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Porto Velho-RO 2024.1 CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS-AFYA MEDICINA TIC’S CLÍNICA INTERGRADA I BEATRIZ RODRIGUEZ RAMOS TIC’S SEMANA 10: DOR TORÁCICA AGUDA- RISCO DE VIDA Porto Velho-RO 2024.1 BEATRIZ RODRIGUEZ RAMOS TIC’S SEMANA 10: DOR TORÁCICA AGUDA- RISCO DE VIDA Atividade apresentada a Clínica Integrada I do curso de Medicina do Centro Universitário São Lucas como requisito parcial a obtenção de nota para compor a modalidade de TIC’S conforme a semana vigente. Docente: Profª. Me. Gabriella Sgorlon Oliveira S10: DOR TORÁCICA AGUDA-RISCO DE VIDA 1 – Nos pacientes com dor torácica aguda, algumas doenças podem representar risco iminente de vida. Quais são essas patologias? Qual a abordagem inicial de cada uma delas (de maneira sintética) na emergência? Experiência desagradável de sensações e emoções associadas a possíveis danos nos tecidos é como podemos definir a dor. Cada pessoa interpreta essa sensação de forma única. No contexto clínico, a obtenção de uma história detalhada é crucial para avaliar o paciente com dor, fornecendo insights não apenas sobre os possíveis mecanismos fisiopatológicos, mas também sobre seu estado psicológico. As causas da dor torácica são diversas, podendo variar desde problemas superficiais de pele e músculos até condições graves, como doenças cardíacas. Podemos classificar as causas de dor torácica em quatro categorias principais: cardíaca, gastroesofágica, pulmonar e osteomuscular. Além disso, sua intensidade e duração podem variar, desde episódios leves e recorrentes até dores intensas e prolongadas. Dor recorrente pode ser atribuída a condições como angina pectoris e distúrbios musculoesqueléticos. Por outro lado, dor intensa e prolongada pode indicar condições graves, como infarto agudo do miocárdio (IAM), aneurisma dissecante da aorta, embolia pulmonar ou pericardite aguda. Na sala de emergência, a classificação e estratificação da dor torácica são cruciais para determinar o curso de ação apropriado. Essas classificações incluem: - Tipo A – Definitivamente Anginosa: Características que indicam com certeza uma Síndrome Coronariana Aguda, independentemente dos resultados dos exames complementares. Isso inclui dor ou desconforto na região precordial ou retroesternal, frequentemente irradiando para o ombro, braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula, acompanhada por sudorese, náuseas, vômitos ou dispneia. - Tipo B – Provavelmente Anginosa: Características que sugerem fortemente uma Síndrome Coronariana Aguda, mas que exigem exames complementares para confirmação. - Tipo C – Provavelmente Não Anginosa: Características que não indicam uma Síndrome Coronariana Aguda como a principal suspeita, mas que requerem exames adicionais para exclusão. - Tipo D – Certeza que não é DAC: Indica um diagnóstico diferencial que exclui a Doença Arterial Coronariana. Abordagem Resumida de Doenças com Risco Iminente de Vida em Dor Torácica Aguda: 1. Síndrome Coronariana Aguda (SCA): • Oxigênio, aspirina, clopidogrel, nitroglicerina (se dor persistir). • ECG, troponina, raio-X tórax. • Avaliação cardiológica para reperfusão (invasiva ou farmacológica). 2. Embolia Pulmonar Aguda (EPA): • Oxigênio, acesso venoso, anticoagulação (heparina + anticoagulante oral). • D-dímero, gasometria, raio-X tórax, TC tórax (angio-TC se possível). 3. Dissecção Aórtica Aguda (DAA): • Controle da PA, beta-bloqueador, analgésicos. • Acesso venoso, monitorização, ETE, TC tórax. • Avaliação cardiotorácica (medicamentosa ou cirúrgica). 4. Tamponamento Cardíaco: • Pericardiocentese urgente. • Oxigênio, acesso venoso, monitorização, ecocardiograma, raio-X tórax. 5. Tensão Pneumotórax: • Punção torácica com agulha ou cateter pleural. • Oxigênio, raio-X tórax, monitorização. REFERÊNCIAS Goldman, Lee e Andrew I. Schafer. Goldman-Cecil Medicina. Disponível em: Minha Biblioteca, (26ª edição). Grupo GEN, 2022. Porto, Celmo C. Semiologia Médica, 8ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2019. Roscine Andrade Leite, M., Michely Gadelha do Nascimento, I., Carla da Silva, T., de Lira Silva, M., & do Nascimento Andrade Feitosa, A. (2019). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR TORÁCICA NA EMERGÊNCIA. Revista Interdisciplinar Em Saúde, 6(5). https://doi.org/10.35621/23587490.v6.n5.p111-127 Duarte, E. da R., Pimentel Filho, P., & Stein, A. (2007). Dor torácica na emergência de um hospital geral TT - Thoracic pain in a general hospital emergency. Rev. AMRIGS, 51(4).
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