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GESTÃO DA MUDANÇA E CONSULTORIA EMPRESARIAL ESTUDO DE CASO 1 Nome: Sofia Alschinger Rezende Leia o artigo e responda as questões. Lealdade na gestão da mudança John Davis Segundo John Davis, especialista da Harvard Business School, os jovens devem falar de continuidade nas empresas familiares. Você já notou que a velha e a nova gerações falam de transição na empresa utilizando duas palavras bem diferentes? Os seniores gostam da palavra “continuidade”; os mais novos preferem “sucessão”. Essa diferença de foco, em aspectos distintos da transição geracional, é, claro, perfeitamente compreensível. Os mais velhos, por terem investido a maior parte da vida na construção da empresa, tanto de seus ativos como de sua cultura, querem dar continuidade às coisas que funcionam e às quais eles se sentem ligados. Já a nova geração quer dar sua virada no leme, modernizar a empresa e colocar em prática suas ideias; a ênfase é em mudar. No entanto, o foco em uma palavra ou em um tema e o não reconhecimento da importância do outro lado da questão podem levar as duas gerações a falar sem efetivamente se entender. Por isso, recomendo que a nova geração concentre as conversas sobre transição, primeiro, na continuidade, ou seja, no que precisa continuar como está, pois isso dá segurança aos mais velhos, e, depois, no que precisa mudar. Tanto a continuidade como a sucessão são temas-chave para a transição geracional. Quando se transferem responsabilidade e autoridade de uma geração para outra, sempre há o que é desejável (ou necessário) manter. Os valores centrais de uma empresa de sucesso (ou a maioria deles) geralmente devem ser preservados, por exemplo. Mas há as coisas que precisam ser mudadas: posições no topo da hierarquia, estratégias e práticas de gestão (que devem ser atualizadas). E é possível que se queira mexer em outras coisas, como a imagem da empresa. Dois exemplos de agentes leais da mudança em empresas familiares do Brasil são André Johannpeter, da Gerdau, e Alexandre Birman, da Arezzo. Qualquer observador da transição geracional em uma empresa familiar pode ver que esses dois temas, aparentemente em oposição, se complementam. A mudança bem-sucedida em qualquer organização – empresa, família, sociedade– inclui manter o que é importante que tenha continuidade e descartar as coisas que precisam ser mudadas. Saber diferenciar o que se encaixa em um caso e no outro é o verdadeiro desafio. O que dá certo Empresas familiares são inquestionavelmente melhores quando se trata de manter o que é importante e descartar o que pode frear seu sucesso. Essas organizações geralmente escolhem sucessores, por exemplo, que representam os valores centrais da família e do negócio e, ao mesmo tempo, são agentes da mudança. A velha geração, nessas situações, transfere poder para integrantes da nova geração que se destacam, para que desempenhem atividades que ajudem a empresa a se adaptar e crescer. Os mais novos, por sua vez, mostram respeito pelos integrantes seniores da família, assim como pelos valores e conquistas deles. Um dos melhores exemplos dessa prática que eu conheço é uma empresa japonesa que já passou por 16 gerações: a Kikkoman, que fabrica shoyo e outros molhos e é controlada pela família Mogi. Os integrantes da nova geração são testados não apenas pela capacidade de conduzir bem as divisões da empresa, mas também pela de desenvolver novas atividades e apontar novas direções. Esses sucessores são o que chamo de agentes leais da mudança, que buscam a inovação e, ao mesmo tempo, protegem os valores centrais da família e da empresa. Outro importante aspecto do sucesso das empresas familiares são a construção e a continuidade de um legado familiar saudável. O legado de uma família é composto de seus ativos físicos, mas também de suas habilidades, valores, pontos de vista, relacionamentos, reputação e alianças. Os legados familiares mais ricos incluem tanto os bens materiais como os não materiais, que permitem que a empresa mantenha forte desempenho. Os legados familiares são construídos em um processo que envolve manter e descartar aspectos da empresa e que inclui as várias gerações. Trata-se de um processo fluido e confuso, e abrange o fortalecimento da reputação e de relacionamentos-chave da família, a manutenção de habilidades, valores, pontos de vista e recursos que promovem os interesses da família, e a mudança de coisas que não servem mais para a família. O que é o quê Saber que aspectos do legado da família estão ajudando a empresa a manter seu sucesso e o que é preciso descartar implica manter-se em sintonia com o setor de atividade do negócio e com o ambiente em que ele se encontra, assim como mudar o que precisa ser mudado no momento certo. Com o decorrer do tempo, todos os negócios familiares precisam mudar aspectos de seu legado, e eu nunca vi um que tenha sobrevivido por longo período sem ter feito isso, ainda que desafiar algo que a família valoriza provoque discussões acirradas. As famílias e as empresas familiares tendem naturalmente a manter mais do que descartar coisas, o que torna a mudança algo difícil. As famílias também costumam ter menos facilidade do que outras instituições para desafiar ideias e pessoas poderosas, como o patriarca. Sempre ajuda quando membros poderosos da família são defensores da mudança, e isso às vezes acontece. Independentemente disso, quanto mais os integrantes da família estiverem preparados para a necessidade de mudar “regularmente”, e quanto mais a mudança puder ser discutida de maneira respeitosa, mais bem-sucedida a iniciativa de mudança será. Para terminar, é preciso ter em mente três medidas que facilitam a mudança: 1) Concentrar os olhares da família no prêmio final, no que se está tentando conquistar, na missão. Em outras palavras, focar os grandes objetivos, não as pequenas coisas que podem dividir a família. 2) Manter a atenção sobre o setor de atividade da empresa e o ambiente ao redor da família, para que se percebam os desafios no horizonte. Comparativamente, todos devem olhar para a família e para o negócio, a fim de compreender quais são os pontos fortes e os fracos. 3) Começar a discussão sobre a mudança reconhecendo primeiro o que se deve manter. É crucial honrar as ideias e as pessoas que contribuíram para o sucesso da empresa, mesmo que essas ideias e pessoas precisem agora ser mudadas. Essa matéria foi publicada originalmente na edição de novembro-dezembro de 2013 da revista HSM Management. Questões 1. Comente sobre as principais dificuldades e obstáculos na gestão da mudança em empresas familiares apontando possíveis soluções para cada uma. R: Acredito que exista uma grande dificuldade em se manter as mesmas crenças e valores, estratégia nas ações e modo de administrar, por exemplo, às vezes sair de uma administração mais conservadora e passar a ter uma administração mais jovem e inovadora, com focos diferentes. As possíveis soluções seriam: Alinhar meses antes da sucessão, qual serão as medidas estratégicas tomadas pela empresa, definir e repassar ao novo administrador a base estratégica corporativa da organização, traçar planos de ação em conjunto com o administrador que deixará o cargo e o que irá assumir. Além de que essa transição deverá ser acompanhada por colaboradores que já trabalhavam na empresa. 2. Quais as diferenças entre continuidade e sucessão em empresas familiares? R: A sucessão é o ato de passar o capital e responsabilidades de um sócio para outro. Já a continuidade possui um conceito mais abrangente, pois significa “continuar”, ou seja, manter as ações, valores e crenças sustentados pelo sócio anterior. É importante ressaltar que a sucessão é desenvolvida para se dar continuidade aos negócios da organização. 3. Você concorda com a posição do autor sobre processos de mudançaem empresas familiares? Justifique sua resposta. R: Concordo com os pontos abordados em 2 e 3, porém no ponto 1 em que o autor comenta em focar apenas nos objetivos gerais, não concordo totalmente com a posição, pois acredito que para qualquer processo é preciso se atentar a caminhada e aos pequenos objetivos, os objetivos gerais representam os resultados, e processos organizacionais não funcionam por completo se o gestor não obter conhecimento dos objetivos específicos de cada etapa.
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