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CADERNO CLINICA INTEGRADA I

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CADERNO
Clínica integrada I
 
 
 
Considerações anatômicas 
 do final do epitélio juncional até a crista óssea se tem 1 mm 
de fibras de inserção (cristo dentais, cristo gengivais e 
transeptais)  num periodonto saudável, todas essas fibras 
estão entre a JCE e a crista óssea. 
 da JCE até a porção mais coronal do epitélio juncional se 
tem 1mm de fibras. 
 do sulco oral até a crista da gengiva marginal mais 1mm de 
fibras 
 consideramos que temos 3 mm de fibras da crista óssea 
até a crista da gengiva marginal  logo, precisaremos de 
pelo menos 3mm para que os tecidos fiquem aderidos à 
raiz 
 
Deve-se retirar osso para que se acomodem os tecidos aderidos 
à raiz do dente, 3mm, para não haver risco da gengiva crescer 
e dá espaço para que possa ser feito um acabamento do 
preparo que foi feito. 
 
 deve ser esperado 8 semanas para fazer um preparo final 
pois a gengiva trabalha nesse período e nunca a gengiva 
vai crescer além de 3mm do osso, ela para em 3mm. 
 deve haver 3mm de estrutura dentária sadia acima da crista 
óssea tendo um bordo de preparo previamente definido. 
 gengiva acima da JCE não pode ser retirada pois ocorrerá 
exposição da raiz 
 
Se o corte for feito rente à JCE, deve-se retirar de osso em 
um periodonto sadio, 1mm da margem para cima, pois há 1mm 
de fibras dentre a JCE e a crista óssea 
 
 em um biotipo de osso fino, é mais seguro ser retirado 2 ou 
2,5mm de osso para não correr o risco de exposição da JCE. 
 
 
A. Vista anterior ao tratamento. A paciente queixava-se de ter os “dentes da frente 
pequenos” e do diastema. Radiografias e sondagem indicaram que os tecidos gengivais 
estavam cobrindo o terço cervical das coroas. O osso cristal era fino e apresentava 
relação normal com a CEJ. A paciente preferia “gengivas cor-de-rosa”, se ela as pudesse 
ter. B. Uma incisão longa em bisel externo foi utilizada na gengivectomia. C. Essa vista 
demonstra a alteração de cor e a arquitetura agradável produzida na gengiva da região 
anterior 2 meses após a cirurgia. O diastema foi parcialmente fechado por meio de uma 
faceta direta nesse momento. D. Vista após tratamento mostrando melhora dos valores 
estéticos para a paciente. 
 
Análise das estruturas dentofaciais 
 simetria facial 
 linha interpupilar: nivelada ou desnivelada 
 linha de sorriso: baixa, média ou alta 
 linha média dental em relação à linha média facial 
 exposição gengival durante a conversação e durante um 
sorriso amplo e relaxado 
 harmonia das margens gengivais 
 localização das margens gengivais em relação à CEJ 
 fenótipo periodontal 
 tamanho e proporções dos dentes/harmonia 
 plano incisal/plano oclusal. 
 
Aspectos clínicos 
 pacientes que apresentam correlações oclusais normais e 
guia incisal: nesses, a linha incisal dos dentes anteriores tem 
de permanecer inalterada, porém as coroas clínicas 
poderão ser alongadas pela exposição cirúrgica de 
estrutura radicular e pelo reposicionamento das margens 
cervicais das restaurações apicalmente à CEJ. 
 pacientes que apresentam correlações oclusais anormais e 
um espaço interoclusal excessivo na região posterior da 
dentição, quando os dentes anteriores apresentam contato 
topo a topo: nesses, o comprimento dos dentes 
anterossuperiores pode ser reduzido sem provocar 
interferências oclusais na região posterior; além disso, a 
gengiva marginal pode ser ressecada ou reposicionada mais 
apicalmente antes da confecção das restaurações. 
 
 nessa categoria de pacientes, procedimentos protéticos têm 
de ser realizados após o tratamento periodontal ressectivo para 
aumentar a dimensão das coroas. 
 
Em alguns indivíduos que apresentam exposição excessiva de gengiva, o 
tamanho e o contorno dos dentes e a localização da margem da gengiva 
podem estar perfeitamente normais. A exposição excessiva da gengiva nesses 
casos geralmente é causada por excesso vertical da maxila e por um terço 
médio da face longo. O procedimento periodontal de aumento de coroa clínica 
não será suficiente para solucionar esses problemas; em vez disso, a maxila 
tem de ser reposicionada por meio de um procedimento de cirurgia 
maxilofacial de grande porte. A razão risco-benefício e custo-benefício 
precisam ser detalhadamente avaliadas antes de se recomendar esse tipo de 
tratamento cirúrgico para corrigir problemas estéticos. 
 
 
Essa paciente mostra uma grande exposição de tecido gengival quando sorri ou fala. A 
paciente possui o terço médio da face longo e excesso vertical da maxila. A margem 
gengival localiza-se 1 mm coronalmente à CEJ, e as coroas anatômica e clínica são 
aproximadamente iguais.
 
Aumento de coroa clínica 
Se um paciente precisar de uma retirada de gengiva de apenas 
2mm para que fique com aspecto bom e tiver 5mm de gengiva 
coronária à crista óssea, não é necessário retirar osso, pois 
ficarão os 3mm necessários para suporte gengival. 
 
Em caso de prótese, se o tamanho do dente ganhar em 1mm, 
por exemplo, isso reflete em quanto de gengiva será retirada, 
tendo que ser entre 1mm e 2mm no máximo para não ficar 
com um dente maior do que o normal. 
 
 
 
 anestesia bem 
 sondagem periodontal. 
 no nível do fundo da bolsa, a gengiva é perfurada e um 
ponto sangrante é produzido na superfície externa do 
tecido mole; as bolsas são sondadas e um ou mais pontos 
sangrantes são produzidos ao redor de cada dente da 
região. a sequência desses pontos demarcará a 
profundidade das bolsas na área indicada para o tratamento 
e é usada como um guia para a incisão 
 incisão primária com bisturi ou gengivótomo de Kirkland. 
 
Na área em que a gengiva é volumosa, a incisão tem de ser feita mais 
apicalmente do que nas áreas em que a gengiva é mais delgada, onde se faz 
necessário um bisel menos acentuado. A incisão biselada é direcionada à base 
da bolsa. Nas áreas onde as bolsas interdentais são mais profundas que as 
bolsas vestibulares ou linguais (palatinas), quantidades adicionais de gengiva 
vestibular e/ou lingual (palatina) devem ser removidas, a fim de restabelecer o 
contorno “fisiológico” da margem gengival. Isso é normalmente obtido iniciando 
a incisão primária em um nível mais apical 
 
 tecido mole interproximal é separado do periodonto 
interdental por meio de uma incisão secundária utilizando-se 
um gengivótomo de Orban (número 1 ou 2) ou um 
gengivótomo de Waerhaug (número 1 ou 2; uma versão 
modificada do gengivótomo de Orban com serrilhas 
 os tecidos incisados são cuidadosamente removidos com 
uma cureta ou raspador  pequenas compressas de gaze 
frequentemente precisam ser acomodadas nas áreas 
interdentais para controlar o sangramento. 
 após o desbridamento meticuloso, as regiões 
dentogengivais são novamente sondadas para detectar 
alguma bolsa remanescente  o contorno gengival é 
verificado e, se necessário, corrigido com o uso de 
gengivótomos ou brocas diamantadas 
 proteção da área incisada por um cimento cirúrgico. 
 
Deve-se ter o cuidado de não deixar que o cimento fique muito volumoso, 
pois, além de desconfortável para o paciente, pode facilitar seu deslocamento. 
O cimento cirúrgico deve ser mantido por 10 a 14 dias. Após a sua remoção, os 
dentes devem ser higienizados e polidos. O excesso de tecido de granulação é 
eliminado com uma cureta. O paciente é orientado a higienizar a área operada, 
que agora apresenta uma anatomia diferente. 
 
A. Incisão primária. B. A incisão termina mais apicalmente em relação ao “fundo da bolsa” 
e é angulada para conferir à superfície incisada um nítido bisel. 
 
A incisão secundária, através da área interproximal, é realizada com um gengivótomo de 
Waerhaug. A gengiva incisada é removida com um raspador. 
 
 
Sondagem em busca de bolsas residuais. Compressas de gaze foram colocadas nos 
espaços interproximais para controle da hemorragia. O cimento cirúrgico foi colocado e 
adequadamente mantido. 
 
Procedimentos à retalho 
 Incisões liberadoras verticais são feitas primeiramente para 
demarcar a área a ser operada  iniciam-sena região 
mediana da margem gengival vestibular de dois dentes 
adjacentes à área a ser operada e continuam por alguns 
milímetros na mucosa alveolar. 
 as duas incisões liberadoras são unidas por uma incisão 
gengival, que acompanha a margem gengival e separa o 
epitélio da bolsa e o tecido conjuntivo inflamado da gengiva 
não inflamada. 
 um retalho mucoperiósteo é elevado para expor pelo 
menos 2 a 3 mm do osso alveolar marginal. 
 o colarinho de gengiva inflamada em torno dos dentes é 
removido com curetas e as superfícies radiculares expostas 
são cuidadosamente instrumentadas. 
 
 
Retalho original de Widman. Duas incisões liberadoras demarcam a área programada para 
a terapia cirúrgica. Uma incisão em bisel invertido é feita na margem gengival para unir 
as duas incisões relaxantes. O colarinho de tecido gengival inflamado é removido após a 
elevação de um retalho mucoperiósteo. 
 
 é recomendado um recontorno ósseo com o objetivo de 
obter uma forma anatômica ideal do osso alveolar 
subjacente. 
 após o desbridamento cuidadoso dos dentes na área 
cirúrgica, os retalhos vestibular e lingual são reposicionados 
e mantidos na posição por suturas interproximais. 
 
 
Através do recontorno ósseo, é restabelecido um contorno “fisiológico” do osso alveolar. 
As extremidades coronais dos retalhos vestibular e lingual são posicionadas na crista óssea 
alveolar e mantidas em posição por meio de suturas interdentais. 
 
Widman ressaltou a importância de posicionar a margem do 
tecido gengival no nível da crista óssea alveolar para que não 
haja bolsa remanescente. Frequentemente, as regiões 
interproximais do osso crestal ficam sem a cobertura de tecidos 
moles. 
 Principais vantagens do retalho original de Widman em relação 
à gengivectomia, segundo Widman (1918): menos desconforto 
para o paciente, pois a cicatrização ocorria por primeira 
intenção; possível restabelecimento do contorno adequado do 
osso alveolar nas áreas com defeitos ósseos angulares. 
 
 uma incisão intrassulcular é feita até a base da bolsa 
periodontal, e toda a gengiva (e parte da mucosa alveolar) 
é elevada com um retalho mucoperiósteo 
 incisões liberadoras verticais são feitas para delimitar a área 
da cirurgia. 
 após a elevação do retalho, a parte interna desse é 
curetada para a remoção do epitélio da bolsa e tecido de 
granulação. 
 as superfícies radiculares são cuidadosamente desbridadas e 
quaisquer irregularidades da crista óssea alveolar são 
corrigidas 
 ajuste dos retalhos Neumann (1920) ressaltou a 
importância da remoção das bolsas de tecido mole, ou seja, 
do reposicionamento do retalho no nível da crista óssea 
alveolar. 
 
 basicamente um retalho de acesso usado para permitir um 
apropriado desbridamento radicular. 
 
 Incisões de bolsa são feitas nas faces vestibular e lingual das 
áreas interproximais, estendendo-se para mesial e distal 
 gengiva é retraída vestibular e lingualmente para a 
exposição das superfícies radiculares doentes que são 
cuidadosamente desbridadas  defeitos ósseos angulares 
são curetados, mas não há remoção óssea 
 
 
 
 após a eliminação do epitélio da bolsa e do tecido de 
granulação da face interna dos retalhos, eles são 
reposicionados na sua localização original e mantidos por 
suturas interproximais. 
 
Em contraste com o retalho original de Widman, bem como com o retalho de 
Neumann, a cirurgia a retalho modificado não inclui (1) remoção substancial dos 
tecidos não inflamados, (2) posicionamento apical da margem gengival. Esse 
método poderia ser útil em regiões anteriores da dentição por motivos 
estéticos, pois as superfícies radiculares não ficam muito expostas. Outra 
vantagem da cirurgia a retalho modificado é o potencial de regeneração óssea 
em defeitos infraósseos que frequentemente ocorrem, de acordo com Kirkland 
(1931). 
 
 
 modelar o osso alveolar sem remover osso de “suporte”. 
 exemplo: adelgaçamento de bordas ósseas espessas e o 
estabelecimento de um contorno festonado da crista óssea 
vestibular (lingual e palatina). 
 
 
 
 remoção do osso que não tem função de suporte: em 
casos que a morfologia interdental pode impedir um 
recobrimento mucoso adequado após a cirurgia; para obter 
melhor acesso para desbridamento da superfície radicular 
intraóssea. 
 o nivelamento de crateras interproximais e a eliminação (ou 
redução) de paredes ósseas em defeitos ósseos são 
frequentemente denominados de “osteoplastia”, já que, em 
geral, não há necessidade de ressecção do osso de 
suporte. 
 
 
Nivelamento de uma cratera óssea interproximal por remoção da parede óssea palatina. 
Por motivos estéticos, a parede V é mantida para sustentar a altura do tecido mole. 
 
 o osso de suporte, ou seja, o osso envolvido diretamente 
na fixação do dente, é removido para remodelar defeitos 
no tecido duro causados pela periodontite. 
 considera-se importante remover pequenas saliências 
ósseas que, frequentemente, permanecem nas áreas de 
ângulos diedros. 
 objetivo: estabelecer uma anatomia “fisiológica” do osso 
alveolar, mas em um nível mais apical. 
 
 
A. Um defeito ósseo combinado de uma e de duas paredes, na face distal de um pré-
molar inferior, foi exposto após afastamento dos retalhos mucoperiosteais. Visto que a 
estética não é um fator crucial a ser considerado nessa região, as paredes são reduzidas 
no nível da base do defeito, utilizando-se brocas esféricas sob irrigação constante com 
solução salina. B. Recontorno ósseo concluído. Observe que o osso de suporte foi 
removido das faces vestibular e lingual do segundo pré-molar e primeiro molar, para que 
a topografia do tecido duro possibilitasse uma adaptação adequada do retalho. 
 
O restabelecimento da nova gengiva livre, pelo crescimento 
tecidual que irá ocorrer em direção coronal a partir da linha de 
incisão da “gengivectomia”, indica que áreas denominadas “bolsa 
zero” apenas ocorrem após a gengivectomia. A cicatrização 
completa da gengivectomia leva de 4 a 5 semanas, embora, 
clinicamente, a área gengival apresente características de 
completa cicatrização após, aproximadamente, 14 dias 
(Ramfjord et al., 1966). Uma pequena remodelação da crista óssea 
alveolar também pode ocorrer após a cirurgia. 
 
 
 quantidade inadequada de estrutura dentária para uma 
terapia protética apropriada. 
 localização subgengival de linha de fratura. 
 localização subgengival de lesões de cárie. 
 
RETALHO REPOSICIONADO APICALMENTE COM RECONTORNO 
ÓSSEO: 
 no mínimo 4 mm de estrutura dentária sadia deverão ser 
expostos no ato cirúrgico. 
 durante a cicatrização, os tecidos moles supracrista irão 
proliferar coronalmente para cobrir de 2 a 3 mm da raiz, 
deixando, portanto, apenas de 1 a 2 mm de estrutura 
dentária sadia localizada supragengivalmente. 
 nesta técnica, os tecidos gengivais apresentam uma 
tendência inerente a não acompanhar mudanças abruptas 
no contorno da crista óssea; então, para manter a margem 
gengival na sua nova e mais apical posição, o recontorno 
ósseo deverá ser realizado não apenas no dente com 
problema, mas também nos dentes adjacentes para reduzir 
gradualmente o perfil ósseo. 
 muito tecido de inserção é o sacrificado. 
 indicação: alongamento da coroa em múltiplos dentes em 
um quadrante ou sextante da dentição. 
 contraindicação: alongamento cirúrgico da coroa em um 
único dente na região estética. 
 
 
A terapia ressectiva cirúrgica para alongamento de coroa não pode ser confinada ao 
dente que necessita de tratamento. A e B. Os princípios da ressecção óssea exigem que 
osso seja removido dos dentes adjacentes para criar um contorno gradual no perfil da 
crista óssea. Isso provoca perda do aparato de inserção e também retração nos dentes 
adjacentes. 
 
EXTRUSÃO DENTÁRIA: 
 se forças de extrusão moderadas são utilizadas, todo o 
periodonto de inserção irá mover-se em associação com o 
dente. 
 o dente deverá ser extruído a uma distância igual ou 
ligeiramente superior à porção de estrutura dentáriasaudável que será exposta no procedimento cirúrgico 
subsequente. 
 pode ser usada para nivelar defeitos ósseos angulares. 
 contraindicação: a técnica de extrusão exige a utilização de 
aparelhos ortodônticos fixos. Portanto, em pacientes que 
possuem apenas alguns dentes remanescentes, têm de ser 
selecionada uma abordagem alternativa para o aumento de 
coroa 
 pode ser feita uma extrusão dentária com fibrotomia. 
 
 
Extrusão ortodôntica utilizada para nivelar as margens gengivais, tratar a retração em um 
único dente e criar uma harmonia estética. A e B. A retração no incisivo central superior 
esquerdo expôs a superfície radicular escurecida no tratamento do canal radicular. As 
margens gengivais irregulares e a superfície radicular escurecida comprometem um 
sorriso que, de outra forma, seria atraente. C. Um arco ortodôntico 
com brackets em offset foi utilizado para extruir o incisivo lentamente. D. Foi realizado 
ajuste oclusal na face lingual da coroa para criar um espaço para erupção do dente. 
Nesta foto, após 1 mês de movimento dentário, percebem-se os tecidos gengivais 
movendo-se em associação com a superfície radicular do dente. E. Ocorreu erupção 
suficiente após 3 meses para nivelar as margens gengivais. Os brackets ortodônticos 
foram utilizados para estabilizar temporariamente e uma nova coroa foi preparada. F. A 
nova coroa diminuiu o aspecto escuro da superfície radicular. As margens gengivais 
niveladas e uma bonita coroa criaram harmonia estética. 
 
REFERÊNCIAS: 
Lindhe J, Lang KP. Tratado de Periodontia Clínica e 
Implantodontia Oral. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2018. 
Capítulos 39 e 46. 
 
 
 
Remoção do material sólido do interior do canal radicular, 
permitindo sua re-instrumentação e posterior obturação. 
 
RAZÕES QUE LEVAM AO RETRATAMENTO: 
 erro no diagnóstico: tentar um tratamento num dente 
fraturado, numa fratura vertical, com problema periodontal 
avançado.. 
 falha na seleção do caso. 
 dificuldades técnicas: ex; não ter o instrumental adequado. 
 negligência do primeiro tratamento: 
o subobturações ou obturações insuficientes  melhor 
subobturar que sobreobturar (dor) 
o perfurações: terço cervical e médio pode-se fazer uma 
obturação da perfuração com MTA; terço apical não 
 mas tenta-se o retratamento principalmente se não 
existe lesão periapical 
o sobreobturação extensa: dificilmente consegue 
remover essa obturação. 
o instrumentos fraturados: se não consegue remover 
engloba na obturação.  complexo no terço apical. 
 
Sempre o retratamento endodôntico é a primeira terapêutica de 
escolha; se não tiver sucesso se faz a cirurgia paraendodôntica, 
em último caso extração e implante. 
 
 
 dentes associados a sinais e sintomas clínicos de inflamação 
ou infecção. 
 casos de surgimento ou aumento da periodontite apical: às 
vezes faz o tratamento e não tinha lesão, e surge uma 
lesão, aí é caso para retratamento. 
 dentes que apresentam canais inadequadamente 
preparados ou com acesso à câmara pulpar exposta ao 
meio bucal, com obturações deficientes ou ausentes e com 
indicação para troca de restauração 
 na presença de sinais de recontaminação do canal, via 
microinfiltração coronária, seja por cárie ou comunicação 
com a cavidade oral por período de tempo excessivo  
superior a 30 dias e microinfiltração coronária no terço 
apical requer retratamento. 
 pino metálico não é difícil tirar, mas os de fibra de vidro sim.. 
 se for para troca de restauração não precisa retratar, mas se 
for PFF precisa. 
 
 
 dentes com fratura vertical da raíz (exo). 
 dentes que apresentam fratura no sentido mesiodistal da 
coroa com envolvimento dos tecidos de suporte do 
periodonto. 
 dentes com pouca estrutura dental excessivamente 
enfraquecidos com poucas condições de restauração. 
 dentes que apresentam múltiplas patologias associadas a 
perdas ósseas apicais e laterais. 
 fratura longitudinal em corroa pode retratar, mas em raiz é 
indicada a extração. 
 
Índices do retratamento endodôntico: Bergenholtz (1979) - 660 
dentes: 
 “com” lesão apical e retratamento com Ca(OH)2: 78% de 
sucesso. 
 “sem” lesão apical: 94% de sucesso nos retratamentos.  
sucesso semelhante aos casos de bio. 
 
 
 cria-se um nicho para o solvente; pode ser 
feito com a broca de largo ou gates até a curvatura  sai 
quase toda guta-percha, restando apenas no terço apical, 
assim se tem espaço para a lima atuar. 
 
 
 espera-se mais guta que cimento. 
 colocação solvente depende do tipo de cimento.
 cimento biocerâmico: muito difícil de remover; 
normalmente o eucaliptol não dissolve, aí tem que ir com 
instrumentos rotatórios.
 
EUCALIPTOL: 
 é menos irritante que o clorofórmio (também é solvente 
de guta percha, mas o extravasamento nos tecidos 
provoca uma reação tecidual). 
 provoca uma diluição na guta percha penetrando até 
0,9mm., a partir disso tem que ir repondo o eucaliptol e 
adentrando a obturação com a lima.  quando a lima 
começa a chegar no terço apical suspende o uso de 
eucaliptol pra não ter reação. 
 cuidar para não encostar na borracha do isolamento. 
 
 coloca eucaliptol num pote dappen, leva a pinça aberta até 
o solvente e fecha ela (molha a ponta da pinça), depois vai 
na câmara pulpar, coloca a pinça em contato com o 
assoalho ou com a embocadura do canal  em dentes 
monorradiculares abre a pinça e o líquido fica depositado na 
câmara pulpar. 
 
 : 
 usa limas de diâmetro maior  emprego limas finas #10, só 
serve pra usar como primeiro instrumento (esquecer isso e 
partir para o próximo) 
 
Retratamento endodôntico 
 PONTO CRÍTICO: término da obturação x continuidade do 
canal radicular: limas novas, movimentos curtos de pressão 
horário e anti-horário. 
 
Não se faz odontometria de retratamento com lima 08 ou 10 
porque se restou remanescente de guta percha no terço apical, 
vai ser confundido com a lima e na radiografia não vamos 
perceber o que é lima e o que é obturação. usar lima 15 ou 
20 pra odontometria. 
 
 : 
 ponto mais crítico é limpar o terço apical. 
 a reinstrumentação deve ser ativa, com meios químicos 
auxiliares eficientes, para sanear bem o sistema 
endodôntico e se necessário for, medicação intracanal 
boa opção sempre, mas nestes casos não tem muita 
ação uma vez que não há debridamento completo do 
cimento dos túbulos dentinários. 
 limas #25 ou #30, depois diminui o calibre conforme vai 
descendo apicalmente 
 em casos de retratamento não precisa alargar o canal, 
apenas instrumenta objetivando remover o cimento 
obturador, exceto em casos que a anatomia do canal está 
muito mal instrumentada. 
 depois obtura seguindo os princípios comuns. 
 
Cuidar com a instrumentação com as limas pra não levar a guta 
percha para os tecidos periapicais. 
 
 
Remoção via coronária: difícil, demorada, não bem sucedida (as 
vezes). 
 
 fatores anatômicos. 
 tipo: broca lentulo é mais fácil remover do que uma lima; 
gates também é fácil remover porque geralmente fratura 
perto do cabo e traz de volta pinçando. 
 comprimento: quanto maior, mais fácil remover. 
 localização do instrumento: terço apical é muito difícil 
porque vai encravar na dentina  no terço médio e 
cervical da pra tentar. 
 
 o instrumento no terço apical se ajusta ao canal, fica preso, 
então é muito difícil remover, o que dá pra tentar fazer é tentar 
ultrapassar com um instrumental mais fino pelo lado dele, entre o 
metal do instrumento e a parede do canal e obtura. Se não tem 
como fazer isso obtura o canal até o instrumento fraturado, não 
tem problema, não se condena o dente, o próprio instrumento 
está concluindo a obturação. 
 
 caso tenha lesão periapical, tem que lançar mão de 
medicação intracanal, mas antes do hidróxido de cálcio, pode-se 
colocar na câmara pulpar tricresol formalina por 1 semana, uma 
vez que os vapores do tricresol vão fazer a desinfecção do 
caminho entre o instrumento e parede do canal chegando até a 
região perirradicular. Depois, pode-sedeixar o hidróxido de cálcio 
por 15 a 30 dias e na obturação, pode-se primeiro preencher 
com cimento para este adentrar nos espaços entre instrumento 
e canal. 
 se consegue ultrapassar o instrumento, faz a odontometria 
normal e movimentos de limagem curto para não empurrar 
ainda mais o instrumento fraturado em sentido apical 
(alargamento do canal torna possível soltar o instrumento 
fraturado). 
 
 espaço de até 1 mm entre obturação e restauração ou pino 
não é preocupante. 
 
 
 microscópio clínico operatório. 
 pontas de ultrassom. 
 localizadores apicais. 
 sistemas rotatórios de movimento contínuo. 
 sistemas rotatórios de movimento alternado ou 
reciprocante  tem instrumentos próprios pra 
retratamento e não há necessidade de usar solvente 
 
 
Via de comunicação 
Entre os tecidos periodontal e periapical: 
 forame apical 
 canais acessórios: 60% dos PMS, 78% na região apical 
(canais acessórios mais volumosos na região apical)  
pacientes jovens tem mais numero de canais acessórios 
 túbulos dentinários 
 defeitos iatrogênicos e fraturas 
 
 anamnese 
 exame clínico 
 exame periodontal (seis sítios por dente) 
 mobilidade intrusiva  normalmente comprometimento 
periapical 
 mobilidade lateral 
 integridade da mucosa  ponto de flutuação, fístula via 
gengiva ou tecido marginal (provavelmente lesão 
endoperio) 
 integridade da coroa e da raiz (se houver retração gengival) 
 teste de vitalidade: se der vital não iremos ter lesão 
endoperio (exceção em dentes multirradiculares) 
 exame radiográfico. 
 Diagnóstico pulpar: necrose pulpar, previamente tratado ou 
terapia previamente iniciada. 
 Diagnóstico periapical: Periodontite Apical assintomática ou 
Abcesso apical crônico (tem fístula). 
 
 
 Diversas condições pulpares não podem ser diferenciadas por radiografias periapicais. 
Os sintomas e as respostas ao frio explicados aqui são os achados gerais, mas podem 
ocorrer exceções. 
 A resposta dos pacientes à pressão pode ser decorrente da hiperoclusão em casos 
de pulpite reversível. Na ausência de tais fatores, as queixas do paciente refletem 
principalmente a sensibilidade térmica. 
 A pulpite irreversível sintomática pode ser sintomática e dolorosa, conforme descrito, 
ou pode ser assintomática e não dolorosa. 
 A pulpite irreversível assintomática é baseada na presença de inflamação pulpar, como, 
por exemplo, cáries extensas, hiperemia ou lesões traumáticas, na ausência de 
sintomas subjetivos do paciente. 
 A polpa necrótica pode causar exacerbação do sintoma, incluindo dor latejante 
espontânea. No entanto, tal sensibilidade resulta de inflamação perirradicular. 
 
 
 O sintoma e outras descrições da doença perirradicular individual são os achados gerais 
em relação aos quais podem ocorrer desvios. 
 Periápice normal pode estar associado à polpa normal, inflamada ou necrótica. 
 A diferença entre a periodontite perirradicular aguda e o abscesso perirradicular agudo 
é que a primeira está confinada ao dente envolvido e a última é mais generalizada e 
frequentemente apresenta-se como um edema maciço nos tecidos perirradiculares 
afetados. 
 A palpação na periodontite perirradicular aguda pode provocar sensibilidade após a 
progressão da doença através da tábua cortical. 
 A radioluscência cortical pode estar presente no abscesso perirradicular agudo 
avançado. 
 
A terminologia diagnóstica é baseada nas recomendações da American Association of 
Endodontists Consensus Conference, como mostrado em Glickman GN: AAE consensus 
conference on diagnostic terminology: background and perspectives. J. Endod 35:1634, 
2009. 
 
 paciente só com problema periodontal raramente irá 
desencadear um problema pulpar 
 pacientes com problema pulpar com formação de 
abscesso periapical, esse pus tende a drenar via gengiva 
inserida, podendo furar a tábua óssea e sair na vestibular, 
decompondo e desorganizando as fibras colágenas e assim 
gerando as lesões endo perio. 
 mais em comum em pacientes periodontais no estágio 3 e 
4 com grau B e C (defeitos intraósseos, com progressão 
rápida) devido a PO. 
 obs: doença pulpar não é por disbiose, mas por infecção. 
 
Severidade da periodontite associada a gravidade e alterações 
histológicas na polpa: quanto mais perda de inserção, maior a 
inflamação pulpar. 
 
Epidemiologia 
 mais em pacientes com periodontite mais avançada. 
 homens, diabéticos, fumantes e com aspecto 
socioeconômico baixo. 
 
 
Patogênese 
Progressão da doença pulpar e perirradicular. (A) O dente normal 
sem qualquer doença pulpar é ricamente vascularizado e 
 
Lesões endo-perio 
inervado. (B) Com desafio microbiano, como a cárie, a inflamação 
tecidual local pode ocorrer na polpa adjacente ao sítio da lesão 
cariosa, bem como nas regiões apicais (cabeças de seta). (C) A 
inflamação pulpar pode levar a uma diminuição no fluxo 
sanguíneo pulpar (FSP) decorrente de um aumento na pressão 
intrapulpar (PIP), causando necrose pulpar (mostrada em cinza). 
(D) A necrose pulpar, se não for tratada, pode causar inflamação 
crônica dos tecidos perirradiculares e formação de abscessos, 
levando a uma fístula que drena. 
 
 
 
 numa lesão inicialmente periodontal pode ter um acúmulo 
de biofilme na porção mais apical da bolsa e a partir daí o 
epitélio juncional vai migrando para a porção mais saudável 
do periodonto, e assim, se tem a perda de inserção que 
pode ser tanto nas faces laterais quanto na furca. 
 há casos que se tem tanto uma doença periodontal 
atuando na porção marginal do periodonto e uma lesão 
periapical atuando na porção apical. essas lesões podem 
ser combinadas, a doença periodontal “desce” e a doença 
periapical “sobe”. 
 similaridade entre a microbiota dos canais radiculares e bolsa 
periodontal (complexos vermelho e laranja). 
 diversidade microbiana alta (mais alta na bolsa periodontal). 
 nenhum microorganismo exclusivo. 
 preparo químico-mecânico dos canais radiculares reduz 
consideravelmente a carga microbiana da lesão como um 
todo  reduz o agente infeccioso periodontal e periapical. 
 
O importante será determinar qual dessas doenças é a mais 
significativa desse processo. 
 
 
Quanto a complexidade 
 
Fratura radicular 
Perfuração da câmara ou do canal radicular 
Reabsorção radicular externa 
Paciente 
COM 
periodontite 
Grau 1 
Bolsa profunda e 
estreita em uma face 
Grau 2 
Bolsa profunda e ampla 
em uma face 
Grau 3 
Bolsa profunda em mais 
de uma face 
Paciente 
SEM 
periodontite 
Grau 1 
Bolsa profunda e 
estreita em uma face 
Grau 2 
Bolsa profunda e ampla 
em uma face 
Grau 3 
Bolsa profunda em mais 
de uma face 
 
 cada grau envolve um prognóstico diferente  o grau 1 é 
melhor prognóstico que o grau 3. 
Pior lesões com defeito radicular (fratura, perfuração da câmara 
ou do canal radicular, reabsorção radicular externa). 
 
bolsa periodontal profunda estreita em uma 
face bolsa da drenagem de pus do abscesso é estreita  
quer dizer que temos muita mais da etiologia pulpar do que 
periodontal, a bolsa periodontal até pode ser mais estreita 
também, mas nunca em um ponto só.
 
não iremos ter mais só comprometimento periapical, 
podendo ter periodontal.
 
comprometimento em mais de uma face; bolsas 
estreitas ou amplas, além do hopeless.
 
Quanto à origem 
 
Classificação das lesões endoperiodontais. (A) A infecção pulpar primária pode levar à 
periodontite crônica perirradicular, por meio da qual uma radioluscência periapical pode 
desenvolver-se e migrar para cervical. Os molares inferiores também podem ter canais 
acessórios em orientação lateral ou na área de furca. Esses canais acessórios podem 
permitir a migração da infecção pulpar primária e causar a destruição secundária do 
periodonto em seus respectivos locais. (B) A infecção periodontal primária pode levar à 
extensa destruição da crista óssea alveolar, que migra da região cervical até o ápice. 
Nessas lesões, pode-se encontrar perda óssea generalizada em torno deum único dente 
ou, muitas vezes, é possível envolver vários dentes adjacentes. Por causa da continuidade 
pulpar-periodontal através do forame do canal principal ou através dos canais acessórios, a 
extensa infecção periodontal pode causar irritação nos tecidos pulpares. (C) Ambas as 
infecções, pulpar primária e periodontal primária, podem ocorrer simultaneamente em 
uma lesão endoperiodontal “independente”, exibindo as respectivas características de 
cada. (D) As infecções pulpar primária e periodontal primária podem ocorrer 
extensivamente nesta lesão endoperiodontal “combinada” 
 
 
Varia 
Desconforto 
leve 
Varia Varia 
Comprometida Intacta Comprometida Comprometida 
Radioluscência 
periapical 
Perda da 
crista óssea 
Radioluscência 
periapical 
separada e 
lesões na crista 
Lesões ósseas 
continuas da 
crista alveolar 
até o ápice 
Vital Vital Não vital Não vital 
Sondagem 
estreita até o 
ápice 
Perda óssea 
generalizada 
Perda óssea 
generalizada 
Perda óssea 
generalizada 
com sondagem 
estreita até o 
ápice 
 
 uma doença que começa na polpa e de alguma forma 
compromete o periodonto. 
 sintoma vai ser variável podendo estar sintomático mas na 
grande maioria vai estar em necrose 
 integridade da coroa vai ser comprometida, seja com cárie, 
fratura na radiografia
 lesão vai estar especialmente comprometendo a região 
periapical de forma ampla para sentido apical
 em dentes multirradiculares pode ter raízes não vitais e 
outras vitais
 sondagem estreita  poderá começa a sair pus e o 
paciente sendo dor devido ao ligamento periodontal estar 
comprometido.
 desconforto vai ser leve
 paciente tem hipersensibilidade, sangramento na boca, 
gosto ruim
 sintomas de paciente periodontal  tendo a coroa intacta, 
na radiografia veremos a perda da crista óssea, 
comprometimento marginal quase chegando no ápice, e 
mesmo assim terá a vitalidade pulpar do dente 
 sondagem com perda óssea generalizada.
 a sintomatologia é variável 
 integridade da coroa comprometida
 radiografia: traço ósseo que divide as lesões, não terá 
vitalidade pulpar e perda óssea generalizada.
 sintoma variável
 coroa comprometida 
 lesões contínuas da crista alveolar até o ápice
 sem vitalidade
 perda óssea generalizada com sondagem estreita até o 
ápice
Conclusões 
 tanto a periodontite apical pode afetar o periodonto 
marginal, quanto a periodontite pode afetar os tecidos 
periapical e pulpar, especialmente via forame apical 
 necrose pulpar é uma condição necessária no diagnóstico 
de lesão endoperiodontal 
 Periodontite e periodontite apical são condições suficientes 
no diagnóstico de lesão endoperiodontal. 
 a tomada de decisão no diagnóstico precisa combinar 
informações do histórico do paciente, exame periodontal, 
testes térmico, percussão, palpação e exame radiográfico. 
 alta diversidade microbiológica tanto no canal radicular 
quanto (principalmente) na bolsa periodontal. 
 
 DETECTADO QUE O PACIENTE PODE TER LESÃO 
ENDOPERIODONTAL: 
 primeiro ver se há um defeito na raiz, se tiver defeito 
complica, podendo ser escolhido a exodontia. 
 se a raiz estiver íntegra, iremos definir se o paciente tem 
periodontite, isso será chave para sabermos se iremos 
fazer só o tratamento endodôntico ou adjunto a isso o 
tratamento periodontal. 
 defeitos verticais tem taxa de reparo ósseos maior que os 
horizontais. 
 inicialmente será feito o tratamento supra se o paciente 
precisar, e posteriormente o tratamento endodôntico,
 prognóstico melhor  tendo uma neoformação óssea 
periapical e tecidos periodontais (ligamento periodontal) 
 
Contribui para sabermos o real fundo da bolsa periodontal, 
esperamos a cicatrização por 6 meses e daí realizamos o 
tratamento subgengival se necessário.
 
 
 
 
 
 Paciente sintomático: fratura ou defeito radicular na grande 
maioria das vezes (fratura, trinca, perfuração, pérolas de esmalte 
na raiz, iatrogênia); se não faz o exame em toda a boca e 
detecta se tem periodontite ou não. 
 
 Paciente assintomático: grande chance de não ter nenhum 
dano radicular. 
 
 
 
Newman e Carranza : periodontia clínica / Michael G. Newman .. 
[et al.] ; tradução Flor de Letras .. [et al.] ; revisão científica 
Luciana Saraiva, Marinella Holzhausen. - 13. ed. Rio de Janeiro: 
Gen, 2020. Cap. 46. 
 
 
 atualmente vemos um declínio na prevalência de carie e 
aumento percentual de indivíduos livres de carie. 
 aumento da prevalência de erosão e LCNC 45%-51%. 
 percentual de traumatismo dentário entre 9% e 34%. 
 
A maioria da procura é por fatores associados a estética, como: 
 diastemas que ocorrem em 5-34%. 
 dentes conoides 20%. 
 discrepância de Bolton (dentes pequenos comparado a 
arcada) 38% 
 hipoplasia 16% 
 defeitos de esmalte pós trauma 25% 
 valorização da estética pela mídia e redes sociais. 
 
 Assim, deve-se planejar os casos com ferramentas adequadas. 
A fotografia é um excelente recurso, vê vários ângulos e 
situações, variamos luz, lábios em repouso ou sorrindo. Sendo 
importante usar afastadores para foto e espelhos de contraste. E 
além disso, precisamos conhecer os princípios estéticos faciais, 
dentais e gengivais e perceber a estética do sorriso. 
 
 
 durante o dia realizamos diferentes movimentos e 
emoções e com isso diferente exposição dos dentes e da 
gengiva. 
 análise estática: fotos frontal, lateral, angulação de 45° e 
com diferentes amplitudes de sorriso. 
 análise dinâmica da face e do sorriso: vídeos com 
determinadas palavras, gestos, frases. 
 as duas são importantes, se sobrepõem e se 
complementam. 
 
 dividem a face em terços superior, médio, inferior. 
 linha interpupilar/ linha dos lábios: a interpupilar é importante 
porque possibilita a análise da maxila paralela ao solo.  
quando o paciente está sério a linha interpupilar e a linha 
entre as comissuras labiais devem ser paralelas. 
 análise das linhas pode também serem feitas com paciente 
sorrindo. 
 
 
 
 se dividir a linha interpupilar por 6,6 da o valor da largura dos 
IC. 
 
 linha média é a principal; deve coincidir com a linha média 
dos incisivos. 
 linha pupila/canto da boca e linha canto dos olhos, nariz, 
caninos  bilateral. 
 
 
 
 
 cor, textura, forma e arquitetura são fundamentais na 
estética geral do sorriso e devem ser incluídos no 
planejamento estético. 
 SAÚDE GENGIVAL: cor rosa, textura pontilhada 
 MORFOLOGIA: pode ser alterada pela posição dos dentes, 
idade e existência de um tratamento periodontal prévio. 
 idealmente as margens gengivais são biseladas, papilas cônicas 
e preenchendo as ameias até a região apical do ponto de 
contato. 
 
 ARQUITETURA: simetria, localização do zênite, contorno 
gengival. 
 
 esse aspecto tem relação com exposição gengival que varia 
conforme a quantidade de tecido gengival exposto (alto, médio, 
baixo). 
 
ALTO: 
 expõe toda a coroa de anteriores acompanhado de uma 
faixa de gengiva. 
 nesse caso os aspectos de arquitetura são muito 
importantes para a estética do sorriso. 
 sorriso gengival quando a exposição é maior que 3mm, 
menos do que isso ainda é estético. 
 
MÉDIO: 
 expõe 75% da coroa e expõe as papilas gengivais. 
 é um parâmetro positivo e associado a jovialidade. 
 idosos não expõem muito a gengiva. 
 
BAIXO: 
 menos de 75% das coroas exposta e sem exposição 
gengival. 
 
 
Planejamento estético em dentes anteriores 
 
 
 quanto mais central a assimetria (mais mesializada), maior o 
comprometimento estético do sorriso. 
 os incisivos centrais é o mais crítico, mas com correção 
cirúrgica já melhora muito. 
 
Linha interpupilar, linha comissural e linha que passa no contorno 
dos incisivos centrais devem ser paralelas, e também paralela a 
linha incisal dos incisivos. 
 
ZÊNITE: porção mais apical do contorno gengival, no incisivo 
central é mais distal. 
CONTORNO GENGIVAL: a altura do contorno do IC normalmente 
é igual a do canino e a do lateral é um pouco mais a baixo,mais 
incisal. Atualmente todos anteriores no mesmo plano também é 
considerado estético. 
 
 
 
 
 forma, posição, dimensões, proporção, formato e localização 
de bordas incisais, aberturas das ameis, linha do sorriso e 
localização dos pontos de contato. 
 
LINHA DO SORRISO: 
 tangencia as pontas dos caninos e as bordas incisais dos 
incisivo e deve acompanhar a curvatura do lábio inferior. 
 
BORDAS INCISAIS: 
 devem ter formato de prato fundo, sendo a borda dos IL 
mais apical em relação a borda dos IC. 
 forma um degrau em relação aos centrais (posição vertical 
dos laterais), sendo que essa distância nas mulheres tem 1-
1,5mm e homens 0,5-1mm. 
 
 
 
Esses parâmetros nos mostram a dominância dos incisivos 
centrais, assim devem ser os dentes mais aparentes e a simetria 
entre esses dentes é outro parâmetro a ser considerado. 
 
SORRISO RETO: borda incisal dos laterais e centrais e pontas do 
canino são coincidentes, perde um pouco da estética e da 
jovialidade. 
 
SORRISO INVERTIDO: comprimento dos laterais e dos caninos em 
relação aos centrais é maior. 
 
 entre os incisivos centrais: relação ideal que a largura mesio 
distal deve corresponder a 80% da sua altura. 
 75-85%.: relação altura largura que é bastante aceita 
 menos de 75% o dente é muito estreito e mais de 85% é 
muito curto e amplo (mais quadrado). 
 auxilia no planejamento para determinarmos largura e altura 
e a partir daí dimensões dos demais dentes. 
 
 
 
 analise da distância mesio-distal dos dentes anteriores em 
uma vista frontal aparente  não é largura real, é a largura 
em uma vista frontal. 
 IC tem 100% de largura, o lateral 62% (ou proporção 1,6) da 
largura do central e o canino 62% da largura do lateral. 
 essa proporção é dificilmente encontrada no sorriso, mas é 
uma importante referência para determinar a largura. 
 
 
 
 contatos migram apicalmente quando nos afastamos da 
linha mediana do sorriso. 
 nos IC é bem incisal e a medida que os dentes se 
posicionam mais distalmente o ponto de contato migra 
apicalmente com impacto na abertura das ameias. 
 ameias interincisais nos IC apresentam abertura mais 
estreita e aumenta à medida que as ameias vão se 
afastando da linha media.  isso ocorre pela localização dos 
pontos de contato e posição vertical dos IL e C. 
 
 
 
 
 sofre impacto da localização dos pontos de contato 
 diminui conforme se afasta da linha média. 
 entre os IC corresponde a 50% da altura total, entre 
central e lateral 40% e entre lateral e canino 30%. 
 
 
 
 angulações é eixo e ângulo de inserção no sentido mesio 
distal. 
 inclinação é sobre a inclinação vestíbulo lingual. 
 
 
 
 os eixos dentários apresentam diferentes inclinações e 
angulações 
 o eixo axial dos dentes a região anterior converge em 
direção a linha inter-incisiva e essa angulação aumenta nos 
laterais e caninos.  isso é muito importante para a 
definição do contorno gengival e forma da coroa. 
 alinhamentos divergentes geram defeitos estético difíceis 
de corrigir de modo conservador. 
 
 
 
 a inclinação converge em direção a linha media e aumenta à 
medida que nos aproximamos dos IL e C; é menor no IC e 
aumenta no IL e C. Já a inclinação do eixo vetibulo lingual é 
maior nos centrais e diminui nos laterais e caninos. 
 
 
 
Essas questões são mais difíceis de ser corrigidas. Podemos 
avaliar em vista lateral também. As 3 paralelas entre si. 
 
 
 
 primeiro faz a documentação fotográfica e diagnóstico da 
situação clínica. 
 modelo de estudo e encerramento diagnóstico. 
 proporção altura largura: colocar linhas no power point e 
calcular a porcentagem. 
 
 
 
 análise de largura na proporção dourada: traça linhas e 
coloca uma abaixo da outra e usa as mesmas ferramentas 
de antes. 
 
 
 
 análise da arquiteta gengival: IC e C alinhados e mais apical 
em relação aos IL e essa linha incisal deve ser paralela a 
curvatura do lábio inferior. 
 análise da simetria: depois coloca as linhas para ver simetria 
dos dentes do lado oposto copiando a linha de um lado e 
levando ao lado oposto. 
 
 
 
 avalia as inclinações e angulações. 
 
 
 
 pontos de contato e ameias 
 análise da distância da crista óssea e ponto de contato. 
 planejamento: 
 
 
 
 objetivando o formato de prato fundo e evitando a formação 
de triângulos negros, os quais são formados quando não há 
migração completa da papila. Para isso, deve-se estabelecer a 
distância entre crista óssea e ponto de contato, visualizando-se 
por radiografia ou sondagem. 
 
 
 
Quando a distância é menor de 5mm, em 100% dos casos 
ocorre migração completa da papila. Já quando for 6mm, só em 
56% dos casos a papila preenche, e quando é maior que 7 só 
em 27% dos casos. 
 
 
 
 
 
 técnica que associa os princípios da técnica indireta (inlay e 
onlay) com material utilizado na técnica direta. 
 feito pelo dentista. 
 tanto posteriores quanto anteriores (lentes de contato, 
restaurações classe V). 
 preparo tem que ser expulsivo pra conseguir tirar o 
provisório. 
 
PODE SER FEITA DE DUAS MANEIRAS: 
 duas sessões (faz modelo e provisório, e faz a técnica 
restauradora longe do paciente e na outra sessão cimenta. 
 Chair side (ao lado da cadeira): paciente é moldado, dentista 
faz a restauração fora da boca e já cimenta na mesma 
sessão. 
 
 Etapas: preparo cavitário, moldagem, modelo, restauração, 
cimentação adesiva.
 cerâmica só pode ser feita em duas sessões, resina pode ser 
feito das duas formas. 
 
 
 dentes com extensa destruição 
 dentes com caixas proximais amplas, dentes com grande 
perda de tecido e com perda de cúspide. 
 em limitações da técnica direta: dificuldade técnica, acesso, 
ponto de contato, adaptação e selamento marginal, além da 
contração de polimerização. 
 hoje já tem indicação de classe V (LCNC) e lentes de 
contato se o preparo for expulsivo  classe 3 não tem 
como porque preparo é retentivo. 
 
 
TEMPO DE CONSULTA + - +/- 
RESISTÊNCIA - + +/- 
CUSTOS - + +/- 
ESTÉTICA + + + 
ADAPTAÇÃO - + + 
LONGEVIDADE - + - 
LISURA - + +/- 
CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO - + + 
PONTO DE CONTATO - + + 
 
 melhora algumas características da resina composta: se for 
fotopolimerizada fora da boca se consegue maior grau de 
conversão da resina composta. 
 melhora propriedades mecânicas e resistência ao 
manchamento (estabilidade de cor). 
 se a restauração for feita fora da boca, a gente consegue 
maior controle sobre o termino, ponto de contato, 
adaptação cervical e é mais fácil fazer a estrutura fora da 
boca. 
 
 
 usado para esculpir 
 podem ser flexíveis (silicone e poliéter) ou rígidos (gesso, 
quando usa este precisa usar isolante) 
 
 sempre que puder usar esses, são os mais indicados. 
 pode-se fazer um troquel e se consegue obter uma 
restauração de melhor manipulação 
 VANTAGENS: presa rápida, não precisa usar isolante, não 
fica resíduos do gesso na restauração, facilita a escultura, 
pode-se dobrar e cortar o modelo na hora de verificar o 
ponto de contato e adaptação cervical 
 podem ser realizados em silicone de adição ou com 
poliéter, e isso depende do material que for feita a 
moldagem.  moldagem com silicone, o modelo flexível vai 
ser de poliéter; se moldar com poliéter, o modelo flexível 
vai ser de silicone; se moldar com alginato, pode escolher 
entre poliéter e silicone. 
 
 Remoção de tecido cariado 
 CARACTERÍSTICAS DA CAVIDADE: 
 cavidade retentiva e expulsiva: usa pontas diamantadas 
3031 F e FF usa paralelos pois já conferem a 
configuração levemente expulsiva. 
 pode fazer uma base com resina nas áreas retentivas 
pra preservar estrutura sadia e deixar expulsivo 
 cria a curva reversa de hollemback 
 ângulos internos devem ser arredondados. 
 deixar a cavidade lisa: quanto mais liso o preparo melhor 
a moldagem e modelo, e melhor adaptação da peça ao 
preparo cavitário 
 
 Acabamento do preparo previamente a moldagem. 
 Moldagem com silicone: dente deve estar seco  pastaleve aplicada sobre todo o preparo, preferencialmente com 
fios retratores, principalmente quando o preparo é 
subgengival, e depois manipula a pasta pesada e leva na 
moldeira 
 Modelo feito com poliéter. 
 Tomada de cor 
 Confecção da restauração com resina composta.  pode 
ser feita tanto em duas ou uma sessão, depende da habilidade do 
profissional. 
 PÓS POLIMERIZAÇÃO: 
 polimerização adicional por calor 
 aumenta o grau de polimerização e de conversão dos 
monômeros  libera os monômeros residuais que estão 
no corpo da restauração 
 pode ser feita na autoclave ou no micro-ondas  no 
microondas é colocado a restauração num copo com água 
e deixar em potência alta por 4 a 5 minutos 
 
Restaurações semi-indiretas 
 melhora as propriedades mecânicas, o grau de 
polimerização e dá mais estabilidade de cor a resina 
composta. 
 
 Polimento: pode ser feito pós polimerização; se não fizer a 
pós polimerização não tem problema, só deixa de ter esses 
benefícios. 
FASE DA CIMENTAÇÃO: 
 Prova da restauração em boca: treinar o eixo de inserção, 
adaptação  fendas podem ser removidas através do 
desgaste. 
 Preparo da peça: tratar a superfície interna da restauração 
com jato de óxido de alumínio ou ponta diamantada 
esférica  limpeza e micro retenções. 
 Lava a peça, aplica adesivo e fotopolimeriza. 
 Tratamento na superfície do preparo: condicionamento 
ácido, adesivo e fotopolimerização. 
 Aplicar agente de cimentação 
 Remover excesso de agente cimentante. 
 Fotopolimerização 
 Aplica gel bloqueador de oxigênio para que o agente de 
cimentação não tenha contato com oxigênio e consiga 
polimerizar a camada inibida por oxigênio.  essa camada 
pode ser removida com o acabamento. 
 Remoção de excessos com tiras e borrachas abrasivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 restaurações com grandes espessuras pode substituir o 
jato por asperização (ponta diamantada); com faceta não 
tem como, quebra com a ponta diamantada) 
 restaurações com grandes espessuras usar agente 
cimentante duais ou químico 
 em facetas pode cimentar com resinas flow, com sistemas 
cimentantes fotopolimerizáveis pra facetas, resinas 
compostas aquecidas (mais fluidas e escoam pra 
cimentação). 
 evitar agentes cimentantes duais ou químicos em facetas 
devido a amina terciaria que amarela com o passar do 
tempo. 
 cuidar pra ficar fino o sistema adesivo, se fica grosso 
interfere na adaptação. 
 em faceta pode passar adesivo e colocar a restauração e 
depois fotopolimerizar.  faceta é fina e vai fotopolimerizar 
o adesivo junto. 
 
 
TONOLLI, Gustavo; HIRATA, Ronaldo. Técnica de restauração 
semi-direta em dentes posteriores de tratamento. Rev. Assoc. 
Paul. Cir. Dent, p. 90-96, 2010. 
 
MARQUES, Sanzio; GUIMARÃES, Márcia Marcondes. 
Técnica semidireta como opção restauradora para dentes 
posteriores. Revista Dental Press de Estética, v. 12, n. 2, 2015. 
 
 
 
 
 molhamento de superfície: relacionada com a energia de 
superfície ao substrato que irá fazer a adesão 
 micro retenção: micro embricamento em esmalte 
 interação química 
 
ESMALTE: 
 estrutura praticamente mineral 97%, principalmente 
hidroxiapatita, e vai ter 3% de água e compostos orgânicos 
 
DENTINA: 
 70% de matéria mineral (hidroxiapatita) e 20% de matéria 
orgânica (como fibras colágenas) e 10% de água 
 Smear layer: camada de lama dentinária, composta por 
restos de matéria orgânica e inorgânica, que vai ser 
formada na superfície da dentina após a instrumentação, 
acarretando na oclusão dos túbulos dentinários, também 
chamados de smear plugs, diminui a permeabilidade da 
dentina. 
 
O condicionamento ácido servirá para remover a smear layer, 
mas se for adesivos autocondicionantes essa lama ficará 
incorporada dentro da camada adesiva. 
 
 
 
 tags de resinas: prolongamentos dos túbulos 
 camada híbrida: zona de interdifusão entre a parte do 
substrato da dentina e o material que é o adesivo. 
 uma camada híbrida bem formada é fundamental para se 
ter uma adesão adequada em dentina e vai depender da 
correta penetração dos monômeros através dessa zona 
desmineralizada. 
 
Classificações 
 
Padrão ouro OptiBond FL 
ADESIVO 3M 
 ácido por 15s esmalte e dentina 
 lavagem e retira excesso de água com seringa tríplice  
deixar levemente úmido. 
 primer em esmalte e dentina com microbrush e seca por 
5s.  não lava nem fotopolimeriza 
 adesivo: espalhar e fotopolimeriza por 10s. 
 
Catalisador: situações que não irei ter uma passagem total de luz, 
assim a ativação do sistema adesivo fica dual com ativação 
química também. Usado em condutos radiculares para 
cimentação de pinos. 
 
 
 
Após a aplicação do ácido fosfórico no esmalte a energia de 
superfície aumenta, ficando mais propenso para receber o 
adesivo, mas na dentina acontece ao contrário, a energia de 
superfície diminui, não ficando apta para receber o adesivo, por 
isso o primer é aplicado, aumentando novamente a energia de 
superfície. 
 
 
 
 
3M - SINGLE BOND 2 
 ácido por 15s esmalte e dentina  lavagem e remoção 
dos excessos, deixando a superfície levemente úmida 
 primer/adesivo: 2-3 camadas consecutivas de adesivo por 
15s, agitando (aplicação ativa)  evaporar solvente 5s e 
fotopolimerização por 10s. 
 
Não necessita de condicionamento ácido pois o primer é ácido 
 
Padrão-ouro: Clearfil SE bond
 
CLEARFIL SE BOND 
 primer: deixa agir por 20s, não lavar, secar com um leve 
jato de ar. 
 Adesivo: distribuir uniformemente com o jato de ar, 
fotoativar por 10s 
 
Materiais dentários 
- aplicados à Clínica Integrada - 
 
 
 
 Esse adesivo permite que seja feito o condicionamento ácido 
seletivo de esmalte para melhor adesão. 
 
 não encontrado mais no mercado. 
 aplicar na superfície 20s e polimerizar. 
 
 
 
 o mesmo adesivo pode ser utilizado com condicionamento 
ácido prévio ou com o autocondicionante 
 1 ou 2 passos 
 novos no mercado, versatilidade no modo de 
condicionamento e presença de monômeros funcionais (10-
MDP) 
 
 grupo metacrilato: grupo monômero que irá se ligar a outra 
molécula  responsável pela polimerização. 
 grupo funcional: ácido fosfórico, responsável por se unir 
quimicamente ao cálcio da hidroxiapatita, união química com 
o substrato, também sendo responsável pela parte do 
condicionamento (adesão micromecânica)  então se tem 
adesão química e mecânica 
 
 
 
3 diferenciais: 
 VMSV: copolímero do vitrebond (cimento de ionômero de 
vidro da 3M) – união química. 
 M: MDP 
 S: Silano (agente de união para adesão com cerâmicas 
vítreas). 
 
 Pode ser usado a técnica do condicionamento ácido total, 
seletivo ou com autocondicionante. 
 
 
 
 performance depende do material. 
 em esmalte a estratégia de condicionamento ácido prévio 
melhorou a resistência de união ao esmalte, comparado ao 
modo autocondicionante. 
 em dentina a resistência de união foi dependente do pH do 
adesivo. 
 ultra-suave: pH mais alto 
 suave: médio pH 
 intermediário: pH mais baixo, abaixo de 2 
 
 
ULTRA-
SUAVE 
  -  
SUAVE = = = = 
INTERM, 
FORTE 
    
 
 Five-year clinical evaluation of a universal adhesive: a 
randomized double-blind trial  estudo de 5 anos sugere a 
estratégia de condicionamento seletivo de esmalte, mas são 
necessários mais estudos clínicos. 
 
 
 
 
 compósito resinoso, com menor % de partículas de carga, 
podendo ou não conter monômeros funcionais em sua 
composição. 
 fica entre um sistema adesivo e uma resina composta em 
relação a partículas de carga  ele não tem solvente e 
precisa ter uma fluidez para a cimentação, mas com 
propriedades de resistência reduzidas em relação a resina 
composta. 
 
Cimentos duais 
 ativação: química e luz 
 foto-ativadores (CQ) e ativadores químicos (aminas 
terciárias) 
 monômeros funcionais (auto adesivos) 
 apresentação: pasta base + catalisador (ativação quimica) 
 tempo de trabalho limitado 
 menor prazo de validade (6 meses após aberto) 
 
 necessita de umsistema adesivo para condicionar o 
substrato dental 
 adesivo: autocondicionante (1 ou 2 passos); condicionamento 
ácido prévio (2 ou 3 passos); universal (1 ou 2 passos). 
 
CIMENTAÇÃO DE ONLAY – RELYX ULTIMATE E SINGLE BOND UNIVERSAL 
 
 
 não necessita primer ou um sistema adesivo para 
condicionar o substrato dental. 
 sistema simplificado 
 
CIMENTAÇÃO DE OVERLAY – RELYX U200 
 
 
 de acordo com estudos laboratoriais, os convencionais 
apresentam maior resistência de união ao substrato dental. 
 sistema adesivos apresentaria maior capacidade de hibridizar 
o substrato dental (melhor escoamento, maior penetração 
no substrato dental, maior potencial condicionante). 
 maior número de passos, quando corretamente 
executados, permite que os componentes desempenhem 
melhor suas funções (primer, solvente, monômeros 
funcionais, etc) 
 adesão mais forte ao esmalte (etch-and-rise) 
 
Cimentos foto-ativáveis 
 ativação apenas pela luz 
 principal ativador: canforoquinona 
 utilizados em combinação com os sistemas adesivos 
 composição simples (como uma resina composta flow) 
 maior estabilidade química (composição menos complexa, 
sem reação química de ativação). 
 Grande opção de cores e níveis de translucidez. 
 ausência de monômeros funcionais (presente no sistema 
adesivo) 
 apresentação: bisnaga única com cimento (tem em kits 
completos que tem um cimento para teste antes da 
cimentação final) 
 maior controle no tempo de trabalho 
 maior prazo de validade 
 ex: uso em facetas (porque como são fotoativados 
precisam ser restaurações finas) 
 
RELYX VENEER E SINGLE BOND UNIVERSAL 
 
 
Indicação dos cimentos resinosos 
Melhor 
indicação 
Coroas totais, inlays e onlays 
em condições adequadas 
- Pinos e núcleos 
metálicos 
- Coroas totais, inlays e 
onlays  dificuldade de 
isolar; paciente pouco 
colaborativo 
Lâminas 
cerâmicos 
(facetas e lentes 
de contato) 
Atenção 
- Coroas totais, inlays e 
onlays  dificuldade de 
isolar; paciente pouco 
colaborativo 
- Pinos e núcleos metálicos 
Coroas totais, inlays e 
onlays em condições 
adequadas 
 
 
 tratamento da peça depende do tipo de cerâmica; já o 
tratamento do dente depende do tipo de cimento usado. 
 
 
 
 Basicamente dois critérios para análise nos estudos: 
 
 estabilidade de cor, textura, integridade marginal, cárie 
secundária 
 alfa, beta, charlie, delta 
 
 em estudos mais recentes 
 é o mais usado e mais criterioso 
 avalia de 1 a 5. 
 propriedades estéticas: brilho, cor translucidez, forma 
anatômica. 
 propriedades funcionais: fratura, retenção, adaptação 
marginalizados, contorno oclusal e desgaste, forma 
anatômica da superfície proximal, ponto de contato, exame 
radiográfico e visão do paciente. 
 propriedades biológicas: hipersensibilidade pós operatória, 
vitalidade pulpar, recorrência de cárie, integridade do dente, 
trincas, fraturas, condição periodontal e da mucosa 
adjacente, saúde oral e geral do paciente 
 dentro de cada propriedade tem uma série de 
características. 
 
TAXA DE SOBREVIDA: % de restaurações clinicamente aceitáveis 
em um determinado período de tempo. Ex: 90% em 10 anos. 
 
TAXA ANUAL DE FALHA (ANNUAL FAILURE RATE - AFR): % de 
restaurações que falham por ano; usada na maioria dos estudos. 
Ex: 2% 
 
 
LONGEVITY OF POSTERIOR COMPOSITE RESTORATIONS: A 
SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS 
 taxa de falha dependente do perfil do paciente, por 
exemplo, em paciente com alto risco de cárie, tem risco 
maior de falha. 
 
 
 
 em 1 ano, o que mais causa falha é problema pulpar; em 6 
é cárie. 
 
As principais razões de falha foram cárie secundária e fratura; 
quanto mais superfícies restauradas, maior a probabilidade de 
falhar e paciente de alto risco de cárie falha mais que o de baixo 
risco. 
 
LONGEVITY OF POSTERIOR DENTAL RESTORATIONS AND 
REASONS FOR FAILURE 
 Serviço público da Noruega 
 todas restaurações de classe II, com total de 4.030, sendo o 
tempo médio de avaliação de 4,6 anos, realizadas de 2001 a 
2004 
 a análise mostrou os seguintes fatores aumentam o risco 
de falha: idade do paciente (jovem), experiência prévia de 
carie (alta), profundidade da cavidade (média ou profunda 
falha mais), técnica de preparo e configuração da cavidade 
(classe II tradicionais duram mais que as com configuração 
de pires) 
 amálgama tinham uma performance melhor que as de 
resina composta  a taxa média de falha anual foi de 2,9% 
para restaurações de resina composta e 1,6% para 
amálgamas. 
 para restaurações de resina composta, a cárie secundária 
foi o motivo mais comum para substituição (73,9%), 
seguida por perda (8,0%), fratura (5,3%) e defeitos 
marginais (2,4%). 
 
No total, 92,7% das restaurações foram colocadas devido à cárie primária e 
5,8% foram substituições. Após um período médio de acompanhamento de 
4,6 anos, 61,6% das restaurações foram bem-sucedidas, 11,2% falharam e 27,2% 
não estavam disponíveis para avaliação (devido ao abandono do paciente). As 
análises de regressão de Cox multinível identificaram a idade jovem do 
paciente, alta experiência anterior de cárie, cáries profundas, e técnica de 
preparo em forma de pires como predisponente para menor longevidade de 
restaurações de resina composta. Uma marca de resina composta teve um 
tempo de sobrevivência menor do que as outras. 
 
AMALGAM AND RESIN COMPOSITE LONGEVITY OF POSTERIOR 
RESTORATIONS: A SYSTEMATIC REVIEW AND META-ANALYSIS 
 média de acompanhamento de 55 meses 
 só estudos que comparavam amálgama e resina, sendo ao 
todo 8 estudos 
 AMG: taxa anual de falha de 1,7% 
 RC: 3,2% 
 causas de falhas por cárie apresentou mais sobrevida de 
amalgama, já por fratura, não teve diferença 
 
Conclusão 
Os resultados desta revisão sugerem que as restaurações 
posteriores de resina composta ainda apresentam menor 
longevidade e maior número de cáries secundárias quando 
comparadas às restaurações de amálgama. Com relação às 
fraturas, não houve diferença estatisticamente significativa entre 
os dois materiais restauradores em relação ao tempo de 
 
Longevidade das restaurações 
acompanhamento. Os dados desta revisão devem ser 
interpretados com cautela devido à inclusão de apenas dois 
RCTs (ensaios clínicos randomizados). 
 
DIRECT COMPOSITE RESIN FILLING VERSUS AMALGAM FILLINGS 
FOR PERMANENTE POSTERIOR TEETH (REVIEW) 
 pelo menos 3 anos de acompanhamento 
 2 ECR em paralelo: randomiza para receber só um material; 
deve-se considerar que cada pessoa leva suas 
características para um grupo só, deixando desbalanceados 
os grupos. 
 6 ECR boca-dividida: cada paciente recebeu os dois 
materiais; grupos bem balanceados. 
 taxa geral de falha: favorece o amalgama. 
 falha devido à causa cárie: a taxa geral favorece o 
amalgama., mas os de boca dividida não mostra diferença, 
 
Conclusão; 
Evidências de baixa qualidade sugerem que as restaurações de 
resina composta podem ter quase o dobro da taxa de falha das 
restaurações de amálgama. O risco de fratura da restauração 
não parece ser maior com restaurações de resina composta, 
mas há um risco muito maior de desenvolver cárie secundária. 
Evidências de muito baixa qualidade sugerem que pode não 
haver diferenças clinicamente importantes no perfil de segurança 
do amálgama em comparação com as restaurações dentárias de 
resina composta. 
 
 amálgama tem menos risco de cárie secundária porque na 
sua interface ocorre oxidação, já a resina apresenta muitas falhas 
na sua interface. Mas deve-se considerar que precisa de biofilme 
e outros mecanismos para ocorrer a cárie, tendo ocorrência, no 
mesmo paciente, de cárie em outros locais também. 
 
 
CLINICAL EFFECTIVENESS OF DIRECT ANTERIOR RESTORATIONS - 
A META-ANALYSES 
 a taxa de sucesso geral mediana estimada (sem 
substituição) após 10 anos para restaurações de resina 
composta de Classe III foi de 95% e para restaurações de 
Classe IV de 90%. 
 a principal razão para a substituição das restaurações Classe 
IVforam as fraturas em massa, que ocorreram 
significativamente mais frequentemente com resinas 
compostas microparticuladas do que com resinas 
compostas híbridas e macroparticuladas.  também são 
mais requeridas mecanicamente. 
 a cárie adjacente às restaurações foi pouco frequente na 
maioria dos estudos e representou apenas cerca de 2,5% 
de todas as restaurações substituídas após 10 anos, 
independentemente da classe de cavidade. 
 
Conclusão 
A frequência de substituição é o dobro nas de classe IV 
comparada as de classe III, seja por fratura ou problemas 
estéticos. No entanto restaurações de classe 3 colocadas sem 
isolamento fora, associadas a maior frequência de cárie adjacente 
que as com isolamento absoluto. 
 
As restaurações classe III com derivados de ionômero de vidro sofreram 
significativamente mais perda de forma anatômica do que as restaurações com 
outros tipos de material. Quando o esmalte foi condicionado com ácido e 
nenhum agente de união foi aplicado, significativamente mais restaurações 
mostraram manchas marginais e margens detectáveis em comparação com o 
condicionamento do esmalte com adesão de esmalte ou a técnica de ataque 
total; obturações com sistemas autocondicionantes estavam entre essas duas 
variáveis de resultado. O chanfro do esmalte foi associado a uma deterioração 
significativamente reduzida da forma anatômica em comparação com nenhum 
chanfro, mas não com menos coloração marginal ou margens menos 
detectáveis. O tipo de isolamento (absoluto/relativo) teve influência 
estatisticamente significativa na cárie marginal que, no entanto, pode ser um 
achado aleatório. 
 
ANTERIOR COMPSITE RESTORATIONS: A SYSTEMATIC REVIEW ON 
LONG-TERM SERVIÇAL AND REASONS FOR FAILURE 
 classe III com menores taxas de falhas 
 total de falha 24,1% (sem levar em conta os tempos de 
acompanhamento). 
 principais falhas: fratura de dente ou restaurações, perda da 
restauração, demanda estética 
 
Conclusão 
Poucos estudos abordaram fatores associados à falha, que 
incluíram técnica adesiva, resina composta, risco de retratamento 
e tempo necessário para construir a restauração. Fratura de 
dente/restauração foi o motivo mais comum de falha, enquanto 
falhas relacionadas a qualidades estéticas (cor, forma anatômica, 
mancha de superfície) foram mais frequentes quando as 
restaurações foram colocadas por razões estéticas. 
 
SURVIVAL, REASONS FOR FAILURE AND CLINICAL 
CHARACTERISTICS OF ANTERIOR/POSTERIOR COMPOSITES: 8-
YEARS FINFDINGS 
 analisou as restaurações de resina nas clínicas de dentística 
da UFSM, de 2007 a 2012, com pelo menos 4 anos de 
confecção 
 em dentes anteriores a taxa anual de falha foi de 3,5%, 
com média de sobrevida de 7 anos  problemas 
decorrentes de estética os principais fatores 
 em dentes posteriores: 1,95% de falha anual, com 7,9 anos 
de sobrevida 
 fatores associados a falha: posição do dente no arco 
(anterior mais que posterior), número de superfícies 
restaurados (mais falha quando envolve 3 ou mais 
superfícies), risco de cárie do paciente (alto). 
 
 
 
 
 tipo de dente: M mais que PM. 
 localização: mais em inferior. 
 configuração da cavidade: classe II mais que classe I. 
 tamanho da cavidade: quando grande falha mais. 
 profundidade da cavidade: profunda. 
 uso de borracha formadora: com base falha mais. 
 vitalidade pulpar: não vital tem mais falha que vital. 
 uso de isolamento absoluto: se usa falha menos. 
 substrato de adesão: dentina falha mais que em esmalte 
 risco de cárie. 
 bruxismo/sobrecarga oclusal. 
 exigência estética. 
 idade, sexo, nível socioeconômico  relacionados ao risco 
de cárie e exigência estética 
 
 decisão de substituição: idade do profissional, nível de 
formação, país. 
 situação de emprego/sistema de cobrança. 
 conhecimento técnico. 
 experiência/habilidade. 
 número de dentistas ao longo da vida 
 
 resistência a flexão e a compressão. 
 módulo de elasticidade. 
 resistência a fratura e tenacidade. 
 dureza. 
 resistência ao desgaste. 
 
Componentes da matriz orgânica + carga + tamanho e 
morfologia das partículas, não parecem ter relação direta quanto 
a longevidade 
 
 
SHOULD MY COMPOSITE RESTORATIONS LAST FOREVER? WHY 
ARE THEY FAILING? 
As escolas de odontologia geralmente não ensinam como uma restauração de 
resina composta muda ao longo do tempo no ambiente intraoral e como evolui 
o processo de degradação “natural”. Vários cursos de odontologia restauradora 
e atividades de educação continuada estão focados na substituição de antigas 
restaurações “feias” com defeitos pequenos e clinicamente insignificantes por 
restaurações novas e sofisticadas “estado da arte”. Isso causa na mente dos 
alunos de odontologia a impressão de que uma boa restauração deve ser 
sempre perfeita e ter a aparência de nova. Também critérios que são usados 
para avaliar a qualidade das restaurações dentárias que são projetados para 
identificar pequenas imperfeições não são muito úteis, pois podem identificar 
muitas restaurações como grau 'charlie' (= a serem substituídas em breve) que 
ainda podem funcionar sem problemas no ambiente bucal nos próximos anos. 
Nesse contexto, geralmente pequenos sinais de degradação marginal ou 
coloração marginal são comumente confundidos com lesões de cárie 
secundárias. De fato, muito pouco tempo é dedicado a ensinar como 
diagnosticar corretamente a cárie secundária, e isso explica a grande falta de 
consenso entre os cirurgiões-dentistas sobre o que é cárie secundária. As 
cáries secundárias reais que precisam de intervenção são novas lesões de 
cárie adjacentes às restaurações, com sinais claros de cavitação e atividade. 
Mesmo assim, as lesões de cárie secundárias incipientes podem ser melhor 
tratadas pela prevenção, em vez de substituir as restaurações. Além disso, 
quando uma intervenção cirúrgica é necessária, um reparo parece ser a 
melhor opção. Como os critérios para reparo ou substituição de restaurações 
não são claros entre os dentistas, um documento de consenso recente 
chamou a atenção e aconselhou uma mudança de ' em dúvida. 
 
Conclusões 
 as restaurações compostas demonstraram ter um 
desempenho favorável em dentes posteriores e dentes 
anteriores. 
 o comportamento de falha em restaurações anteriores é 
diferente dos dentes posteriores, com menos cáries 
secundárias presentes e mais restaurações sendo 
substituídas para aparência estética. 
 a longevidade das restaurações de resina composta pode 
ser prejudicada pela falta de critérios de intervenção nas 
restaurações existentes e pelo diagnóstico incorreto de 
cárie secundária. 
 vários fatores de risco na prática/operador, paciente e nível 
do dente/restauração influenciam a longevidade das 
restaurações dentárias 
 fatores de risco específicos relacionados ao paciente são 
difíceis de avaliar clinicamente e há falta de padronização. 
 a odontologia deveria se esforçar mais para treinar 
dentistas sobre como lidar com restaurações imperfeitas. 
 os ensaios clínicos devem ter grupos de controle racionais, 
incluir fatores de confusão como fatores de risco do 
paciente nos dados e na análise e devem usar parâmetros 
de resultados relevantes para a profissão e os pacientes. 
 
 
 
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longevity of posterior restorations: A systematic review and 
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DEMARCO, Flavio Fernando et al. Should my composite 
restorations last forever? Why are they failing?. Brazilian oral 
research, v. 31, 2017. 
As minhas restaurações em resina deveriam durar para sempre? Por que elas estão falhando? 
DEMARCO et al., 2017 
Discente: Thaís Rossato 
 
 
 
 Cárie dental: 
 Taxa de falha aumenta em pacientes com Alto risco 
de cárie; 
 Cárie Dental Secundária: Principal causa de falhas; 
 Está relacionado com o comportamento Individual 
e consumo de açúcar associado ao acumulo de 
biofilme. 
Bruxismo / hábitos parafuncionais: 
 Taxa de falha 3x maior em indivíduos com 
Alto estresse oclusal; 
 Esta condição também é observada quando outros 
materiais restauradores são utilizados; 
 Relacionado a Fratura da restauração. 
Idade do Paciente: 
 As idades mais críticas mostradas em estudos são 
crianças mais novas e pacientes idosos; 
 Presença de trabalhos restauradores mais 
complexos, complicações médicas e diminuição do 
autocuidado bucal; 
 A idade do paciente não é um fator isolado; 
 Usado em associação á outros fatores. 
Status Socioeconômicos: 
 Trajetória socioeconômica desfavorável ao longo 
da vida está associada a falha; 
 Presença de restaurações insatisfatórias 
subsequentes; 
 Tratamentos realizados em locais públicos tem 
aumento na taxa de falha anual (5,6%). 
Demanda estética: 
 As demandas estéticas são um motivo dominante 
para reintervenções em restaurações compostas 
anteriores; 
 Falhas devido a razões estéticas raramente são 
relatadas em estudos em restaurações posteriores; 
 A alta demanda por perfeccionismo estético pode 
resultar na substituição de mais restaurações por 
razões estéticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Operador: 
 Fator importante é o processo de tomada de 
decisão, como avaliar necessidade de troca da 
restauração, que inclui treinamento para diferenciar 
cárie secundária e manchamento marginal; 
 A longevidade das restaurações compostas pode 
ser prejudicada pela falta de critérios para 
intervenção nas restaurações existentes e pelo 
diagnóstico incorreto de cárie secundária. 
 Material Restaurador e Técnica: 
 Estudos recentes mostram que o tipo de resina 
composta não é um fator significativo para falha, 
visto a grande evolução das resinas; 
 A literatura mostra que fatores relacionados a 
técnica, como o tamanho da cavidade aumentado 
(número de paredes envolvidas), posição do dente, 
uso de uma espessa camada de revestimento de 
cavidade de ionômero de vidro, presença de 
tratamento endodôntico, ausência de esmalte 
periférico, são todos fatores que podem afetar 
negativamente a longevidade clínica. 
 Fratura: 
 Também é considerada a principal causa de falhas; 
 Fraturas de curto prazo são geralmente de pequena 
extensão e podem ser indicativas de problemas 
técnicos de restauração ou manuseio de material; 
 Fraturas de longo prazo estão relacionadas à fadiga 
do restaurador complexo, envolvendo a estrutura 
do dente e restaurador; 
 Quanto maior o tamanho da cavidade e o volume 
composto, maiores serão os efeitos da fadiga a 
longo prazo. 
 
Fatores relacionados aos pacientes Fatores relacionados ao profissional 
 
 
 tradicionalmente: remoção de toda dentina 
cariada/contaminada, seguindo o critério de dureza clínica, 
pois acreditava-se que precisava remover todos os MO 
pois poderiam causar danos pulpares e recidiva. 
 trabalhos da década de 60 indicaram que não existia 
relação entre dureza clínica e ausência de MO, pois esses 
MO são selados sob restaurações e que a presença destes 
não interfere na paralisação da lesão cariosa e no 
procedimento restaurador  MO selados ficam sem 
substrato, assim são desnaturados. 
 remoção completa de dentina cariada apresenta risco 
maior de exposição pulpar. 
 risco de exposição pulpar quando faço em sessão única 
(40-50%). 
 Capeamento pulpar direto: sucesso maior que MTA do que 
com hidróxido de cálcio. 
 
 tratamento radica com grande destruição coronária para 
acesso provocando fragilidade da estrutura e aumentando o 
risco de fratura 
 maior custo e tempo, com múltiplas consultas e acesso 
restrito no SUS 
 
 
Técnica de remoção completa com no mínimo duas consulta, 
com maior taxa de sucesso e menor risco de exposição pulpar. 
 
 remove dentina, material forrador e selamento coronário 
 preserva 30-90 dias: na consulta de retorno espera 
formação de dentina terciária (reacional) 
 reabertura da cavidade e remove toda dentina cariada 
 restauração definitiva 
 
Em parede pular e axial preconiza a remoção seletiva, nas 
circundantes remove de modo não seletivo. 
 
 risco de escavação pulpar na escavação final (15-20%) 
 risco de perda do provisório e progressão 
 risco do paciente não retornar para concluir o tratamento 
 maior tempo, custo, desconforto ao paciente 
 
 
 estudo de Besic, 1943: em todos os casos a dentina se 
apresentou seca e com características de inatividade 
 
“Parece que a lesão de cárie para definitivamente ou diminui 
gradualmente quando isolada da cavidade bucal”. 
 
 realizar a RSTC em sessão única gera benefícios para as 
finanças públicas (economia direta) e para os serviços de 
saúde (aumenta o número de tratamento realizado). 
 diminuição drástica do número de MO tanto em lesões 
rasas quanto profundas, com menor prevalência de 
lactobacilos e S. murais  microbiota menos complexa 
 clinicamente características clínicas de lesões ativas se 
transformam em inativas  ocorre reorganização do 
tecido dentinário, com obliteração total ou parcial dos 
túbulos dentinários, dureza superior a de dentina cariada 
devido a remineralização 
 
Aumento da concentrado de fósforo, cálcio e aumento da 
radicopacidade do tecido que indica ganho mineral. Remoção 
completa segue não sendo uma alternativa, tendo como viável o 
tratamento expectante e a remoção seletiva + restauração. 
 
Este ensaio clínico randomizado multicêntrico avaliou a efetividade de um 
tratamento alternativo em lesões de cárie profundas comparado ao tratamento 
expectante (TE) após três anos de acompanhamento. O tratamento alternativo 
consistiu na remoção parcial de tecido cariado (RPTC) seguida de restauração 
em uma sessão. Métodos: Os critérios de inclusão foram: pacientes com 
molares permanentes apresentando lesões profundas de cárie (lesão 
alcançando metade interna de dentina ao exame radiográfico); resposta positiva 
ao teste térmico; ausência de dor espontânea; sensibilidade negativa à 
percussão vertical e ausência de lesão periapical detectada no exame 
radiográfico. Dentes elegíveis para participação no estudo foram 
randomicamente designados ao grupo teste (RPTC) e receberam remoção 
incompleta de tecido cariado e restauração em uma sessão (resina ou 
amálgama). Dentes elegíveis para participação no estudo foram 
randomicamente designados ao grupo teste (RPTC) e receberam remoção 
incompleta de tecido cariado e restauração em uma sessão (resina ou 
amálgama). Dentes designados ao grupo controle (TE) receberam capeamento 
pulpar indireto com cimento de hidróxido de cálcio e restauração temporária 
com cimento de óxido de zinco e eugenol modificado. Após 60 dias, as 
cavidades foram reabertas, o tecido cariado remanescente foi removido e os 
dentes foram restaurados com resina composta ou amálgama. O desfecho 
avaliado foi a vitalidade pulpar, determinada por sensibilidade ao teste térmico e 
ausência

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