagnóstico rápido de intoxicações e análises de drogas. Cite alguns diagnósticos que podem servir de parâmetro para João e Maria.
 Aparelhos e reagentes para diagnóstico rápido de intoxicações
Dependendo do agente envolvido podem ser solicitados exames laboratoriais, ECG, exames de imagem (RX, TC) ou endoscopia digestiva alta
Laboratorial específico
Testes qualitativos em urina: Testes imunocromatográficos utilizando fitas reagentes mono ou multidrogas para triagem são rápidos e eficientes, podendo detectar anfetamina em poucos minutos.
Laboratorial específico 
A detecção qualitativa por meio de teste imuno cromatográfico ou CCD, pode ser realizada nos casos em que exista dúvida quanto à exposição
9. Fernando fuma uma carteira de cigarro “Free” todos os dias, e bebe “Budweiser” todo final de semana, encostando-se na desculpa da vida corrida de estudante, trabalhador e pai de família. Essa rotina diária, expõe o mesmo a crises de ansiedade, assim, o mesmo garante um estoque em seu porta luvas de clonazepan 0,5mg para uso sublingual sempre que imaginar que uma crise de ansiedade estar se aproximando. Apesar dos vinte e poucos anos, Fernando necessita de botox e preenchimento com ácido hialurônico para se manter jovem. Explane sobre as drogas utilizadas por Fernando, explicando como o uso das mesmas podem impactar diretamente sobre sua vida, contextualize as intoxicações e consequências das drogas citadas.
 Explanação do caso clínico de Fernando
Quanto ao álcool e o tabaco:
Geram adição psíquica que refere-se à necessidade de usar certa droga para obter alívio das tensões como sensação de bem estar. Caracteriza-se por fenômenos cognitivos, com busca recorrente pelos efeitos iniciais do uso. Adição psíquica (ou dependência psicológica) normalmente age no cérebro e produz um ou mais dos efeitos: redução da ansiedade e a tensão; euforia ou outras mudanças agradáveis do humor; impressão de aumento da capacidade mental e física e alterações da percepção sensorial sobre a própria dependência química em ação na pessoa.
Os sintomas mais comuns são a ansiedade, a sensação de vazio, as dificuldades de concentração, os quais, contudo, podem variar em extensa gradação, na intensidade e no tipo, de pessoa para pessoa.
Quanto ao clonazepam
Clonazepam é droga que age em curto prazo e, em geral, têm boa tolerabilidade, mas pode causar problemas como sedação, disfunção cognitiva, depressão respiratória, alterações psicomotoras fala disártrica, marcha atáxica, depressão, lentidão, sonolência, tonturas, hipotonia muscular e dependência química.
As primeiras drogas que Fernando usa trazem consigo o efeito de ansiedade e para amenizar ele usa clonazepam que por consequência traz outro problema como hipotonia muscular e flacidez muscular e para corrigir este último efeito ele faz administração de Botox e ácido hialurônico.
10. Explique o que é a Drogadicção e quais são as drogas que causam esse efeito, explicando as principais consequências desse efeito.
R:Drogadicção e agentes causadores
Drogadição define todo e qualquer vício bioquímico de seres humanos em relação à alguma droga. Além disso, o termo é utilizado para se referir às causas do vício químico no que se refere à inclusão e exclusão do indivíduo na sociedade, fatores econômicos, políticos, genéticos e biofarmacológicos.
 Drogadicção a partir do entendimento de dependentes químicos, apreendidos como atores sociais é uma forma de inserção social nas primeiras vezes do uso, já depois se torna motivo de exclusão.
Depressoras: Benzodiazepínicos (tranqüilizantes, indutores ao sono, etc.); Barbitúricos (anestésicos, sedativos, anti-convulsivantes, etc.); Ópio e derivados (morfina, heroína, codeína de alguns xaropes, etc.).
 
Estimulantes: Anfetaminas (inibidores doapetite); Nicotina (cigarro); Cafeína (café,
chá, etc.); Efedrina (descongestionantes); Atropina.
 Despersonalizantes: Euforizante (cocaína, etc.); Deprimentes (álcool, inalantes, etc.); Alucinantes (maconha, haxixe, LSD, cogumelo, etc.)
 Embora legalmente prescritos por médicos, ocorrem com certa freqüência os abusos e intoxicações. É importante lembrar que muitas vezes as medicaçõessão adquiridas nas ruas através de “passadores” e podem estas ser adulteradas.
São depressores os barbitúricos, tranqüilizantes e derivados do ópio.
Efeitos do abuso – sonolência, apatia, língua enrolada, embriaguês sem hálito, depressão, confusão, desorientação, falta de coordenação, tremores, irritabilidade, agressividade, variação de humor, falta de memória, vertigens, atenção e reflexos diminuidos, náuseas e vômitos.
 
Riscos do abuso – perda de peso, irritabilidade, confusão, tremores, respiração superficial, pele fria, úmida e escamosa, pupilas dilatadas, pulso descompassado, impotência, esterilidade, coma.
 
Efeitos da falta – ansiedade, insônia, tremores, convulsões, “delirium tremens”, delírio, alucinações, parada cardíaca e respiratória, dores abdominais e musculares.
 
Superdose – a vítima pode parecer desorientada, confusa, sonolenta e possivelmente agressiva. Diminuição da pressão sangüínea; respiração e freqüência de pulso lentas e/ou irregulares, reflexos diminuidos ou ausentes, fala desconexa e vagarosa, olhos vidrados com reação lenta para a luz, pele pálida e seca, vômitos. Semiconsciência ou inconsciência, depressão respiratória, coceira na pele, nariz escorrendo, pele cianótica.
Referências 
https://www.scielo.br/pdf/aib/v77n1/1808-1657-aib-77-1-0111.pdf
consultado em 22/11/2020 às 08:30
https://cee.fiocruz.br/?q=node/987
consultado em 22/11/2020 às 09:10
http://sanagua.com.br/noticias/tipos-de-agrotoxicos-mais-utilizados-e-perigosos-183.html
consultado em 22/11/2020 às 09:35
AGROTÓXICOS UTILIZADOS NAS CULTURAS DE MILHO E SOJA EM CASCAVEL-PR
consultado em 22/11/2020 às 10:08

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