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PROSTITUIÇÃO Depois do fim da escravidão oficial muitas ex-escravas e suas filhas e netas tentaram achar um sustento pela prostituição. A elas ajuntavam-se cada vez mais garotas provindas das regiões pobres da Europa, principalmente judias do leste da Europa. Dessa época tratam muitos livros do escritor Jorge Amado, nos quais existem muitas vezes mais prostitutas do que outras mulheres. Alcançou o auge em 1930, quando os prostíbulos do Rio de Janeiro eram famosos no mundo inteiro. Messe contexto, como fonte alternativa de sobrevivência muitas escravas começaram a vender seus corpos para ganhar mais moedas, porém o rei proibiu tal ato, liberando a prostituição somente para mulheres brancas que tinham melhores condições, atribuindo certo luxo a profissão. Dessa maneira, as primeiras casas de prostituição em São Paulo surgiram em meados do século 18, após a descoberta do ouro em Cuiabá. Por esse motivo, o local se tornou uma passagem obrigatória para forasteiros e viajantes, enchendo assim, as casas de jogos e tabernas. Em meados do século 19, a cidade do Rio de Janeiro apresentava volumosa população, desse modo, reduzindo as vagas de empregos para os indivíduos livres, principalmente as mulheres, as quais eram excluídas de muitos empregos por preconceito restringindo ainda mais a ocupação das mulheres, restando a elas, como boa opção de renda, a prostituição. As regiões Norte e Nordeste apresentam a maior taxa de prostituição no brasil, de modo que são as mais deficientes de aparatos estatais e de índice econômico. Para entender a prostituição é preciso analisar a organização social. Ou seja, quais motivos levam as mulheres para essa atividade, para o comércio do corpo. Entre os fatores estão as desigualdades sociais no País, ou seja, a existência de um sistema econômico falho, onde poucos têm muito dinheiro e muitos mal conseguem sobreviver. Outro fator que estimula essa prática é a busca por uma boa condição financeira que permita uma maior possibilidade de consumo, independente das regras estipuladas pela sociedade. Ou seja, não importa se a atividade é imoral ou ilegal, o que vale é o dinheiro que vai ser adquirido e que pode ser usado para sustentar uma família. Segundo a Fundação Mineira de Educação e Cultura, FUMEC, estima-se que o Brasil possui 1,5 milhões de pessoas, entre homens e mulheres que vivem em situação de prostituição. A pesquisa revela que 28% das mulheres estão desempregadas e 55% necessitam ganhar mais para ajudar no sustento da família. De acordo com a FUMEC, 59% são chefes de família e devem sustentar sozinhas os filhos, 45,6% tem o primeiro grau de estudos e 24,3% não concluíram o Ensino Médio. Logo, elas apresentam um baixo nível de escolaridade, o que significa que quase 70% das mulheres prostitutas não têm uma profissionalização. Houve uma pesquisa realizada pela Revista Latino-Americana de Enfermagem com intuito de detectar as causas mais frequentes que os jovens do estudo referem como razões para se prostituírem. A amostra para o estudo foi constituída por 10 jovens (5 de cada praia), tendo-se como critérios, que as mesmas deveriam estar na faixa etária entre 15 e 23 anos de idade e que aceitassem participar do estudo. Segundo onde residiam, 80% moravam em bairros e conjuntos periféricos de Natal, caracterizados por habitações populares e com baixo poder aquisitivo; 20% eram domiciliadas fora de Natal, ou seja, em municípios do Estado do Rio Grande do Norte. Diante das tentativas em identificar as causas que levam as jovens do estudo a fazerem programas sexuais, as dez entrevistadas apresentaram várias colocações. Destacamos a seguir algumas manifestações neste sentido: “... porque tenho um filho para sustentar, não tenho condições, o jeito então é vir para cá ...” (E6, 15 anos). “... antes eu trabalhava em casa de família, ganhava meio salário por mês, vim depois conhecer a praia, resolvi fazer programa, vi o movimento como é que era e vi que é mais vantagem fazer programa do que trabalhar em casa de família” (E9, 20 anos). Diante das falas acima, verificamos que as causas que levam as jovens pesquisadas a entrarem no mundo da prostituição, em sua maioria, são de ordem socioeconômica destacando-se a falta de condições financeiras por parte de seus pais, das jovens para o seu próprio sustento e de seus filhos; o tipo de trabalho com pouca remuneração (fábrica/doméstica) e a expulsão de suas casas pelos próprios pais. Diante das circunstâncias que as adolescentes do estudo buscam para conseguirem algum dinheiro para o sustento da família ou do seu próprio, nem sempre é coberto de êxito, caracterizado pela insegurança financeira, pela incerteza em obterem o sustento almejado com a atividade praticada, tornando-se, a prostituição, um meio instável de manutenção econômica para essas jovens. PROSTITUIÇÃO INTERNACIONAL A prostituição, também conhecida vulgarmente como “a profissão mais antiga do mundo”, não é bem vista em boa parte do globo, tendo sido considerada uma atividade até mesmo ilegal em certas localidades. Dessa maneira, existem várias explicações plausíveis para a criminalização desse ato, sendo elas a visão agressiva perante a figura feminina, podendo se considerar uma “violência simbólica” a mulher. Nesse sentido, podemos citar detalhadamente o conceito de “violência simbólica” trazido por Pierre Bourdieu, sendo essa uma violência não a pessoa física, mas sim, a moral e a o que esse indivíduo representa. Visando isso, também se tem como se relacionar tais argumentos quanto a questão dos “Tipos de dominação” explicados por Max Weber. Continuando, se tem como classificar esse habitual uso do corpo da mulher como proveniente de um dos tipos de dominação presente na sociedade, este sendo a “Dominação tradicional”, onde o sistema patriarcal é o maior exemplo disso, colocando-se como uma “Lei moral”, onde não há um porquê para o dominante dominar senão essa cultura e “Lei moral”. Dado isso, devido a essa dominância, se tem, principalmente mulheres, realizando atividades que envolvem a venda de si mesmas. Com isso, muito se debate quanto a uma possível objetificação sexual, trazendo a imagem da mulher como uma mera forma de prazer ao homem, dessa maneira, indo de encontro a vários debates presentes na sociedade contemporânea, estes sendo principalmente quanto ao machismo exacerbado na sociedade, visível para todos que o desejam ver. Nesse olhar, é possível partir para as variantes da prostituição, a dividindo primordialmente em internacional e nacional. Feito isso, como primeiro tópico, temos a prostituição internacional, onde, por exemplo, nos Estados Unidos da América, é ilegal em uma boa quantidade de estados, reprimindo não somente quem a realiza ou provém o lugar para que ela aconteça, mas sim, até mesmo aqueles que usufruem de tais prazeres. Assim, fica- se claro os problemas quanto a prostituição nos EUA quando se tem, por exemplo, a lei “Stop Enabling Sex Trafficking Act”, sendo essa uma emenda aprovada em 2018 que, basicamente, promove a criminalização dos sites de prostituição, instituindo ações legais perante eles. Em contraste, temos locais como Amsterdã, onde, a prostituição é facilmente encontrada para quem procurar por alguns minutos, está colocando mulheres como produtos em vitrines, onde seus compradores anseiam por essa “troca de favores”. Dado isso, muito se problematiza o chamado “espetáculo da prostituição” de Amsterdã, podendo ser esse um dos exemplos mais extremos e visíveis desse comércio onde se tem a si mesmo como produto. O tráfico de pessoas é uma prática delituosa que infelizmente desperta o interesse do crime organizado, pois é capaz de gerar benefícios através de lucros financeiros prolongados, visto que, diferentemente dos entorpecentes e armamentos, os seres humanos são tratados como objetos que podem ser vendidosdiversas vezes. Podendo ser considerado inclusive um crime invisível, visando que tudo começa com uma promessa ou uma contrapartida. Pessoas em situação de vulnerabilidade, que podem ser homens, mulheres ou crianças, recebem propostas de melhores condições de vida e quando percebem se veem submetidas a exploração. Em sua maioria, mulheres para fins sexuais e homens para trabalho escravo. A Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para fins de Exploração Sexual Comercial (PESTRAF), publicada em 2002 e coordenada pelo Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (CECRIA), tendo como organizadoras pela grande pesquisa e descoberta, Maria de Fátima Leal e Maria Lúcia Leal, da Universidade de Brasília (UnB), mapeou o fenômeno do tráfico de pessoas no Brasil de forma nunca antes vista, apresentando ao público em geral a caracterização de mulheres, crianças e adolescentes em situação de tráfico, perfil dos aliciadores, as principais redes de favorecimento, rotas nacionais e internacionais e estudo de casos exemplares, numa compilação de informações que se tornaram referência no tema, interna e externamente. De acordo com a PESTRAF, as maiores vítimas do tráfico internacional de seres humanos são as adolescentes e mulheres adultas solteiras ou separadas judicialmente, entre 15 e 25 anos, assim, com a maior disponibilidade para deixar o país. De forma majoritária, estas são traficadas para outros países e aquelas são vítimas do tráfico interestadual ou intermunicipal. Tendo como principais destinos internacionais de pessoas aliciadas: Espanha, Holanda, Venezuela, Itália, Portugal, Paraguai, Suíça, Estados Unidos, Alemanha e Suriname. Levando em conta que, a grande maioria já sofreu algum tipo de violência intra ou extra familiar e buscam meios para fugir dos maus tratos a que são submetidas, são aliciadas e enganadas com propostas tentadoras, porém falsas. A negligência, violência sexual, física e psicológica estão presentes no cotidiano de casa, das ruas, dos abrigos e demais espaços em que essas estão inseridas. Ou seja, a falta de recursos financeiros não é o único aspecto marcante que interfere no processo de aliciamento dessas pessoas. Geralmente, são afrodescendentes, que habitam as periferias dos centros urbanos, com poucas oportunidades benéficas na vida, são oriundas das classes sociais mais baixas e também possuem baixa escolaridade. Inclusive a ONU (Organização das Nações Unidas) define como tráfico de pessoas o “recrutamento, transporte, transferência, abrigo ou recebimento de pessoas, por meio de ameaça ou uso da força ou outras formas de coerção, de rapto, de fraude, de engano, do abuso de poder ou de uma posição de vulnerabilidade ou de dar ou receber pagamentos ou benefícios para obter o consentimento para uma pessoa ter controle sobre outra pessoa, para o propósito de exploração.” E em consonância com esse importante instrumento internacional que luta e combate o aliciamento e tráfico de pessoas, foi aprovada a Lei nº 13.344, de 6 de outubro de 2016, conhecida como a Lei de Tráfico de Pessoas. A Lei incluiu o Art. 149-A no Código Penal, que passou a vigorar com a seguinte redação: “Tráfico de Pessoas Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; IV - adoção ilegal; ou V - exploração sexual. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. § 1º A pena é aumentada de um terço até a metade se: I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las; II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência; III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. § 2º A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa.” Além disso, a Lei instituiu o Dia Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, a ser comemorado, anualmente, em 30 de julho, quando também é celebrado o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas pela Organização das Nações Unidas (ONU). EXPLORAÇÃO SEXUAL DE MENORES É um crime previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA), sendo imputável ao próprio agressor, ao aliciador, ao intermediário que se beneficia comercialmente do abuso. A exploração sexual de crianças e adolescentes pode ocorrer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia e turismo sexual. De acordo o Código Penal e está previsto nos artigos 228 e 229, é crime o favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual com pena de dois a cinco anos de reclusão e multa. Também é crime manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual. O ECA assinala que é crime submeter criança ou adolescente à exploração sexual, com reclusão de quatro a dez anos. Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) § 1 o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) § 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência. § 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. Casa de prostituição Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. CAUSAS DA EXPLORAÇÃO COMERCIAL E SEXUAL DE MENORES Ao se falar nesse tema são comentados sobre possíveis causas que podem influenciar a prática da exploração comercial e sexual de menores, não é possível fixar como causa uma. Na maioria das vezes os fatos são vistos dentro de um contexto casual, como situações de extrema pobreza, dissolução do vínculo familiar, corrupção pela própria família, falta de instrução entre outros. A situação de extrema pobreza, a desigualdade socioeconômica ou a desigualdade socioeducativa vem a transparecer em meio social de uma forma mais brusca, pois, quando se depara a caso em concreto, na maioria das vezes as crianças se encontram desesperadas e procuram saídas de fácil alcance, onde se encontra a prostituição como forma de solucionar seus problemas. Atividade sexual é descrita como ato sexual que é negociado em troca de proveitos econômicos, necessidades básicas como moradia, alimentação ou consumo de bens e serviços. Ressaltando que essa atividade se encontra presente em todas as classes sócias. Um outro ponto a ser comentado é perca do vínculo familiar, ou seja, a dissolução, que pode ser por causa de: falecimento, separação ou o abandono do lar, dessa forma muitas crianças e adolescentes perdem o censo de comandoou poder familiar. Um outro ponto a ser citado é a corrupção pela própria família que se tornou a mais impressionante, onde aquela família que por necessidade acaba expondo seus filhos a exploração sexual e comercial com o intuito de obter lucros, ou seja, o pai ou a mãe que representam o poder familiar utilizam-se do mesmo para obrigar os filhos a cometerem atos sexuais em troca de dinheiro, comida e outros. A exploração sexual afeta, na maioria, crianças em situação de vulnerabilidade, e isso é notório, são muitos os casos: que vêm de lares marcados por violência doméstica e abuso sexual, que fugiram de casa por não se sentirem seguras e, na rua, voltam a ser vítimas da violência e da exploração sexual. A vulnerabilidade econômica também atua como forte vetor: muitas crianças e adolescentes precisam contribuir para o sustento da família e do lar e são aliciadas pelas redes de exploração sexual. Outros perfis de crianças que acabam sendo explorados são o de meninos gays e de meninas trans, que começam a se posicionar no mundo a partir de uma experiência que não a heteronormativa, onde suas histórias são marcadas por não serem aceitos em casa e serem expulsos e, nas ruas, também podem ser "acolhidas" por essas redes de exploração sexual. "A prostituição infantil, em qualquer cenário em que se configura, desponta como um fato cruel com diferentes matizes. Há momentos em que ela se integra ao tráfico de drogas; há situações em que ela se confunde com a miséria; e há casos em que seu início ocorre dentro do próprio lar. Em qualquer uma dessas situações, as crianças que a ela sobrevivem têm uma história comum a contar: a história da violência. As marcas desta violência são visíveis nos corpos e nas mentes, mesmo para aqueles que fazem força para não ver. (GOMES, 1994, p. 62)." PROSTITUIÇÃO NA ERA DIGITAL A prostituição na era digital, vem crescendo cada vez mais, atualmente existe prostitutas que viram influencie na internet, onde dá dicas sexual, faz ao vivo de alguns programas seu. Os aplicativos mais utilizados atualmente é WhatsApp e Instagram, através de lá fazem divulgações de seu trabalho. Tem também um site chamado ‘’Elitegril’’ onde é o site de acompanhantes, garotas de programa, massagistas etc. Com a fama da novela da rede globo, que virou um sucesso pois existia uma garota que se prostitui e chamava seu cliente de “sugar dady”, onde um homem mais velho, bancava ela e ela exclusividade dele, aos olhos dele. Com isso criaram o aplicativo “sugar daddy meet” onde mulheres coloca suas fotos, e quem se interessar em banca ela curte o perfil e ela conversar, e ver as propostas dele para com ela. Existe também um site chamado Nicee, onde quem faz assinatura do site, assina uma clausula que os conteúdos postados lá não podem sair dali para outros programas ou sites, muitos famosos têm incluindo Anitta que postou recentemente lá é onde coloca conteúdos exclusivos para seus fãs. Muitas pessoas utiliza o Nicee para posta fotos nuas, seminuas etc. para atrais assinantes fieis, com isso dali fazem sexo através de vídeo chamada, e com muitos depoimentos que dá para fatura um dinheiro mensal relativamente bom, muitas pessoas estão aderindo essa nova forma de trabalho por ver esse lado que não existe o contato, e muitos se sentem mais seguros assim. BOOK ROSA O termo “Book Rosa" é muito utilizado por agências de modelos, nas quais criam catálogos com essas garotas, oferecendo-as, em sua maioria por vontade própria, para pessoas da alta sociedade e com poder aquisitivo alto. Assim, elas trocam “favores" sexuais, sendo acompanhantes de luxo, por dinheiro, viagens internacionais, joias, entre outras coisas. Essa expressão pode se encaixar totalmente como uma prostituição, já que há uma venda do corpo em troca de algo. Só é usado uma palavra mais agradável para não chamar tanta atenção, podendo ficar conhecida na mídia. Um grande exemplo que esse vocábulo foi transmitido na TV aberta, foi no seriado “Vidas Secretas", no qual aborda uma jovem que consegue uma vaga para ser modelo e fascinada pelo mundo do glamour, aceita fazer parte do Book Rosa. Apesar de pouco conhecida, se pesquisar um pouco o assunto, visualiza-se até mesmo um site, conhecido pelo nome de “Book Privado". Nele para conseguir acesso, é preciso criar um login, com taxas exclusivas e relativamente altas. Em troca, recebe- se altas vantagens com as modelos, com ligações, mensagens, fotos/ vídeos e por fim um encontro. Muitas meninas entram nesse ramo, poucas destas não muito conhecidas, mas há também famosas que desabafaram ter feito parte disto. Sendo algumas, a Rita Cadillac, ex participante do famoso programa de Chacrinha. Ela confessa ter participado aos 18 anos, depois de perder sua família e tendo que se virar sozinha. Foi apresentada a este meio por uma amiga. Outra conhecida também, é a modelo Andressa Urach. Esta, afirma ter presenciado isso, cobrando 15 mil por cada encontro. BOOK AZUL Seu significado é parecido com o Book Rosa, a diferença é que neste a participação é feita por modelos masculinos. É bem menos retratado do que o feminino, mas existe e muitas vezes é oferecido até mesmo a famosos artistas, como Reynaldo Gianecchine. Este diz ter recusado a proposta. LEGALIZAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO O Congresso Nacional Decreta: Art. 1º - Considera-se profissional do sexo toda pessoa maior de dezoito anos e absolutamente capaz que voluntariamente presta serviços sexuais mediante remuneração. § 1º É juridicamente exigível o pagamento pela prestação de serviços de natureza sexual a quem os contrata. § 2º A obrigação de prestação de serviço sexual é pessoal e intransferível. Art. 2º - É vedada a prática de exploração sexual. Parágrafo único: São espécies de exploração sexual, além de outras estipuladas em legislação específica: I- apropriação total ou maior que 50% do rendimento de prestação de serviço sexual por terceiro; II- o não pagamento pelo serviço sexual contratado; III- forçar alguém a praticar prostituição mediante grave ameaça ou violência. Art. 3º - A/O profissional do sexo pode prestar serviços: I - como trabalhador/a autônomo/a; II - coletivamente em cooperativa. Parágrafo único. A casa de prostituição é permitida desde que nela não se exerce qualquer tipo de exploração sexual. O principal objetivo do projeto de lei não é apenas eliminar a marginalização da indústria e, assim, permitir que as trabalhadoras do sexo obtenham saúde, direito do trabalho, segurança pública e, o mais importante, dignidade humana. Mais importante ainda, a formalização da indústria do sexo é um meio eficaz de combate à exploração sexual, pois permitirá fiscalizar os estabelecimentos de prostituição e controlar o controle dos serviços pelo Estado. Por outro lado, as atividades das profissionais do sexo devem ser voluntárias e remuneradas diretamente, podendo ser realizadas apenas por pessoas absolutamente capazes, ou seja, adultos com plena capacidade intelectual. As trabalhadoras do sexo são as únicas que podem se beneficiar da renda do trabalho. Portanto, os serviços sexuais só podem ser prestados de forma autônoma ou cooperativa, ou seja, da forma como os próprios profissionais lucram com as atividades. Os artigos 228 e 231 da Lei Penal usam o termo "prostituição ou outras formas de exploração sexual" para equiparar a prostituição à exploração sexual. O objetivo do projeto de lei é distinguir entre essas duas instituições devido à sua natureza diferente. O primeiro são as atividades não criminais e profissionais e o segundo são os crimes que violam a dignidade sexual humana. Portanto, nas instituições jurídicas, recomenda-se a mudança da forma de expressão por meio de "prostituição ou exploração sexual". Em outras palavras, pretende legalizar e regulamentar a prostituição, e até mesmo revogar disposições da Lei Penalque indiretamente proíbem a prostituição (domicílio de prostituição, etc.). Na verdade, se queremos defender a dignidade humana, devemos tratar as prostitutas como seres humanos e respeitar a autonomia de sua vontade, em vez de tratá-las como pessoas inferiores, para que não possam decidir por si mesmas. Enfim, todo adulto livre tem direito ao corpo que achar melhor, porque embora tenhamos o direito de ser preconceituosos, e todos nós sejamos mais ou menos preconceituosos, não temos o direito de fazer do preconceito um direito, principalmente quando significa que a outra parte é marginalizada na sociedade e a priva da liberdade de determinar seu próprio destino. Finalmente, a prostituição deve ser vista, pelo menos politicamente, como a mesma atividade que qualquer outra atividade (prestação de serviços) em que uma pessoa deseja companhia, afeto ou o corpo de outras pessoas que estão dispostas a servi-la. Pagamento após pagamento. Nem é preciso dizer que o projeto de lei a ser votado jamais legalizará a prostituição infantil, que deve ser objeto de prevenção e repressão por meio de políticas sociais e penais.