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CADERNO Clínica integrada I Considerações anatômicas do final do epitélio juncional até a crista óssea se tem 1 mm de fibras de inserção (cristo dentais, cristo gengivais e transeptais) num periodonto saudável, todas essas fibras estão entre a JCE e a crista óssea. da JCE até a porção mais coronal do epitélio juncional se tem 1mm de fibras. do sulco oral até a crista da gengiva marginal mais 1mm de fibras consideramos que temos 3 mm de fibras da crista óssea até a crista da gengiva marginal logo, precisaremos de pelo menos 3mm para que os tecidos fiquem aderidos à raiz Deve-se retirar osso para que se acomodem os tecidos aderidos à raiz do dente, 3mm, para não haver risco da gengiva crescer e dá espaço para que possa ser feito um acabamento do preparo que foi feito. deve ser esperado 8 semanas para fazer um preparo final pois a gengiva trabalha nesse período e nunca a gengiva vai crescer além de 3mm do osso, ela para em 3mm. deve haver 3mm de estrutura dentária sadia acima da crista óssea tendo um bordo de preparo previamente definido. gengiva acima da JCE não pode ser retirada pois ocorrerá exposição da raiz Se o corte for feito rente à JCE, deve-se retirar de osso em um periodonto sadio, 1mm da margem para cima, pois há 1mm de fibras dentre a JCE e a crista óssea em um biotipo de osso fino, é mais seguro ser retirado 2 ou 2,5mm de osso para não correr o risco de exposição da JCE. A. Vista anterior ao tratamento. A paciente queixava-se de ter os “dentes da frente pequenos” e do diastema. Radiografias e sondagem indicaram que os tecidos gengivais estavam cobrindo o terço cervical das coroas. O osso cristal era fino e apresentava relação normal com a CEJ. A paciente preferia “gengivas cor-de-rosa”, se ela as pudesse ter. B. Uma incisão longa em bisel externo foi utilizada na gengivectomia. C. Essa vista demonstra a alteração de cor e a arquitetura agradável produzida na gengiva da região anterior 2 meses após a cirurgia. O diastema foi parcialmente fechado por meio de uma faceta direta nesse momento. D. Vista após tratamento mostrando melhora dos valores estéticos para a paciente. Análise das estruturas dentofaciais simetria facial linha interpupilar: nivelada ou desnivelada linha de sorriso: baixa, média ou alta linha média dental em relação à linha média facial exposição gengival durante a conversação e durante um sorriso amplo e relaxado harmonia das margens gengivais localização das margens gengivais em relação à CEJ fenótipo periodontal tamanho e proporções dos dentes/harmonia plano incisal/plano oclusal. Aspectos clínicos pacientes que apresentam correlações oclusais normais e guia incisal: nesses, a linha incisal dos dentes anteriores tem de permanecer inalterada, porém as coroas clínicas poderão ser alongadas pela exposição cirúrgica de estrutura radicular e pelo reposicionamento das margens cervicais das restaurações apicalmente à CEJ. pacientes que apresentam correlações oclusais anormais e um espaço interoclusal excessivo na região posterior da dentição, quando os dentes anteriores apresentam contato topo a topo: nesses, o comprimento dos dentes anterossuperiores pode ser reduzido sem provocar interferências oclusais na região posterior; além disso, a gengiva marginal pode ser ressecada ou reposicionada mais apicalmente antes da confecção das restaurações. nessa categoria de pacientes, procedimentos protéticos têm de ser realizados após o tratamento periodontal ressectivo para aumentar a dimensão das coroas. Em alguns indivíduos que apresentam exposição excessiva de gengiva, o tamanho e o contorno dos dentes e a localização da margem da gengiva podem estar perfeitamente normais. A exposição excessiva da gengiva nesses casos geralmente é causada por excesso vertical da maxila e por um terço médio da face longo. O procedimento periodontal de aumento de coroa clínica não será suficiente para solucionar esses problemas; em vez disso, a maxila tem de ser reposicionada por meio de um procedimento de cirurgia maxilofacial de grande porte. A razão risco-benefício e custo-benefício precisam ser detalhadamente avaliadas antes de se recomendar esse tipo de tratamento cirúrgico para corrigir problemas estéticos. Essa paciente mostra uma grande exposição de tecido gengival quando sorri ou fala. A paciente possui o terço médio da face longo e excesso vertical da maxila. A margem gengival localiza-se 1 mm coronalmente à CEJ, e as coroas anatômica e clínica são aproximadamente iguais. Aumento de coroa clínica Se um paciente precisar de uma retirada de gengiva de apenas 2mm para que fique com aspecto bom e tiver 5mm de gengiva coronária à crista óssea, não é necessário retirar osso, pois ficarão os 3mm necessários para suporte gengival. Em caso de prótese, se o tamanho do dente ganhar em 1mm, por exemplo, isso reflete em quanto de gengiva será retirada, tendo que ser entre 1mm e 2mm no máximo para não ficar com um dente maior do que o normal. anestesia bem sondagem periodontal. no nível do fundo da bolsa, a gengiva é perfurada e um ponto sangrante é produzido na superfície externa do tecido mole; as bolsas são sondadas e um ou mais pontos sangrantes são produzidos ao redor de cada dente da região. a sequência desses pontos demarcará a profundidade das bolsas na área indicada para o tratamento e é usada como um guia para a incisão incisão primária com bisturi ou gengivótomo de Kirkland. Na área em que a gengiva é volumosa, a incisão tem de ser feita mais apicalmente do que nas áreas em que a gengiva é mais delgada, onde se faz necessário um bisel menos acentuado. A incisão biselada é direcionada à base da bolsa. Nas áreas onde as bolsas interdentais são mais profundas que as bolsas vestibulares ou linguais (palatinas), quantidades adicionais de gengiva vestibular e/ou lingual (palatina) devem ser removidas, a fim de restabelecer o contorno “fisiológico” da margem gengival. Isso é normalmente obtido iniciando a incisão primária em um nível mais apical tecido mole interproximal é separado do periodonto interdental por meio de uma incisão secundária utilizando-se um gengivótomo de Orban (número 1 ou 2) ou um gengivótomo de Waerhaug (número 1 ou 2; uma versão modificada do gengivótomo de Orban com serrilhas os tecidos incisados são cuidadosamente removidos com uma cureta ou raspador pequenas compressas de gaze frequentemente precisam ser acomodadas nas áreas interdentais para controlar o sangramento. após o desbridamento meticuloso, as regiões dentogengivais são novamente sondadas para detectar alguma bolsa remanescente o contorno gengival é verificado e, se necessário, corrigido com o uso de gengivótomos ou brocas diamantadas proteção da área incisada por um cimento cirúrgico. Deve-se ter o cuidado de não deixar que o cimento fique muito volumoso, pois, além de desconfortável para o paciente, pode facilitar seu deslocamento. O cimento cirúrgico deve ser mantido por 10 a 14 dias. Após a sua remoção, os dentes devem ser higienizados e polidos. O excesso de tecido de granulação é eliminado com uma cureta. O paciente é orientado a higienizar a área operada, que agora apresenta uma anatomia diferente. A. Incisão primária. B. A incisão termina mais apicalmente em relação ao “fundo da bolsa” e é angulada para conferir à superfície incisada um nítido bisel. A incisão secundária, através da área interproximal, é realizada com um gengivótomo de Waerhaug. A gengiva incisada é removida com um raspador. Sondagem em busca de bolsas residuais. Compressas de gaze foram colocadas nos espaços interproximais para controle da hemorragia. O cimento cirúrgico foi colocado e adequadamente mantido. Procedimentos à retalho Incisões liberadoras verticais são feitas primeiramente para demarcar a área a ser operada iniciam-sena região mediana da margem gengival vestibular de dois dentes adjacentes à área a ser operada e continuam por alguns milímetros na mucosa alveolar. as duas incisões liberadoras são unidas por uma incisão gengival, que acompanha a margem gengival e separa o epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo inflamado da gengiva não inflamada. um retalho mucoperiósteo é elevado para expor pelo menos 2 a 3 mm do osso alveolar marginal. o colarinho de gengiva inflamada em torno dos dentes é removido com curetas e as superfícies radiculares expostas são cuidadosamente instrumentadas. Retalho original de Widman. Duas incisões liberadoras demarcam a área programada para a terapia cirúrgica. Uma incisão em bisel invertido é feita na margem gengival para unir as duas incisões relaxantes. O colarinho de tecido gengival inflamado é removido após a elevação de um retalho mucoperiósteo. é recomendado um recontorno ósseo com o objetivo de obter uma forma anatômica ideal do osso alveolar subjacente. após o desbridamento cuidadoso dos dentes na área cirúrgica, os retalhos vestibular e lingual são reposicionados e mantidos na posição por suturas interproximais. Através do recontorno ósseo, é restabelecido um contorno “fisiológico” do osso alveolar. As extremidades coronais dos retalhos vestibular e lingual são posicionadas na crista óssea alveolar e mantidas em posição por meio de suturas interdentais. Widman ressaltou a importância de posicionar a margem do tecido gengival no nível da crista óssea alveolar para que não haja bolsa remanescente. Frequentemente, as regiões interproximais do osso crestal ficam sem a cobertura de tecidos moles. Principais vantagens do retalho original de Widman em relação à gengivectomia, segundo Widman (1918): menos desconforto para o paciente, pois a cicatrização ocorria por primeira intenção; possível restabelecimento do contorno adequado do osso alveolar nas áreas com defeitos ósseos angulares. uma incisão intrassulcular é feita até a base da bolsa periodontal, e toda a gengiva (e parte da mucosa alveolar) é elevada com um retalho mucoperiósteo incisões liberadoras verticais são feitas para delimitar a área da cirurgia. após a elevação do retalho, a parte interna desse é curetada para a remoção do epitélio da bolsa e tecido de granulação. as superfícies radiculares são cuidadosamente desbridadas e quaisquer irregularidades da crista óssea alveolar são corrigidas ajuste dos retalhos Neumann (1920) ressaltou a importância da remoção das bolsas de tecido mole, ou seja, do reposicionamento do retalho no nível da crista óssea alveolar. basicamente um retalho de acesso usado para permitir um apropriado desbridamento radicular. Incisões de bolsa são feitas nas faces vestibular e lingual das áreas interproximais, estendendo-se para mesial e distal gengiva é retraída vestibular e lingualmente para a exposição das superfícies radiculares doentes que são cuidadosamente desbridadas defeitos ósseos angulares são curetados, mas não há remoção óssea após a eliminação do epitélio da bolsa e do tecido de granulação da face interna dos retalhos, eles são reposicionados na sua localização original e mantidos por suturas interproximais. Em contraste com o retalho original de Widman, bem como com o retalho de Neumann, a cirurgia a retalho modificado não inclui (1) remoção substancial dos tecidos não inflamados, (2) posicionamento apical da margem gengival. Esse método poderia ser útil em regiões anteriores da dentição por motivos estéticos, pois as superfícies radiculares não ficam muito expostas. Outra vantagem da cirurgia a retalho modificado é o potencial de regeneração óssea em defeitos infraósseos que frequentemente ocorrem, de acordo com Kirkland (1931). modelar o osso alveolar sem remover osso de “suporte”. exemplo: adelgaçamento de bordas ósseas espessas e o estabelecimento de um contorno festonado da crista óssea vestibular (lingual e palatina). remoção do osso que não tem função de suporte: em casos que a morfologia interdental pode impedir um recobrimento mucoso adequado após a cirurgia; para obter melhor acesso para desbridamento da superfície radicular intraóssea. o nivelamento de crateras interproximais e a eliminação (ou redução) de paredes ósseas em defeitos ósseos são frequentemente denominados de “osteoplastia”, já que, em geral, não há necessidade de ressecção do osso de suporte. Nivelamento de uma cratera óssea interproximal por remoção da parede óssea palatina. Por motivos estéticos, a parede V é mantida para sustentar a altura do tecido mole. o osso de suporte, ou seja, o osso envolvido diretamente na fixação do dente, é removido para remodelar defeitos no tecido duro causados pela periodontite. considera-se importante remover pequenas saliências ósseas que, frequentemente, permanecem nas áreas de ângulos diedros. objetivo: estabelecer uma anatomia “fisiológica” do osso alveolar, mas em um nível mais apical. A. Um defeito ósseo combinado de uma e de duas paredes, na face distal de um pré- molar inferior, foi exposto após afastamento dos retalhos mucoperiosteais. Visto que a estética não é um fator crucial a ser considerado nessa região, as paredes são reduzidas no nível da base do defeito, utilizando-se brocas esféricas sob irrigação constante com solução salina. B. Recontorno ósseo concluído. Observe que o osso de suporte foi removido das faces vestibular e lingual do segundo pré-molar e primeiro molar, para que a topografia do tecido duro possibilitasse uma adaptação adequada do retalho. O restabelecimento da nova gengiva livre, pelo crescimento tecidual que irá ocorrer em direção coronal a partir da linha de incisão da “gengivectomia”, indica que áreas denominadas “bolsa zero” apenas ocorrem após a gengivectomia. A cicatrização completa da gengivectomia leva de 4 a 5 semanas, embora, clinicamente, a área gengival apresente características de completa cicatrização após, aproximadamente, 14 dias (Ramfjord et al., 1966). Uma pequena remodelação da crista óssea alveolar também pode ocorrer após a cirurgia. quantidade inadequada de estrutura dentária para uma terapia protética apropriada. localização subgengival de linha de fratura. localização subgengival de lesões de cárie. RETALHO REPOSICIONADO APICALMENTE COM RECONTORNO ÓSSEO: no mínimo 4 mm de estrutura dentária sadia deverão ser expostos no ato cirúrgico. durante a cicatrização, os tecidos moles supracrista irão proliferar coronalmente para cobrir de 2 a 3 mm da raiz, deixando, portanto, apenas de 1 a 2 mm de estrutura dentária sadia localizada supragengivalmente. nesta técnica, os tecidos gengivais apresentam uma tendência inerente a não acompanhar mudanças abruptas no contorno da crista óssea; então, para manter a margem gengival na sua nova e mais apical posição, o recontorno ósseo deverá ser realizado não apenas no dente com problema, mas também nos dentes adjacentes para reduzir gradualmente o perfil ósseo. muito tecido de inserção é o sacrificado. indicação: alongamento da coroa em múltiplos dentes em um quadrante ou sextante da dentição. contraindicação: alongamento cirúrgico da coroa em um único dente na região estética. A terapia ressectiva cirúrgica para alongamento de coroa não pode ser confinada ao dente que necessita de tratamento. A e B. Os princípios da ressecção óssea exigem que osso seja removido dos dentes adjacentes para criar um contorno gradual no perfil da crista óssea. Isso provoca perda do aparato de inserção e também retração nos dentes adjacentes. EXTRUSÃO DENTÁRIA: se forças de extrusão moderadas são utilizadas, todo o periodonto de inserção irá mover-se em associação com o dente. o dente deverá ser extruído a uma distância igual ou ligeiramente superior à porção de estrutura dentáriasaudável que será exposta no procedimento cirúrgico subsequente. pode ser usada para nivelar defeitos ósseos angulares. contraindicação: a técnica de extrusão exige a utilização de aparelhos ortodônticos fixos. Portanto, em pacientes que possuem apenas alguns dentes remanescentes, têm de ser selecionada uma abordagem alternativa para o aumento de coroa pode ser feita uma extrusão dentária com fibrotomia. Extrusão ortodôntica utilizada para nivelar as margens gengivais, tratar a retração em um único dente e criar uma harmonia estética. A e B. A retração no incisivo central superior esquerdo expôs a superfície radicular escurecida no tratamento do canal radicular. As margens gengivais irregulares e a superfície radicular escurecida comprometem um sorriso que, de outra forma, seria atraente. C. Um arco ortodôntico com brackets em offset foi utilizado para extruir o incisivo lentamente. D. Foi realizado ajuste oclusal na face lingual da coroa para criar um espaço para erupção do dente. Nesta foto, após 1 mês de movimento dentário, percebem-se os tecidos gengivais movendo-se em associação com a superfície radicular do dente. E. Ocorreu erupção suficiente após 3 meses para nivelar as margens gengivais. Os brackets ortodônticos foram utilizados para estabilizar temporariamente e uma nova coroa foi preparada. F. A nova coroa diminuiu o aspecto escuro da superfície radicular. As margens gengivais niveladas e uma bonita coroa criaram harmonia estética. REFERÊNCIAS: Lindhe J, Lang KP. Tratado de Periodontia Clínica e Implantodontia Oral. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018. Capítulos 39 e 46. Remoção do material sólido do interior do canal radicular, permitindo sua re-instrumentação e posterior obturação. RAZÕES QUE LEVAM AO RETRATAMENTO: erro no diagnóstico: tentar um tratamento num dente fraturado, numa fratura vertical, com problema periodontal avançado.. falha na seleção do caso. dificuldades técnicas: ex; não ter o instrumental adequado. negligência do primeiro tratamento: o subobturações ou obturações insuficientes melhor subobturar que sobreobturar (dor) o perfurações: terço cervical e médio pode-se fazer uma obturação da perfuração com MTA; terço apical não mas tenta-se o retratamento principalmente se não existe lesão periapical o sobreobturação extensa: dificilmente consegue remover essa obturação. o instrumentos fraturados: se não consegue remover engloba na obturação. complexo no terço apical. Sempre o retratamento endodôntico é a primeira terapêutica de escolha; se não tiver sucesso se faz a cirurgia paraendodôntica, em último caso extração e implante. dentes associados a sinais e sintomas clínicos de inflamação ou infecção. casos de surgimento ou aumento da periodontite apical: às vezes faz o tratamento e não tinha lesão, e surge uma lesão, aí é caso para retratamento. dentes que apresentam canais inadequadamente preparados ou com acesso à câmara pulpar exposta ao meio bucal, com obturações deficientes ou ausentes e com indicação para troca de restauração na presença de sinais de recontaminação do canal, via microinfiltração coronária, seja por cárie ou comunicação com a cavidade oral por período de tempo excessivo superior a 30 dias e microinfiltração coronária no terço apical requer retratamento. pino metálico não é difícil tirar, mas os de fibra de vidro sim.. se for para troca de restauração não precisa retratar, mas se for PFF precisa. dentes com fratura vertical da raíz (exo). dentes que apresentam fratura no sentido mesiodistal da coroa com envolvimento dos tecidos de suporte do periodonto. dentes com pouca estrutura dental excessivamente enfraquecidos com poucas condições de restauração. dentes que apresentam múltiplas patologias associadas a perdas ósseas apicais e laterais. fratura longitudinal em corroa pode retratar, mas em raiz é indicada a extração. Índices do retratamento endodôntico: Bergenholtz (1979) - 660 dentes: “com” lesão apical e retratamento com Ca(OH)2: 78% de sucesso. “sem” lesão apical: 94% de sucesso nos retratamentos. sucesso semelhante aos casos de bio. cria-se um nicho para o solvente; pode ser feito com a broca de largo ou gates até a curvatura sai quase toda guta-percha, restando apenas no terço apical, assim se tem espaço para a lima atuar. espera-se mais guta que cimento. colocação solvente depende do tipo de cimento. cimento biocerâmico: muito difícil de remover; normalmente o eucaliptol não dissolve, aí tem que ir com instrumentos rotatórios. EUCALIPTOL: é menos irritante que o clorofórmio (também é solvente de guta percha, mas o extravasamento nos tecidos provoca uma reação tecidual). provoca uma diluição na guta percha penetrando até 0,9mm., a partir disso tem que ir repondo o eucaliptol e adentrando a obturação com a lima. quando a lima começa a chegar no terço apical suspende o uso de eucaliptol pra não ter reação. cuidar para não encostar na borracha do isolamento. coloca eucaliptol num pote dappen, leva a pinça aberta até o solvente e fecha ela (molha a ponta da pinça), depois vai na câmara pulpar, coloca a pinça em contato com o assoalho ou com a embocadura do canal em dentes monorradiculares abre a pinça e o líquido fica depositado na câmara pulpar. : usa limas de diâmetro maior emprego limas finas #10, só serve pra usar como primeiro instrumento (esquecer isso e partir para o próximo) Retratamento endodôntico PONTO CRÍTICO: término da obturação x continuidade do canal radicular: limas novas, movimentos curtos de pressão horário e anti-horário. Não se faz odontometria de retratamento com lima 08 ou 10 porque se restou remanescente de guta percha no terço apical, vai ser confundido com a lima e na radiografia não vamos perceber o que é lima e o que é obturação. usar lima 15 ou 20 pra odontometria. : ponto mais crítico é limpar o terço apical. a reinstrumentação deve ser ativa, com meios químicos auxiliares eficientes, para sanear bem o sistema endodôntico e se necessário for, medicação intracanal boa opção sempre, mas nestes casos não tem muita ação uma vez que não há debridamento completo do cimento dos túbulos dentinários. limas #25 ou #30, depois diminui o calibre conforme vai descendo apicalmente em casos de retratamento não precisa alargar o canal, apenas instrumenta objetivando remover o cimento obturador, exceto em casos que a anatomia do canal está muito mal instrumentada. depois obtura seguindo os princípios comuns. Cuidar com a instrumentação com as limas pra não levar a guta percha para os tecidos periapicais. Remoção via coronária: difícil, demorada, não bem sucedida (as vezes). fatores anatômicos. tipo: broca lentulo é mais fácil remover do que uma lima; gates também é fácil remover porque geralmente fratura perto do cabo e traz de volta pinçando. comprimento: quanto maior, mais fácil remover. localização do instrumento: terço apical é muito difícil porque vai encravar na dentina no terço médio e cervical da pra tentar. o instrumento no terço apical se ajusta ao canal, fica preso, então é muito difícil remover, o que dá pra tentar fazer é tentar ultrapassar com um instrumental mais fino pelo lado dele, entre o metal do instrumento e a parede do canal e obtura. Se não tem como fazer isso obtura o canal até o instrumento fraturado, não tem problema, não se condena o dente, o próprio instrumento está concluindo a obturação. caso tenha lesão periapical, tem que lançar mão de medicação intracanal, mas antes do hidróxido de cálcio, pode-se colocar na câmara pulpar tricresol formalina por 1 semana, uma vez que os vapores do tricresol vão fazer a desinfecção do caminho entre o instrumento e parede do canal chegando até a região perirradicular. Depois, pode-sedeixar o hidróxido de cálcio por 15 a 30 dias e na obturação, pode-se primeiro preencher com cimento para este adentrar nos espaços entre instrumento e canal. se consegue ultrapassar o instrumento, faz a odontometria normal e movimentos de limagem curto para não empurrar ainda mais o instrumento fraturado em sentido apical (alargamento do canal torna possível soltar o instrumento fraturado). espaço de até 1 mm entre obturação e restauração ou pino não é preocupante. microscópio clínico operatório. pontas de ultrassom. localizadores apicais. sistemas rotatórios de movimento contínuo. sistemas rotatórios de movimento alternado ou reciprocante tem instrumentos próprios pra retratamento e não há necessidade de usar solvente Via de comunicação Entre os tecidos periodontal e periapical: forame apical canais acessórios: 60% dos PMS, 78% na região apical (canais acessórios mais volumosos na região apical) pacientes jovens tem mais numero de canais acessórios túbulos dentinários defeitos iatrogênicos e fraturas anamnese exame clínico exame periodontal (seis sítios por dente) mobilidade intrusiva normalmente comprometimento periapical mobilidade lateral integridade da mucosa ponto de flutuação, fístula via gengiva ou tecido marginal (provavelmente lesão endoperio) integridade da coroa e da raiz (se houver retração gengival) teste de vitalidade: se der vital não iremos ter lesão endoperio (exceção em dentes multirradiculares) exame radiográfico. Diagnóstico pulpar: necrose pulpar, previamente tratado ou terapia previamente iniciada. Diagnóstico periapical: Periodontite Apical assintomática ou Abcesso apical crônico (tem fístula). Diversas condições pulpares não podem ser diferenciadas por radiografias periapicais. Os sintomas e as respostas ao frio explicados aqui são os achados gerais, mas podem ocorrer exceções. A resposta dos pacientes à pressão pode ser decorrente da hiperoclusão em casos de pulpite reversível. Na ausência de tais fatores, as queixas do paciente refletem principalmente a sensibilidade térmica. A pulpite irreversível sintomática pode ser sintomática e dolorosa, conforme descrito, ou pode ser assintomática e não dolorosa. A pulpite irreversível assintomática é baseada na presença de inflamação pulpar, como, por exemplo, cáries extensas, hiperemia ou lesões traumáticas, na ausência de sintomas subjetivos do paciente. A polpa necrótica pode causar exacerbação do sintoma, incluindo dor latejante espontânea. No entanto, tal sensibilidade resulta de inflamação perirradicular. O sintoma e outras descrições da doença perirradicular individual são os achados gerais em relação aos quais podem ocorrer desvios. Periápice normal pode estar associado à polpa normal, inflamada ou necrótica. A diferença entre a periodontite perirradicular aguda e o abscesso perirradicular agudo é que a primeira está confinada ao dente envolvido e a última é mais generalizada e frequentemente apresenta-se como um edema maciço nos tecidos perirradiculares afetados. A palpação na periodontite perirradicular aguda pode provocar sensibilidade após a progressão da doença através da tábua cortical. A radioluscência cortical pode estar presente no abscesso perirradicular agudo avançado. A terminologia diagnóstica é baseada nas recomendações da American Association of Endodontists Consensus Conference, como mostrado em Glickman GN: AAE consensus conference on diagnostic terminology: background and perspectives. J. Endod 35:1634, 2009. paciente só com problema periodontal raramente irá desencadear um problema pulpar pacientes com problema pulpar com formação de abscesso periapical, esse pus tende a drenar via gengiva inserida, podendo furar a tábua óssea e sair na vestibular, decompondo e desorganizando as fibras colágenas e assim gerando as lesões endo perio. mais em comum em pacientes periodontais no estágio 3 e 4 com grau B e C (defeitos intraósseos, com progressão rápida) devido a PO. obs: doença pulpar não é por disbiose, mas por infecção. Severidade da periodontite associada a gravidade e alterações histológicas na polpa: quanto mais perda de inserção, maior a inflamação pulpar. Epidemiologia mais em pacientes com periodontite mais avançada. homens, diabéticos, fumantes e com aspecto socioeconômico baixo. Patogênese Progressão da doença pulpar e perirradicular. (A) O dente normal sem qualquer doença pulpar é ricamente vascularizado e Lesões endo-perio inervado. (B) Com desafio microbiano, como a cárie, a inflamação tecidual local pode ocorrer na polpa adjacente ao sítio da lesão cariosa, bem como nas regiões apicais (cabeças de seta). (C) A inflamação pulpar pode levar a uma diminuição no fluxo sanguíneo pulpar (FSP) decorrente de um aumento na pressão intrapulpar (PIP), causando necrose pulpar (mostrada em cinza). (D) A necrose pulpar, se não for tratada, pode causar inflamação crônica dos tecidos perirradiculares e formação de abscessos, levando a uma fístula que drena. numa lesão inicialmente periodontal pode ter um acúmulo de biofilme na porção mais apical da bolsa e a partir daí o epitélio juncional vai migrando para a porção mais saudável do periodonto, e assim, se tem a perda de inserção que pode ser tanto nas faces laterais quanto na furca. há casos que se tem tanto uma doença periodontal atuando na porção marginal do periodonto e uma lesão periapical atuando na porção apical. essas lesões podem ser combinadas, a doença periodontal “desce” e a doença periapical “sobe”. similaridade entre a microbiota dos canais radiculares e bolsa periodontal (complexos vermelho e laranja). diversidade microbiana alta (mais alta na bolsa periodontal). nenhum microorganismo exclusivo. preparo químico-mecânico dos canais radiculares reduz consideravelmente a carga microbiana da lesão como um todo reduz o agente infeccioso periodontal e periapical. O importante será determinar qual dessas doenças é a mais significativa desse processo. Quanto a complexidade Fratura radicular Perfuração da câmara ou do canal radicular Reabsorção radicular externa Paciente COM periodontite Grau 1 Bolsa profunda e estreita em uma face Grau 2 Bolsa profunda e ampla em uma face Grau 3 Bolsa profunda em mais de uma face Paciente SEM periodontite Grau 1 Bolsa profunda e estreita em uma face Grau 2 Bolsa profunda e ampla em uma face Grau 3 Bolsa profunda em mais de uma face cada grau envolve um prognóstico diferente o grau 1 é melhor prognóstico que o grau 3. Pior lesões com defeito radicular (fratura, perfuração da câmara ou do canal radicular, reabsorção radicular externa). bolsa periodontal profunda estreita em uma face bolsa da drenagem de pus do abscesso é estreita quer dizer que temos muita mais da etiologia pulpar do que periodontal, a bolsa periodontal até pode ser mais estreita também, mas nunca em um ponto só. não iremos ter mais só comprometimento periapical, podendo ter periodontal. comprometimento em mais de uma face; bolsas estreitas ou amplas, além do hopeless. Quanto à origem Classificação das lesões endoperiodontais. (A) A infecção pulpar primária pode levar à periodontite crônica perirradicular, por meio da qual uma radioluscência periapical pode desenvolver-se e migrar para cervical. Os molares inferiores também podem ter canais acessórios em orientação lateral ou na área de furca. Esses canais acessórios podem permitir a migração da infecção pulpar primária e causar a destruição secundária do periodonto em seus respectivos locais. (B) A infecção periodontal primária pode levar à extensa destruição da crista óssea alveolar, que migra da região cervical até o ápice. Nessas lesões, pode-se encontrar perda óssea generalizada em torno deum único dente ou, muitas vezes, é possível envolver vários dentes adjacentes. Por causa da continuidade pulpar-periodontal através do forame do canal principal ou através dos canais acessórios, a extensa infecção periodontal pode causar irritação nos tecidos pulpares. (C) Ambas as infecções, pulpar primária e periodontal primária, podem ocorrer simultaneamente em uma lesão endoperiodontal “independente”, exibindo as respectivas características de cada. (D) As infecções pulpar primária e periodontal primária podem ocorrer extensivamente nesta lesão endoperiodontal “combinada” Varia Desconforto leve Varia Varia Comprometida Intacta Comprometida Comprometida Radioluscência periapical Perda da crista óssea Radioluscência periapical separada e lesões na crista Lesões ósseas continuas da crista alveolar até o ápice Vital Vital Não vital Não vital Sondagem estreita até o ápice Perda óssea generalizada Perda óssea generalizada Perda óssea generalizada com sondagem estreita até o ápice uma doença que começa na polpa e de alguma forma compromete o periodonto. sintoma vai ser variável podendo estar sintomático mas na grande maioria vai estar em necrose integridade da coroa vai ser comprometida, seja com cárie, fratura na radiografia lesão vai estar especialmente comprometendo a região periapical de forma ampla para sentido apical em dentes multirradiculares pode ter raízes não vitais e outras vitais sondagem estreita poderá começa a sair pus e o paciente sendo dor devido ao ligamento periodontal estar comprometido. desconforto vai ser leve paciente tem hipersensibilidade, sangramento na boca, gosto ruim sintomas de paciente periodontal tendo a coroa intacta, na radiografia veremos a perda da crista óssea, comprometimento marginal quase chegando no ápice, e mesmo assim terá a vitalidade pulpar do dente sondagem com perda óssea generalizada. a sintomatologia é variável integridade da coroa comprometida radiografia: traço ósseo que divide as lesões, não terá vitalidade pulpar e perda óssea generalizada. sintoma variável coroa comprometida lesões contínuas da crista alveolar até o ápice sem vitalidade perda óssea generalizada com sondagem estreita até o ápice Conclusões tanto a periodontite apical pode afetar o periodonto marginal, quanto a periodontite pode afetar os tecidos periapical e pulpar, especialmente via forame apical necrose pulpar é uma condição necessária no diagnóstico de lesão endoperiodontal Periodontite e periodontite apical são condições suficientes no diagnóstico de lesão endoperiodontal. a tomada de decisão no diagnóstico precisa combinar informações do histórico do paciente, exame periodontal, testes térmico, percussão, palpação e exame radiográfico. alta diversidade microbiológica tanto no canal radicular quanto (principalmente) na bolsa periodontal. DETECTADO QUE O PACIENTE PODE TER LESÃO ENDOPERIODONTAL: primeiro ver se há um defeito na raiz, se tiver defeito complica, podendo ser escolhido a exodontia. se a raiz estiver íntegra, iremos definir se o paciente tem periodontite, isso será chave para sabermos se iremos fazer só o tratamento endodôntico ou adjunto a isso o tratamento periodontal. defeitos verticais tem taxa de reparo ósseos maior que os horizontais. inicialmente será feito o tratamento supra se o paciente precisar, e posteriormente o tratamento endodôntico, prognóstico melhor tendo uma neoformação óssea periapical e tecidos periodontais (ligamento periodontal) Contribui para sabermos o real fundo da bolsa periodontal, esperamos a cicatrização por 6 meses e daí realizamos o tratamento subgengival se necessário. Paciente sintomático: fratura ou defeito radicular na grande maioria das vezes (fratura, trinca, perfuração, pérolas de esmalte na raiz, iatrogênia); se não faz o exame em toda a boca e detecta se tem periodontite ou não. Paciente assintomático: grande chance de não ter nenhum dano radicular. Newman e Carranza : periodontia clínica / Michael G. Newman .. [et al.] ; tradução Flor de Letras .. [et al.] ; revisão científica Luciana Saraiva, Marinella Holzhausen. - 13. ed. Rio de Janeiro: Gen, 2020. Cap. 46. atualmente vemos um declínio na prevalência de carie e aumento percentual de indivíduos livres de carie. aumento da prevalência de erosão e LCNC 45%-51%. percentual de traumatismo dentário entre 9% e 34%. A maioria da procura é por fatores associados a estética, como: diastemas que ocorrem em 5-34%. dentes conoides 20%. discrepância de Bolton (dentes pequenos comparado a arcada) 38% hipoplasia 16% defeitos de esmalte pós trauma 25% valorização da estética pela mídia e redes sociais. Assim, deve-se planejar os casos com ferramentas adequadas. A fotografia é um excelente recurso, vê vários ângulos e situações, variamos luz, lábios em repouso ou sorrindo. Sendo importante usar afastadores para foto e espelhos de contraste. E além disso, precisamos conhecer os princípios estéticos faciais, dentais e gengivais e perceber a estética do sorriso. durante o dia realizamos diferentes movimentos e emoções e com isso diferente exposição dos dentes e da gengiva. análise estática: fotos frontal, lateral, angulação de 45° e com diferentes amplitudes de sorriso. análise dinâmica da face e do sorriso: vídeos com determinadas palavras, gestos, frases. as duas são importantes, se sobrepõem e se complementam. dividem a face em terços superior, médio, inferior. linha interpupilar/ linha dos lábios: a interpupilar é importante porque possibilita a análise da maxila paralela ao solo. quando o paciente está sério a linha interpupilar e a linha entre as comissuras labiais devem ser paralelas. análise das linhas pode também serem feitas com paciente sorrindo. se dividir a linha interpupilar por 6,6 da o valor da largura dos IC. linha média é a principal; deve coincidir com a linha média dos incisivos. linha pupila/canto da boca e linha canto dos olhos, nariz, caninos bilateral. cor, textura, forma e arquitetura são fundamentais na estética geral do sorriso e devem ser incluídos no planejamento estético. SAÚDE GENGIVAL: cor rosa, textura pontilhada MORFOLOGIA: pode ser alterada pela posição dos dentes, idade e existência de um tratamento periodontal prévio. idealmente as margens gengivais são biseladas, papilas cônicas e preenchendo as ameias até a região apical do ponto de contato. ARQUITETURA: simetria, localização do zênite, contorno gengival. esse aspecto tem relação com exposição gengival que varia conforme a quantidade de tecido gengival exposto (alto, médio, baixo). ALTO: expõe toda a coroa de anteriores acompanhado de uma faixa de gengiva. nesse caso os aspectos de arquitetura são muito importantes para a estética do sorriso. sorriso gengival quando a exposição é maior que 3mm, menos do que isso ainda é estético. MÉDIO: expõe 75% da coroa e expõe as papilas gengivais. é um parâmetro positivo e associado a jovialidade. idosos não expõem muito a gengiva. BAIXO: menos de 75% das coroas exposta e sem exposição gengival. Planejamento estético em dentes anteriores quanto mais central a assimetria (mais mesializada), maior o comprometimento estético do sorriso. os incisivos centrais é o mais crítico, mas com correção cirúrgica já melhora muito. Linha interpupilar, linha comissural e linha que passa no contorno dos incisivos centrais devem ser paralelas, e também paralela a linha incisal dos incisivos. ZÊNITE: porção mais apical do contorno gengival, no incisivo central é mais distal. CONTORNO GENGIVAL: a altura do contorno do IC normalmente é igual a do canino e a do lateral é um pouco mais a baixo,mais incisal. Atualmente todos anteriores no mesmo plano também é considerado estético. forma, posição, dimensões, proporção, formato e localização de bordas incisais, aberturas das ameis, linha do sorriso e localização dos pontos de contato. LINHA DO SORRISO: tangencia as pontas dos caninos e as bordas incisais dos incisivo e deve acompanhar a curvatura do lábio inferior. BORDAS INCISAIS: devem ter formato de prato fundo, sendo a borda dos IL mais apical em relação a borda dos IC. forma um degrau em relação aos centrais (posição vertical dos laterais), sendo que essa distância nas mulheres tem 1- 1,5mm e homens 0,5-1mm. Esses parâmetros nos mostram a dominância dos incisivos centrais, assim devem ser os dentes mais aparentes e a simetria entre esses dentes é outro parâmetro a ser considerado. SORRISO RETO: borda incisal dos laterais e centrais e pontas do canino são coincidentes, perde um pouco da estética e da jovialidade. SORRISO INVERTIDO: comprimento dos laterais e dos caninos em relação aos centrais é maior. entre os incisivos centrais: relação ideal que a largura mesio distal deve corresponder a 80% da sua altura. 75-85%.: relação altura largura que é bastante aceita menos de 75% o dente é muito estreito e mais de 85% é muito curto e amplo (mais quadrado). auxilia no planejamento para determinarmos largura e altura e a partir daí dimensões dos demais dentes. analise da distância mesio-distal dos dentes anteriores em uma vista frontal aparente não é largura real, é a largura em uma vista frontal. IC tem 100% de largura, o lateral 62% (ou proporção 1,6) da largura do central e o canino 62% da largura do lateral. essa proporção é dificilmente encontrada no sorriso, mas é uma importante referência para determinar a largura. contatos migram apicalmente quando nos afastamos da linha mediana do sorriso. nos IC é bem incisal e a medida que os dentes se posicionam mais distalmente o ponto de contato migra apicalmente com impacto na abertura das ameias. ameias interincisais nos IC apresentam abertura mais estreita e aumenta à medida que as ameias vão se afastando da linha media. isso ocorre pela localização dos pontos de contato e posição vertical dos IL e C. sofre impacto da localização dos pontos de contato diminui conforme se afasta da linha média. entre os IC corresponde a 50% da altura total, entre central e lateral 40% e entre lateral e canino 30%. angulações é eixo e ângulo de inserção no sentido mesio distal. inclinação é sobre a inclinação vestíbulo lingual. os eixos dentários apresentam diferentes inclinações e angulações o eixo axial dos dentes a região anterior converge em direção a linha inter-incisiva e essa angulação aumenta nos laterais e caninos. isso é muito importante para a definição do contorno gengival e forma da coroa. alinhamentos divergentes geram defeitos estético difíceis de corrigir de modo conservador. a inclinação converge em direção a linha media e aumenta à medida que nos aproximamos dos IL e C; é menor no IC e aumenta no IL e C. Já a inclinação do eixo vetibulo lingual é maior nos centrais e diminui nos laterais e caninos. Essas questões são mais difíceis de ser corrigidas. Podemos avaliar em vista lateral também. As 3 paralelas entre si. primeiro faz a documentação fotográfica e diagnóstico da situação clínica. modelo de estudo e encerramento diagnóstico. proporção altura largura: colocar linhas no power point e calcular a porcentagem. análise de largura na proporção dourada: traça linhas e coloca uma abaixo da outra e usa as mesmas ferramentas de antes. análise da arquiteta gengival: IC e C alinhados e mais apical em relação aos IL e essa linha incisal deve ser paralela a curvatura do lábio inferior. análise da simetria: depois coloca as linhas para ver simetria dos dentes do lado oposto copiando a linha de um lado e levando ao lado oposto. avalia as inclinações e angulações. pontos de contato e ameias análise da distância da crista óssea e ponto de contato. planejamento: objetivando o formato de prato fundo e evitando a formação de triângulos negros, os quais são formados quando não há migração completa da papila. Para isso, deve-se estabelecer a distância entre crista óssea e ponto de contato, visualizando-se por radiografia ou sondagem. Quando a distância é menor de 5mm, em 100% dos casos ocorre migração completa da papila. Já quando for 6mm, só em 56% dos casos a papila preenche, e quando é maior que 7 só em 27% dos casos. técnica que associa os princípios da técnica indireta (inlay e onlay) com material utilizado na técnica direta. feito pelo dentista. tanto posteriores quanto anteriores (lentes de contato, restaurações classe V). preparo tem que ser expulsivo pra conseguir tirar o provisório. PODE SER FEITA DE DUAS MANEIRAS: duas sessões (faz modelo e provisório, e faz a técnica restauradora longe do paciente e na outra sessão cimenta. Chair side (ao lado da cadeira): paciente é moldado, dentista faz a restauração fora da boca e já cimenta na mesma sessão. Etapas: preparo cavitário, moldagem, modelo, restauração, cimentação adesiva. cerâmica só pode ser feita em duas sessões, resina pode ser feito das duas formas. dentes com extensa destruição dentes com caixas proximais amplas, dentes com grande perda de tecido e com perda de cúspide. em limitações da técnica direta: dificuldade técnica, acesso, ponto de contato, adaptação e selamento marginal, além da contração de polimerização. hoje já tem indicação de classe V (LCNC) e lentes de contato se o preparo for expulsivo classe 3 não tem como porque preparo é retentivo. TEMPO DE CONSULTA + - +/- RESISTÊNCIA - + +/- CUSTOS - + +/- ESTÉTICA + + + ADAPTAÇÃO - + + LONGEVIDADE - + - LISURA - + +/- CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO - + + PONTO DE CONTATO - + + melhora algumas características da resina composta: se for fotopolimerizada fora da boca se consegue maior grau de conversão da resina composta. melhora propriedades mecânicas e resistência ao manchamento (estabilidade de cor). se a restauração for feita fora da boca, a gente consegue maior controle sobre o termino, ponto de contato, adaptação cervical e é mais fácil fazer a estrutura fora da boca. usado para esculpir podem ser flexíveis (silicone e poliéter) ou rígidos (gesso, quando usa este precisa usar isolante) sempre que puder usar esses, são os mais indicados. pode-se fazer um troquel e se consegue obter uma restauração de melhor manipulação VANTAGENS: presa rápida, não precisa usar isolante, não fica resíduos do gesso na restauração, facilita a escultura, pode-se dobrar e cortar o modelo na hora de verificar o ponto de contato e adaptação cervical podem ser realizados em silicone de adição ou com poliéter, e isso depende do material que for feita a moldagem. moldagem com silicone, o modelo flexível vai ser de poliéter; se moldar com poliéter, o modelo flexível vai ser de silicone; se moldar com alginato, pode escolher entre poliéter e silicone. Remoção de tecido cariado CARACTERÍSTICAS DA CAVIDADE: cavidade retentiva e expulsiva: usa pontas diamantadas 3031 F e FF usa paralelos pois já conferem a configuração levemente expulsiva. pode fazer uma base com resina nas áreas retentivas pra preservar estrutura sadia e deixar expulsivo cria a curva reversa de hollemback ângulos internos devem ser arredondados. deixar a cavidade lisa: quanto mais liso o preparo melhor a moldagem e modelo, e melhor adaptação da peça ao preparo cavitário Acabamento do preparo previamente a moldagem. Moldagem com silicone: dente deve estar seco pastaleve aplicada sobre todo o preparo, preferencialmente com fios retratores, principalmente quando o preparo é subgengival, e depois manipula a pasta pesada e leva na moldeira Modelo feito com poliéter. Tomada de cor Confecção da restauração com resina composta. pode ser feita tanto em duas ou uma sessão, depende da habilidade do profissional. PÓS POLIMERIZAÇÃO: polimerização adicional por calor aumenta o grau de polimerização e de conversão dos monômeros libera os monômeros residuais que estão no corpo da restauração pode ser feita na autoclave ou no micro-ondas no microondas é colocado a restauração num copo com água e deixar em potência alta por 4 a 5 minutos Restaurações semi-indiretas melhora as propriedades mecânicas, o grau de polimerização e dá mais estabilidade de cor a resina composta. Polimento: pode ser feito pós polimerização; se não fizer a pós polimerização não tem problema, só deixa de ter esses benefícios. FASE DA CIMENTAÇÃO: Prova da restauração em boca: treinar o eixo de inserção, adaptação fendas podem ser removidas através do desgaste. Preparo da peça: tratar a superfície interna da restauração com jato de óxido de alumínio ou ponta diamantada esférica limpeza e micro retenções. Lava a peça, aplica adesivo e fotopolimeriza. Tratamento na superfície do preparo: condicionamento ácido, adesivo e fotopolimerização. Aplicar agente de cimentação Remover excesso de agente cimentante. Fotopolimerização Aplica gel bloqueador de oxigênio para que o agente de cimentação não tenha contato com oxigênio e consiga polimerizar a camada inibida por oxigênio. essa camada pode ser removida com o acabamento. Remoção de excessos com tiras e borrachas abrasivas. restaurações com grandes espessuras pode substituir o jato por asperização (ponta diamantada); com faceta não tem como, quebra com a ponta diamantada) restaurações com grandes espessuras usar agente cimentante duais ou químico em facetas pode cimentar com resinas flow, com sistemas cimentantes fotopolimerizáveis pra facetas, resinas compostas aquecidas (mais fluidas e escoam pra cimentação). evitar agentes cimentantes duais ou químicos em facetas devido a amina terciaria que amarela com o passar do tempo. cuidar pra ficar fino o sistema adesivo, se fica grosso interfere na adaptação. em faceta pode passar adesivo e colocar a restauração e depois fotopolimerizar. faceta é fina e vai fotopolimerizar o adesivo junto. TONOLLI, Gustavo; HIRATA, Ronaldo. Técnica de restauração semi-direta em dentes posteriores de tratamento. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent, p. 90-96, 2010. MARQUES, Sanzio; GUIMARÃES, Márcia Marcondes. Técnica semidireta como opção restauradora para dentes posteriores. Revista Dental Press de Estética, v. 12, n. 2, 2015. molhamento de superfície: relacionada com a energia de superfície ao substrato que irá fazer a adesão micro retenção: micro embricamento em esmalte interação química ESMALTE: estrutura praticamente mineral 97%, principalmente hidroxiapatita, e vai ter 3% de água e compostos orgânicos DENTINA: 70% de matéria mineral (hidroxiapatita) e 20% de matéria orgânica (como fibras colágenas) e 10% de água Smear layer: camada de lama dentinária, composta por restos de matéria orgânica e inorgânica, que vai ser formada na superfície da dentina após a instrumentação, acarretando na oclusão dos túbulos dentinários, também chamados de smear plugs, diminui a permeabilidade da dentina. O condicionamento ácido servirá para remover a smear layer, mas se for adesivos autocondicionantes essa lama ficará incorporada dentro da camada adesiva. tags de resinas: prolongamentos dos túbulos camada híbrida: zona de interdifusão entre a parte do substrato da dentina e o material que é o adesivo. uma camada híbrida bem formada é fundamental para se ter uma adesão adequada em dentina e vai depender da correta penetração dos monômeros através dessa zona desmineralizada. Classificações Padrão ouro OptiBond FL ADESIVO 3M ácido por 15s esmalte e dentina lavagem e retira excesso de água com seringa tríplice deixar levemente úmido. primer em esmalte e dentina com microbrush e seca por 5s. não lava nem fotopolimeriza adesivo: espalhar e fotopolimeriza por 10s. Catalisador: situações que não irei ter uma passagem total de luz, assim a ativação do sistema adesivo fica dual com ativação química também. Usado em condutos radiculares para cimentação de pinos. Após a aplicação do ácido fosfórico no esmalte a energia de superfície aumenta, ficando mais propenso para receber o adesivo, mas na dentina acontece ao contrário, a energia de superfície diminui, não ficando apta para receber o adesivo, por isso o primer é aplicado, aumentando novamente a energia de superfície. 3M - SINGLE BOND 2 ácido por 15s esmalte e dentina lavagem e remoção dos excessos, deixando a superfície levemente úmida primer/adesivo: 2-3 camadas consecutivas de adesivo por 15s, agitando (aplicação ativa) evaporar solvente 5s e fotopolimerização por 10s. Não necessita de condicionamento ácido pois o primer é ácido Padrão-ouro: Clearfil SE bond CLEARFIL SE BOND primer: deixa agir por 20s, não lavar, secar com um leve jato de ar. Adesivo: distribuir uniformemente com o jato de ar, fotoativar por 10s Materiais dentários - aplicados à Clínica Integrada - Esse adesivo permite que seja feito o condicionamento ácido seletivo de esmalte para melhor adesão. não encontrado mais no mercado. aplicar na superfície 20s e polimerizar. o mesmo adesivo pode ser utilizado com condicionamento ácido prévio ou com o autocondicionante 1 ou 2 passos novos no mercado, versatilidade no modo de condicionamento e presença de monômeros funcionais (10- MDP) grupo metacrilato: grupo monômero que irá se ligar a outra molécula responsável pela polimerização. grupo funcional: ácido fosfórico, responsável por se unir quimicamente ao cálcio da hidroxiapatita, união química com o substrato, também sendo responsável pela parte do condicionamento (adesão micromecânica) então se tem adesão química e mecânica 3 diferenciais: VMSV: copolímero do vitrebond (cimento de ionômero de vidro da 3M) – união química. M: MDP S: Silano (agente de união para adesão com cerâmicas vítreas). Pode ser usado a técnica do condicionamento ácido total, seletivo ou com autocondicionante. performance depende do material. em esmalte a estratégia de condicionamento ácido prévio melhorou a resistência de união ao esmalte, comparado ao modo autocondicionante. em dentina a resistência de união foi dependente do pH do adesivo. ultra-suave: pH mais alto suave: médio pH intermediário: pH mais baixo, abaixo de 2 ULTRA- SUAVE - SUAVE = = = = INTERM, FORTE Five-year clinical evaluation of a universal adhesive: a randomized double-blind trial estudo de 5 anos sugere a estratégia de condicionamento seletivo de esmalte, mas são necessários mais estudos clínicos. compósito resinoso, com menor % de partículas de carga, podendo ou não conter monômeros funcionais em sua composição. fica entre um sistema adesivo e uma resina composta em relação a partículas de carga ele não tem solvente e precisa ter uma fluidez para a cimentação, mas com propriedades de resistência reduzidas em relação a resina composta. Cimentos duais ativação: química e luz foto-ativadores (CQ) e ativadores químicos (aminas terciárias) monômeros funcionais (auto adesivos) apresentação: pasta base + catalisador (ativação quimica) tempo de trabalho limitado menor prazo de validade (6 meses após aberto) necessita de umsistema adesivo para condicionar o substrato dental adesivo: autocondicionante (1 ou 2 passos); condicionamento ácido prévio (2 ou 3 passos); universal (1 ou 2 passos). CIMENTAÇÃO DE ONLAY – RELYX ULTIMATE E SINGLE BOND UNIVERSAL não necessita primer ou um sistema adesivo para condicionar o substrato dental. sistema simplificado CIMENTAÇÃO DE OVERLAY – RELYX U200 de acordo com estudos laboratoriais, os convencionais apresentam maior resistência de união ao substrato dental. sistema adesivos apresentaria maior capacidade de hibridizar o substrato dental (melhor escoamento, maior penetração no substrato dental, maior potencial condicionante). maior número de passos, quando corretamente executados, permite que os componentes desempenhem melhor suas funções (primer, solvente, monômeros funcionais, etc) adesão mais forte ao esmalte (etch-and-rise) Cimentos foto-ativáveis ativação apenas pela luz principal ativador: canforoquinona utilizados em combinação com os sistemas adesivos composição simples (como uma resina composta flow) maior estabilidade química (composição menos complexa, sem reação química de ativação). Grande opção de cores e níveis de translucidez. ausência de monômeros funcionais (presente no sistema adesivo) apresentação: bisnaga única com cimento (tem em kits completos que tem um cimento para teste antes da cimentação final) maior controle no tempo de trabalho maior prazo de validade ex: uso em facetas (porque como são fotoativados precisam ser restaurações finas) RELYX VENEER E SINGLE BOND UNIVERSAL Indicação dos cimentos resinosos Melhor indicação Coroas totais, inlays e onlays em condições adequadas - Pinos e núcleos metálicos - Coroas totais, inlays e onlays dificuldade de isolar; paciente pouco colaborativo Lâminas cerâmicos (facetas e lentes de contato) Atenção - Coroas totais, inlays e onlays dificuldade de isolar; paciente pouco colaborativo - Pinos e núcleos metálicos Coroas totais, inlays e onlays em condições adequadas tratamento da peça depende do tipo de cerâmica; já o tratamento do dente depende do tipo de cimento usado. Basicamente dois critérios para análise nos estudos: estabilidade de cor, textura, integridade marginal, cárie secundária alfa, beta, charlie, delta em estudos mais recentes é o mais usado e mais criterioso avalia de 1 a 5. propriedades estéticas: brilho, cor translucidez, forma anatômica. propriedades funcionais: fratura, retenção, adaptação marginalizados, contorno oclusal e desgaste, forma anatômica da superfície proximal, ponto de contato, exame radiográfico e visão do paciente. propriedades biológicas: hipersensibilidade pós operatória, vitalidade pulpar, recorrência de cárie, integridade do dente, trincas, fraturas, condição periodontal e da mucosa adjacente, saúde oral e geral do paciente dentro de cada propriedade tem uma série de características. TAXA DE SOBREVIDA: % de restaurações clinicamente aceitáveis em um determinado período de tempo. Ex: 90% em 10 anos. TAXA ANUAL DE FALHA (ANNUAL FAILURE RATE - AFR): % de restaurações que falham por ano; usada na maioria dos estudos. Ex: 2% LONGEVITY OF POSTERIOR COMPOSITE RESTORATIONS: A SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS taxa de falha dependente do perfil do paciente, por exemplo, em paciente com alto risco de cárie, tem risco maior de falha. em 1 ano, o que mais causa falha é problema pulpar; em 6 é cárie. As principais razões de falha foram cárie secundária e fratura; quanto mais superfícies restauradas, maior a probabilidade de falhar e paciente de alto risco de cárie falha mais que o de baixo risco. LONGEVITY OF POSTERIOR DENTAL RESTORATIONS AND REASONS FOR FAILURE Serviço público da Noruega todas restaurações de classe II, com total de 4.030, sendo o tempo médio de avaliação de 4,6 anos, realizadas de 2001 a 2004 a análise mostrou os seguintes fatores aumentam o risco de falha: idade do paciente (jovem), experiência prévia de carie (alta), profundidade da cavidade (média ou profunda falha mais), técnica de preparo e configuração da cavidade (classe II tradicionais duram mais que as com configuração de pires) amálgama tinham uma performance melhor que as de resina composta a taxa média de falha anual foi de 2,9% para restaurações de resina composta e 1,6% para amálgamas. para restaurações de resina composta, a cárie secundária foi o motivo mais comum para substituição (73,9%), seguida por perda (8,0%), fratura (5,3%) e defeitos marginais (2,4%). No total, 92,7% das restaurações foram colocadas devido à cárie primária e 5,8% foram substituições. Após um período médio de acompanhamento de 4,6 anos, 61,6% das restaurações foram bem-sucedidas, 11,2% falharam e 27,2% não estavam disponíveis para avaliação (devido ao abandono do paciente). As análises de regressão de Cox multinível identificaram a idade jovem do paciente, alta experiência anterior de cárie, cáries profundas, e técnica de preparo em forma de pires como predisponente para menor longevidade de restaurações de resina composta. Uma marca de resina composta teve um tempo de sobrevivência menor do que as outras. AMALGAM AND RESIN COMPOSITE LONGEVITY OF POSTERIOR RESTORATIONS: A SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS média de acompanhamento de 55 meses só estudos que comparavam amálgama e resina, sendo ao todo 8 estudos AMG: taxa anual de falha de 1,7% RC: 3,2% causas de falhas por cárie apresentou mais sobrevida de amalgama, já por fratura, não teve diferença Conclusão Os resultados desta revisão sugerem que as restaurações posteriores de resina composta ainda apresentam menor longevidade e maior número de cáries secundárias quando comparadas às restaurações de amálgama. Com relação às fraturas, não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois materiais restauradores em relação ao tempo de Longevidade das restaurações acompanhamento. Os dados desta revisão devem ser interpretados com cautela devido à inclusão de apenas dois RCTs (ensaios clínicos randomizados). DIRECT COMPOSITE RESIN FILLING VERSUS AMALGAM FILLINGS FOR PERMANENTE POSTERIOR TEETH (REVIEW) pelo menos 3 anos de acompanhamento 2 ECR em paralelo: randomiza para receber só um material; deve-se considerar que cada pessoa leva suas características para um grupo só, deixando desbalanceados os grupos. 6 ECR boca-dividida: cada paciente recebeu os dois materiais; grupos bem balanceados. taxa geral de falha: favorece o amalgama. falha devido à causa cárie: a taxa geral favorece o amalgama., mas os de boca dividida não mostra diferença, Conclusão; Evidências de baixa qualidade sugerem que as restaurações de resina composta podem ter quase o dobro da taxa de falha das restaurações de amálgama. O risco de fratura da restauração não parece ser maior com restaurações de resina composta, mas há um risco muito maior de desenvolver cárie secundária. Evidências de muito baixa qualidade sugerem que pode não haver diferenças clinicamente importantes no perfil de segurança do amálgama em comparação com as restaurações dentárias de resina composta. amálgama tem menos risco de cárie secundária porque na sua interface ocorre oxidação, já a resina apresenta muitas falhas na sua interface. Mas deve-se considerar que precisa de biofilme e outros mecanismos para ocorrer a cárie, tendo ocorrência, no mesmo paciente, de cárie em outros locais também. CLINICAL EFFECTIVENESS OF DIRECT ANTERIOR RESTORATIONS - A META-ANALYSES a taxa de sucesso geral mediana estimada (sem substituição) após 10 anos para restaurações de resina composta de Classe III foi de 95% e para restaurações de Classe IV de 90%. a principal razão para a substituição das restaurações Classe IVforam as fraturas em massa, que ocorreram significativamente mais frequentemente com resinas compostas microparticuladas do que com resinas compostas híbridas e macroparticuladas. também são mais requeridas mecanicamente. a cárie adjacente às restaurações foi pouco frequente na maioria dos estudos e representou apenas cerca de 2,5% de todas as restaurações substituídas após 10 anos, independentemente da classe de cavidade. Conclusão A frequência de substituição é o dobro nas de classe IV comparada as de classe III, seja por fratura ou problemas estéticos. No entanto restaurações de classe 3 colocadas sem isolamento fora, associadas a maior frequência de cárie adjacente que as com isolamento absoluto. As restaurações classe III com derivados de ionômero de vidro sofreram significativamente mais perda de forma anatômica do que as restaurações com outros tipos de material. Quando o esmalte foi condicionado com ácido e nenhum agente de união foi aplicado, significativamente mais restaurações mostraram manchas marginais e margens detectáveis em comparação com o condicionamento do esmalte com adesão de esmalte ou a técnica de ataque total; obturações com sistemas autocondicionantes estavam entre essas duas variáveis de resultado. O chanfro do esmalte foi associado a uma deterioração significativamente reduzida da forma anatômica em comparação com nenhum chanfro, mas não com menos coloração marginal ou margens menos detectáveis. O tipo de isolamento (absoluto/relativo) teve influência estatisticamente significativa na cárie marginal que, no entanto, pode ser um achado aleatório. ANTERIOR COMPSITE RESTORATIONS: A SYSTEMATIC REVIEW ON LONG-TERM SERVIÇAL AND REASONS FOR FAILURE classe III com menores taxas de falhas total de falha 24,1% (sem levar em conta os tempos de acompanhamento). principais falhas: fratura de dente ou restaurações, perda da restauração, demanda estética Conclusão Poucos estudos abordaram fatores associados à falha, que incluíram técnica adesiva, resina composta, risco de retratamento e tempo necessário para construir a restauração. Fratura de dente/restauração foi o motivo mais comum de falha, enquanto falhas relacionadas a qualidades estéticas (cor, forma anatômica, mancha de superfície) foram mais frequentes quando as restaurações foram colocadas por razões estéticas. SURVIVAL, REASONS FOR FAILURE AND CLINICAL CHARACTERISTICS OF ANTERIOR/POSTERIOR COMPOSITES: 8- YEARS FINFDINGS analisou as restaurações de resina nas clínicas de dentística da UFSM, de 2007 a 2012, com pelo menos 4 anos de confecção em dentes anteriores a taxa anual de falha foi de 3,5%, com média de sobrevida de 7 anos problemas decorrentes de estética os principais fatores em dentes posteriores: 1,95% de falha anual, com 7,9 anos de sobrevida fatores associados a falha: posição do dente no arco (anterior mais que posterior), número de superfícies restaurados (mais falha quando envolve 3 ou mais superfícies), risco de cárie do paciente (alto). tipo de dente: M mais que PM. localização: mais em inferior. configuração da cavidade: classe II mais que classe I. tamanho da cavidade: quando grande falha mais. profundidade da cavidade: profunda. uso de borracha formadora: com base falha mais. vitalidade pulpar: não vital tem mais falha que vital. uso de isolamento absoluto: se usa falha menos. substrato de adesão: dentina falha mais que em esmalte risco de cárie. bruxismo/sobrecarga oclusal. exigência estética. idade, sexo, nível socioeconômico relacionados ao risco de cárie e exigência estética decisão de substituição: idade do profissional, nível de formação, país. situação de emprego/sistema de cobrança. conhecimento técnico. experiência/habilidade. número de dentistas ao longo da vida resistência a flexão e a compressão. módulo de elasticidade. resistência a fratura e tenacidade. dureza. resistência ao desgaste. Componentes da matriz orgânica + carga + tamanho e morfologia das partículas, não parecem ter relação direta quanto a longevidade SHOULD MY COMPOSITE RESTORATIONS LAST FOREVER? WHY ARE THEY FAILING? As escolas de odontologia geralmente não ensinam como uma restauração de resina composta muda ao longo do tempo no ambiente intraoral e como evolui o processo de degradação “natural”. Vários cursos de odontologia restauradora e atividades de educação continuada estão focados na substituição de antigas restaurações “feias” com defeitos pequenos e clinicamente insignificantes por restaurações novas e sofisticadas “estado da arte”. Isso causa na mente dos alunos de odontologia a impressão de que uma boa restauração deve ser sempre perfeita e ter a aparência de nova. Também critérios que são usados para avaliar a qualidade das restaurações dentárias que são projetados para identificar pequenas imperfeições não são muito úteis, pois podem identificar muitas restaurações como grau 'charlie' (= a serem substituídas em breve) que ainda podem funcionar sem problemas no ambiente bucal nos próximos anos. Nesse contexto, geralmente pequenos sinais de degradação marginal ou coloração marginal são comumente confundidos com lesões de cárie secundárias. De fato, muito pouco tempo é dedicado a ensinar como diagnosticar corretamente a cárie secundária, e isso explica a grande falta de consenso entre os cirurgiões-dentistas sobre o que é cárie secundária. As cáries secundárias reais que precisam de intervenção são novas lesões de cárie adjacentes às restaurações, com sinais claros de cavitação e atividade. Mesmo assim, as lesões de cárie secundárias incipientes podem ser melhor tratadas pela prevenção, em vez de substituir as restaurações. Além disso, quando uma intervenção cirúrgica é necessária, um reparo parece ser a melhor opção. Como os critérios para reparo ou substituição de restaurações não são claros entre os dentistas, um documento de consenso recente chamou a atenção e aconselhou uma mudança de ' em dúvida. Conclusões as restaurações compostas demonstraram ter um desempenho favorável em dentes posteriores e dentes anteriores. o comportamento de falha em restaurações anteriores é diferente dos dentes posteriores, com menos cáries secundárias presentes e mais restaurações sendo substituídas para aparência estética. a longevidade das restaurações de resina composta pode ser prejudicada pela falta de critérios de intervenção nas restaurações existentes e pelo diagnóstico incorreto de cárie secundária. vários fatores de risco na prática/operador, paciente e nível do dente/restauração influenciam a longevidade das restaurações dentárias fatores de risco específicos relacionados ao paciente são difíceis de avaliar clinicamente e há falta de padronização. a odontologia deveria se esforçar mais para treinar dentistas sobre como lidar com restaurações imperfeitas. os ensaios clínicos devem ter grupos de controle racionais, incluir fatores de confusão como fatores de risco do paciente nos dados e na análise e devem usar parâmetros de resultados relevantes para a profissão e os pacientes. OPDAM, N. J. M. et al. Longevity of posterior composite restorations: a systematic review and meta-analysis. Journal of dental research, v. 93, n. 10, p. 943-949, 2014. KOPPERUD, Simen E. et al. Longevity of posterior dental restorations and reasons for failure. European Journal of Oral Sciences, v. 120, n. 6, p. 539-548, 2012. MORASCHINI, Vittorio et al. Amalgam and resin composite longevity of posterior restorations: A systematic review and meta-analysis. Journal of dentistry, v. 43, n. 9, p. 1043-1050, 2015. WORTHINGTON, Helen V. et al. Direct composite resin fillings versus amalgam fillings for permanent posterior teeth. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 8, 2021. HEINTZE, Siegward D.; ROUSSON, Valentin; HICKEL, Reinhard.Clinical effectiveness of direct anterior restorations—a meta- analysis. Dental materials, v. 31, n. 5, p. 481-495, 2015. DEMARCO, Flavio F. et al. Anterior composite restorations: A systematic review on long-term survival and reasons for failure. 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Idade do Paciente: As idades mais críticas mostradas em estudos são crianças mais novas e pacientes idosos; Presença de trabalhos restauradores mais complexos, complicações médicas e diminuição do autocuidado bucal; A idade do paciente não é um fator isolado; Usado em associação á outros fatores. Status Socioeconômicos: Trajetória socioeconômica desfavorável ao longo da vida está associada a falha; Presença de restaurações insatisfatórias subsequentes; Tratamentos realizados em locais públicos tem aumento na taxa de falha anual (5,6%). Demanda estética: As demandas estéticas são um motivo dominante para reintervenções em restaurações compostas anteriores; Falhas devido a razões estéticas raramente são relatadas em estudos em restaurações posteriores; A alta demanda por perfeccionismo estético pode resultar na substituição de mais restaurações por razões estéticas. Operador: Fator importante é o processo de tomada de decisão, como avaliar necessidade de troca da restauração, que inclui treinamento para diferenciar cárie secundária e manchamento marginal; A longevidade das restaurações compostas pode ser prejudicada pela falta de critérios para intervenção nas restaurações existentes e pelo diagnóstico incorreto de cárie secundária. Material Restaurador e Técnica: Estudos recentes mostram que o tipo de resina composta não é um fator significativo para falha, visto a grande evolução das resinas; A literatura mostra que fatores relacionados a técnica, como o tamanho da cavidade aumentado (número de paredes envolvidas), posição do dente, uso de uma espessa camada de revestimento de cavidade de ionômero de vidro, presença de tratamento endodôntico, ausência de esmalte periférico, são todos fatores que podem afetar negativamente a longevidade clínica. Fratura: Também é considerada a principal causa de falhas; Fraturas de curto prazo são geralmente de pequena extensão e podem ser indicativas de problemas técnicos de restauração ou manuseio de material; Fraturas de longo prazo estão relacionadas à fadiga do restaurador complexo, envolvendo a estrutura do dente e restaurador; Quanto maior o tamanho da cavidade e o volume composto, maiores serão os efeitos da fadiga a longo prazo. Fatores relacionados aos pacientes Fatores relacionados ao profissional tradicionalmente: remoção de toda dentina cariada/contaminada, seguindo o critério de dureza clínica, pois acreditava-se que precisava remover todos os MO pois poderiam causar danos pulpares e recidiva. trabalhos da década de 60 indicaram que não existia relação entre dureza clínica e ausência de MO, pois esses MO são selados sob restaurações e que a presença destes não interfere na paralisação da lesão cariosa e no procedimento restaurador MO selados ficam sem substrato, assim são desnaturados. remoção completa de dentina cariada apresenta risco maior de exposição pulpar. risco de exposição pulpar quando faço em sessão única (40-50%). Capeamento pulpar direto: sucesso maior que MTA do que com hidróxido de cálcio. tratamento radica com grande destruição coronária para acesso provocando fragilidade da estrutura e aumentando o risco de fratura maior custo e tempo, com múltiplas consultas e acesso restrito no SUS Técnica de remoção completa com no mínimo duas consulta, com maior taxa de sucesso e menor risco de exposição pulpar. remove dentina, material forrador e selamento coronário preserva 30-90 dias: na consulta de retorno espera formação de dentina terciária (reacional) reabertura da cavidade e remove toda dentina cariada restauração definitiva Em parede pular e axial preconiza a remoção seletiva, nas circundantes remove de modo não seletivo. risco de escavação pulpar na escavação final (15-20%) risco de perda do provisório e progressão risco do paciente não retornar para concluir o tratamento maior tempo, custo, desconforto ao paciente estudo de Besic, 1943: em todos os casos a dentina se apresentou seca e com características de inatividade “Parece que a lesão de cárie para definitivamente ou diminui gradualmente quando isolada da cavidade bucal”. realizar a RSTC em sessão única gera benefícios para as finanças públicas (economia direta) e para os serviços de saúde (aumenta o número de tratamento realizado). diminuição drástica do número de MO tanto em lesões rasas quanto profundas, com menor prevalência de lactobacilos e S. murais microbiota menos complexa clinicamente características clínicas de lesões ativas se transformam em inativas ocorre reorganização do tecido dentinário, com obliteração total ou parcial dos túbulos dentinários, dureza superior a de dentina cariada devido a remineralização Aumento da concentrado de fósforo, cálcio e aumento da radicopacidade do tecido que indica ganho mineral. Remoção completa segue não sendo uma alternativa, tendo como viável o tratamento expectante e a remoção seletiva + restauração. Este ensaio clínico randomizado multicêntrico avaliou a efetividade de um tratamento alternativo em lesões de cárie profundas comparado ao tratamento expectante (TE) após três anos de acompanhamento. O tratamento alternativo consistiu na remoção parcial de tecido cariado (RPTC) seguida de restauração em uma sessão. Métodos: Os critérios de inclusão foram: pacientes com molares permanentes apresentando lesões profundas de cárie (lesão alcançando metade interna de dentina ao exame radiográfico); resposta positiva ao teste térmico; ausência de dor espontânea; sensibilidade negativa à percussão vertical e ausência de lesão periapical detectada no exame radiográfico. Dentes elegíveis para participação no estudo foram randomicamente designados ao grupo teste (RPTC) e receberam remoção incompleta de tecido cariado e restauração em uma sessão (resina ou amálgama). Dentes elegíveis para participação no estudo foram randomicamente designados ao grupo teste (RPTC) e receberam remoção incompleta de tecido cariado e restauração em uma sessão (resina ou amálgama). Dentes designados ao grupo controle (TE) receberam capeamento pulpar indireto com cimento de hidróxido de cálcio e restauração temporária com cimento de óxido de zinco e eugenol modificado. Após 60 dias, as cavidades foram reabertas, o tecido cariado remanescente foi removido e os dentes foram restaurados com resina composta ou amálgama. O desfecho avaliado foi a vitalidade pulpar, determinada por sensibilidade ao teste térmico e ausência
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