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Envelhecimento do Trato Geniturinário 1. Descrever a fisiopatologia da incontinência urinária e das alterações prostáticas (HPB e CA) características do processo de envelhecimento. Incontinência Urinária Conceito Define-se como qualquer perda involuntária de urina. É bastante recorrente em pessoas idosas, sendo considerada uma das síndromes geriátricas. Mulheres: cerca de 60% possuem (mais suscetíveis); Homens: apenas de 10% a 35%. Cerca de 80% dos idosos em instituições de longa permanência são acometidos por essa condição. O atendimento médico é dificultado pois os pacientes acreditam que a incontinência é um processo normal do envelhecimento, logo não buscam atendimento médico. A incontinência urinaria não tem impacto na mortalidade, mas pode gerar Infecções no Trato Urinário (ITU) recorrentes, disfunções sexuais, aumenta os riscos de queda e fraturas, distúrbios do sono. Além de sintomas clínicos, o idoso pode mudar seu comportamento, passando a se isolar, desenvolver depressão e ter institucionalização precoce. Fisiopatologia O trato urinário inferior (TUI) tem por função o armazenamento e a eliminação da urina e é composto por bexiga, uretra e esfíncteres. A micção é um processo complexo e dinâmico cuja fisiologia envolve a integração de nervos periféricos, medula e centros encefálicos em córtex cerebral, ponte, bulbo e mesencéfalo. Estes centros superiores dirigem aos órgãos do trato urinário inferior influências neurológicas excitatórias e inibitórias e recebem aferências sensitivas desses órgãos. Em condições normais, centros controladores em áreas corticais (giros frontal e cingulado) e subcorticais promovem influência inibitória da micção (em nível pontinho) e influência excitatória do esfíncter uretral externo, permitindo o controle voluntário da micção. Desta maneira, o esvaziamento vesical pode ser retardado até que se obtenham local e momento apropriados. O envelhecimento também irá afetar o trato urinário inferior deixando-o mais propenso a incontinência urinária. As principais alterações são: Aumento nas fibras de colágeno na bexiga (menor elasticidade); Receptores de pressão se alteram, surgem contrações intempestivas durante a fase de enchimento vesical; Hiperatividade do detrusor. A uretra torna-se mais fibrosa, menos flexível e há um declínio na sua densidade muscular, podendo surgir falhas no esfíncter. Após a menopausa, a mulher passará a ter hipoestrogenismo e, por consequência uma baixa irrigação nos tecidos. Dessa forma, a mucosa uretral irá atrofiar e ressecar, algo que a deixará mais vulnerável a infecções e irritação dos receptores de pressão. A diminuição hormonal, diminuição ou ausência de atividade sexual, sequelas do parto e intervenções ginecológicas, interferem negativamente nos tecidos vaginais, no pH e na flora, gerando mais infecções. A região perineal também é fragilizada pelo envelhecimento muscular, baixa hormonal, partos, gravidez, intervenções uroginecológicas ou radioterapia pélvica. Casos de HPB (hiperplasia prostática benigna) e CA de próstata, se constituem como os principais fatores influentes na alteração do fluxo urinário nos homens. Esses tumores podem se tornar obstáculos urinários e gerar jato fraco, gotejamento terminal, polaciúria e noctúria. Também com o passar da idade a quantidade de néfron entrará em declínio, ou seja, a capacidade de concentrar a urina será diminuída. Esse fato associado a diminuição na secreção de ADH leva a maior frequência urinária. Classificações Incontinência Urinária Transitória: é provocada por insulto psicológico, medicamentoso ou orgânico, que cessa ou melhora com o controle do fator desencadeante. As causas deste tipo de incontinência são: Delirium: a incontinência pode ser o primeiro sinal dessa síndrome orgânica. Infecções do trato urinário: ocorre infecção na mucosa vesical e consequente aumento da aferência sensitiva, contribuindo assim para a incontinência. Uretrite e vaginites atróficas: a carência de estrógenos leva ao surgimento desses quadros. Dessa forma, ocorre irritação local e risco aumentado de infecções. Restrição de mobilidade: artroses, paresias, imobilizações, hipotensão postural e pós- prandial, calçados inapropriados e medo de cair dificultam a chegada ao banheiro. Aumento do débito urinário: é provocado pela ingesta excessiva de fluidos, diuréticos, distúrbios hidroeletrolíticos (hiperglicemia, hipercalcemia), ICC, insuficiência venosa periférica, hipoalbuminemia. Medicamentos: são aqueles que por diversos mecanismos levam a incontinência. Uma das causas mais comuns. Impactação fecal: pode ser por irritação local ou compressão direta da parede vesical. Distúrbios psíquicos: trata-se de depressão, demência, psicose. O paciente pode não pode não responder a sensação de bexiga cheia. Esses fatores podem ser indicadires de incontinência e contribuírem para a incontinência urinaria estabelecida. O tratamento resulta em melhora do quadro clinico. Incontinência Urinária Estabelecida: é dividida em 5 tipos. Incontinência urinária de estresse: é a perda involuntária de urina que ocorre com o aumento da pressão intra-abdominal (tosse, espirro, atividade física) na ausência de contrações vesicais. Principal causa em mulheres jovens. Na mulher os mecanismos envolvidos são: hipermobilidade uretral e deficiência esfincteriana intrínseca. Fatores de risco para a hipermobilidade uretral são: obesidade, partos vaginais, hipoestrogenismo e/ou cirurgias, já para a deficiência esfincteriana intrínseca são lesões neuromusculares ou atrofia uretral. No homem, a incontinência urinária por estresse é incomum, podendo ocorrer por deficiência esfincteriana intrínseca em decorrência de cirurgias prostáticas, traumas pélvicos e lesões neurológicas. Incontinência urinária de urgência: é a mais comum em idosos na comunidade. Trata- se da perda de urina precedida ou acompanhada de um forte desejo de urinar (urgência). Acredita-se que ocorra pela hiperatividade do detrusor levando a contrações involuntárias deste durante a fase de enchimento vesical. As causas envolvem transtornos neurológicos, anormalidade vesicais e idiopáticas. Incontinência urinária por hiperfluxo ou transbordamento: trata-se da inabilidade de esvaziamento vesical devido a hipocontratilidade do músculo detrusor, a obstruções uretrais ou ambos. Nos homens idosos a causa mais frequente é a obstrução uretral em decorrência de HPB. Na mulher é bem menos frequente, podendo ocorrer em obstruções da via de saída após cirurgias anti-continência ou prolapsos genitais graves. Em idosos de ambos os sexos, impactação fecal e hipocontratilidade vesical em decorrência de neuropatia autonômica ou medicamentos anticolinérgicos são causas frequentes. Incontinência urinária mista: é a coexistência de mais de um tipo de incontinência no mesmo paciente. É frequente entre idosos, principalmente nas mulheres que apresentam hiperatividade do detrusor e deficiência esfincteriana associadas. Incontinência funcional: ocorre por fatores externos ao trato urinário, como: comprometimento cognitivo, fatores ambientais (dificultam a chegada ao banheiro), limitações físicas e psíquicas. Alterações Prostáticas Ainda que a próstata tenha relativa participação vital e dimensões pequenas, o seu destaque nas doenças geriátricas é grande. Alterações que surgem na próstata podem influenciar diretamente na qualidade de vida do homem. A partir dos 60 anos, é prevalente o aparecimento de processos inflamatórios, congestivos e neoplásicos, envolvendo distúrbio na micção. Hiperplasia Prostática Benigna Trata-se de um dos processos mórbidos mais comuns no homem idoso. Os sinais e sintomas irão depender da intensidade e duração desta enfermidade, podem ser citados: Hematúria, Litíase Vesical, Incontinência Urinária, Infecções Locais e Insuficiência Renal pós-renal. Vale destacar que tais sinais e sintomas não são totalmente progressivos. Há casos em que houve a melhora clinica sem nenhum tipo de tratamento, mas também, em 10% dos pacientes, pode evoluir para retenção urinária ou metade dos pacientes podem permanecer assintomáticos. Fisiopatologia Não é totalmente compreendida. Além disso, não há relação entre o tamanho prostático e intensidade de sinais e sintomas. A HPB ocorre na zona de transição da próstata. Na HPB, o aumento prostático pode ser evidenciado através da cistoscopia, assim será observado a hipertrofia do lobo lateral ou medial. Dessa forma, ao expandir para o lúmen uretral os sintomas obstrutivos se iniciam. Os sintomas possuem 3 tipos de componentes: Estáticos ou mecânicos: ocorre em relação ao efeito de massa exercido pela próstata aumentada com nódulos adenomatosos. A testosterona e di-hidrotestosterona serão as responsáveis por esse crescimento prostático, além disso diminuem a taxa de morte celular programada. Tais anormalidades de crescimento hiperplásico são presentes no envelhecimento, nos fatores de crescimento locais e nos seus receptores. Os mais comuns nas hiperplasias são: fator de crescimento epidérmico (EGF), fator de crescimento transformador (TGF-α), fator de crescimento fibroblasto (FGF), fator de crescimento queratina (KGF) e os fatores de crescimento insulínico (IGF I e IGF II). Dinâmicos: é relacionado com o tônus dos músculos lisos da cápsula prostática e do colo vesical. São regiões ricas em receptores adrenérgicos alfa-1, caso ocorra um aumento nesse tônus muscular podem ocorrer os sintomas obstrutivos. Disfunção vesical ou detrusora: trata-se das reações da bexiga em relação tópicos anteriores. Na presença de processos de irritabilidade e/ou instabilidade detrusora, podem ocorrer sintomas irritativos. A bexiga pode ficar instável ou reduzir a sua complacência. Mais adiante, pode surgir a perda contrátil do detrusor e deterioração da capacidade de esvaziamento vesical (aumentando o volume urinário residual). Isso ocorre pela adaptação da bexiga, ou seja, na falta urinária os músculos detrusores hipertrofiam e a parede vesical sofre aumento de colágeno. Mecanismos neurorreguladores podem exercer função patológica no grau de irritabilidade do detrusor, independente do grau de obstrução ureteral. Isso explica a variabilidade dos sinais e sintomas em diferentes pacientes. PRINCIPAIS SINTOMAS E SINAIS DA HIPERPLASIA PROSÁTICA BENIGNA Sintomas obstrutivos Sintomas irritativos Diminuição do jato urinário Noctúria Hesitação (dificuldade em iniciar a micção) Frequência Constrição abdominal Urgência Gotejamento Disúria Esvaziamento incompleto e intermitência Incontinência Câncer de Próstata Após o câncer dermatológico, é o segundo tipo mais comum no sexo masculino. A praticidade em se obter o diagnóstico precoce vem da eficácia dos métodos de rastreamento, em especial o toque retal e a dosagem sérica do antígeno prostático especifico (PSA). Etiologia O câncer de próstata ocorre pela perda do equilíbrio entre a proliferação e a morte celular programada geneticamente. Dentro da normalidade a rotatividade celular fica em torno de 500 dias. Casos de lesões intraepiteliais e suscetibilidade genética (falta de genes protetores – oncossupressores) também predispõem a esse tipo de câncer. Também existem transformações nos fatores de crescimento intraprostáticos, dessa forma ocorre crescimento e proliferação celular indevida. Aparentemente, os hormônios androgênicos não são os causadores do adenocarcinoma, mas potencializadores do crescimento tumoral (assim como fazem no tecido prostático normal). Fatores de risco Idade: a incidência com mortalidade após os 50 anos se eleva exponencialmente. Histórico familiar: é dividido em hereditários (5 a 10%), familiares (15 a 25%) e esporádicos. Os hereditários são 3 casos em parentes de primeiro grau ou gerações prévias sequenciais. O familiar é a presença de dois casos em família. Raça: é cerca de 1,5 vezes maior na raça negra. Os negros também são os de maior taxa metastática e mortalidade. Patologia Mais de 95% das neoplasias prostáticas são de adenocarcinoma, o restante divide-se em sarcomas, carcinomas epidermoides e carcinoma de células transicionais. A ocorrência dos adenocarcinomas se dá principalmente na zona periférica da próstata (75%), a zona de transição fica com 25% e a zona central 5%. É essencial para o tratamento e fatores prognósticos a realização do estudo histológico dos adenocarcinomas da próstata. Utiliza-se, principalmente, a escala de Gleason: Grau 1: tumor que consiste em glândulas pequenas, uniformes, com alterações nucleares discretas; (células bem diferenciadas). Grau 2: tumor com ácinos de tamanho médio, separados por estroma, arranjados mais proximamente. Grau 3: tumor com grande variação no tamanho e organização glandular, infiltrando o estroma e os tecidos vizinhos. Grau 4: tumor que mostra grande antipatia celular e extensa infiltração. Grau 5: tumor caracterizado por camadas de células indiferenciadas. Pelo fato de um tumor possuir mais de um padrão histológico, o diagnóstico final é feito pela soma dos graus do padrão primário (dominante) e do padrão secundário (segunda menor área apresentada). 2. Discutir sobre a impotência sexual e suas causas na terceira idade. Ainda que ocorra a diminuição da atividade sexual no envelhecimento, o interesse ainda é preservado entre os idosos. Nesse contexto, a disfunção erétil é, possivelmente, um dos maiores problemas da sexualidade masculina. É definida como a persistente incapacidade de manter uma ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Critérios diagnósticos para transtorno erétil: Ao menos um dos três sintomas deve ser vivenciado em quase todas ou em todas ocasiões de atividade sexual: Dificuldade acentuada em obter ereção durante a atividade sexual; Dificuldade acentuada em manter uma ereção até o fim da atividade sexual; Diminuição acentuada na rigidez erétil. A persistência desses sintomas deve ser de, no mínimo, 6 meses com sofrimento clinicamente significativo em decorrência dos sintomas. Não é possível relacionar a DE com transtorno mental não sexual, perturbação grave do relacionamento/agentes estressores, substância/medicamento ou condição médica geral. Mudanças do comportamento sexual masculino com a idade Retardo da ereção durante a fase de excitação, Redução da congestão vascular e da tensão muscular do saco escrotal; Prolongamento da fase de plateau (breve período de tempo antes do orgasmo); Diminuição do volume de secreção pré-ejaculatória; O orgasmo pode ser mais curto, Contrações prostáticas e uretrais mais fracas, e a força do jato ejaculatório diminuída. Após a relação sexual, a perda da ereção ocorre de maneira mais rápida e também a decida precoce do testículo. É valido dizer que mesmo com esses distúrbios, o interesse pela atividade sexual é mantido, sendo necessário tratamento. Portanto, a disfunção erétil não é normal do envelhecimento natural. Fisiopatologia da disfunção erétil A ereção se dá, em parte, pelo acumulo de sangue nos espaços lacunares após o relaxamento da musculatura lisa. As vias de drenagem venosa são comprimidas para impedir o escoamento do sangue e conservar a ereção. A inervação parassimpática, vinda dos plexos sacrais, é responsável pelo processo da ereção, enquanto os nervos da cadeia simpática, ao liberarem norepinefrina, levam à constrição e à perda de ereção. O relaxamento da parede muscular é feito com o aumento da concentração intracelular de GMP cíclico (liberado principalmente pelas terminações nervosas parassimpáticas) que, por sua vez, é estimulada pelo óxido nítrico. A perda da ereção, vem pela conversão do GMPc em GMP pela enzima fosfodiesterase tipo 5(PDE5). Dessa forma, as células musculares lisas se contraem e o fluxo de sangue é reduzido. Para que esse mecanismo todo funcione é necessário que a inervação peniana, artérias e veias estejam livres de danos, caso contrário podem causar DE. Causas da disfunção erétil na terceira idade: Modificações estruturais nas moléculas de colágeno: aumentam a vulnerabilidade da anatomia peniana, mais suscetibilidade a doenças. Doenças vasculares: causa cerca de 80% das DE. Também é valido dizer que a DE serve como marcador para identificação de patologia cardiovascular em estágio inicial. Disfunção venosa: o sangue não se mantém acumulado nos espaços lacunares, assim há o escoamento pelas vênulas subtúnicas. Não há manutenção da ereção. Doenças endócrinas: hipogonadismo, doenças da tireoide (hipo ou hiper), hiperprolactinemia e diabetes melito. Hipertrofia prostática benigna: pode haver compressão prostática e assim ocorrer a DE. Ansiedade e depressão: principalmente por questões ligadas ao desempenho sexual. Doenças neurológicas: temos a neuropatia relacionada com o diabetes melito, sequelas de AVE e o mal de Parkinson. Prostatectomia radical: assim como em outros procedimentos cirúrgicos. Nessas situações podem ocorrer dano neurológico e DE. Associação de medicações: são mais de cem medicamentos associados a DE. Dentre eles temos: anti-hipertensivos (especialmente os diuréticos); digoxina (efeitos antiandrogênicos); bloqueadores do receptor H2 (cimetidina e ranitidina); omeoprazol; metoclopramida (causa hiperprolactinemia); analgésico opioides; neurolépticos. Álcool: idosos que são ou foram alcoólatras por um longo período. De modo geral, acima dos 60 anos as principais causas de DE são patologias vasculares e hipogonadismo, enquanto que abaixo dos 60 anos são depressão e problemas conjugais. 3. Discutir os riscos da automedicação do idoso. Como se sabe, ao longo dos anos o número de idosos vem aumentando. Isso em decorrência de melhores formas de vida, avanço da medicina dentre outros fatores. Entretanto, com a idade também ocorre um aumento de doenças crônicas, da utilização de medicamentos (epidemia geriátrica) e afins. No idoso, os processos de farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção de fármacos) e farmacodinâmica (efeitos dos fármacos nos órgãos e tecidos) estão alterados. Por isso, é necessário que o médico ao prescrever um medicamento fique atento a essas alterações a fim de ajustar a dose posológica ou troca de medicação. Cerca de 80 a 90% dos idosos utilizam pelo menos um medicamento e 30 a 40% fazem uso de polifarmácia (5 ou mais medicamentos concomitantes). Esse modo de consumo medicamentoso associado às doenças e alterações própria do envelhecimento, leva a constantes efeitos colaterais e interações medicamentosas com graves consequências a pacientes nessa faixa etária. Um dos grandes problemas relacionados aos fármacos é a automedicação em idosos. Não há uma definição universal para a automedicação, mas pode ser descrita como a prática de seleção e utilização de medicamentos isentos de prescrição, reutilização de medicamentos previamente prescritos sem supervisão de um profissional habilitado e uso de medicamentos que exigem prescrição médica para tratar sintomas ou doenças autorreconhecidas. Medicamentos indicados por amigos e familiares também entrar nessa situação. Nos idosos, essa prática deve ter uma abordagem especial, pois há potenciais riscos desta prática, pela maior chance de interações medicamentosas, possível aumento das reações adversas a medicamentos, que podem causar danos à saúde destes indivíduos, principalmente por conta das alterações do processo de senescência. Há também o risco de prolongamento do sofrimento associado a uma doença e de diagnóstico tardio ou incorreto. O aumento da resistência a antimicrobianos pode ser citado como uma consequência automedicamentosa. Os medicamentos mais utilizados pelos idosos sem prescrição médica são os que agem no sistema musculoesquelético (incluindo relaxantes musculares e AINES), no sistema nervoso (antipiréticos e analgésico – paracetamol e dipirona) e no sistema gastrointestinal e metabolismo (antiácidos, fármacos para úlcera péptica, doença do refluxo gastresofágico e constipação, e polivitamínicos). Além disso, fazem uso, por muitas vezes, de medicamentos que são potencialmente inapropriados para idosos. Também é alto o número de interações medicamentosas envolvendo medicamentos prescritos e utilizados por automedicação. Interações medicamentosas mais frequentes: Os AINES são os que mais apresentam interações medicamentosas.
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