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INTOXICAÇÃO PORMEDICAMENTOS Intoxicações/Exposições humanas por Agentes 5,8% 8,3% 1,5% 29,0% 2,0% 5,6% 10,9% 1,4% 29,0% 1,6% 1,3% 3,3% AGROTOXICOS ALIMENTOS ANIMAIS NAO PEÇONHENTOS ANIMAIS PEÇONHENTOS COSMETICOS DOMISSANITARIOS DROGAS DE ABUSO IGNORADO MEDICAMENTOS OUTROS PRODUTOS PLANTAS PRODUTOS QUIMICO INDUSTRIALN = 16 712 Intoxicações por medicamentos 32% 16% 12% 40% Grupo I: Psicofármacos Grupo II: Analgésicos, antipiréticos, antiinflamatórios e antiespasmódicos Grupo III: Antieméticos, anti- histamínicos, antitussígenos, broncodilatadores e descongestionantes nasais de uso tópico Outros • Substancias que “agem no Sistema Nervoso Central produzindo alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora sendo, portanto, passível de auto- medicação”. OMS, 1981 PSICOFARMACOS Intoxicações por Psicofármacos 62,7% 12,5% 9,7% 1,5% 13,6% ANSIOLITICOS ANTIDEPRESSIVOS ANTIPSICOTICOS ANTICONVULSIVANTES OUTROS Classificação • Benzodiazepínicos Sedativo- hipnóticos eAnsiolíticos • Barbitúricos • Carbamazepina e Fenitoína Anticonvulsivantes • Típicos • Atípicos Antipsicóticos • Cíclicos, • Serotoninérgicos e Atípicos Antidepressivos • AnfetaminasEstimulantes BENZODIAZEPINICOS 62 77 837 248 21 26 28 TOTAL: 1299 B E N Z O D I A Z E P I N I C O S Indicações Ansiolíticos Alprazolam (Apraz) Bromazepam (Lexotan) Clobazam (Frisium) Clordiazepóxido (Psicosedin) Cloxazolam (Olcadil) Amnésia anterógrada Midazolam (Dormonid) Flunitrazepam (Rohypnol) Fobias sociais e desordens do pânico Alprazolam (Frontal) Clonazepam (Rivotril) Hipnóticos/Sedativos Midazolam (Dormonid) Flunitrazepam (Rohypnol) Flurazepam (Dalmadorm) Nitrazepam (Sonebom) Triazolam (Halcion) Estazolam (Noctal) Antiepilépticos Clonazepam Diazepam (Valium) Sindrome de abstinência Diazepam Stress pós traumático S. Abstinencia alcool B E N Z O D I A Z E P I N I C O S Meia -vida ➢ação ultra-curta (<6h): Hipnóticos (Midazolam, Flunitrazepam,Triazolam) ➢ação curta (6 - 12h): Oxazepam ➢ação intermediária (12 -24 h): Lorazepam,Alprazolam ✓ação longa (> 24 h): Ansiolíticos (Diazepam, Clonazepam, Bromazepam) B E N Z O D I A Z E P I N I C O S Farmacocinetica Benzodiazepínicos Rápida e completa (80 a100%) B E N Z O D I A Z E P I N I C O S Farmacodinâmica GABA é o principal neurotransmissor inibitório doSNC. GABAA : ionotrópico Abrem canais de Cl diretamente Causamhiperpolarizaçâo GABAB:metabotrópico Abrem canais de K indiretamente Causamhiperpolarizaçâo OS Benzodiazepínicosaumentam a frequencia das aberturas dos canais de cloro sem prolongar a duração. Aumento da ação gabaérgica inibitória do SNC. B E N Z O D I A Z E P I N I C O S Intoxicação Leve Sonolência- torpor Hipotonia Ataxia Disartria Confusão mental Pupilas normais ou mióticas Reflexos normais Respiraçãoes pontânea, frequencia/ amplitude normais Grave Depressão respiratória Coma Hipotermia Hipotensão Bradicardia Excitação paradoxal B E N Z O D I A Z E P I N I C O S Tratamento Geral • Assistência respiratória • Manutenção dos sinais vitais Descontaminação • Doses baixas: observação clínica. • Doses altas: Carvão ativado. Eliminação • Hemodiálise ou Diálise peritoneal: ineficazes (forte ligação proteica) B E N Z O D I A Z E P I N I C O S ▪Mais potente benzodiazepínico ▪Ação rápida: depressão significativa do SNC ▪Associado ao álcool: perda da inibição e amnésia anterógrada. ▪Eliminaçãolenta ▪Não detectável nas triagensurinárias de rotina ▪Nomes comerciais: Rohypnol ® e Rohydorm® “Boa Noite Cinderela” - um conjunto de drogas: GHB (ácido gama-hidroxibutírico) Ketamina (Special K) Flunitrazepam(Rohypnol) Também conhecidas como "rape drugs“ (drogas de estupro) FLUNITRAZEPAM http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=GHB_(%C3%A1cido_gama-hidroxibut%C3%ADrico)&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ketamina http://pt.wikipedia.org/wiki/Flunitrazepam B E N Z O D I A Z E P I N I C O S Concluindo... •Índice terapêutico elevado • Óbitos raros: potencializados com álcool, outros depressores SNC e presença de comorbidades •Depressão respiratória EV:Diazepam •Crianças e idosos mais sensíveis •Induz tolerância, dependência, síndrome de abstinência e excitação paradoxal Mesmo a ingestão de 2000mgde diazepam (200 comp de 10mg leva à intoxicação leve a moderada ANTICONVULSIVANTES São medicamentos capazes de prevenir convulsivas de diferentes e/ou tipos,interromper crises permitindo o funcionamento normal do Sistema Nervoso Central dos indivíduos epilépticos e efeitos deletérios das crisesprotegendo-os dos convulsivas. ácido•Principais agentes: fenobarbital, carbamazepina, valpróico, fenitoína, topiramato e benzodiazepínicos. 32 124 12 96 18 TOTAL:282 ANTICONVULSIVANTES BARBITURICOS ITURICOS BARBITURICOS ❑Depressores não seletivos do SNC. ❑Anteriormente usados como sedativo-hipnóticos e ansiolíticos, sendo substituídos pelos benzodiazepínicos. ❑Atualmente indicados como antiepilépticos e anestésicos gerais. ❑ Comercializados no Brasil: * Fenobarbital * Tiopental Fár m aco T ½ (h) Du r a ç ã o d o efeito (h) D o s e hipnót ica adul tos (mg) Nível tóxico mín imo (mg/L) metohexital 1 - 2 < 0,5 50 - 120 > 5 t iopental 6 - 46 < 0,5 50 - 75 > 5 pentobarbi tal 15 - 48 > 3 - 4 100 - 200 > 10 secobarbi ta l 15 - 40 > 3 - 4 100 - 200 > 10 amobarbi ta l 8 - 42 > 4 - 6 65 - 200 > 10 aprobarbi tal 14 - 34 > 4 - 6 40 - 160 > 10 butabarbi tal 34 - 42 > 4 - 6 50 - 100 > 10 mefobarbital 11 - 67 > 6 - 12 50 - 100 > 30 fenobarbi tal 80 - 120 > 6 - 12 100 - 320 > 30 Aç ã o ultra-curta Aç ã o curta Aç ã o intermediária Aç ã o longa ITURICOS BARBITURICOS FENOBARBITAL pKa = 7,2 T1/2 = 40 – 140 h Vd = 1 L/ Kg LP = 40 – 60% VOcompleta Lenta FENOBARBITAL Menor lipossolubilidade 40-60% Fenobarbital Farmacodinâmica ▪Os barbitúricos fixam-se à macroestrutura molecular que contémo receptor GABAA e provocam abertura mais prolongada dos canais de cloreto. ▪Potencializa a atividade inibitória do GABA, resultando em inibição das sinapses. ▪Depressão do tônus simpático central (vasoplegia). F E N O B A R B I T A L F E N O B A R B I T A L Intoxicação Sonolência Ataxia Fala arrastada Pupilas normais Agitação paradoxal inicial Sono profundo e torpor Alteração respiratória discreta Alterna miose e midríase (COMA CÍCLICO) Coma profundo Miose bilateral Complicações respiratorias e CV (vasoplegia e depressão miocárdica) Choque Lesões bolhosas difusas (10%) Leve Moderada Grave F E N O B A R B I T A L Tratamento GERAL • ABCD • Sintomático e suporte • Correção hidro-eletrolitica • Fluidos EV • Aminas vasoativas • Tratamento infecções ESPECIFICO •LG até 1h, podendo ser realizada tardiamente em casos específicos (EOT). •CA doses seriadas por até 48h T1|2: 120h 10h •Catártico •Alcalinização urinaria – Reed l e ll •Hemodialise - Reed III e IV, hepatopatas, nefropatas, cardiopatas ou que não responderam à conduta empregada •Hemoperfusão F E N O B A R B I T A L Tratamento Indicada para fármacos com: *baixa ligação proteica (até 50%), *baixo PKa, *pequeno volume de distribuição e *reabsorção tubular lenta *Eficiente em pacientes REED I eII *Impede a reabsorção tubular renal Aumenta a fração ionizada para 86% (fração não ionizada= 14%) *Aumenta a excreção em 5 – 10 x *Infusão de bicarbonato de sodio mantendo Ph urinário entre 7.5 - 8.0 *Potássio sérico corrigido e mantido em 4.0 Controle de gasometria, íons e PH urinário de 2/2h ALCALINIZAÇÃO URINARIA BZD X BBT Barbitúricos - curva dose-resposta linear, progredindo da sedação à depressão respiratória e morte. Benzodiazepínicos - não apresentam ação severa no SNC por via oral. Por via IV podem produzir anestesia e depressãorespiratória F E N O B A R B I T A L F E N O B A R B I T A L Concluindo... ▪Indice terapêutico estreito ▪Grupo de drogas com maior morbi-mortalidade ▪Hipersensibilidade: 1-3% (SSJ, Lyell, DRESS, eritema multiforme) ▪Reações paradoxais (crianças e idosos) ▪Induz tolerância - dependência e síndrome de abstinência Carbamazepina Uso Neuralgia do trigêmio Tratamento de mania e agressividade Anticonvulsivante PSICOFARMACOS C A R B A M A Z E P I N A Farmacocinética T1/2: 17 a 35h (26h) Absorção Oral lenta / errática Efeitos anticolinérgicos Cicloentero-hepático (até 90%) efecal Carbamazepina C A R B A M A Z E P I N A Farmacodinâmica Bloqueio dos canais de sódio pré-sinápticos inibindo a liberação de glutamato (neurotransmissor excitatório) na fenda sináptica, reduzindo a despolarização neuronal efeito anticonvulsivante Tem estrutura quimica semelhante aos antidepressivos triclíclicos C A R B A M A Z E P I N A Toxicidade Leve a moderada: Sonolencia, confusão mental, ataxia, nistagmo, oftalmoplegia, disartria, taquicardiasinual Grave: mioclonia, crise epiléptica, midríase, pele seca, hipo ou hipertensão, hipo ou hiperreflexia, discinesias faciais ou da boca, arritmias cardíacas, depressão respiratória e COMA DRESS-Síndrome de hipersensibilidade C A R B A M A Z E P I N A Tratamento ❑Geral ▪ Sintomático eSuporte ▪ Monitorização cardíacae ECG Pacientesassintomáticos: observação por6h ❑Especifico ▪ LG até 1h, podendoser doses altas ▪ CA seriado por até48h nos casos graves ▪ Catártico ▪ Hemodiálise ou hemoperfusão nos casos de instabilidade hemodinâmica ou estado de mal epiléptico C A R B A M A Z E realizada mais tardiamente em P I N A Concluindo Indice terapêutico elevado Frequentemente envolvida em tentativas de suicidio (distribuição ampla e gratuita) Raros óbitos, mesmo em doses –10 a 20g a não ser em associação com alcool ou outros depressores Grupo de risco: cardiopata, crianças e idosos C A R B A M A Z E P I N A ANTIPSICOTICOS A N T I P S I C O T I C O S Indicações 1930- Sedativos e pré-anestésicos 1950- Doenças mentais Atualmente: ❑Esquizofrenia e outras Psicoses ❑Transtorno do Humor Bipolar ❑Sindrome de Tourette (tiques, hiperatividade, movimentos involuntários, agressividade, palavras obscenas) ❑Coréia de Huntington ❑ Antiemético ❑ Soluço A N T I P S I C O T I C O S Classificação Fenotiazinicos Butirofenona Atípicos ▪Clorpromazina Amplictil® ▪Haloperidol Haldol® ▪Clozapina Leponex® ▪Levomepromazina Neozine® ▪Olanzapina Zyprexa® ▪Tioridazina Melleril® ▪Amissulprida Sociam ® ▪Risperidona ▪Quetiapina Seroquel ® ▪Ziprazidona Geodon® Farmacocinética T1/2: 20-40h errática (90%) efecal A N T I P S I C O T I C O S A N T I P S I C O T I C O S Farmacodinâmica Bloqueio da dopamina nosreceptores D2 Bloqueio dos receptores de Acetilcolina periféricos e centrais Efeitosanticolinergicos: •Taquicardia • mucosas secas ▪midríase ▪ rubor Bloqueioalfa-adrenergico: ▪Hipotensão e miose Bloqueiodopaminergico: •Sintomas extrapiramidais A N T I P S I C O T I C O S Intoxicação •Agitação alternando com letargia, fala arrastada, ataxia, confusão mental até coma. Convulsões (raro) •Efeitos anticolinérgicos com hipotensão e miose (mais comum) Depressão SNC •Rara (FENOTIAZINICOS) •Hipotensão postural, TS, •TSV, BAV, TV, FV •Torsades de pointes Cardiotoxicidade •Distonia aguda, Acatisia, Parkinsonismo • Tremor perioral (S. do coelho), Discinesia tardia •Síndrome neuroléptica maligna Quadros extrapiramidais Intoxicação Dose terapêutica Intoxicação leve Distonias Parkinsonismo Acatisia Discinesiatardia Distonias Sedação / miose Hipotensãopostural Taquicardia Pele e boca seca Retençãourinaria Intoxicação grave Crise convulsiva Depressão respiratória Coma Arritmias cardíacas Distermias Síndrome neurolépticamaligna A N T I P S I C O T I C O S A N T I P S I C O T I C O S Tratamento Geral *Suspender medicação *Suporte: ECG HV ***Fenotiazinicos *LG até 2h *CA até 12h (1-3 doses) *Diurese / Dialise: NÃO EFETIVO Específico *Distonia:Biperideno Diazepam OBS por 12 h *Acatisia: orientação Sindrome neuroléptica maligna A N T I P S I C O T I C O S Concluindo... •Indice terapêutico elevado •Mortes devido associação com ADT, álcool, lítio ou ingestão de tioridazina (Melleril) •Mecanismos de ação farmacológicos terapêuticos causam intoxicação ANTIDEPRESSIVOS PSICOFARMACOS Tratamento dadepressão Profilaxia da enxaqueca Coadjuvante no tratamento da dorcronica Abstinência àcocaína Enurese noturna em crianças ANTIDEPRESSIVOS TRICICLICOS IMIPRAMINA AMITRIPTILINA NORTIPTILINA A D T Arritmias cardíacas graves Farmacocinética A D T•Boa absorção via oral •Alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas (94%) •Metabolização hepática, com baixa taxa de recirculação entero-hepática. •Excreção renal •Meia vida de 18-80hs, dependendo do agente. •Doses acima de 20mg/kg é potencialmente letal. A D T Intoxicação Síndrome anticolinérgica Excitação / Delírio / Alucinação Midriase Crise convulsiva Hipertermia / Hiperemia Cardiotoxicidade (antagonista do sodio, impedindo sua entrada no miocardio e a despolarização, bloqueando a condução cardiaca) Arritmias Cardiacas Hipotensão e possivel Acidose Choque cardiogenico, Edema agudo pulmão e Obito Regra dos 3C e 1A Coma Crise Convulsiva Arritmia Cardiaca Acidose A D T Tratamento Agitação, delírios e alucinações:Diazepam (evitar neurolepticos) Hipertermia: medidas físicas Convulsões: diazepam ou barbitúricos Coma:suporte Arritmia cardíaca: ECG Bicarbonato /Lidocaina Beta-bloqueador (evitar) LG até 2hs (efeito anticolinergico) CA seriado por até 24 hs Hemodialise ou Hemoperfusão (NÃOEFETIVA) Concluindo... Indice terapêutico baixo A intoxicação por antidepressivos tricíclicos é frequente e potencialmente grave. Representa a principal causa de morte por intoxicação medicamentosa nos EUA No Brasil, situa-se entre os três primeiros grupos de medicamentos relacionados à tentativa de suicídio A D T ANTIDEPRESSIVOS ISRS Tratamento da depressão Transtornos do pânico eansiedade Transtorno obsessivo-compulsivo I S R S Farmacodinâmica ISRS ▪ fluoxetina ▪ paroxetina ▪ sertralina ▪ citalopram Agonistas indiretos de 5-HT IRS ▪Fluoxetina (Prozac®): DT > 600 mg e DL > 2 g ▪Paroxetina (Aropax®): DT > 850 mg; sem descrição de óbitos ▪ Sertralina (Zoloft®): DT > 1g; casos graves > 2g - sem relatos de óbitos ▪Citalopram (Cipramil®): DT e DL não estabelecidas, DL > 2 g (?) ▪ Fluvoxamina (Luvox®): DT > 1g; sem descrição de óbitos ▪ Venlafaxina (Efexor®): DT > 1 g; sem descrição de óbitos ANTIDEPRESSIVOS ISRS I S R S Intoxicação ❖Sintomas anticolinérgicos: ▪taquicardia,hipertensão ▪tremores ▪hipertermia ▪midriase ▪retenção urinaria ▪crise convulsiva ▪náusea, vômitos ▪depressão do nível de consciência ❖ Arritmias cardíacas semelhantes ADT ❖Síndrome serotoninérgica: Leve: tremores, confusão mental, movimentos coreicos, midriase Moderada: agitação psicomotora, diaforese, ataxia, rubor Grave: delirio, trismo, rigidez muscular, hipertermia, mioclonia, sudorese, coma I S R S Tratamento Geral ▪Aspiração, oxigenação ▪Hipertermia: medidas físicas ▪Agitação, Convulsão e rigidez: Diazepam Especifico ▪LG: desnecessária em doses baixas ▪CA: dose única I S R S Concluindo... Vantagens sobre ADT menos efeitos colaterais menor efeito nos receptores colinérgicos, histaminérgicos e -adrenérgico baixa toxicidade aguda - mais seguros em Superdosagem (ingestão 30 vezes superior a dose diária produz pouco ou nenhum sintoma) Desvantagens sobre ADT custo elevado naúsea, anorexia e insônia agressividade, violência relatos de aumento da taxa de suicídio ANFETAMINAS Anfetaminas de uso não médico Bolinha Rebite ICE MDMA Anfetaminas de uso médico METILFENIDATO ➢Bloqueio da recaptação das catecolaminas ➢Agonistas diretos em receptores dopaminérgicos (alteração do humor) e serotoninérgicos (alucinações) ➢Estimulam mais a atividade mental do que amotora Farmacodinâmica A N F E T A M I N A S Indicações A N F E T A M I N A S ❑Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade ❑Tratamento da narcolepsia ❑Tratamento da obesidade Intoxicação A N F E T A M I N A S Hiperatividade Hiperpirexia Hipertensão Risco potencial: 1mg/kg Dose toxica: < 5mg/kg Dose >300mg: convulsões coma arritmias Intoxicação A N F E T A M I N A S Tratamento A N F E T A M I N A S ❑Descontaminação gastrintestinal: Ingesta recente: LG + CA (dose única) até 1h. ❑ Sintomatico e Suporte (Cocaina) ▪Alucinações: BZD ou Clorpromazina ▪Convulsão: BZD ou Barbitúrico ▪Hipertensão: EVITAR betabloqueador Emergência:Nitroprussiato Analgésicos, antipiréticos, antiinflamatórios e antiespasmódicos PARACETAMOL Introdução Paracetamol ou acetominofem ou N-acetil-aminofenol; Introduzido no mercado farmacêutico em 1955; tornou-se popular no Brasil na década de 80; Analgésico e antipirético mais utilizado nos EUA; sendo a causa mais frequente de intoxicação farmacológica e principal causa de morte por superdosagem de medicamentos nos EUA; Uma overdose de PC, reconhecida desde 1966, pode causar necrose hepática fulminante. Doses terapêuticas repetidas ou doses levemente excessivas podem causar hepatotoxicidade em indivíduos suscetíveis, como alcoólatras. Principal causa de falência hepática aguda nos EUA. PARACETAMOL Apresentações ➢ Isolado: Tylenol ®, Dôrico ®,Tylaflex® ➢Associação: Tandrilax ®,Tylex ®, Buscopan Plus® PARACETAMOL Farmacologia ➢Ação: Inibidor da COX, sem poder anti-inflamatório ➢Absorção: rápida e quase completa peloTGI ➢Pico Plasmático: 1 a 2 horas após ingestão . Sobredosagem: > 4 horas. ➢Meia vida: 2 a 4 horas ➢Metabolização: hepática ➢Excreção: urinária PARACETAMOL Metabolismo e EfeitoTóxico ➢ 90% do PARACETAMOL é conjugado a sulfato e glucuronídeo e excretado na urina; ➢ Pequena quantidade é excretada na urina sem sofrer metabolização; ➢ 5% é metabolizado via citocromo P450 em NAPQI (N-acetil-p- benzoquinoneimina), composto tóxico para as células hepáticas; ➢ NAPQI é rapidamente conjugado ao Glutation hepático, formando composto atóxico que é eliminado na urina; ➢ Quando mais de 70-80% do estoque de glutation está depletado o NAPQI começa a lesar os hepatócitos (necrose centrolobular). PARACETAMOL PARACETAMOL Conjugação com Sulfato Conjugação com Ác. Glicurônico Bioativação pelo Citocromo P450 NAPQI Lesão hepática Conjugação Glutation Excreção urinária 60% 30% 5% 5% Composto Atóxico > 70% do estoque de Glutation esgotado Metabolismo: particularidades na criança Crianças (< 6 anos) possuem uma maior capacidade de conjugação por sulfatação; Crianças tem uma oferta e regeneração maior de glutation; Crianças tem menor atividade do complexo citocromo P450; . PARACETAMOL Menor produção do metabólito tóxico. Toxicidade Dano hepático por ingestão de PC pode ocorrer nas seguintes circunstâncias: Ingesta excessiva de PC; Atividade excessiva do complexo citocromo P450; Capacidade diminuída de glicuronidação ou sulfatação; Depleção do estoque de glutation. Exemplos: uso de álcool e drogas; comorbidades; idade avançada; estado nutricional comprometido. PARACETAMOL Dose terapêutica Adultos : 325 mg a 1000 mg/dose de 4/4 ou 6/6 horas Dose máxima diária: 4g/dia Crianças: 10-15 mg/kg/dose de 4/4 a 6/6 horas Dose máxima diária: 80mg/kg/dia PARACETAMOL Dose Tóxica ➢Adultos: > 7,5 g; ➢Crianças: > 140 mg/kg; ➢ Ingesta de mais de 4 g/dia, durante vários dias, com alteração de TGO. ➢Trabalhos recentes → dose > 12 g para adultose >200mg/kg para crianças. ➢Atravessa barreira placentária. Sem comprovação de teratogenicidade. PARACETAMOL Manifestações Clínicas Variam de acordo com: ➢ Idade do paciente; ➢Dose ingerida; ➢Precocidade da descontaminação gástrica; ➢Apresentação da medicação; ➢Existência de doença hepática prévia; ➢Uso de bebida alcoólica, de drogas indutoras do sistema P450 ou de agentes que diminuem a conjugação; PARACETAMOL ➢Assintomático ou sintomas gastrintestinais ➢Praticamente não são detectadas alterações laboratoriais. ➢ Dor em hipocôndrio direito ➢Alteração de Bbs,TAP, enzimas hepáticas ➢ Início do comprometimento renal ➢Necrose hepática (necrose centro-lobular) ➢Icterícia, distúrbio da coagulação, encefalopatia hepática, insuf. renal anúrica ➢Falência de múltiplos órgãos (ÓBITO) ➢Recuperação completa, se houver hepatócitos íntegros. Regeneração hepática em 3 a 6 meses. Fase I (2h-24h) Fase IV (4d -2 sem) Fase II (24h-72h) Fase III (72h-96h) Manifestações Clínicas Investigação e Diagnóstico ➢História clínica: ➢Identificação dos agentes envolvidos; ➢Dose ingerida; ➢Uso concomitante de outras medicações; ➢Tempo decorrido da ingestão; ➢Ingestão aguda ou repetida; ➢Existência de comorbidades; ➢Circunstância (acidental, tentativa de suicídio, erro de administração, auto-medicação). PARACETAMOL Diagnóstico e Exames Laboratoriais ➢Dosagem sérica do PC (nomograma de Rumack-Matthew) – coletar 4 horas após a ingesta. Usado para estimar o risco de toxicidade hepática. ➢TGO,TGP,TAP na admissão e repetir diariamente por 3 dias ou até que os níveis voltem ao normal; ➢Se função hepática alterada: creatinina, uréia, eletrólitos, bilirrubinas, glicemia, amilase, hemograma e gasometria. PARACETAMOL PARACETAMOL 25% 90% 60% Tratamento ➢Descontaminação ➢Lavagem gástrica (até 1 -2 horas após ingestão) ➢Carvão ativado (1 dose até 6 horas após ingestão) ➢Antídoto: N-ACETILCISTEÍNA (NAC) - Fluimucil ® PARACETAMOL Tratamento ➢Antídoto –N-ACETILCISTEÍNA(NAC) ➢Liga-se diretamente com o metabólito tóxico (substitui o Glutation) e aumenta a síntese doGlutation hepático; ➢Diminui entre 21% e 28 % mortalidade em caso de insuficiência hepática; ➢Melhor resposta: até 8-10 horas após aingesta; ➢Efeitos adversos: reação alérgica (EV) e trato gastrointestinal (VO); ➢VO ou EV???? PARACETAMOL Tratamento ➢Protocolo NAC Via Oral (total: 72 horas) Ataque:140mg/kg Manutenção : 70 mg/kg de 4/4h (17doses) Via Endovenosa (total: 20horas) Ataque: 150mg/kg em 15 min BIC: 50 mg/kg em 4 horas + 100 mg/kg em 16 horas PARACETAMOL Tratamento -ATENÇÃO ➢Deve haver intervalo de 1 a 2 horas entre o CA e o antídoto; ➢O antídoto deve ser administrado nas primeiras 8 horas após a ingestão do paracetamol;➢Se o uso de CA retardar a administração do antídoto (< 8 horas após a ingestão), ele não deve ser utilizado. ➢Deve-se repetir a dose de NAC se ocorrer vômito na primeira hora após a administração. PARACETAMOL Tratamento ➢A duração do tratamento com NAC pode ser modificada em função do quadro clínico do paciente: ➢O NAC pode ser suspenso se os níveis de PC são indetectáveis e na ausência de hepatotoxicidade. PARACETAMOL Conclusão ➢Exposição ao PC é freqüente; ➢ Intoxicação por PC é potencialmente grave (hepatite fulminante); ➢ Introdução precoce do antídoto (NAC) é fundamental; ➢Se o paciente sobrevive, ocorre recuperação completa do quadro sem fibrose residual; PARACETAMOL ANTI-HISTAMÍNICOS Farmacologia Ação: bloqueio competitivo dos receptores H1 (músculo liso, endotélio e SNC); Classificação: 1ª e 2ª geração; Absorção rápida por via oral atingindo concentração sanguínea máxima dentro de 1-2h; Ampla distribuição: 1ª geração: penetram facilmente no SNC; 2ª geração: menos lipofílicos, dificuldade de penetrar em SNC. ANTI-HISTAMÍNICOS ANTI-HISTAMÍNICOS Classificação 1ª Geração 2ª Geração ➢Cetotifeno ➢Clemastina ➢Dexclofeniramina ➢Ebastina ➢Prometazina ➢Hidroxizina ➢Astemizol ➢Cetirizina ➢Levocetirizina ➢Fexofenadina ➢Loratadina ➢Desloratadina ➢Terfenadina ➢Depressão do SNC: sonolência, torpor, coma, ataxia e confusão mental, mais comum em adultos. Estímulo do SNC também é descrito (hiperreflexia e convulsões). ➢Efeitos anticolinérgicos mais evidentes em crianças (hipertermia, rubor de face, secura de mucosas, midríase, taquicardia, retenção urinária, confusão mental e alucinações). ➢Hipotensão ou Hipertensão,taquicardia sinusal. ANTI-HISTAMÍNICOS Manifestações Clínicas ➢LG: está indicada nas primeiras horas após a ingestão em situações especiais. ➢CA em doses repetidas + SM ➢Sintomáticos e suporte ANTI-HISTAMÍNICOS Tratamento ANTIGRIPAIS (DESCONGESTIONANTES SISTÊMICOS) ANTIGRIPAIS Associações Simpatomimético Analgésico Anti-histamínico Analgésico Cafeína Analgésico Simpatomimético Anti-histamínico Analgésico ➢ Simpatomiméticos (efedrina, pseudoefedrina,fenilefrina) ➢Estimulam receptores alfa adrenérgicos do trato respiratório. ➢Efedrina e peseudoefedrina também tem ação beta adrenérgica ➢Anti-histamínicos (clorfeniramina, pirilamina, carbinoxamina) ➢Efeitos anticolinérgicos, diminuem secreções de mucosas, usual ação depressora no SNC, mas pode ocorrer estimulação em crianças. ➢Cafeína ➢Metilxantina estimulante beta adrenérgico ➢Potencializa efeitos simpatomiméticos ANTIGRIPAIS Ações ➢Simpatomiméticos ➢Dose tóxica fenilefrina e efedrina: 2-3 x dose terapêutica ➢Dose tóxica pseudoefedrina: 4-5x dose terapêutica ➢Anti-histamínicos ➢Dose tóxica: 3-5x dose terapêutica ➢Crianças são mais sensíveis que adultos ANTIGRIPAIS Toxicidade ➢Simpatomiméticos ➢Hipertensão ➢Taquicardia ou bradicardia reflexa ➢Dor anginosa, podem ocorrer alterações no ECG (bloqueio atrioventricular) ➢Hipertermia ou hipotermia ➢Outros: dispnéia, alterações do metabolismo da glicose; retenção urinária; sudorese; alterações comportamentais, alucinações,psicoses. ANTIGRIPAIS Manifestações Clínicas ➢Anti-histamínicos ➢Manifestações anticolinérgicas - secura de mucosas, midríase, rubor de pele, febre, taquicardia, alucinações, movimentos de coreoatetose, convulsões ➢SNC: mais comum é a depressão. Sedação leve até profunda. Confusão, desorientação, incoordenação. ➢Estimulação paradoxal do SNC pode ocorrer, especialmente em crianças. ANTIGRIPAIS Manifestações Clínicas ➢Cafeína ➢Intensifica estímulos beta adrenérgicos dos simpatomiméticos: taquicardia, arritmias, hipertensão, agitação,hiperexcitabilidade SNC ANTIGRIPAIS Manifestações Clínicas ➢Pequena Dosagem ➢CA + SM, não provocarvômito ➢ Intoxicação Aguda ➢Suporte e monitorização cardiorrespiratória ➢LCA + SM (até 4 horas após ingestão) ➢Observação 4 a 8 horas ANTIGRIPAIS Tratamento DESCONGESTIONANTES TÓPICOS ➢Simpatomiméticos (agonistas alfa adrenérgicos); ➢Efedrina: Rinisone® ➢Fenilefrina: Decongex ®, Naldecon® ➢Nafazolina: Sorine adulto ®, Neosoro® ➢Oximetazolina: Afrin ®, Freenal ®,Desfrin ® DESCONGESTIONANTES TÓPICOS Mecanismo Ação eApresentações DESCONGESTIONANTES TÓPICOS Farmacologia ➢Absorção: completa e rápida pelo TGI e mucosa nasal; ➢Início dos efeitos: poucos minutos apósabsorção; ➢Duração efeitos: 4-6horas; ➢Metabolismo: hepático; ➢Excreção: urinária; A toxicidade pode ocorrer pela ingestão de soluções para uso tópico ou por uso tópico excessivo ➢Hipertensão grave seguida de hipotensão rebote; ➢Hipotermia; ➢Depressão respiratória, apnéia; ➢Taquicardia ou bradicardia reflexa; ➢Arritmias, dor anginosa. DESCONGESTIONANTES TÓPICOS Manifestações Clínicas ➢ Ingestão há até 1 hora: CA; ➢Suporte e sintomáticos. DESCONGESTIONANTES TÓPICOS Tratamento BRONCODILATADORES ➢Ação: beta-2 agonistas ➢Curta duração ➢Fenoterol: Berotec® ➢Salbutamol: Aerolin® ➢Terbutalina: ➢Longa duração ➢Formoterol ➢Salmeterol BRONCODILATADORES Introdução ➢Em concentração elevada ou superdosagem, desaparece seletividade dos receptores β2, ocorrendo efeitos sistêmicose cardíacos (receptores β1); ➢Dose tóxica pode ocorrer numa dose única maior que a terapêutica máxima diária. BRONCODILATADORES Toxicidade ➢ Intoxicação Aguda (perde seletividadeβ2): ➢Hipotensão, taquicardia,arritmias; ➢Hipocalemia, hiperglicemia, acidoselática; ➢Tremores musculares; agitação. Raramente:convulsão. ➢ReaçõesAdversas: ➢Tremores, agitação, ansiedade, palpitação,taquicardia; ➢Hipotensão, tontura, fraqueza,desmaio; ➢Rubor, cefaléia, náusea, sudorese,salivação; ➢Retenção e dificuldade urinária / Dispnéia; ➢Hiperglicemia, ↓K, acidoselática BRONCODILATADORES Manifestações Clínicas ➢Suporte; ➢Carvão ativado (1 dose); ➢Monitorização cardíaca por4-6h; ➢Hipotensão: fluidos EV, pode ser necessário beta-bloqueador (cautela em asmáticos); ➢Hipocalemia: usualmente transitória com reversão espontânea; ➢Hiperglicemia (crianças): monitorizar até normalizar. BRONCODILATADORES Tratamento ANTICONCEPCIONAIS ➢Baixa toxicidade ➢ Intoxicação aguda: ➢Hemorragia uterina de privação (sexo feminino)até 3 dias após ➢Náuseas, vômitos, cólica, diarréia: pode ocorrer até 12horas após a ingesta ➢Tratamento ➢Orientações gerais ➢Sintomáticos ANTICONCEPCIONAIS Manifestações Clínicas
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