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PROSTITUIÇÃO

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PROSTITUIÇÃO 
 
Depois do fim da escravidão oficial muitas ex-escravas e suas filhas e netas tentaram 
achar um sustento pela prostituição. A elas ajuntavam-se cada vez mais garotas 
provindas das regiões pobres da Europa, principalmente judias do leste da Europa. 
Dessa época tratam muitos livros do escritor Jorge Amado, nos quais existem muitas 
vezes mais prostitutas do que outras mulheres. Alcançou o auge em 1930, quando 
os prostíbulos do Rio de Janeiro eram famosos no mundo inteiro. 
Messe contexto, como fonte alternativa de sobrevivência muitas escravas começaram 
a vender seus corpos para ganhar mais moedas, porém o rei proibiu tal ato, liberando 
a prostituição somente para mulheres brancas que tinham melhores condições, 
atribuindo certo luxo a profissão. 
Dessa maneira, as primeiras casas de prostituição em São Paulo surgiram em 
meados do século 18, após a descoberta do ouro em Cuiabá. Por esse motivo, o local 
se tornou uma passagem obrigatória para forasteiros e viajantes, enchendo assim, as 
casas de jogos e tabernas. Em meados do século 19, a cidade do Rio de Janeiro 
apresentava volumosa população, desse modo, reduzindo as vagas de empregos 
para os indivíduos livres, principalmente as mulheres, as quais eram excluídas de 
muitos empregos por preconceito restringindo ainda mais a ocupação das mulheres, 
restando a elas, como boa opção de renda, a prostituição. 
 
As regiões Norte e Nordeste apresentam a maior taxa de prostituição no brasil, de 
modo que são as mais deficientes de aparatos estatais e de índice econômico. 
Para entender a prostituição é preciso analisar a organização social. Ou seja, quais 
motivos levam as mulheres para essa atividade, para o comércio do corpo. Entre os 
fatores estão as desigualdades sociais no País, ou seja, a existência de um sistema 
econômico falho, onde poucos têm muito dinheiro e muitos mal conseguem 
sobreviver. 
Outro fator que estimula essa prática é a busca por uma boa condição financeira que 
permita uma maior possibilidade de consumo, independente das regras estipuladas 
pela sociedade. Ou seja, não importa se a atividade é imoral ou ilegal, o que vale é o 
dinheiro que vai ser adquirido e que pode ser usado para sustentar uma família. 
Segundo a Fundação Mineira de Educação e Cultura, FUMEC, estima-se que o Brasil 
possui 1,5 milhões de pessoas, entre homens e mulheres que vivem em situação de 
prostituição. A pesquisa revela que 28% das mulheres estão desempregadas e 55% 
necessitam ganhar mais para ajudar no sustento da família. De acordo com a 
FUMEC, 59% são chefes de família e devem sustentar sozinhas os filhos, 45,6% tem 
o primeiro grau de estudos e 24,3% não concluíram o Ensino Médio. Logo, elas 
apresentam um baixo nível de escolaridade, o que significa que quase 70% das 
mulheres prostitutas não têm uma profissionalização. 
Houve uma pesquisa realizada pela Revista Latino-Americana de Enfermagem com 
intuito de detectar as causas mais frequentes que os jovens do estudo referem como 
razões para se prostituírem. A amostra para o estudo foi constituída por 10 jovens (5 
de cada praia), tendo-se como critérios, que as mesmas deveriam estar na faixa etária 
entre 15 e 23 anos de idade e que aceitassem participar do estudo. 
Segundo onde residiam, 80% moravam em bairros e conjuntos periféricos de Natal, 
caracterizados por habitações populares e com baixo poder aquisitivo; 20% eram 
domiciliadas fora de Natal, ou seja, em municípios do Estado do Rio Grande do Norte. 
Diante das tentativas em identificar as causas que levam as jovens do estudo a 
fazerem programas sexuais, as dez entrevistadas apresentaram várias colocações. 
Destacamos a seguir algumas manifestações neste sentido: “... porque tenho um filho 
para sustentar, não tenho condições, o jeito então é vir para cá ...” (E6, 15 anos). “... 
antes eu trabalhava em casa de família, ganhava meio salário por mês, vim depois 
conhecer a praia, resolvi fazer programa, vi o movimento como é que era e vi que é 
mais vantagem fazer programa do que trabalhar em casa de família” (E9, 20 anos). 
Diante das falas acima, verificamos que as causas que levam as jovens pesquisadas 
a entrarem no mundo da prostituição, em sua maioria, são de ordem socioeconômica 
destacando-se a falta de condições financeiras por parte de seus pais, das jovens 
para o seu próprio sustento e de seus filhos; o tipo de trabalho com pouca 
remuneração (fábrica/doméstica) e a expulsão de suas casas pelos próprios pais. 
Diante das circunstâncias que as adolescentes do estudo buscam para conseguirem 
algum dinheiro para o sustento da família ou do seu próprio, nem sempre é coberto 
de êxito, caracterizado pela insegurança financeira, pela incerteza em obterem o 
sustento almejado com a atividade praticada, tornando-se, a prostituição, um meio 
instável de manutenção econômica para essas jovens. 
 
PROSTITUIÇÃO INTERNACIONAL 
 
A prostituição, também conhecida vulgarmente como “a profissão mais antiga do 
mundo”, não é bem vista em boa parte do globo, tendo sido considerada uma 
atividade até mesmo ilegal em certas localidades. Dessa maneira, existem várias 
explicações plausíveis para a criminalização desse ato, sendo elas a visão agressiva 
perante a figura feminina, podendo se considerar uma “violência simbólica” a mulher. 
Nesse sentido, podemos citar detalhadamente o conceito de “violência simbólica” 
trazido por Pierre Bourdieu, sendo essa uma violência não a pessoa física, mas sim, 
a moral e a o que esse indivíduo representa. Visando isso, também se tem como se 
relacionar tais argumentos quanto a questão dos “Tipos de dominação” explicados 
por Max Weber. Continuando, se tem como classificar esse habitual uso do corpo da 
mulher como proveniente de um dos tipos de dominação presente na sociedade, este 
sendo a “Dominação tradicional”, onde o sistema patriarcal é o maior exemplo disso, 
colocando-se como uma “Lei moral”, onde não há um porquê para o dominante 
dominar senão essa cultura e “Lei moral”. Dado isso, devido a essa dominância, se 
tem, principalmente mulheres, realizando atividades que envolvem a venda de si 
mesmas. 
Com isso, muito se debate quanto a uma possível objetificação sexual, trazendo a 
imagem da mulher como uma mera forma de prazer ao homem, dessa maneira, indo 
de encontro a vários debates presentes na sociedade contemporânea, estes sendo 
principalmente quanto ao machismo exacerbado na sociedade, visível para todos que 
o desejam ver. 
 
Nesse olhar, é possível partir para as variantes da prostituição, a dividindo 
primordialmente em internacional e nacional. 
Feito isso, como primeiro tópico, temos a prostituição internacional, onde, por 
exemplo, nos Estados Unidos da América, é ilegal em uma boa quantidade de 
estados, reprimindo não somente quem a realiza ou provém o lugar para que ela 
aconteça, mas sim, até mesmo aqueles que usufruem de tais prazeres. Assim, fica-
se claro os problemas quanto a prostituição nos EUA quando se tem, por exemplo, a 
lei “Stop Enabling Sex Trafficking Act”, sendo essa uma emenda aprovada em 2018 
que, basicamente, promove a criminalização dos sites de prostituição, instituindo 
ações legais perante eles. 
Em contraste, temos locais como Amsterdã, onde, a prostituição é facilmente 
encontrada para quem procurar por alguns minutos, está colocando mulheres como 
produtos em vitrines, onde seus compradores anseiam por essa “troca de favores”. 
Dado isso, muito se problematiza o chamado “espetáculo da prostituição” de 
Amsterdã, podendo ser esse um dos exemplos mais extremos e visíveis desse 
comércio onde se tem a si mesmo como produto. 
O tráfico de pessoas é uma prática delituosa que infelizmente desperta o interesse do 
crime organizado, pois é capaz de gerar benefícios através de lucros financeiros 
prolongados, visto que, diferentemente dos entorpecentes e armamentos, os seres 
humanos são tratados como objetos que podem ser vendidosdiversas vezes. 
Podendo ser considerado inclusive um crime invisível, visando que tudo começa com 
uma promessa ou uma contrapartida. Pessoas em situação de vulnerabilidade, que 
podem ser homens, mulheres ou crianças, recebem propostas de melhores condições 
de vida e quando percebem se veem submetidas a exploração. Em sua maioria, 
mulheres para fins sexuais e homens para trabalho escravo. A Pesquisa sobre Tráfico 
de Mulheres, Crianças e Adolescentes para fins de Exploração Sexual Comercial 
(PESTRAF), publicada em 2002 e coordenada pelo Centro de Referência, Estudos e 
Ações sobre Crianças e Adolescentes (CECRIA), tendo como organizadoras pela 
grande pesquisa e descoberta, Maria de Fátima Leal e Maria Lúcia Leal, da 
Universidade de Brasília (UnB), mapeou o fenômeno do tráfico de pessoas no Brasil 
de forma nunca antes vista, apresentando ao público em geral a caracterização de 
mulheres, crianças e adolescentes em situação de tráfico, perfil dos aliciadores, as 
principais redes de favorecimento, rotas nacionais e internacionais e estudo de casos 
exemplares, numa compilação de informações que se tornaram referência no tema, 
interna e externamente. De acordo com a PESTRAF, as maiores vítimas do tráfico 
internacional de seres humanos são as adolescentes e mulheres adultas solteiras ou 
separadas judicialmente, entre 15 e 25 anos, assim, com a maior disponibilidade para 
deixar o país. De forma majoritária, estas são traficadas para outros países e aquelas 
são vítimas do tráfico interestadual ou intermunicipal. Tendo como principais destinos 
internacionais de pessoas aliciadas: Espanha, Holanda, Venezuela, Itália, Portugal, 
Paraguai, Suíça, Estados Unidos, Alemanha e Suriname. Levando em conta que, a 
grande maioria já sofreu algum tipo de violência intra ou extra familiar e buscam meios 
para fugir dos maus tratos a que são submetidas, são aliciadas e enganadas com 
propostas tentadoras, porém falsas. A negligência, violência sexual, física e 
psicológica estão presentes no cotidiano de casa, das ruas, dos abrigos e demais 
espaços em que essas estão inseridas. Ou seja, a falta de recursos financeiros não 
é o único aspecto marcante que interfere no processo de aliciamento dessas pessoas. 
Geralmente, são afrodescendentes, que habitam as periferias dos centros urbanos, 
com poucas oportunidades benéficas na vida, são oriundas das classes sociais mais 
baixas e também possuem baixa escolaridade. Inclusive a ONU (Organização das 
Nações Unidas) define como tráfico de pessoas o “recrutamento, transporte, 
transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da 
força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder 
ou de uma posição de vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios 
para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o 
propósito de exploração.” E em consonância com esse importante instrumento 
internacional que luta e combate o aliciamento e tráfico de pessoas, foi aprovada a 
Lei nº 13.344, de 6 de outubro de 2016, conhecida como a Lei de Tráfico de Pessoas. 
A Lei incluiu o Art. 149-A no Código Penal, que passou a vigorar com a seguinte 
redação: 
“Tráfico de Pessoas 
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher 
pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade 
de: 
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; 
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; 
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; 
IV - adoção ilegal; ou 
V - exploração sexual. 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se: 
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a 
pretexto de exercê-las; 
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com 
deficiência; 
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de 
hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade 
hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou 
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. 
§ 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar 
organização criminosa.” 
Além disso, a Lei instituiu o Dia Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, a 
ser comemorado, anualmente, em 30 de julho, quando também é celebrado o Dia 
Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas pela Organização das Nações 
Unidas (ONU). 
 
EXPLORAÇÃO SEXUAL DE MENORES 
 
É um crime previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA), 
sendo imputável ao próprio agressor, ao aliciador, ao intermediário que se beneficia 
comercialmente do abuso. A exploração sexual de crianças e adolescentes pode 
ocorrer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia 
e turismo sexual. 
De acordo o Código Penal e está previsto nos artigos 228 e 229, é crime o 
favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual com pena de dois 
a cinco anos de reclusão e multa. Também é crime manter, por conta própria ou de 
terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual. O ECA assinala que é 
crime submeter criança ou adolescente à exploração sexual, com reclusão de quatro 
a dez anos. 
 
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, 
facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009) 
§ 1 o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, 
companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, 
por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: (Redação dada 
pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 
2009) 
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência. 
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. 
Casa de prostituição 
 
 
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra 
exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou 
gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. 
 
CAUSAS DA EXPLORAÇÃO COMERCIAL E SEXUAL DE MENORES 
 
Ao se falar nesse tema são comentados sobre possíveis causas que podem 
influenciar a prática da exploração comercial e sexual de menores, não é possível 
fixar como causa uma. Na maioria das vezes os fatos são vistos dentro de um 
contexto casual, como situações de extrema pobreza, dissolução do vínculo familiar, 
corrupção pela própria família, falta de instrução entre outros. 
A situação de extrema pobreza, a desigualdade socioeconômica ou a desigualdade 
socioeducativa vem a transparecer em meio social de uma forma mais brusca, pois, 
quando se depara a caso em concreto, na maioria das vezes as crianças se 
encontram desesperadas e procuram saídas de fácil alcance, onde se encontra a 
prostituição como forma de solucionar seus problemas. 
Atividade sexual é descrita como ato sexual que é negociado em troca de proveitos 
econômicos, necessidades básicas como moradia, alimentação ou consumo de bens 
e serviços. Ressaltando que essa atividade se encontra presente em todas as classes 
sócias. 
Um outro ponto a ser comentado é perca do vínculo familiar, ou seja, a dissolução, 
que pode ser por causa de: falecimento, separação ou o abandono do lar, dessa 
forma muitas crianças e adolescentes perdem o censo de comandoou poder familiar. 
Um outro ponto a ser citado é a corrupção pela própria família que se tornou a mais 
impressionante, onde aquela família que por necessidade acaba expondo seus filhos 
a exploração sexual e comercial com o intuito de obter lucros, ou seja, o pai ou a mãe 
que representam o poder familiar utilizam-se do mesmo para obrigar os filhos a 
cometerem atos sexuais em troca de dinheiro, comida e outros. 
A exploração sexual afeta, na maioria, crianças em situação de vulnerabilidade, e isso 
é notório, são muitos os casos: que vêm de lares marcados por violência doméstica 
e abuso sexual, que fugiram de casa por não se sentirem seguras e, na rua, voltam a 
ser vítimas da violência e da exploração sexual. A vulnerabilidade econômica também 
atua como forte vetor: muitas crianças e adolescentes precisam contribuir para o 
sustento da família e do lar e são aliciadas pelas redes de exploração sexual. 
Outros perfis de crianças que acabam sendo explorados são o de meninos gays e de 
meninas trans, que começam a se posicionar no mundo a partir de uma experiência 
que não a heteronormativa, onde suas histórias são marcadas por não serem aceitos 
em casa e serem expulsos e, nas ruas, também podem ser "acolhidas" por essas 
redes de exploração sexual. 
"A prostituição infantil, em qualquer cenário em que se configura, desponta como um 
fato cruel com diferentes matizes. Há momentos em que ela se integra ao tráfico de 
drogas; há situações em que ela se confunde com a miséria; e há casos em que seu 
início ocorre dentro do próprio lar. Em qualquer uma dessas situações, as crianças 
que a ela sobrevivem têm uma história comum a contar: a história da violência. As 
marcas desta violência são visíveis nos corpos e nas mentes, mesmo para aqueles 
que fazem força para não ver. (GOMES, 1994, p. 62)." 
 
PROSTITUIÇÃO NA ERA DIGITAL 
 
A prostituição na era digital, vem crescendo cada vez mais, atualmente existe 
prostitutas que viram influencie na internet, onde dá dicas sexual, faz ao vivo de 
alguns programas seu. Os aplicativos mais utilizados atualmente é WhatsApp e 
Instagram, através de lá fazem divulgações de seu trabalho. Tem também um site 
chamado ‘’Elitegril’’ onde é o site de acompanhantes, garotas de programa, 
massagistas etc. Com a fama da novela da rede globo, que virou um sucesso pois 
existia uma garota que se prostitui e chamava seu cliente de “sugar dady”, onde um 
homem mais velho, bancava ela e ela exclusividade dele, aos olhos dele. Com isso 
criaram o aplicativo “sugar daddy meet” onde mulheres coloca suas fotos, e quem se 
interessar em banca ela curte o perfil e ela conversar, e ver as propostas dele para 
com ela. Existe também um site chamado Nicee, onde quem faz assinatura do site, 
assina uma clausula que os conteúdos postados lá não podem sair dali para outros 
programas ou sites, muitos famosos têm incluindo Anitta que postou recentemente lá 
é onde coloca conteúdos exclusivos para seus fãs. Muitas pessoas utiliza o Nicee 
para posta fotos nuas, seminuas etc. para atrais assinantes fieis, com isso dali fazem 
sexo através de vídeo chamada, e com muitos depoimentos que dá para fatura um 
dinheiro mensal relativamente bom, muitas pessoas estão aderindo essa nova forma 
de trabalho por ver esse lado que não existe o contato, e muitos se sentem mais 
seguros assim. 
 
 
BOOK ROSA 
 
O termo “Book Rosa" é muito utilizado por agências de modelos, nas quais criam 
catálogos com essas garotas, oferecendo-as, em sua maioria por vontade própria, 
para pessoas da alta sociedade e com poder aquisitivo alto. Assim, elas trocam 
“favores" sexuais, sendo acompanhantes de luxo, por dinheiro, viagens 
internacionais, joias, entre outras coisas. 
Essa expressão pode se encaixar totalmente como uma prostituição, já que há uma 
venda do corpo em troca de algo. Só é usado uma palavra mais agradável para não 
chamar tanta atenção, podendo ficar conhecida na mídia. Um grande exemplo que 
esse vocábulo foi transmitido na TV aberta, foi no seriado “Vidas Secretas", no qual 
aborda uma jovem que consegue uma vaga para ser modelo e fascinada pelo mundo 
do glamour, aceita fazer parte do Book Rosa. 
Apesar de pouco conhecida, se pesquisar um pouco o assunto, visualiza-se até 
mesmo um site, conhecido pelo nome de “Book Privado". Nele para conseguir acesso, 
é preciso criar um login, com taxas exclusivas e relativamente altas. Em troca, recebe-
se altas vantagens com as modelos, com ligações, mensagens, fotos/ vídeos e por 
fim um encontro. 
Muitas meninas entram nesse ramo, poucas destas não muito conhecidas, mas há 
também famosas que desabafaram ter feito parte disto. Sendo algumas, a Rita 
Cadillac, ex participante do famoso programa de Chacrinha. Ela confessa ter 
participado aos 18 anos, depois de perder sua família e tendo que se virar sozinha. 
Foi apresentada a este meio por uma amiga. Outra conhecida também, é a modelo 
Andressa Urach. Esta, afirma ter presenciado isso, cobrando 15 mil por cada 
encontro. 
 
BOOK AZUL 
 
Seu significado é parecido com o Book Rosa, a diferença é que neste a participação 
é feita por modelos masculinos. É bem menos retratado do que o feminino, mas existe 
e muitas vezes é oferecido até mesmo a famosos artistas, como Reynaldo 
Gianecchine. Este diz ter recusado a proposta. 
 
LEGALIZAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO 
 
O Congresso Nacional Decreta: 
Art. 1º - Considera-se profissional do sexo toda pessoa maior de dezoito anos e 
absolutamente capaz que voluntariamente presta serviços sexuais mediante 
remuneração. 
§ 1º É juridicamente exigível o pagamento pela prestação de serviços de natureza 
sexual a quem os contrata. 
§ 2º A obrigação de prestação de serviço sexual é pessoal e intransferível. 
Art. 2º - É vedada a prática de exploração sexual. 
Parágrafo único: São espécies de exploração sexual, além de outras estipuladas em 
legislação específica: 
I- apropriação total ou maior que 50% do rendimento de prestação de serviço sexual 
por terceiro; 
II- o não pagamento pelo serviço sexual contratado; 
III- forçar alguém a praticar prostituição mediante grave ameaça ou violência. 
Art. 3º - A/O profissional do sexo pode prestar serviços: 
I - como trabalhador/a autônomo/a; 
II - coletivamente em cooperativa. 
Parágrafo único. A casa de prostituição é permitida desde que nela não se exerce 
qualquer tipo de exploração sexual. 
O principal objetivo do projeto de lei não é apenas eliminar a marginalização da 
indústria e, assim, permitir que as trabalhadoras do sexo obtenham saúde, direito do 
trabalho, segurança pública e, o mais importante, dignidade humana. Mais importante 
ainda, a formalização da indústria do sexo é um meio eficaz de combate à exploração 
sexual, pois permitirá fiscalizar os estabelecimentos de prostituição e controlar o 
controle dos serviços pelo Estado. Por outro lado, as atividades das profissionais do 
sexo devem ser voluntárias e remuneradas diretamente, podendo ser realizadas 
apenas por pessoas absolutamente capazes, ou seja, adultos com plena capacidade 
intelectual. As trabalhadoras do sexo são as únicas que podem se beneficiar da renda 
do trabalho. Portanto, os serviços sexuais só podem ser prestados de forma 
autônoma ou cooperativa, ou seja, da forma como os próprios profissionais lucram 
com as atividades. 
Os artigos 228 e 231 da Lei Penal usam o termo "prostituição ou outras formas de 
exploração sexual" para equiparar a prostituição à exploração sexual. O objetivo do 
projeto de lei é distinguir entre essas duas instituições devido à sua natureza 
diferente. O primeiro são as atividades não criminais e profissionais e o segundo são 
os crimes que violam a dignidade sexual humana. Portanto, nas instituições jurídicas, 
recomenda-se a mudança da forma de expressão por meio de "prostituição ou 
exploração sexual". Em outras palavras, pretende legalizar e regulamentar a 
prostituição, e até mesmo revogar disposições da Lei Penalque indiretamente 
proíbem a prostituição (domicílio de prostituição, etc.). Na verdade, se queremos 
defender a dignidade humana, devemos tratar as prostitutas como seres humanos e 
respeitar a autonomia de sua vontade, em vez de tratá-las como pessoas inferiores, 
para que não possam decidir por si mesmas. 
Enfim, todo adulto livre tem direito ao corpo que achar melhor, porque embora 
tenhamos o direito de ser preconceituosos, e todos nós sejamos mais ou menos 
preconceituosos, não temos o direito de fazer do preconceito um direito, 
principalmente quando significa que a outra parte é marginalizada na sociedade e a 
priva da liberdade de determinar seu próprio destino. Finalmente, a prostituição deve 
ser vista, pelo menos politicamente, como a mesma atividade que qualquer outra 
atividade (prestação de serviços) em que uma pessoa deseja companhia, afeto ou o 
corpo de outras pessoas que estão dispostas a servi-la. Pagamento após pagamento. 
Nem é preciso dizer que o projeto de lei a ser votado jamais legalizará a prostituição 
infantil, que deve ser objeto de prevenção e repressão por meio de políticas sociais e 
penais.