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FUNGOS Reino Fungi, mais de 100 mil espécies. Podem ser uni ou pluricelulares, aeróbicos ou anaeróbicos. Com reprodução sexuada ou assexuada. Os fungos são eucariontes aclorofilados que possuem paredes celulares rígidas e espessas contendo principalmente manoproteína, glucanas e quitina. Além de alguns lipídios e pigmentos. As membranas celulares contendo ergosterol. - O ergosterol é um componente da membrana celular dos fungos e alguns protozoários, exercendo funções semelhantes às do colesterol em células animais.- regula fluidez. Os fungos podem crescer tanto como leveduras arredondadas quanto como hifas filamentosas delgadas. LEVEDURAS As leveduras são fungos geralmente unicelulares, de tamanhos (de 1-5 µm de diâmetro a 5-30 µm de comprimento) e formas variadas. Apresentam características de seres eucarióticos. A maioria das leveduras, porém, existe como uma parte selvagem do ambiente natural e cresce em plantas e animais ou dispersas pelo ar ou água. São muito diversas entre si, podendo ser classificadas com base em características distintivas como a morfologia das colónias e a fisiologia das células. Entre as 350 (850 no google) espécies conhecidas de leveduras, a mais comum, Saccharomyces cerevisae, é usada no processo de fermentação para produzir, por exemplo, o álcool do vinho e o gás carbônico que causa o crescimento do pão. As leveduras são ricas em proteína, sais minerais, carboidratos, e vitamina B por isto, também são usadas para enriquecer as dietas humana e animal. CICLO DE VIDA DAS LEVEDURAS - Haplóide e diplóide - Ascósporos são formados no interior de uma estrutura especial denominada asco. Inicialmente o asco é uma célula com dois núcleos n (dicariótica), que se fundem originando um núcleo 2n (diplóide). Este sofre meiose, formando quatro núcleos haplóides. O ciclo de vida é predominantemente diploide e o ascósporo é a célula haploide do ciclo.[13] A fase vegetativa, tem maior duração, e são geralmente haplóide; a fase https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura#cite_note-13 diplóide, compreendida entre a cariogamia e a meiose é geralmente muito curta. As leveduras, porém, apesar de pertencerem ao grupo dos fungos, comporta-se de maneira variável, a esse respeito, dependendo da espécie envolvida. HIFAS/raízes: são os filamentos de células que formam o micélio dos fungos - que consiste de uma massa de ramificação formada por um conjunto de hifas emaranhadas. As hifas podem ser septadas (com paredes celulares separando células individuais) ou asseptadas, o que é uma importante característica de distinção no material clínico. Micélio Função das hifas Além de fixação ao substrato, as hifas têm as funções de reprodução e digestão extracelular. Como os fungos são heterótrofos, ou seja, não produzem seu próprio alimento e se alimentam principalmente das substâncias orgânicas do substrato onde vivem, as hifas libertam através da sua parede celular as enzimas necessárias à degradação dos carboidratos e absorvem os glícidos necessários ao seu metabolismo. Hifa verdadeira: células alongadas , que e ramificam e geralmente encontra -se na superfície o conídio – faz parte da reprodução assexuada do fung o – conídio se solt a e passa a chamar esporo , que cresce e forma uma nova hifa. REPRODUÇÃO DAS HIFAS Reprodução assexuada, produzindo gomos ou brotos, que são chamados ESPOROS ou ainda se ramificando, ou no caso de hifas aéreas, corpos reprodutivos como o Conídio, que produzem conidiósporos, existindo vários tipos diferentes. Do esporo, cresce uma nova hifa. Na reprodução sexuada, observa-se o fenômeno da plasmogamia, em que células de duas hifas ou da mesma hifa se conjugam e, após cariogamia, produzem um zigoto, que é o único corpo diploide destes seres, onde após meiose se formam esporos haploides. DIMORFISMO Alguns dos fungos patogênicos mais importantes exibem um dimorfismo térmico; isto é, eles crescem na forma de bolor/hifas à temperatura ambiente, mas na forma de levedura à temperatura corporal, ph, entre outras. Regulação de genes fase específicos. O material genético da cândida vai ativar genes específicos para a mudança de sua morfologia. Se sensibilizam de acordo com o meio em que o fungo está constituído – mudanças de temperatura, pH neutro, presença de CO2, nutrientes, carência nutricional. INFECÇÕES FÚNGICAS OU MICOSES https://pt.wikipedia.org/wiki/Mic%C3%A9lio https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungos https://pt.wikipedia.org/wiki/Substrato https://pt.wikipedia.org/wiki/Digest%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Heter%C3%B3trofos https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimas https://pt.wikipedia.org/wiki/Carboidratos https://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%ADcido https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o_assexuada https://pt.wikipedia.org/wiki/Broto https://pt.wikipedia.org/wiki/Con%C3%ADdio https://pt.wikipedia.org/wiki/Reprodu%C3%A7%C3%A3o_sexuada https://pt.wikipedia.org/wiki/Plasmogamia https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjuga%C3%A7%C3%A3o_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Cariogamia https://pt.wikipedia.org/wiki/Zigoto https://pt.wikipedia.org/wiki/Diploide https://pt.wikipedia.org/wiki/Meiose https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporo https://pt.wikipedia.org/wiki/Haploide Os fungos podem causar infecções superficiais ou profundas. As infecções fúngicas, também denominadas micoses, são de quatro tipos: (1) micoses superficiais e cutâneas, as quais são comuns e limitadas às camadas bastante superficiais ou queratinizadas da pele, cabelo e unhas; (2) micoses subcutâneas, as quais envolvem a pele (epiderme e derme), tecidos subcutâneos (conj) e linfáticos e raramente se disseminam sistemicamente; (3) micoses sistêmicas, as quais são causadas por fungos dimórficos, que podem produzir doenças sistêmicas sérias em indivíduos saudáveis, (4) micoses oportunistas, as quais podem causar doenças sistêmicas ameaçadoras à vida em indivíduos que estão imunossuprimidos ou que carregam dispositivos protéticos implantados ou cateteres vasculares. infecções superficiais envolvem a pele, o cabelo e as unhas. As espécies fúngicas que estão confinadas às camadas superficiais da pele humana são denominadas dermatófitos. Estas infecções são comumente referidas pelo termo “tinea” seguido da área do corpo afetada (p. ex., tinea pedis, “pé de atleta”; tinea capitis, “ringworm do escalpo”). - Certas espécies de fungos invadem o tecido subcutâneo, causando abscessos ou granulomas (p. ex., esporotricose e micoses tropicais). Epiderme, derme, mucosa... Infecções fúngicas profundas podem se disseminar sistemicamente e invadir tecidos, destruindo órgãos vitais em hospedeiros imunocomprometidos, mas usualmente se curam ou permanecem latentes em hospedeiros normais sob os demais aspectos. Os fungos oportunistas (p. ex., Candida, Aspergillus, Mucor e Cryptococcus) são organismos onipresentes, que tanto colonizam indivíduos como são encontrados em fontes ambientais. - Em indivíduos imunodeficientes, os fungos oportunistas dão origem a infecções ameaçadoras à vida caracterizadas por necrose tecidual, hemorragia, e oclusão vascular, com pouca ou nenhuma resposta inflamatória. Pacientes com Aids são frequentemente infectados pelo fungo oportunista Pneumocystis jiroveci (anteriormente denominado de Pneumocystis carinii). CANDIDA ALBICANS -LEVEDURA A maioria das leveduras se reproduzem por brotamento. Algumas leveduras, como a Candida albicans, podem produzir brotos que não se destacam e se tornam alongados, produzindo uma cadeia de células leveduriformes alongadas, denominadas pseudo-hifas (dimorfismo). Residindo normalmente na pele, boca, trato gastrointestinal e vagina, as espécies de Candida usualmente vivem como comensais benignos e raramente produzem doença (leveduras) em indivíduos saudáveis. Entretanto, as espécies de Candida, em geral C. albicans, são a causa mais frequente de infecções fúngicas humanas. A maioria dos tipos de infecções por Candida se origina quando a flora comensal normal rompe a pele ou barreiras mucosas. (ocorredimorfismo e o sistema imune falha.) Essas infecções podem ser confinadas à pele ou membranas mucosas ou se disseminar largamente. -Em pessoas de outro modo saudáveis, os organismos do gênero Candida causam vaginite e exantema de fralda, intertrigo.. ● Pacientes com diabetes e queimados são particularmente susceptíveis à candidíase superficial e vaginite. -Em indivíduos com linhas intravenosas ou cateteres de demora, ou que estejam se submetendo a diálise peritoneal, os organismos do gênero Candida podem se disseminar para a corrente sanguínea. A candidíase disseminada intensa ocorre mais comumente em pacientes que são neutropênicos devido a leucemia, quimioterapia ou transplante de medula óssea, e pode causar choque e CID. Ou leucopênicos em geral. PATOGENIA Uma única cepa de Candida pode ser bem-sucedida como comensal ou como patógeno. ADAPTAÇÃO AO HOSPEDEIRO A Candida produz um grande número de adesinas funcionalmente distintas que medeiam a aderência às células hospedeiras. Estas adesinas incluem: - (1) uma proteína semelhante a integrina, a qual se liga aos grupos arginina glicina-ácido aspártico (RGD) no fibrinogênio, fibronectina e laminina; - (2) uma proteína que se assemelha aos substratos transglutaminase e se liga às células epiteliais, - (3) diversas aglutininas que se ligam às células endoteliais ou à fibronectina. A cândida precisa ainda romper a barreira epitelial, e faz isso através de enzimas. - A Candida produz um número de enzimas que contribui para a capacidade invasiva, incluindo pelo menos nove aspartil proteinases secretadas, as quais podem promover a invasão tecidual através da degradação de proteínas da matriz extracelular. - Catalases, as quais podem permitir que o organismo resista a morte oxidativa por células fagocíticas. - A Cândida também secreta adenosina, a qual bloqueia a produção de radicais de oxigênio e degranulação pelos neutrófilos. A habilidade da C. albicans de crescer na forma de biofilmes também contribui para sua capacidade de causar doenças. Os biofilmes de Candida são comunidades microbianas consistindo em misturas de leveduras, formas filamentosas e matriz extracelular derivada de fungo. A C. albicans pode formar biofilmes em dispositivos médicos implantados, que reduzem a susceptibilidade do organismo a respostas imunes e à terapia com drogas antifúngicas. Células do sistema imune da corrente sanguínea, assim como fármacos, não conseguem fazer o refluxo da corrente sanguínea. (não conseguem fazer o caminho contrário ao fluxo, o que dificulta a resposta contra esses fungos aderidos dentro dos cateteres.) RESPOSTA IMUNE - COMPLEXA 1º linha de defesa (inata): macrófagos e netrolifos Resposta adaptativa: resposta imune celular A imunidade inata e as respostas de células T são importantes para a proteção contra a infecção por Candida. Neutrófilos e macrófagos fagocitam a Candida, e a morte oxidativa por esses fagócitos é a primeira linha de defesa do hospedeiro. (processo normal) Quando a inata não é suficiente: Formas filamentosas, mas não leveduriformes, podem escapar de fagossomos e entrar no citoplasma e se proliferar. Elas (hifas) produzem adenosina e catalase- escapam. À imunidade adaptativa, células dendríticas reconhecem a levedura de Candida e ativam as células dendríticas para produzir IL-12 mais do que o fazem as formas filamentosas do fungo. Essa interleucina IL-12 irá estimular uma resposta de perfil TH1- que libera interleucinas que irá ativar e potencializar o poder fagocitico dos macrofagos. Além disso, as células dendríticas reconhecem e apresentam essas células para os TCD4. Esse processo irá liberar também inúmeras interleucinas, ativando o perfil TH17- que ativa o recrutamento de neutrófilos, potencializando seu poder de fagocitose. Quando há falha e as hifas surgem: Quando há aparecimento de hifas, uma dificuldade surge. As hifas ao serem reconhecidas pelas células dendríticas, reduzem o seu poder de liberação de interleucina 12. Além disso, irão direcionar a resposta imunológica para o perfil TH2- não protetora. É um perfil humoral e sabemos que os anticorpos não são específicos para a resolução do problema. À cândida prolifera e destrói as estruturas adjacentes. Através do consumo de nutrientes, libera também enzimas que degradam a matriz tecidual. Morfologia Em cortes teciduais, a C. albicans pode aparecer como formas leveduriformes (blastoconídios), pseudo-hifas, e, menos comumente, hifas verdadeiras, definidas pela presença de septos. SAPINHO - SUPERFICIAL da mucosa Mais comumente, a candidíase toma a forma de uma infecção superficial nas superfícies mucosas da cavidade oral (sapinho). A proliferação florida do fungo cria pseudomembranas branco-acinzentadas com aspecto sujo, compostas de organismos emaranhados e debris inflamatórios. Profundamente a superfície, ocorre hiperemia mucosa e inflamação. Essa forma de candidíase é vista em neonatos, pessoas debilitadas, crianças recebendo esteróides por via oral para tratamento de asma, e em seguida a um tratamento com antibióticos de amplo espectro, os quais destroem a flora bacteriana normal competidora. O outro grande grupo de risco inclui pacientes HIV positivos; pessoas com sapinho oral sem razão óbvia devem ser avaliadas para infecção pelo HIV. Esofagite por Candida É comumente encontrada em pacientes com Aids e naqueles com malignidades hemato-linfóides. Esses pacientes apresentam disfagia (deglutição dolorosa) e dor retroesternal; a endoscopia demonstra placas brancas e pseudomembranas, que se assemelham ao sapinho oral, na mucosa esofágica (Fig. 1). Vaginite por Candida É uma forma comum de infecção vaginal em mulheres, especialmente naquelas que são diabéticas, gestantes, ou que utilizam contraceptivos orais. Ela normalmente está associada a intenso prurido e a um corrimento espesso tipo coalhada. Candidíase cutânea- superficial do epitélio Pode se apresentar de muitas formas diferentes, incluindo infecção da própria unha (“onicomicose”), dobras ungueais (“paroníquia”), folículos pilosos (“foliculite”), pele intertriginosa e úmida como as axilas ou tecidos dos dedos das mãos e pês (“intertrigo”), e na pele peniana (“balanite”). O “exantema de fralda” é uma infecção cutânea por cândida encontrada no períneo de bebes, na região de contato com fraldas molhadas. Candidíase invasiva é causada por disseminação hematogênica de organismos a vários tecidos ou órgãos. Os padrões comuns incluem (1) abscessos renais (2) abscessos miocárdicos e endocardite (3) microabscessos cerebrais e meningite (4) endoftalmites (virtualmente qualquer estrutura do olho pode estar envolvida) (5) abscessos hepáticos. Abscessos: coleções de pus em espaços teciduais confinados. Em qualquer uma dessas localizações, dependendo do estado imune da pessoa infectada, o fungo pode evocar pouca reação inflamatória, causar a resposta supurativa usual (pus), ou ocasionalmente produzir granulomas. Pessoas com leucemias agudas que estão profundamente neutropênicas após quimioterapia são particularmente propensas a desenvolver a doença sistêmica. A endocardite por Candida é a endocardite fúngica mais comum, usualmente ocorrendo em pessoas possuidoras de válvulas cardíacas protéticas ou em dependentes de drogas intravenosas. CRIPTOCOCOSE Agente etiológico: cryptococcus neoformans - O Cryptococcus neoformans está presente no solo e em fezes de aves (particularmente pombos) e infecta pessoas quando inalado. - Forma de levedura Só causa doenças em pacientes com deficiência no sistema imune. - Causar meningoencefalite e em pacientes com: AIDS, leucemia ou linfoma , lúpus eritematoso sistêmico, sarcoidose, transplantados O Cryptococcus neoformans cresce como uma levedura encapsulada gelatinosa que causa meningoencefalite em indivíduos sob os demais aspectos, porém mais frequentemente se apresenta como uma infecção oportunista em pessoas com Aids, leucemia, linfoma, lúpus eritematoso sistêmico, ou sarcoidose, assim como em receptores de transplante. - Muitos desses pacientes recebemaltas doses de corticosteroides, um grande fator de risco para a infecção por Cryptococcus Patogenia O Cryptococcus neoformans está presente no solo e em fezes de aves (particularmente pombos) e infecta pessoas quando inalado. Diversos fatores de virulência permitem que ele escape das defesas do hospedeiro, incluindo (1) uma cápsula polissacarídica, (2) produção de melanina e (3) enzimas. Esses mecanismos não são muito eficazes quando o C. neoformans infecta hospedeiros com defesas imunes intactas, mas eles podem levar à doença disseminada em indivíduos imunossuprimidos. Glicuronoxilomanana pricipal polissacarídeo capsular do C. neoformans, é um grande fator de virulência que inibe a fagocitose de macrófagos alveolares, migração de leucócitos e recrutamento de células inflamatórias. O C. neoformans pode sofrer variação fenotípica, a qual leva a mudanças na estrutura e tamanho da cápsula polissacarídica, proporcionando uma maneira de escapar das respostas imunes. -O Cryptococcus neoformans produz lacase, a qual catalisa a formação de um pigmento semelhante à melanina. Mutantes de lacase de C. neoformans reduziram a virulência em modelos animais. -Os efeitos da melanina podem estar relacionados às suas propriedades antioxidantes. Protege contra as atividades antioxidantes dos macrofagos. -Esses fungos também produzem uma variedade de outras enzimas, incluindo uma serino-proteinase que cliva fibronectina e outras proteínas de membrana basal, o que pode ajudar na invasão tecidual. -O C. neoformans pode estabelecer infecções latentes acompanhadas por formação de granulomas, que podem reativar-se em hospedeiros imunossuprimidos. O Cryptococcus possui forma de levedura, mas não pseudo-hifas ou hifas. A levedura criptocócica possui 5 a 10 μm e uma cápsula gelatinosa espessa altamente característica. O polissacarídeo capsular cora-se intensamente em vermelho com ácido periódico de Schi� e mucicarmim em tecidos, e pode ser detectado com esferas recobertas por anticorpos em ensaios de aglutinação. Apesar de o pulmão ser o local primário de infecção, o envolvimento pulmonar é normalmente brando e assintomático, mesmo enquanto o fungo está se disseminando para o SNC. Pode ocorrer colonização exacerbada dentro do alvéolo, mas isso pode acontecer sem nenhum sintoma, o que permite que o fungo permaneça ali e alcance a via hematogênica. Entretanto, o C. neoformans pode formar um granuloma pulmonar solitário semelhante às lesões circunscritas (moeda) causadas por Histoplasma. As principais lesões causadas por C. neoformans são no SNC, envolvendo meninges, massa cinzenta cortical e núcleos basais. RESPOSTA À INFECÇÃO -Em pessoas imunossuprimidas, os organismos podem evocar virtualmente nenhuma reação inflamatória, de forma que massas gelatinosas de fungos crescem nas meninges ou expandem os espaços perivasculares de Virchow-Robin na massa cinzenta, produzindo as denominadas lesões em bola de sabão. -Em pessoas severamente imunossuprimidas, o C. neoformans pode se disseminar largamente para a pele, fígado, baço, suprarrenais e ossos. -Em pessoas não imunossuprimidas ou naquelas com doença prolongada, os fungos induzem uma reação granulomatosa crônica composta de macrófagos, linfócitos e células gigantes tipo corpo estranho. A supuração também pode ocorrer, assim como uma arterite granulomatosa rara do círculo de Willis. http://anatpat.unicamp.br/bineuastrocitoma.html Aspergilose O Aspergillus é um fungo ubíquo que causa alergias (aspergilose broncopulmonar alérgica) em pessoas de outro modo saudáveis e sérias sinusite, pneumonia e doença invasiva em indivíduos imunocomprometidos. As principais condições que predispõem a infecção por Aspergillus são neutropenia e corticosteroides. O Aspergillus fumigatus é a espécie mais comum que causa doença, e ele produz infecções invasivas severas em indivíduos imunocomprometidos. Patogenia As espécies de Aspergillus são transmitidas por conídios no ar, e o pulmão é a principal porta de entrada. O pequeno tamanho dos esporos de A. fumigatus, de aproximadamente 2 a 3 μm, permite que eles alcancem os alvéolos. Os conídios germinam em hifas, as quais então invadem tecidos. Neutrófilos e macrófagos são a principal defesa do hospedeiro contra o Aspergillus. Macrófagos alveolares ingerem e destroem os conídios, enquanto neutrófilos produzem intermediários do oxigênio reativo que destroem as hifas. Ao entrar o conídio é se instalar nos alvéolos, à uma rápida destruição deles- degranulação e fagocitose. ( no máximo alergia pela degranulação de mastócitos) ● A aspergilose invasiva está altamente associada a neutropenia e defesas prejudicadas dos neutrófilos. -O Aspergillus produz diversos fatores de virulência, incluindo adesinas, antioxidantes, enzimas e toxinas. Os conídios podem se ligar ao fibrinogênio, laminina, complemento, fibronectina, colágeno, albumina, e proteínas surfactantes, mas interações receptor-ligante não são bem definidas. -O Aspergillus produz várias defesas antioxidantes, incluindo o pigmento melanina, manitol, catalases e superóxido dismutases. Que tem atividades antioxidantes e irão defender o aspergilus de ser fagocitado pelos macrofagos ou degradação de outras células. Esse fungo também produz fosfolipases, proteases e toxinas, mas seus papéis na patogenicidade ainda não estão claros. http://anatpat.unicamp.br/bineuastrocitoma.html Nosso sistema imunológico consegue fazer seu combate, mas quando há falha, surge o crescimento de hifas nas cavidades pulmonares. Tem invasão mínima (só na invasiva vai ter), mas essas cavidades geralmente já estão ali presentes por perda tecidual por outra patologia. ● BOLAS FÚNGICAS ● característica de HEMOPTIASE* secreção com sangue- invade os vasos se ligando à adesinas.. -A sensibilização aos esporos do Aspergillus produz alveolite alérgica. A aspergilose broncopulmonar alérgica, associada à hipersensibilidade proveniente da colonização superficial da mucosa brônquica, frequentemente ocorre em pessoas asmáticas. TIPOS aspergilose colonizante (aspergiloma) normalmente implica crescimento do fungo nas cavidades pulmonares com invasão mínima ou ausente dos tecidos (o nariz também é frequentemente colonizado). As cavidades são usualmente o resultado de tuberculose prévia, bronquiectasia, infartos antigos ou abscessos. Massas proliferativas de hifas formam “bolas fúngicas” amarronzadas repousando livres no interior das cavidades. A reação inflamatória circunjacente pode ser esparsa, ou pode haver inflamação crônica e fibrose. Pessoas com aspergilomas usualmente possuem hemoptise recorrente. A aspergilose invasiva é uma infecção oportunista confinada a hospedeiros imunossuprimidos. As lesões primárias estão usualmente nos pulmões, mas a disseminação hematogênica difundida com envolvimento das válvulas cardíacas e cérebro é comum. As lesões pulmonares tomam a forma de pneumonia necrosante, com focos cinza nitidamente delineados, arredondados, e bordas hemorrágicas; elas são frequentemente referidas como lesões em alvo. - . O Aspergillus possui uma tendência de invadir vasos sanguíneos; portanto, áreas de hemorragia e infarto são usualmente sobrepostas nas reações inflamatórias teciduais necrosantes. RESUMO: * lesão em moeda.
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