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São Paulo 2019 ESMERALDA DUARTE O PAPEL DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR ESMERALDA DUARTE O PAPEL DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Universidade Anhanguera, como requisito parcial para obtenção do título da graduada em Nutrição. Orientador: Maíra Branco São Paulo 2019 ESMERALDA DUARTE O PAPEL DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhanguera como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Nutrição. Aprovado em: __/__/____ BANCA EXAMINADORA ___________________________________ Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) __________________________________ Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) ___________________________________ Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Dedico este trabalho... A todos aqueles que fizeram parte desta minha trajetória; A minha família por todo apoio dado e compreensão; As minhas filhas por participarem comigo neste momento; Ao meu marido por todo carinho e compreensão A todos os professores pelas aulas ministradas. Meu muito obrigada. AGRADECIMENTO Seria impossível, chegar até aqui sem o amparo, amor e dedicação daqueles que permaneceram e passaram pela minha vida ao longo desses anos, pois tive ao meu lado pessoas fundamentais para que essa conquista tão sonhada se tornasse realidade. O meu sentimento é de Gratidão, a Deus a minha família, aos meus mestres e aos meus colegas e amigos que fiz durante essa jornada. Quero dedicar primeiramente a Deus por me dar força e sabedoria para chegar até aqui. A minha família, por toda a compreensão e por me incentivar a nunca desistir mesmo nas horas difíceis. Aos meus Pais, Benedito e Aneide por ser a minha base, e estarem sempre ao meu lado em todos os momentos. Ao meu Marido Junior e minhas filhas Vitória e Melissa, meu agradecimento, por me dar sempre o apoio mais que necessário e compreender os momentos que não pudemos estar juntos, vocês foram e sempre será meu porto seguro. Aos professores e equipe escolar, que com tanto empenho e dedicação me nortearam dia a dia, através da orientação e incentivo se tornando importantes na minha vida acadêmica e me mostrando o caminho que quero seguir, a vocês minha eterna gratidão. As professoras Maira Branco e Márcia Rodrigues, pelo convívio apoio orientação e incentivo tornando possível a conclusão deste trabalho. Aos meus amigos que estiveram comigo mesmo nos nossos momentos mais tensos. Gratidão e minha admiração por cada um de vocês. Por isso não tema, pois estou com você; Não tenha medo, pois sou seu Deus; Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o seguirei com a minha mão vitoriosa. Bíblia Sagrada Isaias 41:10 7 DUARTE, Esmeralda. O papel do Nutricionista dentro do Programa de Alimentação do Trabalhador, 2019. 28f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) - Instituição Faculdade Anhanguera de Osasco. Osasco, 2019 RESUMO O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), foi criado em 1976, com a finalidade dar atenção exclusiva a alimentação do trabalhador, sua prioridade são os trabalhadores de baixa renda, visando uma melhoria nas condições nutricionais, uma alimentação saudável e a qualidade de vida dos trabalhadores. O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo, fazer conhecido a importância do nutricionista dentro do Programa de Alimentação e Nutrição (PAT); Uma vez que o principal funcionário responsável pelo desempenho do PAT dentro de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), é o profissional da nutrição, pois está nas mãos dele todo o desenvolvimento assim como também despertar nos trabalhadores o interesse por uma refeição equilibrada nutricionalmente, agindo na produção da saúde e visando a qualidade de vida através da educação alimentar. Este trabalho é importante para nortear os leitores a ter um maior conhecimento sobre a importância do nutricionista dentro do (PAT), assim como também sua responsabilidade de promover uma educação alimentar mais equilibrada, na elaboração de cardápios saudáveis entendo como missão o zelo pela saúde dos indivíduos, assim o profissional deve se munir de todas as ferramentas que tem ao seu favor dentro do serviço de alimentação, produzindo refeições de qualidade. Este trabalho de pesquisa teve como embasamento, revisão bibliográfica contando com suporte livros de diversos acervos bibliográficos, artigos científicos e revistas na área de saúde e nutrição além de outras publicações, objetivando com isso, o entendimento e esclarecimento acerca do tema abordado, tendo a metodologia descritiva como base. Programa de Alimentação do Trabalhador, nutricionista e qualidade de vida. Palavras-Chave: Qualidade de vida; Nutrição; Alimentação, Programa. 8 DUARTE, Emerald. The role of the Nutritionist within the Worker's Food Program, 2019. 28f. Course Completion Work (Graduation in Nutrition) - Institution Faculdade Anhanguera de Osasco. Osasco, 2019 ABSTRACT The Worker's Feeding Program (PAT) was created in 1976 with the purpose of giving exclusive attention to the worker's diet. Its priority is the low-income workers, aiming at an improvement in nutritional conditions, healthy eating and quality of life of the workers. The objective of this research was to make known the importance of the nutritionist within the Food and Nutrition Program (PAT); Since the main employee responsible for the performance of the PAT within a Food and Nutrition Unit (UAN), is the nutrition professional, since it is in his hands all the development as well as awakening in the workers the interest for a nutritionally balanced meal , acting in the production of health and aiming the quality of life through food education. This work is important to guide readers to have a greater knowledge about the importance of the nutritionist within the (PAT), as well as their responsibility to promote a more balanced dietary education in the elaboration of healthy menus as a mission the zeal for the health of individuals, so the professional must provide himself with all the tools that he has in his favor within the food service, producing quality meals. This research work was based on a bibliographical review with support of books from several bibliographical collections, scientific articles and journals in the area of health and nutrition, as well as other publications, aiming at this understanding and clarification on the topic addressed, with the methodology as a basis. Worker's Nutrition Program, nutritionist and quality of life. Key words: Quality of life; Nutrition; Food, Program. 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador UAN- Unidade de Alimentação e Nutrição 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 2 O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR E A QUALIDADE DE VIDA.....................................................................................................................13 3 A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR......................................................................18 4 ENTENDENDO O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR........22 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .........................................................................27 11 1. INTRODUÇÃO Nas unidades de alimentação e nutrição é importante uma refeição saudável através de um cardápio equilibrado e diversificado é fundamental, para a saúde e também para a produtividade do trabalhador dentro da empresa. Com a intenção de garantir o equilíbrio de nutrientes, e incluir alimentos que são responsáveis pela alimentação de boa qualidade. Uma vez que o profissional da nutrição é o único capaz de preparar, uma refeição nutriente e equilibrada para os trabalhadores em questão o programa de alimentação do trabalhador (PAT) visa uma melhoria nas condições nutricionais dos funcionários. Assim os trabalhadores podem ter um melhor desempenho nas suas funções reduzindo os riscos de doenças nutricionais, promovendo assim uma melhor qualidade de vida para os indivíduos. A prestação de serviços nutricionais é essencial dentro de uma unidade de alimentação e nutrição (uan), que faz parte do programa de alimentação do trabalhador (pat), reconhecendo o papel do nutricionista e sua responsabilidade dentro da unidade, a fim de elaborar uma alimentação saudável e equilibrada para os seus funcionários. O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) tem como principal objetivo garantir as necessidades alimentares dos seus atendidos, ao oferecer uma refeição completa composta por todos os nutrientes, evitando que seus trabalhadores sofram com doenças que possam ser relacionadas a falta de nutrição. Entende-se que é de responsabilidade da empresa proporcionar aos seus funcionários uma alimentação equilibrada e adequada, independentemente do vínculo que possui, percebe- se assim que quando o trabalhador é beneficiado com essa melhoria, ele tem um aumento significativo de sua qualidade de vida e capacidade física. Sendo assim entende-se que o único profissional competente e legalmente habilitado em nutrição para atuar como responsável técnico dentro do PAT, que além de conhecer tem o compromisso de exercer corretamente as atividades nutricionais, e além disso a responsabilidade de conhecer o público que o rodeia e a sua particularidade, é o profissional de nutrição. Este trabalho é importante para nortear os leitores a ter um maior conhecimento sobre a importância do nutricionista dentro do (PAT), assim como também sua responsabilidade de promover uma educação alimentar mais 12 equilibrada, na elaboração de cardápios saudáveis entendo como missão o zelo pela saúde dos indivíduos, assim o profissional deve se munir de todas as ferramentas que tem ao seu favor dentro do serviço de alimentação, produzindo refeições com qualidade. Desta maneira levanta-se o seguinte questionamento. Quais os benefícios para o trabalhador quando a empresa faz parte do programa de alimentação do trabalhador? Já que o PAT foi instituído pela lei 6.321/76, regulamentado pelo decreto 05/1991, visando melhorar as condições nutricionais e qualidade de vida dos trabalhadores, a redução de acidentes e o aumento da produtividade, uma vez que sua unidade gestora a secretaria de inspeção do trabalho/departamento da saúde e segurança no trabalho. O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo geral; fazer conhecido a importância do nutricionista dentro do Programa de Alimentação e Nutrição (PAT); entretanto também como objetivos específicos; entender o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e seus benefícios; avaliar como foram realizados os serviços de alimentação dentro do Programa; Conscientização sobre a educação alimentar e nutricional dos trabalhadores Para melhor embasamento, do tema proposto será uma revisão bibliográfica e terá como suporte livros de diversos acervos bibliográficos, artigos científicos e revistas na área de saúde e nutrição além de outras publicações, objetivando com isso, o entendimento e esclarecimento acerca do tema abordado, entre os anos de 2008 e 2018, tendo a metodologia descritiva como base. Programa de Alimentação do Trabalhador, nutricionista e qualidade de vida. Para tanto no capitulo primeiro, terá como título; O Programa de alimentação o trabalhador e a qualidade de vida. Onde será abordado o principal objetivo desse programa e seus benefícios para a qualidade de vida do trabalhador. No segundo capitulo o tema proposto será; A importância do nutricionista dentro do PAT. Nesse capitulo será exposto toda a função do nutricionista e toda a sua importância para o desenvolvimento de uma alimentação saudável. O tema proposto para o terceiro capítulo será; entendendo o Programa de alimentação do trabalhador. Nesse capítulo será possível ter uma visão ampla do que se refere o PAT http://www.portaltributario.com.br/legislacao/decreto5.htm 13 2. O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO, O TRABALHADOR E A QUALIDADE DE VIDA Vários estudam abordam a qualidade de vida do funcionário dentro do local de trabalho, segundo Figueira Junior (1998), qualidade de vida é um conjunto de atributos associados à satisfação de viver, em que há possibilidade de melhoria do nível de saúde, porem com base nessa afirmação poucos são as empresas e os trabalhadores que associam uma melhor qualidade de vida com foco na alimentação. Segundo Limongi-França (2009), pensar em investir em qualidade de vida no trabalho hoje é primordial. A busca por uma qualidade de vida é uma constante melhoria dos processos de trabalho, os quais vão sendo construídos com a finalidade de incorporar as novas tecnologias e também aproveitar o potencial humano, individual e em equipe. Há uma íntima relação entre melhoria da qualidade de vida das pessoas e estilo de vida dentro e fora da organização, o que deixa impacto na produtividade dos indivíduos em seu ambiente de trabalho. O crescimento econômico virá pelo aumento da produtividade. Existem obstáculos a seu crescimento, mas eles não são insuperáveis, cabendo a maior parte do trabalho às empresas no que se refere às competitividades empresarial e setorial. Ao governo caberá manter condições favoráveis para a atuação empresarial: a estabilidade da moeda, o aumento da competição, a queda dos juros e a redução do peso dos impostos sobre as empresas formais; caberá ao governo também, fixar políticas seletivas e de incentivo, tais quais as da área de qualidade e produtividade (competitividade sistêmica). (LIMONGI-FRANÇA, 2009, p. 50) Um dos objetivos do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) é o foco na qualidade de vida do funcionário, para Limongi-França (2009), a melhoria do estado nutricional dos trabalhadores, com objetivo de promover a sua saúde e prevenir as doenças relacionadas ao trabalho. Quem pode participar do PAT? Todas as pessoas jurídicas que tenham trabalhadores por elas contratados. Para a autora, o desafio é construir, através do bem-estar, um ambiente favorável, de alta produtividade do trabalhador, com a garantia de ritmos e situações ecologicamente corretos. Pode se considerar que na qualidade de vida esta englobada as condições físicas, biológicas e psicológicas 14 A saúde não é apenas ausência de doença, mas o completo bem-estar biológico, psicológico e social. Este conceito, adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1986 abre um campo significativo para a compreensão dos fatores psicossociais na vida moderna e, especificamente, no desempenho e na cultura organizacional da saúde no trabalho. (VEIROS 2002, p. 124). Para Brasil (2006), Entende-se por alimentação saudável, o direito humano a um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos, respeitando os princípios da variedade, da moderação e do equilíbrio, dando-se ênfase aos alimentos regionais e respeito ao seu significado socioeconômico e cultural, no contexto da Segurança Alimentar e Nutricional. Observe a tabela a seguir: Figura 01-Tabela Nutricional FONTE: BRASIL 2006 Segundo dados da Portaria Interministerial, no qual fez alterações nos parâmetros nutricionais dos trabalhadores que fazem parte do Programa de Alimentação e Nutrição. Afirmando que, 3º Os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador estabelecidos nesta Portaria deverão ser calculados com base nos seguintes valores diários de referência para macro e micronutrientes. (Brasil, 2006) I - as refeições principais (almoço, jantar e ceia) deverão conter de seiscentas a oitocentas calorias, admitindose um acréscimo de vinte por cento (quatrocentas calorias) em relação ao Valor Energético Total – VET Refeições Carboidrato (%) Proteína (%) Gordura total(%) Gordura saturada (%) Fibra (g) Sódio (mg) Desjejum/lanche 60 15 25 <10 4-5 360 480 Almoço/jantar/ ceia 60 15 25 <10 7-10 720 960 15 de duas mil calorias por dia e deverão corresponder à faixa de 30- 40% (trinta a quarenta por cento) do VET diário; II - as refeições menores (desjejum e lanche) deverão conter de trezentas a quatrocentas calorias, admitindo-se um acréscimo de vinte por cento (quatrocentas calorias) em relação ao Valor Energético Total de duas mil calorias por dia e deverão corresponder à faixa de 15 - 20 % (quinze a vinte por cento) do VET diário; (BRASIL. 2006.) Com bases nesses estudos, fazendo uma analise dos hábitos alimentares e a maneira que provocam impactos diretos no controle das doenças crônicas não transmissíveis, principalmente quando se trata de alimentação coletivas, por essa maneira o nutricionista é o profissional que atua na área no qual está mais capacitado a atuar sobre a mudança de hábitos alimentares (FONSECA, SANTANA, 2011). Em um estudo nutricional de trabalhadores, Wielewski (2007) declara que a alimentação do trabalhador representa um pré-requisito fundamental para o desenvolvimento econômico contemporâneo. O rendimento do funcionário está diretamente ligado com o seu estado nutricional, se este, profissional está adequadamente nutrida, o aumento de sua produtividade é ainda maior. No Brasil, as ações iniciais em saúde do trabalhador no que se refere, especificamente, à questão da alimentação, datam do final da década de 1930, quando foi instituída a obrigatoriedade de as empresas com mais de quinhentos empregados instalarem um refeitório. (PROENÇA, 1997 p. 76). De acordo com Veiros (2002), uma alimentação que vá de acordo ao esforço físico desempenhado aos trabalhadores mostra inclusive redução do número de acidentes de trabalho. Barros (1989) em uma publicação informativa sobre a prevenção de acidentes, afirma que a falta de uma alimentação adequada manifesta-se nos trabalhadores por sintomas como sensação de fadiga e tontura, que se agravam mais à medida que o trabalhador se distancia do horário em que ingeriu a última refeição, podendo ocasionar um maior número de acidentes de trabalho. Ultimamente no Brasil vem sendo tendo varias evidências científicas que comprovam a relação entre os hábitos alimentares e as doenças crônicas não transmissíveis em adultos, entre elas a que se destaca é a obesidade (MONTEIRO, et al., 2005) Na década de 70, período favorável de crescimento no Brasil, as carências nutricionais eram apresentadas como um dos principais problemas relacionados à saúde do trabalhador, sendo responsáveis por acidentes de 16 trabalho, licenças médicas e absenteísmo. A grande discussão da época girava em torno do trabalhador mal alimentado, que produzia pouco, e consequentemente recebia baixos salários, formando um círculo vicioso. (GOMES e COSTA, 1997 p. 28) Recentemente o Brasil vem sendo observado através de muitas evidências científicas que comprovam a relação entre os maus hábitos alimentares e as doenças crônicas não transmissíveis em adultos, entre elas a que se destaca é a obesidade, gerando certa improdutividade por parte dos funcionários (MONTEIRO et al., 2005). Simultaneamente, o Brasil vem enfrentando o aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade, assim como em vários países do mundo. Em função de sua magnitude e velocidade de evoluçãoo excesso de peso – que compreende o sobrepeso e a obesidade - é considerado atualmente um dos maiores problemas de saúde pública, afetando todas as faixas etárias. Em vinte anos, as prevalências de obesidade em crianças entre 5 a 9 anos foram multiplicadas por quatro entre os meninos (4,1% para 16,6%) e por, praticamente, cinco entre as meninas (2,4% para 11,8%). Nos adolescentes, após quatro décadas de aumento gradual nas prevalências, em torno de 20% apresentaram excesso de peso (com pequena diferença entre os sexos) e quase 6% dos adolescentes do sexo masculino e 4% do sexo feminino foram classificados como obesos. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. (2103) Em um amplo estudo sobre o PAT, os autores afirmam que à complexidade desse “novo” mundo do trabalho deveriam corresponder a novas estratégias de alimentação do trabalhador, em que recomendações gerais, baseadas em cotas energéticas e de nutrientes, têm se mostrado ineficazes Araújo et al. (2010) Com sua produção de refeições sendo de maneira artesanalmente e em alguns lugares de forma preconceituosa com os trabalhadores desse ramo, que não são protegidos legalmente e possuem formação precária. Trazer evidencia a esse trabalhador e o compreender é uns dos o papeis fundamentais do nutricionista que possui o conhecimento cientifico para adotar tais questões. Como a garantia de uma condição de trabalho apropriada é indiscutível, entretanto esbarra no fator econômico que ainda prevalece. Assim afirma, SOUZA, (2001), reiterando sobre a prática preventiva, afirma que é importante que as organizações priorizem a integralidade do trabalho do nutricionista e auxilie-o, qualificando a mão de obra e informatizando os sistemas. Para FERREIRA e MAGALHÃES (2007) a área da Alimentação Coletiva e a promoção da saúde tem uma estreita relação com a segurança alimentar e nutricional, podendo observar que uma alimentação apropriada e novos hábitos 17 alimentares mais saudáveis, acarretam para a diminuição dos os riscos para as doenças crônicas não transmissíveis, tendo um impacto positivo nos dados sobre a saúde pública e na qualidade de vida das pessoas. A perspectiva atual é aproveitar ao máximo os recursos disponíveis para chegar a resultados cada vez mais competitivos. O desafio é construir, com bem-estar, o ambiente competitivo, altamente tecnológico, de alta produtividade do trabalho, e garantir ritmos e situações ecologicamente corretos. O bem-estar considera, no referente à Qualidade de Vida no Trabalho, as dimensões biológica, psicológica, social e organizacional de cada pessoa, e não, simplesmente, o atendimento a doenças e outros sintomas de stress que emergem ou potencializam-se no trabalho. (PAULA, 2011 p.06). A saúde tende a ser extremamente afetada quando alcançam hábitos e atitudes saudáveis. Para Cooper (1982), a dieta nutricional é a estrutura do bem estar, físico e emocional do trabalhador, pois sem hábitos alimentares que sejam adequados, o corpo não desenvolve de maneira saudável. 18 3. A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR Segundo Abreu, Spinelli e Souza Pinto (2013), o nutricionista em sua função na Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) é a pessoa responsável e única habilitada pelo trabalho técnico no gerenciamento para conduzir uma UAN com objetivo de oferecer uma alimentação adequada do ponto de vista nutricional mantendo toda a higiene necessário, respeitando os hábitos alimentares de seus atendidos. A informação a respeito da Nutrição situa-se dentre as áreas cuja atuação do profissional esta ligado diretamente a impactos que geram o controle das doenças crônicas não transmissíveis, especialmente quando se refere ao atendimento coletivo. Conforme afirmam Ferreira e Magalhães, 2007 apenas a transição nutricional justificaria a mobilização da nutrição nas ações de promoção da saúde. Fica a cargo do nutricionista, cooperar para promover, preservar e recuperar a saúde, tendo como princípio básico, o bem-estar do indivíduo e da coletividade, no empenho da promoção da saúde, em especial quanto à assistência alimentar e nutricional (CFN, 2004). Além dos aspectos relacionados à refeição, uma UAN objetiva ainda satisfazer o usuário com o serviço oferecido, englobando desde o ambiente físico, incluindo tipo, conveniência e condições de higiene de instalações e equipamentos disponíveis, até o contato pessoal entre funcionários da UAN e os usuários, em todos os momentos. (PROENÇA, 2000 p. 48) Segundo o Conselho Federal de Nutrição em sua resolução n° 380/2005 que a Alimentação Coletiva engloba atividades de alimentação e nutrição realizadas na Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), entende-se como empresas fornecedoras de refeições e auto-gestão, restaurantes comerciais e similares, alimentação escolar, alimentação do trabalhador, entre outras que compreendam atividades com produção de refeições para coletividade. No ponto de vista da produção de refeições, a promoção da saúde está ligada diretamente na prática do nutricionista que atua vinculado a UAN. A preocupação nutricional muitas vezes pode ser entendida simplesmente pela como “elaboração de um cardápio e campanhas educativas”, porém qual a finalidade dessas ações se a realidade, da maioria das UAN brasileiras, não é valido 19 um perfil nutricional dos usuários e suas recomendações do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) quando utilizadas, são de forma equivocada. Em oportunidades percebe-se que embora haja o registro da empresa no PAT não há sequer a adequação do cardápio às recomendações do mesmo, colaborando para o desequilíbrio nutricional da população beneficiada (BANDONI & JAIME, 2008). O nutricionista tem responsabilidade, cooperar para promover, conservar e recuperar a saúde do homem, tendo ainda, como princípio básico, o bem- estar do indivíduo e da coletividade, no empenho da promoção da saúde, em especial quanto à assistência alimentar e nutricional. (BRASIL, 2005 p.14). . O nutricionista nos serviços de alimentação que aderiram o PAT tem como dever além de preparar uma alimentação nutricional de qualidade, exercer um papel de educador ou até mesmo reeducador , orientando e sempre mostrando o caminho nutricionalmente saudável, ou seja, cumprir as atribuições a ele destinado, no seu espaço de trabalho, seja qual for ele, precisa realizar seu papel de profissional da saúde, e sempre lutar para que as exigências nutricionais impostas pelo PAT sejam cumpridas (SÁVIO et al., 2005). Nas unidades de alimentação e Nutrição (UAN), compete ao Nutricionista, no exercício de suas atribuições em Unidades de Alimentação e Nutrição, planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição. Realizar assistência e educação nutricional a coletividade ou indivíduos sadios ou enfermos em instituições públicas e privadas. Brasil (2005, p. 11). O nutricionista tem como função principal dentro da UAN, a manutenção da organização da equipe de trabalho, materiais e recursos financeiros o planejamento e na produção de refeições com padrão e qualidade adequada, tanto nos aspectos sensoriais, nutricionais e microbiológicos. Um misto de sentimentos representa a satisfação do nutricionista de UAN pela capacidade de promover a saúde das pessoas que atende com seu trabalho (ANSALONI, 1999). VASCONCELOS & BATISTA FILHO (2011), afirmaram a importância do caráter multidisciplinar do relevante e indiscutível papel dos nutricionistas na garantia do direito humano à alimentação saudável, condição necessária à promoção da saúde. 20 É importante que o profissional de nutrição responsável por elaborar alimentação dos trabalhadores do Programa Alimentação do Trabalhador (PAT), tenha em mente a percepção para analisar as condições físicas, ambientais e organizacionais, compreendendo melhor o processo de trabalho do ponto de vista da saúde e não só do ponto de vista administrativo (SOUSA, 2001). Torna-se fundamental que o nutricionista seja capaz de lidar com todas as necessidades impostas ao cargo, levando em conta que na grande maioria das unidades de alimentação e nutrição, possui apenas um profissional, é imprescindível que esse profissional seja organizado, que destine um tempo de sua jornada ao planejamento dos seus serviços e que tenha capacidade para delegar tarefas. Essa organização é essencial, para poupar trabalho desnecessário ou desperdiçado para reparar falhas (ABREU; SPINELLI; SOUZA PINTO, 2013). Além de preparar um cardápio nutricionalmente saudável para os trabalhadores, o nutricionista fica encarregado de provocar nos colaboradores uma reeducação alimentar, com o afirma (CFN, 2005). Entre as atribuições das nutricionistas de UANs, que devem ser desenvolvidas de forma obrigatória de acordo com a Resolução 380/2005 do Conselho Federal de Nutricionistas, encontram-se as funções de coordenar e executar os cálculos de valor nutritivo; acompanhar os resultados dos exames periódicos dos clientes/pacientes, para subsidiar o planejamento alimentar; detectar e encaminhar ao hierárquico superior e às autoridades competentes, relatórios sobre condições da UAN que impeçam a boa prática profissional e/ou que coloquem em risco a saúde humana; elaborar e implantar o Manual de Boas Práticas, avaliando e atualizando os procedimentos operacionais padronizados (POP) sempre que necessário; promover programas de educação nutricional e alimentar para clientes; identificar clientes/pacientes portadores de patologias e deficiências associadas à nutrição, para o atendimento nutricional adequado e coordenar o desenvolvimento de receituários e respectivas fichas técnicas, avaliando constantemente as preparações culinárias (CFN, 2005). Fica claro que a educação nutricional é fundamental para manutenção da saúde e prevenção de doenças, indica-se as crônicas não transmissíveis. O nutricionista deve ser considerado um profissional da saúde e, como tal, esta condição lhe atribui exigências na atuação em UAN, facilitando a garantia pela manutenção e recuperação nutricional de seus clientes. Seu compromisso para com a saúde do PAT, não pode ser tratado como algo externo à sua prática profissional, mas como dever de profissão (NUNES, 2000). 21 A ação do nutricionista na atenção primária à saúde deve-se pautar pelo compromisso e pelo conhecimento técnico da realidade epidemiológica e das estratégias e das ferramentas de ação em saúde coletiva. Sua atual inserção nesse nível de atenção à saúde ainda está longe do recomendado e do necessário para lidar com a realidade epidemiológica nacional. (ELISABETTA, 2015 p. 25) É importante que o nutricionista exerça o papel de educador, dentro da Uan, como também para os funcionários que a frequentam, como afirma Alves (2005) o papel do nutricionista é fundamental como educador e reeducador alimentar, para oferecer uma refeição dentro dos parâmetros sanitários e nutricionais. Segundo a Portaria 66 de 25 de agosto de 2006, fica a cargo dos estabelecimentos vinculados ao Programa de Alimentação do Trabalhador deverão promover educação nutricional, inclusive mediante a disponibilização, em local visível ao público, de sugestão de cardápio saudável aos trabalhadores (BRASIL, 2006). Segundo dados do Conselho Federal dos Nutricionistas, através do Marco Referencial de Educação Alimentar, afirma que deve-se considerar que as atividades de educação nutricional permeiam todas as atividades do nutricionista, extensas aos diversos campos de atuação profissional, ficando mantida a singularidade do conceito de EAN contido no Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as políticas públicas (Brasil, 2012). A Política Nacional de Alimentação Escolar, mais especificamente o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e a Resolução FNDE nº 26/2013, prevê que o nutricionista, na condição de responsável técnico pelo programa, coordene as ações de Educação Alimentar e Nutricional, que são o conjunto de ações formativas, de prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional, que objetiva estimular a adoção voluntária de práticas e escolhas alimentares saudáveis, assim como colaborar para a aprendizagem, o estado de saúde e a qualidade de vida do indivíduo. (BRASIL, 2012) O autor acima continua a afirmar que a Lei 13.666/2018 é um potencial instrumento de ampliação da atuação do nutricionista em Educação Alimentar Nutricional (EAN). Por esse motivo, o nutricionista poderá ampliar de maneira significativa sua atuação em gerenciamento e em educação alimentar dentro da UAN. Promovendo um maior desempenho de suas habilidades, podendo realizar seu trabalho, como profissional da saúde. 22 4. ENTENDENDO O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR Segundo dados do MPE 2006, o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), teve seu inicio através da Lei nº 6.321 do dia 14 de abril de 1976, sendo regulamentado através do Decreto n 5º de 14 de janeiro de 1991 possibilitando aos trabalhadores de baixa renda, ou seja para aqueles que seus rendimentos são de até cinco salários mínimos. Tem como estrutura uma parceria com Governo, empresa e funcionário. Formando uma Comissão chamada de “Comissão Tripartite do Programa de Alimentação do Trabalhador” - CTPAT – essa comissão se torna é responsável pela fiscalização das ações do programa. Sendo formada por membros do governo, dos empregadores e dos trabalhadores. Art.3º Integram a CTPAT: I- um representante do Ministério do Trabalho e Emprego, que a presidirá; II - um representante do Ministério da Fazenda; III - um representante do Ministério da Saúde; IV - um representante do Ministério da Previdência Social; V - um representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; VI - um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; VII - seis representantes dos trabalhadores; VIII - seis representantes dos empregadores. (BRASIL, 2010) O autor acima continua a citar, o PAT tem como princípio norteador o atendimento ao trabalhador de baixa renda, melhorando suas condições nutricionais e gerando, consequentemente, saúde, bem-estar e maior produtividade, como também a prevenção de doenças que tem uma relação direto ao trabalho, que consequentemente o gasto com saúde é diminuído. O principal objetivo do PAT é suprir as necessidades alimentares dos trabalhadores que fazem parte do programa, contribuindo com uma refeição equilibrada e repleta de nutrientes, diminuindo possíveis doenças que são relacionadas a nutrição (VELOSO e SANTANA, 2002). O publico alvo para a criação do PAT, eram os adultos e trabalhadores de baixa renda acometidos com as doenças crônicas, por esse motivo a criação do programa de alimentação do trabalhador (PAT), com objetivo de melhorar o estado 23 nutricional do trabalhador, aumentar sua produtividade e reduzir os acidentes de trabalho e a sua ausência do local de Trabalho (Veloso e Santana, 2002). A criação do programa se deu a partir do ano de 1976, como parte do Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), com intuito de facilitar a alimentação dos trabalhadores tendo como única preocupação, a melhoria do aporte calórico-proteico das suas refeições (L’ABBATE, 1989). Sendo assim sua principal finalidade é estimular os empreendedores a fornecem alimentações com nutrientes adequados para os trabalhadores é um programa governamental de adesão voluntária, visando prioridade o atendimento aos trabalhadores de baixa renda (BRASIL, 1980). Segundo dados do MPE, 2006, todas as pessoas jurídicas que tenham trabalhadores por elas contratados, poderão participar do PAT. Por ser um programa dirigido especificamente a pessoas jurídicas sujeitas ao pagamento do Imposto de Renda. Entretanto, empresas sem fins lucrativos, a exemplo das filantrópicas, das microempresas, dos condomínios e outras isentas do Imposto de Renda, embora não façam jus ao incentivo fiscal previsto na legislação, podem participar do PAT. Lembramos que o objetivo principal do PAT não é a isenção fiscal e, sim, a melhoria da situação nutricional dos trabalhadores, visando a promover sua saúde e prevenir doenças relacionadas ao trabalho. (MPE, 2006 p. 08) É valido ressaltar que o autor acima continua a citar que as empresas não são obrigatórias a participar do programa em questão e que sua adesão é voluntária. Empresa que não participa do programa deverá fazer o recolhimento do FGTS e do INSS sobre o valor do beneficio concedido ao trabalhador (salário in natura – art. 458 da CLT) e não terá direito a qualquer incentivo fiscal previsto no PAT. Art. 1º A pessoa jurídica poderá deduzir, do Imposto de Renda devido, valor equivalente à aplicação da alíquota cabível do Imposto de Renda sobre a soma das despesas de custeio realizadas, no período-base, em programas de alimentação do trabalhador, previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social - MTPS, nos termos deste regulamento. §lº As despesas realizadas durante o período-base da pessoa jurídica, além de constituírem custo operacional, poderão ser consideradas em igual montante para o fim previsto neste artigo. §2º A dedução do Imposto de Renda estará limitada a 5% (cinco por cento) do lucro tributável em cada exercício, podendo o eventual excesso ser transferido para dedução nos 2 (dois) exercícios subseqüentes. §3º As despesas de custeio admitidas na base de cálculo de incentivo são aquelas que vierem a constituir o custo direto e exclusivo do 24 serviço de alimentação, podendo ser considerados, além da matéria-prima, mão-de-obra, encargos decorrentes de salários, asseio e os gastos de energia diretamente relacionados ao preparo e à distribuição das refeições.(BRASIL.Decreto nº5, de 14 de janeiro de 1991). Os empresários que são legalmente inscritos no PAT têm como um dos benefícios à parcela paga do valor dos direitos concedidos aos trabalhadores, se tornando isenta dos encargos sociais (contribuição para o Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço – FGTS e contribuição previdenciária). Ao mesmo tempo, o empregador optante pela tributação com base no lucro real pode deduzir parte das despesas com o PAT do imposto sobre a renda (BRASIL, 1980). Para participar do PAT, beneficiar seus empregados e usufruir dos incentivos fiscais, a empresa deverá adquirir o formulário oficial nas agências da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e encaminhá-lo ao Ministério do Trabalho e Emprego, tendo o cuidado de manter o recibo de postagem e a cópia do formulário, nas dependências da empresa, matriz e filiais, à disposição da fiscalização, ou efetuar sua inscrição via Internet (www.mte.gov.br). É importante que o formulário seja correta e completamente preenchido para evitar o bloqueio da aprovação automática no Programa. Toda a documentação relacionada aos gastos com o Programa e aos incentivos dele decorrentes deverá ser mantida à disposição da fiscalização federal do trabalho, de forma a possibilitar seu exame e confronto com os registros contábeis e fiscais exigidos pela legislação. As empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de alimentação coletiva (terceirização) serão registradas no PAT nas seguintes categorias: • Fornecedora de alimentação coletiva: a) operadora de cozinha industrial e fornecedora de refeições preparadas e transportadas; b) administradora de cozinha da contratante; c) fornecedora de cestas de alimentos e similares para transporte individual. • Prestadora de serviço de alimentação coletiva: a) administradora de documentos de legitimação para aquisição de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares (refeição-convênio); b) administradora de documentos de legitimação para aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais (alimentação-convênio). Observação: A prestadora de serviços de alimentação coletiva é a única que não poderá efetuar seu registro via Internet. O contato deverá ser feito diretamente com as Delegacias Regionais do Trabalho (DRT). Com base no site do Ministério do Trabalho são três modalidades que integram o fornecimento de refeição/alimentação, que as empresas podem adotar, sendo elas: i. Autogestão (serviço próprio). A empresa beneficiária assume toda a responsabilidade pela elaboração das refeições, desde a contratação de pessoal até a distribuição aos usuários. 25 ii. Terceirização (Serviços de terceiros). O fornecimento das refeições é formalizado por intermédio de contrato firmado entre a empresa beneficiária e as concessionárias. Foram vários os benefícios que o Programa de Alimentação do Trabalhador trouxe para as empresas e seus funcionários, aumentando a procura pela boa alimentação como também estimula a criação de empregos. Afirma Bluscher, 2016, o PAT de vinte milhões de trabalhadores desde 2015, quase 225 mil empresas, a maioria deles com salários que atingem, no máximo, o correspondente a cinco salários mínimos. Gerando grande volume de empregos diretos e indiretos. O PAT além de visar a qualidade de vida dos trabalhadores, sua importância do é algo indiscutível, pois suas vantagens vão além de benefícios econômicos, começando pela alimentação, mas também na busca de uma alimentação equilibrada para os trabalhadores e uma condição para formar capital humano mais qualificado para que as empresas brasileiras atinjam maior nível de competitividade. (MAZZON, 2006). Segundo dados do Ministério da Saúde (2003), dar o apoio, proteção e promoção da saúde juntamente com iniciativas focadas em políticas públicas saudáveis; criação de ambientes favoráveis à saúde nos quais indivíduo e comunidades possam exercer o comportamento saudável. Sendo assim o profissional de nutrição é tão importante para o preparo de alimentação, visando sempre a qualidade de vida e o promoção da saúde. 26 5- CONSIDERAÇÕES FINAIS Após as diversas pesquisas realizadas, conclui-se que os objetivos propostos neste trabalho de pesquisa, foram alcançados no decorrer de seu desenvolvimento, uma vez que o Programa de Alimentação e Nutrição PAT, é um agente para a promoção da saúde, visando a qualidade de vida. Sendo que o Programa está desenvolvendo o seu papel, promovendo a garantia das necessidades nutricionais dos seus trabalhadores, evitando doenças que possam estar relacionadas a falta de uma alimentação saudável. Uma vez que o Programa tem como visão propiciar alimentação com teor nutritivo para seus funcionários, fazendo avaliações periódicas quanto aos valores nutricionais oferecidos. É imprescindível também falar sobre a importância do nutricionista, dentro da Unidade de alimentação e Nutrição, que faz seu papel na promoção da saúde e educação alimentar com cardápios balanceados, como também para o preparo da refeição saudável composta de todos os valores nutricionais e até mesmo para o gerenciamento da Unidade de Alimentação e Nutrição. Este trabalho pesquisa teve por finalidade, conhecer mais de perto o Programa em questão, e suas empresas participantes, para poder contribuir de maneira positiva na qualidade de vida dos funcionários. Pretende-se portanto, que essa pesquisa continue pois percebeu-se certa escassez durante essa revisão bibliográfica sobre o assunto. Entretanto é interessante trabalhar futuramente com a educação alimentar, visando uma maior qualidade de vida das pessoas. 27 REFERÊNCIA ABREU, E.D; SPINELLI, M.G.N; PINTO, A.M. S. Gestão de Unidades de Alimentação e nutrição: um modo de fazer. 3.ed. São Paulo: Metha, 2013. 378p. ANSALONI, J. A. 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