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O Papel do Nutricionista no Programa de Alimentação do Trabalhador

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São Paulo 
2019 
ESMERALDA DUARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PAPEL DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA 
DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 
 
 
 
ESMERALDA DUARTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PAPEL DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA 
DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
a Universidade Anhanguera, como requisito 
parcial para obtenção do título da graduada em 
Nutrição. Orientador: Maíra Branco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2019 
ESMERALDA DUARTE 
 
 
 
 
O PAPEL DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA DE 
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Universidade Anhanguera como requisito 
parcial para a obtenção do título de graduado 
em Nutrição. 
 
Aprovado em: __/__/____ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
___________________________________ 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
__________________________________ 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
___________________________________ 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho... 
A todos aqueles que fizeram parte desta minha trajetória; 
A minha família por todo apoio dado e compreensão; 
As minhas filhas por participarem comigo neste momento; 
Ao meu marido por todo carinho e compreensão 
A todos os professores pelas aulas ministradas. 
Meu muito obrigada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
Seria impossível, chegar até aqui sem o amparo, amor e dedicação daqueles 
que permaneceram e passaram pela minha vida ao longo desses anos, pois tive ao 
meu lado pessoas fundamentais para que essa conquista tão sonhada se tornasse 
realidade. 
O meu sentimento é de Gratidão, a Deus a minha família, aos meus mestres 
e aos meus colegas e amigos que fiz durante essa jornada. 
Quero dedicar primeiramente a Deus por me dar força e sabedoria para 
chegar até aqui. 
A minha família, por toda a compreensão e por me incentivar a nunca desistir 
mesmo nas horas difíceis. 
Aos meus Pais, Benedito e Aneide por ser a minha base, e estarem sempre 
ao meu lado em todos os momentos. 
Ao meu Marido Junior e minhas filhas Vitória e Melissa, meu agradecimento, 
por me dar sempre o apoio mais que necessário e compreender os momentos que 
não pudemos estar juntos, vocês foram e sempre será meu porto seguro. 
 Aos professores e equipe escolar, que com tanto empenho e dedicação me 
nortearam dia a dia, através da orientação e incentivo se tornando importantes na 
minha vida acadêmica e me mostrando o caminho que quero seguir, a vocês minha 
eterna gratidão. 
As professoras Maira Branco e Márcia Rodrigues, pelo convívio apoio 
orientação e incentivo tornando possível a conclusão deste trabalho. 
Aos meus amigos que estiveram comigo mesmo nos nossos momentos mais 
tensos. 
Gratidão e minha admiração por cada um de vocês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por isso não tema, pois estou com você; 
Não tenha medo, pois sou seu Deus; 
Eu o fortalecerei e o ajudarei; 
Eu o seguirei com a minha mão vitoriosa. 
 
 
Bíblia Sagrada 
Isaias 41:10
7 
DUARTE, Esmeralda. O papel do Nutricionista dentro do Programa de 
Alimentação do Trabalhador, 2019. 28f. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Nutrição) - Instituição Faculdade Anhanguera de Osasco. Osasco, 
2019 
 
 
RESUMO 
 
O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), foi criado em 1976, com a 
finalidade dar atenção exclusiva a alimentação do trabalhador, sua prioridade são os 
trabalhadores de baixa renda, visando uma melhoria nas condições nutricionais, 
uma alimentação saudável e a qualidade de vida dos trabalhadores. O presente 
trabalho de pesquisa teve como objetivo, fazer conhecido a importância do 
nutricionista dentro do Programa de Alimentação e Nutrição (PAT); Uma vez que o 
principal funcionário responsável pelo desempenho do PAT dentro de uma Unidade 
de Alimentação e Nutrição (UAN), é o profissional da nutrição, pois está nas mãos 
dele todo o desenvolvimento assim como também despertar nos trabalhadores o 
interesse por uma refeição equilibrada nutricionalmente, agindo na produção da 
saúde e visando a qualidade de vida através da educação alimentar. Este trabalho é 
importante para nortear os leitores a ter um maior conhecimento sobre a importância 
do nutricionista dentro do (PAT), assim como também sua responsabilidade de 
promover uma educação alimentar mais equilibrada, na elaboração de cardápios 
saudáveis entendo como missão o zelo pela saúde dos indivíduos, assim o 
profissional deve se munir de todas as ferramentas que tem ao seu favor dentro do 
serviço de alimentação, produzindo refeições de qualidade. Este trabalho de 
pesquisa teve como embasamento, revisão bibliográfica contando com suporte livros 
de diversos acervos bibliográficos, artigos científicos e revistas na área de saúde e 
nutrição além de outras publicações, objetivando com isso, o entendimento e 
esclarecimento acerca do tema abordado, tendo a metodologia descritiva como 
base. Programa de Alimentação do Trabalhador, nutricionista e qualidade de vida. 
 
Palavras-Chave: Qualidade de vida; Nutrição; Alimentação, Programa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
DUARTE, Emerald. The role of the Nutritionist within the Worker's Food 
Program, 2019. 28f. Course Completion Work (Graduation in Nutrition) - Institution 
Faculdade Anhanguera de Osasco. Osasco, 2019 
 
 
ABSTRACT 
 
The Worker's Feeding Program (PAT) was created in 1976 with the purpose of giving 
exclusive attention to the worker's diet. Its priority is the low-income workers, aiming 
at an improvement in nutritional conditions, healthy eating and quality of life of the 
workers. The objective of this research was to make known the importance of the 
nutritionist within the Food and Nutrition Program (PAT); Since the main employee 
responsible for the performance of the PAT within a Food and Nutrition Unit (UAN), is 
the nutrition professional, since it is in his hands all the development as well as 
awakening in the workers the interest for a nutritionally balanced meal , acting in the 
production of health and aiming the quality of life through food education. This work 
is important to guide readers to have a greater knowledge about the importance of 
the nutritionist within the (PAT), as well as their responsibility to promote a more 
balanced dietary education in the elaboration of healthy menus as a mission the zeal 
for the health of individuals, so the professional must provide himself with all the tools 
that he has in his favor within the food service, producing quality meals. This 
research work was based on a bibliographical review with support of books from 
several bibliographical collections, scientific articles and journals in the area of health 
and nutrition, as well as other publications, aiming at this understanding and 
clarification on the topic addressed, with the methodology as a basis. Worker's 
Nutrition Program, nutritionist and quality of life. 
 
Key words: Quality of life; Nutrition; Food, Program. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 
PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador 
UAN- Unidade de Alimentação e Nutrição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11 
2 O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR E A QUALIDADE 
DE VIDA.....................................................................................................................13 
3 A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA DE 
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR......................................................................18 
4 ENTENDENDO O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR........22
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................26 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .........................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nas unidades de alimentação e nutrição é importante uma refeição saudável 
através de um cardápio equilibrado e diversificado é fundamental, para a saúde e 
também para a produtividade do trabalhador dentro da empresa. Com a intenção de 
garantir o equilíbrio de nutrientes, e incluir alimentos que são responsáveis pela 
alimentação de boa qualidade. Uma vez que o profissional da nutrição é o único 
capaz de preparar, uma refeição nutriente e equilibrada para os trabalhadores em 
questão o programa de alimentação do trabalhador (PAT) visa uma melhoria nas 
condições nutricionais dos funcionários. Assim os trabalhadores podem ter um 
melhor desempenho nas suas funções reduzindo os riscos de doenças nutricionais, 
promovendo assim uma melhor qualidade de vida para os indivíduos. 
A prestação de serviços nutricionais é essencial dentro de uma unidade de 
alimentação e nutrição (uan), que faz parte do programa de alimentação do 
trabalhador (pat), reconhecendo o papel do nutricionista e sua responsabilidade 
dentro da unidade, a fim de elaborar uma alimentação saudável e equilibrada para 
os seus funcionários. 
O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) tem como principal 
objetivo garantir as necessidades alimentares dos seus atendidos, ao oferecer uma 
refeição completa composta por todos os nutrientes, evitando que seus 
trabalhadores sofram com doenças que possam ser relacionadas a falta de nutrição. 
Entende-se que é de responsabilidade da empresa proporcionar aos seus 
funcionários uma alimentação equilibrada e adequada, independentemente do 
vínculo que possui, percebe- se assim que quando o trabalhador é beneficiado com 
essa melhoria, ele tem um aumento significativo de sua qualidade de vida e 
capacidade física. 
Sendo assim entende-se que o único profissional competente e legalmente 
habilitado em nutrição para atuar como responsável técnico dentro do PAT, que 
além de conhecer tem o compromisso de exercer corretamente as atividades 
nutricionais, e além disso a responsabilidade de conhecer o público que o rodeia e a 
sua particularidade, é o profissional de nutrição. 
Este trabalho é importante para nortear os leitores a ter um maior 
conhecimento sobre a importância do nutricionista dentro do (PAT), assim como 
também sua responsabilidade de promover uma educação alimentar mais 
12 
 
equilibrada, na elaboração de cardápios saudáveis entendo como missão o zelo pela 
saúde dos indivíduos, assim o profissional deve se munir de todas as ferramentas 
que tem ao seu favor dentro do serviço de alimentação, produzindo refeições com 
qualidade. 
Desta maneira levanta-se o seguinte questionamento. Quais os benefícios 
para o trabalhador quando a empresa faz parte do programa de alimentação do 
trabalhador? Já que o PAT foi instituído pela lei 6.321/76, regulamentado 
pelo decreto 05/1991, visando melhorar as condições nutricionais e qualidade de 
vida dos trabalhadores, a redução de acidentes e o aumento da produtividade, uma 
vez que sua unidade gestora a secretaria de inspeção do trabalho/departamento da 
saúde e segurança no trabalho. 
O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo geral; fazer conhecido a 
importância do nutricionista dentro do Programa de Alimentação e Nutrição (PAT); 
entretanto também como objetivos específicos; entender o Programa de Alimentação 
do Trabalhador (PAT) e seus benefícios; avaliar como foram realizados os serviços 
de alimentação dentro do Programa; Conscientização sobre a educação alimentar e 
nutricional dos trabalhadores 
Para melhor embasamento, do tema proposto será uma revisão bibliográfica e 
terá como suporte livros de diversos acervos bibliográficos, artigos científicos e 
revistas na área de saúde e nutrição além de outras publicações, objetivando com 
isso, o entendimento e esclarecimento acerca do tema abordado, entre os anos de 
2008 e 2018, tendo a metodologia descritiva como base. Programa de Alimentação 
do Trabalhador, nutricionista e qualidade de vida. 
Para tanto no capitulo primeiro, terá como título; O Programa de alimentação 
o trabalhador e a qualidade de vida. Onde será abordado o principal objetivo desse 
programa e seus benefícios para a qualidade de vida do trabalhador. No segundo 
capitulo o tema proposto será; A importância do nutricionista dentro do PAT. Nesse 
capitulo será exposto toda a função do nutricionista e toda a sua importância para o 
desenvolvimento de uma alimentação saudável. O tema proposto para o terceiro 
capítulo será; entendendo o Programa de alimentação do trabalhador. Nesse 
capítulo será possível ter uma visão ampla do que se refere o PAT
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/decreto5.htm
13 
 
2. O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO, O TRABALHADOR E A QUALIDADE 
DE VIDA 
 
Vários estudam abordam a qualidade de vida do funcionário dentro do local de 
trabalho, segundo Figueira Junior (1998), qualidade de vida é um conjunto de 
atributos associados à satisfação de viver, em que há possibilidade de melhoria do 
nível de saúde, porem com base nessa afirmação poucos são as empresas e os 
trabalhadores que associam uma melhor qualidade de vida com foco na 
alimentação. 
Segundo Limongi-França (2009), pensar em investir em qualidade de vida no 
trabalho hoje é primordial. A busca por uma qualidade de vida é uma constante 
melhoria dos processos de trabalho, os quais vão sendo construídos com a 
finalidade de incorporar as novas tecnologias e também aproveitar o potencial 
humano, individual e em equipe. Há uma íntima relação entre melhoria da qualidade 
de vida das pessoas e estilo de vida dentro e fora da organização, o que deixa 
impacto na produtividade dos indivíduos em seu ambiente de trabalho. 
 
O crescimento econômico virá pelo aumento da produtividade. Existem 
obstáculos a seu crescimento, mas eles não são insuperáveis, cabendo a 
maior parte do trabalho às empresas no que se refere às competitividades 
empresarial e setorial. Ao governo caberá manter condições favoráveis para 
a atuação empresarial: a estabilidade da moeda, o aumento da competição, 
a queda dos juros e a redução do peso dos impostos sobre as empresas 
formais; caberá ao governo também, fixar políticas seletivas e de incentivo, 
tais quais as da área de qualidade e produtividade (competitividade 
sistêmica). (LIMONGI-FRANÇA, 2009, p. 50) 
 
 Um dos objetivos do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) é o 
foco na qualidade de vida do funcionário, para Limongi-França (2009), a melhoria 
do estado nutricional dos trabalhadores, com objetivo de promover a sua saúde e 
prevenir as doenças relacionadas ao trabalho. Quem pode participar do PAT? Todas 
as pessoas jurídicas que tenham trabalhadores por elas contratados. Para a autora, 
o desafio é construir, através do bem-estar, um ambiente favorável, de alta 
produtividade do trabalhador, com a garantia de ritmos e situações ecologicamente 
corretos. Pode se considerar que na qualidade de vida esta englobada as condições 
físicas, biológicas e psicológicas 
14 
 
 
A saúde não é apenas ausência de doença, mas o completo bem-estar 
biológico, psicológico e social. Este conceito, adotado pela Organização 
Mundial de Saúde (OMS) em 1986 abre um campo significativo para a 
compreensão dos fatores psicossociais na vida moderna e, 
especificamente, no desempenho e na cultura organizacional da saúde no 
trabalho. (VEIROS 2002, p. 124). 
 
 
 
 
Para Brasil (2006), Entende-se por alimentação saudável, o direito humano a 
um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos, 
respeitando os princípios da variedade, da moderação e do equilíbrio,
dando-se 
ênfase aos alimentos regionais e respeito ao seu significado socioeconômico e 
cultural, no contexto da Segurança Alimentar e Nutricional. Observe a tabela a 
seguir: 
 
Figura 01-Tabela Nutricional 
FONTE: BRASIL 2006 
 
 Segundo dados da Portaria Interministerial, no qual fez alterações nos 
parâmetros nutricionais dos trabalhadores que fazem parte do Programa de 
Alimentação e Nutrição. Afirmando que, 3º Os parâmetros nutricionais para a 
alimentação do trabalhador estabelecidos nesta Portaria deverão ser calculados com 
base nos seguintes valores diários de referência para macro e micronutrientes. 
(Brasil, 2006) 
 
I - as refeições principais (almoço, jantar e ceia) deverão conter de 
seiscentas a oitocentas calorias, admitindose um acréscimo de vinte por 
cento (quatrocentas calorias) em relação ao Valor Energético Total – VET 
Refeições Carboidrato 
(%) 
Proteína 
(%) 
Gordura 
total(%) 
Gordura 
saturada 
(%) 
Fibra 
(g) 
Sódio 
(mg) 
Desjejum/lanche 60 15 25 <10 4-5 360 
480 
Almoço/jantar/ ceia 60 15 25 <10 7-10 720 
960 
15 
 
de duas mil calorias por dia e deverão corresponder à faixa de 30- 40% 
(trinta a quarenta por cento) do VET diário; 
II - as refeições menores (desjejum e lanche) deverão conter de trezentas a 
quatrocentas calorias, admitindo-se um acréscimo de vinte por cento 
(quatrocentas calorias) em relação ao Valor Energético Total de duas mil 
calorias por dia e deverão corresponder à faixa de 15 - 20 % (quinze a vinte 
por cento) do VET diário; (BRASIL. 2006.) 
 
Com bases nesses estudos, fazendo uma analise dos hábitos alimentares e 
a maneira que provocam impactos diretos no controle das doenças crônicas não 
transmissíveis, principalmente quando se trata de alimentação coletivas, por essa 
maneira o nutricionista é o profissional que atua na área no qual está mais 
capacitado a atuar sobre a mudança de hábitos alimentares (FONSECA, SANTANA, 
2011). 
Em um estudo nutricional de trabalhadores, Wielewski (2007) declara que a 
alimentação do trabalhador representa um pré-requisito fundamental para o 
desenvolvimento econômico contemporâneo. O rendimento do funcionário está 
diretamente ligado com o seu estado nutricional, se este, profissional está 
adequadamente nutrida, o aumento de sua produtividade é ainda maior. 
 
No Brasil, as ações iniciais em saúde do trabalhador no que se refere, 
especificamente, à questão da alimentação, datam do final da década de 
1930, quando foi instituída a obrigatoriedade de as empresas com mais de 
quinhentos empregados instalarem um refeitório. (PROENÇA, 1997 p. 76). 
 
De acordo com Veiros (2002), uma alimentação que vá de acordo ao esforço 
físico desempenhado aos trabalhadores mostra inclusive redução do número de 
acidentes de trabalho. 
Barros (1989) em uma publicação informativa sobre a prevenção de 
acidentes, afirma que a falta de uma alimentação adequada manifesta-se nos 
trabalhadores por sintomas como sensação de fadiga e tontura, que se agravam 
mais à medida que o trabalhador se distancia do horário em que ingeriu a última 
refeição, podendo ocasionar um maior número de acidentes de trabalho. 
Ultimamente no Brasil vem sendo tendo varias evidências científicas que 
comprovam a relação entre os hábitos alimentares e as doenças crônicas não 
transmissíveis em adultos, entre elas a que se destaca é a obesidade (MONTEIRO, 
et al., 2005) 
Na década de 70, período favorável de crescimento no Brasil, as carências 
nutricionais eram apresentadas como um dos principais problemas 
relacionados à saúde do trabalhador, sendo responsáveis por acidentes de 
16 
 
trabalho, licenças médicas e absenteísmo. A grande discussão da época 
girava em torno do trabalhador mal alimentado, que produzia pouco, e 
consequentemente recebia baixos salários, formando um círculo vicioso. 
(GOMES e COSTA, 1997 p. 28) 
 
 
Recentemente o Brasil vem sendo observado através de muitas evidências 
científicas que comprovam a relação entre os maus hábitos alimentares e as 
doenças crônicas não transmissíveis em adultos, entre elas a que se destaca é a 
obesidade, gerando certa improdutividade por parte dos funcionários (MONTEIRO et 
al., 2005). 
Simultaneamente, o Brasil vem enfrentando o aumento expressivo do 
sobrepeso e da obesidade, assim como em vários países do mundo. Em 
função de sua magnitude e velocidade de evoluçãoo excesso de peso – que 
compreende o sobrepeso e a obesidade - é considerado atualmente um dos 
maiores problemas de saúde pública, afetando todas as faixas etárias. Em 
vinte anos, as prevalências de obesidade em crianças entre 5 a 9 anos 
foram multiplicadas por quatro entre os meninos (4,1% para 16,6%) e por, 
praticamente, cinco entre as meninas (2,4% para 11,8%). Nos adolescentes, 
após quatro décadas de aumento gradual nas prevalências, em torno de 
20% apresentaram excesso de peso (com pequena diferença entre os 
sexos) e quase 6% dos adolescentes do sexo masculino e 4% do sexo 
feminino foram classificados como obesos. BRASIL. MINISTÉRIO DA 
SAÚDE. (2103) 
 
Em um amplo estudo sobre o PAT, os autores afirmam que à complexidade 
desse “novo” mundo do trabalho deveriam corresponder a novas estratégias de 
alimentação do trabalhador, em que recomendações gerais, baseadas em cotas 
energéticas e de nutrientes, têm se mostrado ineficazes Araújo et al. (2010) 
Com sua produção de refeições sendo de maneira artesanalmente e em 
alguns lugares de forma preconceituosa com os trabalhadores desse ramo, que não 
são protegidos legalmente e possuem formação precária. Trazer evidencia a esse 
trabalhador e o compreender é uns dos o papeis fundamentais do nutricionista que 
possui o conhecimento cientifico para adotar tais questões. Como a garantia de uma 
condição de trabalho apropriada é indiscutível, entretanto esbarra no fator 
econômico que ainda prevalece. Assim afirma, SOUZA, (2001), reiterando sobre a 
prática preventiva, afirma que é importante que as organizações priorizem a 
integralidade do trabalho do nutricionista e auxilie-o, qualificando a mão de obra e 
informatizando os sistemas. 
Para FERREIRA e MAGALHÃES (2007) a área da Alimentação Coletiva e a 
promoção da saúde tem uma estreita relação com a segurança alimentar e 
nutricional, podendo observar que uma alimentação apropriada e novos hábitos 
17 
 
alimentares mais saudáveis, acarretam para a diminuição dos os riscos para as 
doenças crônicas não transmissíveis, tendo um impacto positivo nos dados sobre a 
saúde pública e na qualidade de vida das pessoas. 
 
A perspectiva atual é aproveitar ao máximo os recursos disponíveis para 
chegar a resultados cada vez mais competitivos. O desafio é construir, com 
bem-estar, o ambiente competitivo, altamente tecnológico, de alta 
produtividade do trabalho, e garantir ritmos e situações ecologicamente 
corretos. O bem-estar considera, no referente à Qualidade de Vida no 
Trabalho, as dimensões biológica, psicológica, social e organizacional de 
cada pessoa, e não, simplesmente, o atendimento a doenças e outros 
sintomas de stress que emergem ou potencializam-se no trabalho. (PAULA, 
2011 p.06). 
 
 
A saúde tende a ser extremamente afetada quando alcançam hábitos e 
atitudes saudáveis. Para Cooper (1982), a dieta nutricional é a estrutura do bem 
estar, físico e emocional do trabalhador, pois sem hábitos alimentares que sejam 
adequados, o corpo não desenvolve de maneira saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
3. A IMPORTÂNCIA DO NUTRICIONISTA DENTRO DO PROGRAMA DE 
ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 
 
 
Segundo Abreu, Spinelli e Souza Pinto (2013), o nutricionista em sua função 
na Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) é a pessoa responsável e única 
habilitada pelo trabalho técnico no gerenciamento para conduzir uma UAN com 
objetivo de oferecer uma alimentação adequada do ponto de vista nutricional 
mantendo toda a higiene necessário, respeitando
os hábitos alimentares de seus 
atendidos. 
 A informação a respeito da Nutrição situa-se dentre as áreas cuja atuação do 
profissional esta ligado diretamente a impactos que geram o controle das doenças 
crônicas não transmissíveis, especialmente quando se refere ao atendimento 
coletivo. Conforme afirmam Ferreira e Magalhães, 2007 apenas a transição 
nutricional justificaria a mobilização da nutrição nas ações de promoção da saúde. 
Fica a cargo do nutricionista, cooperar para promover, preservar e recuperar a 
saúde, tendo como princípio básico, o bem-estar do indivíduo e da coletividade, no 
empenho da promoção da saúde, em especial quanto à assistência alimentar e 
nutricional (CFN, 2004). 
 
Além dos aspectos relacionados à refeição, uma UAN objetiva ainda 
satisfazer o usuário com o serviço oferecido, englobando desde o ambiente 
físico, incluindo tipo, conveniência e condições de higiene de instalações e 
equipamentos disponíveis, até o contato pessoal entre funcionários da UAN 
e os usuários, em todos os momentos. (PROENÇA, 2000 p. 48) 
 
Segundo o Conselho Federal de Nutrição em sua resolução n° 380/2005 que 
a Alimentação Coletiva engloba atividades de alimentação e nutrição realizadas na 
Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), entende-se como empresas 
fornecedoras de refeições e auto-gestão, restaurantes comerciais e similares, 
alimentação escolar, alimentação do trabalhador, entre outras que compreendam 
atividades com produção de refeições para coletividade. No ponto de vista da 
produção de refeições, a promoção da saúde está ligada diretamente na prática do 
nutricionista que atua vinculado a UAN. 
A preocupação nutricional muitas vezes pode ser entendida simplesmente 
pela como “elaboração de um cardápio e campanhas educativas”, porém qual a 
finalidade dessas ações se a realidade, da maioria das UAN brasileiras, não é valido 
19 
 
um perfil nutricional dos usuários e suas recomendações do Programa de 
Alimentação do Trabalhador (PAT) quando utilizadas, são de forma equivocada. Em 
oportunidades percebe-se que embora haja o registro da empresa no PAT não há 
sequer a adequação do cardápio às recomendações do mesmo, colaborando para o 
desequilíbrio nutricional da população beneficiada (BANDONI & JAIME, 2008). 
 
O nutricionista tem responsabilidade, cooperar para promover, conservar e 
recuperar a saúde do homem, tendo ainda, como princípio básico, o bem-
estar do indivíduo e da coletividade, no empenho da promoção da saúde, 
em especial quanto à assistência alimentar e nutricional. (BRASIL, 2005 
p.14). 
 . 
O nutricionista nos serviços de alimentação que aderiram o PAT tem como 
dever além de preparar uma alimentação nutricional de qualidade, exercer um papel 
de educador ou até mesmo reeducador , orientando e sempre mostrando o caminho 
nutricionalmente saudável, ou seja, cumprir as atribuições a ele destinado, no seu 
espaço de trabalho, seja qual for ele, precisa realizar seu papel de profissional da 
saúde, e sempre lutar para que as exigências nutricionais impostas pelo PAT sejam 
cumpridas (SÁVIO et al., 2005). 
 
Nas unidades de alimentação e Nutrição (UAN), compete ao Nutricionista, 
no exercício de suas atribuições em Unidades de Alimentação e Nutrição, 
planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar os serviços de 
alimentação e nutrição. Realizar assistência e educação nutricional a 
coletividade ou indivíduos sadios ou enfermos em instituições públicas e 
privadas. Brasil (2005, p. 11). 
 
 
O nutricionista tem como função principal dentro da UAN, a manutenção da 
organização da equipe de trabalho, materiais e recursos financeiros o planejamento 
e na produção de refeições com padrão e qualidade adequada, tanto nos aspectos 
sensoriais, nutricionais e microbiológicos. Um misto de sentimentos representa a 
satisfação do nutricionista de UAN pela capacidade de promover a saúde das 
pessoas que atende com seu trabalho (ANSALONI, 1999). 
VASCONCELOS & BATISTA FILHO (2011), afirmaram a importância do 
caráter multidisciplinar do relevante e indiscutível papel dos nutricionistas na garantia 
do direito humano à alimentação saudável, condição necessária à promoção da 
saúde. 
20 
 
É importante que o profissional de nutrição responsável por elaborar 
alimentação dos trabalhadores do Programa Alimentação do Trabalhador (PAT), 
tenha em mente a percepção para analisar as condições físicas, ambientais e 
organizacionais, compreendendo melhor o processo de trabalho do ponto de vista 
da saúde e não só do ponto de vista administrativo (SOUSA, 2001). 
Torna-se fundamental que o nutricionista seja capaz de lidar com todas as 
necessidades impostas ao cargo, levando em conta que na grande maioria das 
unidades de alimentação e nutrição, possui apenas um profissional, é imprescindível 
que esse profissional seja organizado, que destine um tempo de sua jornada ao 
planejamento dos seus serviços e que tenha capacidade para delegar tarefas. Essa 
organização é essencial, para poupar trabalho desnecessário ou desperdiçado para 
reparar falhas (ABREU; SPINELLI; SOUZA PINTO, 2013). 
 Além de preparar um cardápio nutricionalmente saudável para os 
trabalhadores, o nutricionista fica encarregado de provocar nos colaboradores uma 
reeducação alimentar, com o afirma (CFN, 2005). 
 
Entre as atribuições das nutricionistas de UANs, que devem ser desenvolvidas de 
forma obrigatória de acordo com a Resolução 380/2005 do Conselho Federal de 
Nutricionistas, encontram-se as funções de coordenar e executar os cálculos de valor 
nutritivo; acompanhar os resultados dos exames periódicos dos clientes/pacientes, 
para subsidiar o planejamento alimentar; detectar e encaminhar ao hierárquico 
superior e às autoridades competentes, relatórios sobre condições da UAN que 
impeçam a boa prática profissional e/ou que coloquem em risco a saúde humana; 
elaborar e implantar o Manual de Boas Práticas, avaliando e atualizando os 
procedimentos operacionais padronizados (POP) sempre que necessário; promover 
programas de educação nutricional e alimentar para clientes; identificar 
clientes/pacientes portadores de patologias e deficiências associadas à nutrição, para 
o atendimento nutricional adequado e coordenar o desenvolvimento de receituários e 
respectivas fichas técnicas, avaliando constantemente as preparações culinárias 
(CFN, 2005). 
 
 
Fica claro que a educação nutricional é fundamental para manutenção da 
saúde e prevenção de doenças, indica-se as crônicas não transmissíveis. O 
nutricionista deve ser considerado um profissional da saúde e, como tal, esta 
condição lhe atribui exigências na atuação em UAN, facilitando a garantia pela 
manutenção e recuperação nutricional de seus clientes. Seu compromisso para com 
a saúde do PAT, não pode ser tratado como algo externo à sua prática profissional, 
mas como dever de profissão (NUNES, 2000). 
 
21 
 
A ação do nutricionista na atenção primária à saúde deve-se pautar pelo 
compromisso e pelo conhecimento técnico da realidade epidemiológica e 
das estratégias e das ferramentas de ação em saúde coletiva. Sua atual 
inserção nesse nível de atenção à saúde ainda está longe do recomendado 
e do necessário para lidar com a realidade epidemiológica nacional. 
(ELISABETTA, 2015 p. 25) 
 
 
É importante que o nutricionista exerça o papel de educador, dentro da Uan, 
como também para os funcionários que a frequentam, como afirma Alves (2005) o 
papel do nutricionista é fundamental como educador e reeducador alimentar, para 
oferecer uma refeição dentro dos parâmetros sanitários e nutricionais. Segundo a 
Portaria 66 de 25 de agosto de 2006, fica a cargo dos estabelecimentos vinculados 
ao Programa de Alimentação do Trabalhador deverão promover educação 
nutricional, inclusive mediante a disponibilização, em local visível ao público, de 
sugestão de cardápio saudável aos trabalhadores
(BRASIL, 2006). 
Segundo dados do Conselho Federal dos Nutricionistas, através do Marco 
Referencial de Educação Alimentar, afirma que deve-se considerar que as 
atividades de educação nutricional permeiam todas as atividades do nutricionista, 
extensas aos diversos campos de atuação profissional, ficando mantida a 
singularidade do conceito de EAN contido no Marco de Referência de Educação 
Alimentar e Nutricional para as políticas públicas (Brasil, 2012). 
 
A Política Nacional de Alimentação Escolar, mais especificamente o 
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e a Resolução FNDE nº 
26/2013, prevê que o nutricionista, na condição de responsável técnico pelo 
programa, coordene as ações de Educação Alimentar e Nutricional, que são 
o conjunto de ações formativas, de prática contínua e permanente, 
transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional, que objetiva estimular a 
adoção voluntária de práticas e escolhas alimentares saudáveis, assim 
como colaborar para a aprendizagem, o estado de saúde e a qualidade de 
vida do indivíduo. (BRASIL, 2012) 
 
 
 
O autor acima continua a afirmar que a Lei 13.666/2018 é um potencial 
instrumento de ampliação da atuação do nutricionista em Educação Alimentar 
Nutricional (EAN). Por esse motivo, o nutricionista poderá ampliar de maneira 
significativa sua atuação em gerenciamento e em educação alimentar dentro da 
UAN. Promovendo um maior desempenho de suas habilidades, podendo realizar 
seu trabalho, como profissional da saúde. 
 
22 
 
4. ENTENDENDO O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR 
 
Segundo dados do MPE 2006, o Programa de Alimentação do Trabalhador 
(PAT), teve seu inicio através da Lei nº 6.321 do dia 14 de abril de 1976, sendo 
regulamentado através do Decreto n 5º de 14 de janeiro de 1991 possibilitando aos 
trabalhadores de baixa renda, ou seja para aqueles que seus rendimentos são de 
até cinco salários mínimos. Tem como estrutura uma parceria com Governo, 
empresa e funcionário. 
Formando uma Comissão chamada de “Comissão Tripartite do Programa de 
Alimentação do Trabalhador” - CTPAT – essa comissão se torna é responsável pela 
fiscalização das ações do programa. Sendo formada por membros do governo, dos 
empregadores e dos trabalhadores. 
 
 Art.3º Integram a CTPAT: 
 I- um representante do Ministério do Trabalho e Emprego, que a 
presidirá; 
II - um representante do Ministério da Fazenda; 
III - um representante do Ministério da Saúde; 
IV - um representante do Ministério da Previdência Social; 
V - um representante do Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome; 
VI - um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão; 
VII - seis representantes dos trabalhadores; 
VIII - seis representantes dos empregadores. 
(BRASIL, 2010) 
O autor acima continua a citar, o PAT tem como princípio norteador o 
atendimento ao trabalhador de baixa renda, melhorando suas condições nutricionais 
e gerando, consequentemente, saúde, bem-estar e maior produtividade, como 
também a prevenção de doenças que tem uma relação direto ao trabalho, que 
consequentemente o gasto com saúde é diminuído. 
O principal objetivo do PAT é suprir as necessidades alimentares dos 
trabalhadores que fazem parte do programa, contribuindo com uma refeição 
equilibrada e repleta de nutrientes, diminuindo possíveis doenças que são 
relacionadas a nutrição (VELOSO e SANTANA, 2002). 
O publico alvo para a criação do PAT, eram os adultos e trabalhadores de 
baixa renda acometidos com as doenças crônicas, por esse motivo a criação do 
programa de alimentação do trabalhador (PAT), com objetivo de melhorar o estado 
23 
 
nutricional do trabalhador, aumentar sua produtividade e reduzir os acidentes de 
trabalho e a sua ausência do local de Trabalho (Veloso e Santana, 2002). 
A criação do programa se deu a partir do ano de 1976, como parte do 
Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), com intuito de facilitar a 
alimentação dos trabalhadores tendo como única preocupação, a melhoria do aporte 
calórico-proteico das suas refeições (L’ABBATE, 1989). 
Sendo assim sua principal finalidade é estimular os empreendedores a 
fornecem alimentações com nutrientes adequados para os trabalhadores é um 
programa governamental de adesão voluntária, visando prioridade o atendimento 
aos trabalhadores de baixa renda (BRASIL, 1980). 
Segundo dados do MPE, 2006, todas as pessoas jurídicas que tenham 
trabalhadores por elas contratados, poderão participar do PAT. Por ser um 
programa dirigido especificamente a pessoas jurídicas sujeitas ao pagamento do 
Imposto de Renda. 
 
Entretanto, empresas sem fins lucrativos, a exemplo das filantrópicas, das 
microempresas, dos condomínios e outras isentas do Imposto de Renda, 
embora não façam jus ao incentivo fiscal previsto na legislação, podem 
participar do PAT. Lembramos que o objetivo principal do PAT não é a 
isenção fiscal e, sim, a melhoria da situação nutricional dos trabalhadores, 
visando a promover sua saúde e prevenir doenças relacionadas ao trabalho. 
(MPE, 2006 p. 08) 
 
 
É valido ressaltar que o autor acima continua a citar que as empresas não são 
obrigatórias a participar do programa em questão e que sua adesão é voluntária. 
Empresa que não participa do programa deverá fazer o recolhimento do FGTS e do 
INSS sobre o valor do beneficio concedido ao trabalhador (salário in natura – art. 
458 da CLT) e não terá direito a qualquer incentivo fiscal previsto no PAT. 
 
Art. 1º A pessoa jurídica poderá deduzir, do Imposto de Renda 
devido, valor equivalente à aplicação da alíquota cabível do Imposto de 
Renda sobre a soma das despesas de custeio realizadas, no período-base, 
em programas de alimentação do trabalhador, previamente aprovados pelo 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social - MTPS, nos termos deste 
regulamento. 
§lº As despesas realizadas durante o período-base da pessoa 
jurídica, além de constituírem custo operacional, poderão ser consideradas 
em igual montante para o fim previsto neste artigo. 
§2º A dedução do Imposto de Renda estará limitada a 5% (cinco por 
cento) do lucro tributável em cada exercício, podendo o eventual excesso 
ser transferido para dedução nos 2 (dois) exercícios subseqüentes. 
§3º As despesas de custeio admitidas na base de cálculo de 
incentivo são aquelas que vierem a constituir o custo direto e exclusivo do 
24 
 
serviço de alimentação, podendo ser considerados, além da matéria-prima, 
mão-de-obra, encargos decorrentes de salários, asseio e os gastos de 
energia diretamente relacionados ao preparo e à distribuição das 
refeições.(BRASIL.Decreto nº5, de 14 de janeiro de 1991). 
 
Os empresários que são legalmente inscritos no PAT têm como um dos 
benefícios à parcela paga do valor dos direitos concedidos aos trabalhadores, se 
tornando isenta dos encargos sociais (contribuição para o Fundo de Garantia sobre 
o Tempo de Serviço – FGTS e contribuição previdenciária). Ao mesmo tempo, o 
empregador optante pela tributação com base no lucro real pode deduzir parte das 
despesas com o PAT do imposto sobre a renda (BRASIL, 1980). 
 
Para participar do PAT, beneficiar seus empregados e usufruir dos 
incentivos fiscais, a empresa deverá adquirir o formulário oficial nas 
agências da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e encaminhá-lo ao 
Ministério do Trabalho e Emprego, tendo o cuidado de manter o recibo de 
postagem e a cópia do formulário, nas dependências da empresa, matriz e 
filiais, à disposição da fiscalização, ou efetuar sua inscrição via Internet 
(www.mte.gov.br). É importante que o formulário seja correta e 
completamente preenchido para evitar o bloqueio da aprovação automática 
no Programa. Toda a documentação relacionada aos gastos com o 
Programa e aos incentivos dele decorrentes deverá ser mantida à 
disposição da fiscalização federal do trabalho, de forma a possibilitar seu 
exame e confronto
com os registros contábeis e fiscais exigidos pela 
legislação. As empresas fornecedoras e prestadoras de serviços de 
alimentação coletiva (terceirização) serão registradas no PAT nas seguintes 
categorias: • Fornecedora de alimentação coletiva: a) operadora de cozinha 
industrial e fornecedora de refeições preparadas e transportadas; b) 
administradora de cozinha da contratante; c) fornecedora de cestas de 
alimentos e similares para transporte individual. • Prestadora de serviço de 
alimentação coletiva: a) administradora de documentos de legitimação para 
aquisição de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares 
(refeição-convênio); b) administradora de documentos de legitimação para 
aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais 
(alimentação-convênio). Observação: A prestadora de serviços de 
alimentação coletiva é a única que não poderá efetuar seu registro via 
Internet. O contato deverá ser feito diretamente com as Delegacias 
Regionais do Trabalho (DRT). 
 
 
Com base no site do Ministério do Trabalho são três modalidades que 
integram o fornecimento de refeição/alimentação, que as empresas podem adotar, 
sendo elas: 
 i. Autogestão (serviço próprio). A empresa beneficiária assume toda a 
responsabilidade pela elaboração das refeições, desde a contratação de pessoal até 
a distribuição aos usuários. 
25 
 
ii. Terceirização (Serviços de terceiros). O fornecimento das refeições é 
formalizado por intermédio de contrato firmado entre a empresa beneficiária e as 
concessionárias. 
 
Foram vários os benefícios que o Programa de Alimentação do Trabalhador 
trouxe para as empresas e seus funcionários, aumentando a procura pela boa 
alimentação como também estimula a criação de empregos. Afirma Bluscher, 2016, 
o PAT de vinte milhões de trabalhadores desde 2015, quase 225 mil empresas, a 
maioria deles com salários que atingem, no máximo, o correspondente a cinco 
salários mínimos. Gerando grande volume de empregos diretos e indiretos. 
O PAT além de visar a qualidade de vida dos trabalhadores, sua importância 
do é algo indiscutível, pois suas vantagens vão além de benefícios econômicos, 
começando pela alimentação, mas também na busca de uma alimentação 
equilibrada para os trabalhadores e uma condição para formar capital humano mais 
qualificado para que as empresas brasileiras atinjam maior nível de competitividade. 
(MAZZON, 2006). 
Segundo dados do Ministério da Saúde (2003), dar o apoio, proteção e 
promoção da saúde juntamente com iniciativas focadas em políticas públicas 
saudáveis; criação de ambientes favoráveis à saúde nos quais indivíduo e 
comunidades possam exercer o comportamento saudável. Sendo assim o 
profissional de nutrição é tão importante para o preparo de alimentação, visando 
sempre a qualidade de vida e o promoção da saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Após as diversas pesquisas realizadas, conclui-se que os objetivos propostos 
neste trabalho de pesquisa, foram alcançados no decorrer de seu desenvolvimento, 
uma vez que o Programa de Alimentação e Nutrição PAT, é um agente para a 
promoção da saúde, visando a qualidade de vida. 
Sendo que o Programa está desenvolvendo o seu papel, promovendo a 
garantia das necessidades nutricionais dos seus trabalhadores, evitando doenças 
que possam estar relacionadas a falta de uma alimentação saudável. Uma vez que o 
Programa tem como visão propiciar alimentação com teor nutritivo para seus 
funcionários, fazendo avaliações periódicas quanto aos valores nutricionais 
oferecidos. 
É imprescindível também falar sobre a importância do nutricionista, dentro da 
Unidade de alimentação e Nutrição, que faz seu papel na promoção da saúde e 
educação alimentar com cardápios balanceados, como também para o preparo da 
refeição saudável composta de todos os valores nutricionais e até mesmo para o 
gerenciamento da Unidade de Alimentação e Nutrição. 
Este trabalho pesquisa teve por finalidade, conhecer mais de perto o 
Programa em questão, e suas empresas participantes, para poder contribuir de 
maneira positiva na qualidade de vida dos funcionários. Pretende-se portanto, que 
essa pesquisa continue pois percebeu-se certa escassez durante essa revisão 
bibliográfica sobre o assunto. Entretanto é interessante trabalhar futuramente com a 
educação alimentar, visando uma maior qualidade de vida das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
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