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Insuficiência cardíaca Coração normal Propriedades ➢ Automatismo: capacidade do coração de gerar seu próprio impulso, nó sinoatrial ➢ Condutibilidade: capacidade de após gerar o estímulo, seguir por fibras de condução rápida com velocidade ➢ Excitabilidade: capacidade frente ao automatismo de reagir a alterações do meio externo ➢ Contratilidade: capacidade de força de contração da musculatura cardíaca, de forma ritma, propiciando ejeção de sangue (inotropismo) ➢ Distensibilidade: capacidade de se adequar ao fluxo sanguíneo (relaxar e dilatar sua cavidade para receber o sangue) Determinantes do débito cardíaco Quantidade de sangue ejetada para o corpo por minuto ➢ Pré-carga: quantidade de sangue que retorna para cavidades ventriculares -dependem do volume diastólico final ➢ Contratilidade: capacidade de contrair, eficiência (hipocinesia acinesia) ➢ Frequência cardíaca: batimentos por minuto, regularidade desses batimentos ➢ Pós-carga: tudo que oferece resistência a ejeção de sangue Etiologias IC diastólica ➢ Lesão ou disfunção isquêmica: IAM, hipoperfusão (choque) ➢ Sobrecarga de pressão crônica: Hipertensão arterial ➢ Sobrecarga de volume crônica: doença valvar regurgitante, Shunts ➢ Cardiomiopatia dilatada não isquêmica: distúrbios genéticos, agentes infecciosos, distúrbios metabólicos. IC diastólica ➢ Hipertrofia miocárdica patológica ➢ Envelhecimento ➢ Fibrose isquêmica ➢ Cardiomiopatia restritiva ➢ Distúrbios endomiocárdicos Classificação Quanto ao lado acometido • Aumento da pressão de enchimento do VE levando a congestão pulmonar e paciente vai cursar com dispneia, ortopneia e dispnéia paroxística noturna • Principal fator é devido ao aumento da pressão arterial • Leva à cardiomegalia e remodelamento cardíaco • Hipertensão dos capilares alveolares leva ao extravasamento • Geralmente é secundária a ICC • Leva a congestão sistêmica: acúmulo e consequente retorno do sangue do átrio direito para a circulação sistêmica pelas veias cavas Quanto ao débito cardíaco • Alteração metabólica que exige alta demanda de sangue para os tecidos É uma alteração estrutural ou funcional do coração que leva à incapacidade do mesmo de ejetar e/ou acomodar o sangue em volumes adequados para atender as demandas teciduais, ou se faz às custas do aumento da pressão de enchimento (geralmente do ventrículo esquerdo). Todo o quadro fisiopatológico leva a baixa perfusão tecidual. DC: VS X FC Larissa Cedraz • Maioria dos casos • Ocorre devido a uma disfunção sistólica do VE • Quanto a fisiologia • Deficiência da contratilidade do miocárdio, levando a dilatação ventricular devido à força exercida e consequente cardiomegalia. • Ventrículo não consegue relaxar adequadamente e a ejeção é normal, porém as custas de uma elevada pressão de enchimento ventricular. Síndrome de ICC (Fisiopatologias possíveis) ❖ Sobrecarga de volume intravascular e intersticial -Dispneia, estertores, edema, aumento da PVC ❖ Perfusão tissular inadequada -Intolerância aos esforços, fadiga, hipoperfusão, disfunção renal -Cianose, pele mais fria Etiologias + Classificação ❖ Diminuição da contratilidade -Disfunção sistólica com redução da FE ❖ Aumento da rigidez miocárdica -Disfunção diastólica, FE preservada ou não ❖ Anormalidades cardíacas -Valvopatias, shunts, arritmias ❖ Incapacidade de compensar um quadro sistêmico de aumento da demanda Mecanismos compensatórios na IC FRANK-STARLING: capacidade do coração de se adequar as variações de volume sanguíneo, modificando sua contratilidade ➢ Ao longo do tempo, a dilatação excessiva acarreta o esvaziamento incompleto do ventrículo SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA- ALDOSTERONA: A hipoperfusão renal gera ativação do SRAA. A liberação de angiotensina II vai culminar na reabsorção de hidrossalina pelos rins e vasoconstrição, esse quadro gera aumento da PA e consequentemente do débito para que o sangue chegue aos tecidos. Aspectos clínicos • Paciente em decúbito supino. Cabeça reclinada em ângulo de 45° • O topo oscilante da jugular interna se encontra um pouco abaixo da linha do manúbrio esternal Refluxo hepatojugular 1) Transdutores (ondas)-normal 3-6 1 Pré-carga= contratilidade 2 2) Conectar uma coluna liquida ao cateter e a um sistema de pressão envolta por um esfigmomanômetro -normal de 8 a 10 • 3 e 5°espaço intercostal na linha hemiclavicular • Pode estar dilatado, ocupando mais espaços. Quantas polpas ocupam- cardiomegalia • Observar Se é propulsivo também • Presença de B3 e B4 • Sopros sistólicos: regurgitativo ou ejetivo. • Sopros diastólicos: ruflar ou aspirativo. • Atrito pericárdico-condição mais aguda, pacientes com pericardite por exemplo • Vasoconstrição arteriolar • Ocorre devido ao extravasamento de líquido- gera um aumento da pressão pulmonar • Ausculta pulmonar em bases -diferença entre perfusão (mais perfundidas) • Estertores crepitantes • Sibilos (asma cardíaca) • Acúmulo de líquido extravascular no parênquima pulmonar • Ocorre quando o movimento de líquido do sangue ao interstício e álveos excede o seu retorno e drenagem pelos linfáticos • A membrana alvéolo-capilar separa o espaço alveolar do interstício e é pouco permeável à passagem de fluidos. Estágio 1 ➢ Distensão e recrutamento de pequenos vasos pulmonares ➢ Aumentam trocas gasosas e difusão de CO2 ➢ Ocorre apenas dispnéia aos esforços ➢ O exame físico revela discretos estertores inspiratórios por abertura das vias aéreas colabadas. ➢ Raio-x - redistribuição da circulação Estágio 2 ➢ Edema intersticial ➢ Ocorre compressão das vias aéreas menores ➢ Pode haver broncoespasmo reflexo ➢ Alteração da ventilação/perfusão leva a hipoxemia proporcional à pressão capilar ➢ Taquipnéia por estimulação dos receptores J e de estiramento do interstício ➢ Raio-X mostra borramento para-hilar e linhas de Kerley Estágio 3 ➢ Inundação alveolar ➢ Hipoxemia severa e hipocapnia ➢ ➢ Secreção rósea espumosa ➢ Raio-X mostra edema alveolar em “asa de borboleta” ➢ Retenção de CO2 Diagnóstico ❖ Clínica e exames complementares ❖ Anamnese e exame físico ❖ ECG ❖ Laboratório-função renal, eletrólitos, BNP (peptídeo natriurético), perfil hepático ❖ Imagem (ecocardiograma) Diagnóstico= 2 maiores ou 1 maior e 2 menores Cefalização de trama pulmonar Linhas B de kerley-linhas periféricas, horizontais Espessamento de septo intertobular ç • Classificação da dispneia ç • Objetivos: alívio sintomático, reduzir internações, reduzir ou reverter o remodelamento cardíaco e reduzir mortalidade Tratamento farmacológico ICC CRÔNICA ESQUERDA COM FE REDUZIDA ➢ Melhora de sobrevida: beta bloqueadores, IECA, hidralazina + nitrato, antagonistas da aldosterona, inibidor de neprilisina, BRAs ➢ Alívio sintomático: diuréticos, beta bloqueadores, IECA, hidralazina +nitrato, antagonistas da aldosterona, inibidor de neprilisina, digitálicos ➢ Neprilisina: Enzima que degrada peptídeos natriuréticos, essa inibição causa impactos na mortalidade IECA ➢ Todos os pacientes (com ou sem sintomas), salvo contraindicações ➢ Dose baixa>> elevação até alto ➢ Opção BRA BETA BLOQUEADORES ➢ Iniciados com paciente estável (pouca ou nenhuma congestão) ➢ Dose baixa>> elevação até alvo e tolerância ➢ Não usar em pacientes descompensados- muito sintomáticos, primeiro compensar, tratar sintomas antes ➢ Carvedilol, selozok, metoprolol-BETA 1 SELETIVOS ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA ➢ Espironolactona -são poupadores de K ➢ Classe II ➢ Pacientes sintomáticos com disfunção sistólica do VE, em classes funcionais II a IV NYHA, associadosao tratamento padrão ➢ Atenção para K e disfunção renal INIBIDORES DA NEPRILISINA ➢ Sacubitril/valsartana ➢ Avaliar substituir IEACA ou BRA com persistência dos sintomas IVABRADINA ➢ Inibe nó sino atrial, reduzindo FC ➢ Pacientes com FC> 70 e e baixa fração de ejeção (<35%) ➢ Efeito inotrópico positivo DIURÉTICOS DE ALÇA ➢ Furosemida ➢ Cuidado com excreção de K e desidratação DIGOXINA ➢ Persistência de sintomas apesar de IECA ou BRA +BB + aldosternona + diuréticos ➢ Não tem benefícios na mortalidade INIBIDORES DE SGLT2 ➢ Dopaglifozina e empagliflozina ➢ Redução de mortalidade ➢ Cuidado ao associar com diuréticos Terapia adicional ❖ Reabilitação cardíaca ❖ Desfibrilador ❖ MP
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