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micoses superficiais e subcutâneas

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• Micologia: é a ciência que estuda os fungos 
• Até 1969 os fungos eram considerados vegetais → somente a partir de 1969 que eles foram classificados em um reino a parte → 
Fungi 
• Não podem ser considerados como vegetais por: 
➔ Não sintetizarem clorofila nem qualquer pigmento fotossintético 
➔ A sua parede celular não é constituída por celulose, como as plantas, mas sim que quitina 
➔ Não armazenam amido como as plantas, os fungos, na verdade, armazenam glicogênio 
 
 
 
• Definição: os fungos são organismos eucariotos que, literalmente, estão em todos os lugares da Terra. Junto com as bactérias 
heterotróficas são os principais decompositores da biosfera, pois são tão necessários à continuidade da vida qunto os produtores 
de alimentos. 
 
 
 
• Benefícios: 
➔ Participam da cadeia alimentar, pois ajudam na decomposição de matéria orgânica, reciclando elementos vitais 
➔ Fazem formação de Micorrizas (simbiose entre fungos e plantas) 
➔ Fazem formação de líquens (fungos + algas) → estão presentes em ambientes com baixa concentração de CO2, servindo de 
indicador da qualidade do ar 
➔ Antibióticos (como a penicilina – Penicillium crhysogenum –, ciclosporina – Cylindrocarpon lucidum) 
➔ Alimentos → pão, bebidas alcoólicas, shoyo, saque, champignon, queijos... → fermentação (gênero: Saccharomyces) 
➔ Biorremediação → uso de fungos na degradação de inseticidas, de herbicidas e de plásticos 
• Malefícios: 
➔ Doenças em plantas (ex. tomate, uva, amendoim, feijão...) 
➔ Cogumelos venenosos (Amamita virosa, Amamita phalloides) 
➔ Doenças humanas (Candidíase, “pé-de-atleta”, “pano branco”, alergias) 
➔ Contaminação de alimentos e instrumentos ópticos 
➔ Das mais de 100mil espécies conhecidas de fungos, apenas cerca de 200 espécies são patogênicas aos homens e aos animais 
 
 
Lesão Celular, Morte Celular e Adaptações 
 
Micoses cutâneas e subcutâneas 
Microbiologia 
Introdução ao estudo dos fungos 
Características Gerais dos fungos 
Importância dos fungos 
 
• Possuem parede celular de quitina, mananas e glicanas 
• Membrana celular contém o ERGOSTEROL (mesmo papel do colesterol) → 
alvo para os antifúngicos 
• Conhecer a composição da parede dos fungos é importante não só para 
diferenciá-lo dos vegetais, mas também para criar antifúngicos com ações 
específicas (como os que agem no ergosterol, desestabilizando a membrana e 
causando extravasamento do material citoplasmático) 
• Azóis → impedem a formação do ergosterol 
• Terbinafina, Naftifina e Amorolfina → impedem a síntese de ergosterol 
• Anfotericina → causa lise da parede do fungo 
• Griseofulvina → impede a formação do sistema de microtúbulos 
• Flucitosina → interfere na divisão celular, impedindo a duplicação do DNA 
 
 
 
 
• As paredes de alguns fungos funcionam como PAMPs (padrões moleculares 
associados à patógenos que são reconhecidos pelo sistema de resposta imune inata 
como um sinal de invasão de agentes patogênicos) 
• A C. albicans, por exemplo, apresenta β-glucanas, mananas, entre outras 
proteínas de superfície que são reconhecidas por diferentes receptores presentes 
na superfície das nossas células → Ao ser reconhecidas por esses receptores, 
ocorre o desencadeamento de uma resposta, com sinalização no interior da célula, o 
que provoca, por exemplo, a fagocitose e eliminação desses fungos, só a fagocitose 
ou só a lise direta 
• Também existem outros receptores presentes no citosol da célula (TLR3, TLR7 
e TLR9) que reconhecem o material genético desses fungos (DNA ou estruturas de 
RNA produzidas pelo fungo) → ao reconhecer esse material genético, ocorre a 
ativação desses receptores do citosol, desencadeando uma sinalização 
(principalmente pela ativação do NF-K β) → essa sinalização vai estimular a 
expressão de citocinas e de quimosinas, o que vai ajudar no recrutamento 
leucocitário para 
combater esses fungos 
• A resposta imunológica gerada depende do receptor que foi ativado 
➔ A ativação de um tipo de receptor pode culminar na produção de 
defensinas, de substâncias antimicrobianas, ativação da fagocitose, 
produção de quimiosinas, aumento da fagocitose, ativação de RAF1, 
liberação de citocinas, de espécies reativas de oxigênio → tudo isso 
visando a eliminação desses fungos 
 
Organização da parede dos fungos 
Receptores (resposta Imune Inata) e ativação da resposta Imunológica 
 
 
• Diferentes tipos celulares também tem o reconhecimento dos 
PAMPs relacionados aos fungos 
• As células dendríticas conseguem reconhecer vários tipos de PAMPs 
associados aos fungos → a partir daí, ocorre uma sinalização celular no 
interior dessa célula dendrítica, o que gera diferentes padrões de 
respostas, como o de ativação de linfócitos 
 
 
• Os macrófagos também conseguem identificar os diferentes 
PAMPs, desencadeando vias de sinalização que culminam em diferentes 
respostas 
 
 
 
 
 
 
• A identificação de PAMPs está relacionada à imunidade inata 
• Também há a ação conjunta com a imunidade adaptativa, que gera a produção de 
anticorpos pelos linfócitos B 
• Os fungos podem ter estratégias para fugir dessa resposta imunológica 
• Os fatores relacionados às infecções fúngicas dependem do fungo (a espécie e se essa 
espécie tem algum fator de virulência adicional) e ao tipo de padrão de resposta que o 
hospedeiro apresenta frente à infecção → aliando essas duas características, o desfecho 
pode ser a resolução da infecção ou não 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reconhecimento dos diferentes fungos pelas células Dendríticas e pelos Macrófagos 
Ação conjunta das respostas Imunes Inata e Adaptativa 
 
 
• Fungo unicelular (leveduras) 
➔ Formados por uma única célula e não formam hifas, nem micélios 
➔ Geralmente possuem forma ovalada ou esférica 
➔ São chamados genericamente de leveduras 
➔ Muitas realizam fermentação na ausência de O2 
➔ Reproduzem assexuadamente por brotamento → cicatriz do broto 
➔ Principal representante: Saccharomyces cerevisae 
 
• Fungo pluricelular (filamentosos ou carnosos) 
➔ As hifas são estruturas típicas dos fungos pluricelulares 
➔ As hifas surgem a partir dos esporos e crescem juntas e emaranhadas, constituindo uma massa de 
filamentos denominada MICÉLIO 
➔ MICÉLIO VEGETATIVO: fica escondido abaixo da superfície do substrato (nutriente ou solo) 
➔ CORPOS DE FRUTIFICAÇÃO: micélio que aparece na superfície, 
micélio reprodutivo, como ocorre nos cogumelos e nas orelhas-de-pau 
 
• Fungos dimórficos (filamentosos e leveduriforme) 
➔ Os fungos dimórficos são fungos que podem existir nas formas filamentosa ou como levedura 
➔ À temperatura ambiente → desenvolvem-se como bolores (forma filamentosa) 
➔ À temperatura corporal → desenvolvem-se como leveduras 
➔ Várias espécies são potenciais patógenos, incluindo: 
- Coccidioides immitis 
- Paracoccidioides brasiliensis 
- Candida albicans 
- Blastomyces dermatitidis 
- Histoplasma capsulatum 
- Sporothrix schenckii 
 
 
 
 
• Patógenos Primários: capazes de infectar hospedeiros normais 
• Fungos oportunistas: infectam indivíduos com imunidade comprometida 
➔ Mecanismos 
- Micotoxinas: toxinas produzidas pelos fungos que causam micotoxicoses 
**ex. fungos presentes em amendoins e outros grãos produzem aflatoxinas, toxina que acaba contaminando esses alimentos 
- Hipersensibilidade: pode ser desenvolvida se o indivíduo estiver em exposição repetida ao fungo, pois desencadeia a ativação de 
linfócitos ou a produção de imunoglobulinas (Ig), principalmente a IgE, que está relacionada a processos alérgicos 
- Infecção Invasiva: invasão e lesão de tecidos 
 
 
Organização celular dos fungos 
Patogenia dos fungos 
 
 
 
• Primeira exposição ao alérgeno → ativação dos linfócitos e estimulação da 
polarização de resposta do tipo Th2 → produção de IgE → ativação dos 
mastócitos 
• Segunda exposição → quando ocorre o segundo contato com esse alérgeno, 
os mastócitos já vão estarpré-formados com seus mediadores em grânulos 
(histamina e heparina), o que faz com que estes mastócitos sofram 
dessensibilização, ou seja, ocorre a liberação dos mediadores contidos nos 
grânulos desses mastócitos (essa grande liberação de heparina e de histamina 
causa diferentes manifestações nos tecido) 
 
• O reconhecimento do alérgeno (ligação do alérgeno ao receptor) → 
desencadeia vias de sinalização intracelulares → exocitose de mediadores 
inflamatórios pré-formados (aminas vasoativas e proteases) → dilatação 
vascular, contração do músculo liso e dano tecidual 
• Reconhecimento do alérgeno → desencadeia vias de sinalização → ocorre a 
degradação do ácido araquidônico → secreção de mediadores lipídicos 
(prostaglandinas e leucotrienos) → dilatação vascular e contração da 
musculatura lisa 
• Reconhecimento do alérgeno → desencadeia vias de sinalização → ocorre 
a ativação da transcrição de genes da citocina → secreção de citocinas → 
inflamação (recrutamento de leucócitos) 
 
• Liberação desses fatores, como histamina (um dos tipos de aminas) aumentam a 
permeabilidade vascular, facilitando o extravasamento de células que estão nos vasos 
sanguíneos para os tecidos. Além disso, pode haver bronco-constrição e hipermotilidade 
intestinal 
 
• Liberação de citocinas → inflamação. Liberação de enzimas → lesão tecidual 
 
• Além da ativação de mastócitos, também pode ocorrer ativação e multiplicação de 
eosinófilos. Esses eosinófilos (grânulos ácidos que se coram com a eosina) vão liberar proteínas 
e enzimas frente a processos alérgicos e a infecções parasitárias. 
 
 
• Os fungos se desenvolvem em meios especiais e formam colônias de dois tipos: Colônia Leveduriforme e Colônia Filamentosa 
 
Como que ocorre a reação de sensibilização e ativação? 
Morfologia dos fungos 
• Classificação das Hifas: 
 
➔ Quanto à presença de septos: ASSEPTADAS ou cenocítica e SEPTADA 
 
 
 
 
 
 
➔ Quanto à coloração: HIALINAS (cores claras) ou DEMÁCEAS (tonalidades escuras) 
 
 
• Classificação dos esporos fúngicos: 
 
➔ CONÍDIOS: são os mais frequentes entre os fungos e sua formação é através de uma estrutura chamada conidóforo. Podem 
se apresentar como macroconídeos ou microconídios 
 
➔ BLASTOCONÍDIOS: são esporos que se formam por gemulação/brotamento (leveduras) 
 
- A pseudo-hifa não é uma hifa propriamente dita, mas acaba tendo 
o aspecto de hifa 
 
 
 
 
 
➔ ARTROCONÍDIOS: são esporos que se formam por desmembramento das hifas septadas → quando ocorre esse 
desmembramento nas septações, são formadas 
estruturas que aparentam uma articulação, por isso o 
nome 
 
 
 
 
 
➔ ESPORANGIÓSPORO: são esporos que se formam dentro de um esporangióforo (uma hifa) a partir de uma estrutura 
arredondada, chamada de esporângio 
 
 
 
 
 
• Reprodução ASSEXUADA 
➔ FRAGMENTAÇÃO: fragmento do micélio e formação 
de novo micélio → alguns pedaços da hifa acabam 
sendo fragmentados e, se esses 
fragmentos caírem em um 
ambiente com condições 
favoráveis, acaba havendo a 
formação de uma nova estrutura 
fúngica 
➔ BROTAMENTO ou GEMULAÇÃO: os brotos 
(gêmulas) normalmente se separaram do genitor, 
mas, eventualmente, 
podem permanecer 
grudados, formando 
cadeias de células 
 
 
➔ ESPORULAÇÃO: acontecem em estruturas com 
muitos conídios, como 
nos esporângios (eles 
liberam os 
esporangiósporos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Reprodução SEXUADA 
➔ Acontece muito nos fungos presentes no solo 
 
 
 
Reprodução dos fungos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Segundo os tecidos e órgãos atingidos, as micoses são classificadas em: 
1) Micoses superficiais: 
➔ comprometem pele e anexos (unhas, pelos) 
➔ passa de contato pessoa a pessoa - ex. micoses cutâneas ou dermatomicoses 
➔ fungos queratinofílicos (fungos que quebram a queratina presente na pele, nos pelos e nas unhas) e fungos não queratinofílicos 
(não quebram a queratina – normalmente crescem em mucosas) 
2) Micoses subcutâneas: se propagam pela pele e pelo tecido subcutâneo → traumas, picadas e mordeduras facilitam a entrada do 
fungo ao tecido 
3) Micoses Sistêmicas ou Profundas: comprometimento de tecidos, órgãos e vísceras → geralmente a contaminação ocorre 
através da inalação de propágulo fúngico (pelo ar) 
4) Micoses Oportunistas: contaminação ocorre quando o indivíduo está com imunidade baixa = imunocomprometidos, uso de 
corticoides, imunossupressores, antibioticoterapia e pacientes com doenças crônicas 
 
 
 
 
 
• Existem dois tipos de fungos causadores de micoses superficiais: 
1) DERMATOFITOSES: utilizam a queratina como fonte de sobrevivência 
➔ Tinha do couro cabeludo (Tinea capitis) 
➔ Tinha dos pés (Tinea pedis) 
➔ Tinha das mãos (Tinea manum) 
➔ Tinha inguinal (Tinea cruris) 
➔ Tinha da barba (Tinea barbae) 
➔ Tinha do corpo (Tinea corporis) 
➔ Tinha das unhas (Tinea urguium) 
2) CERATOFITOSES: são causadas por fungos sem atividade queratolítica, que vivem sobre a pele ou ao redor dos pelos e utilizam 
restos epiteliais ou produtos de excreção 
Classificação dos fungos (FILOS) 
Fungos e doenças associadas 
Micoses superficiais 
• Fatores que contribuem para o aparecimento de micoses 
superficiais: 
➔ ENDÓGENOS: diabetes, AIDS imunodeprimido, doenças 
sistêmicas 
➔ EXÓGENOS: umidade, má higiene, distrofias 
• Resposta imune contra fungos: 
➔ INESPECÍFICA: barreira natural (pele), temperatura, 
microbiota, descamação, muco 
➔ ESPECÍFICAS: ativação da resposta imune – linfócitos 
 
Malassezia furfus → Piriríase Versicolor 
• Nome famoso/popular: pano branco 
 
• Colonizam as camadas queratinizadas da pele, dos pelos e 
das unhas. 
 
• As infecções causadas por estes organismos induzem pouca 
ou nenhuma resposta imune do hospedeiro, não são 
destrutivas e em consequência são assintomáticas. 
 
• São, em geral, somente de interesse estético e fáceis de 
diagnosticas e tratar 
 
• É uma infecção fúngica superficial comum que ocorre em 
todo o mundo, principalmente em áreas tropicais → em 
certos ambientes tropicais, ela pode afetar até 60% da 
população 
 
• É causada pela levedura Malasseizia spp e possui atividade 
lipofílica (coloniza áreas seborreicas) e interfere na 
melanogênese (formação da melanina) 
 
• Assintomática, lesões hipo ou hiperpigmentadas (mais 
comum hipopigmentada), com bordas delimitadas 
 
• Colonizam tórax, abdômen, pescoço, face, membros, axila, 
virilhas e coxas 
 
• O diagnóstico baseia-se no aspecto clínico das lesões. 
Também existe a lâmpada de Wood que ajuda na 
identificação da Malassezia fufur 
 
• Diagnóstico laboratorial: visualização direta dos elementos 
fúngicos (hifas curtas e curvas e blastoconídios em cachos) 
no exame microscópico das escamadas epidérmicas em 
KOH a 10% a 20%. Os organismos são usualmente 
numerosos e podem ser visualizados por coloração com HE 
ou PAS. As lesões também fluorescem com uma cor 
amarelada em exposição à lâmpada de Wood 
 
 
 
 
• Tratamento: variável 
➔ uso tópico: hipossulfito de sódio 40% ou derivados 
de imidazólicos = agem impedindo a formação de 
ergosterol 
 
➔ uso oral: cetoconazol, itraconazol, fluconazol = 
repigmentação normal da pele 
 
Hortaea werneckii → Tinea negra 
• O fungo já foi isolado no solo, areia de praia 
 
• Mais prevalente em áreas tropicais 
 
• Assintomática 
 
• Palmas das mãos, nas plantas dos pés e outras partes do 
corpo 
 
• Mancha escura, marrom ou negra de aspecto fuliginoso 
(como se fosse uma foligem) 
 
• Pode-se realizar diagnóstico diferencial com melanoma, 
nevus e fitomelanose 
 
• Diagnóstico: hifa demácea, septada, frequentemente 
ramificada, com artroconídios e células alongadas com 
brotamento, com septos irregularmente distribuídos 
 
 
- é possível visualizar, na Tinea negra, uma mancha escura e 
a lâmina apresenta funfos na camada mais queratinizada da 
pele 
- O melanoma tem as bordas maisaltas e, além disso, na 
lâmina é possível visualizar concentração de melanina em 
regiões específicas (no nevus também tem concentração de 
melanina) 
 
• Tratamento: agentes ceratinolíticos (ácido retinóico, 
tintura de iodo 1 a 2%, soluções de ácido salicílico 2%, 
tiabendazol 10% ou imidazóis tópicos) 
 
 
 
 
 
• As dematomicoses são doenças causadas por quaisquer das várias espécies de fungos filamentosos dos gêneros Trichophyton, 
Microsporum e Epidermophyton 
 
• Esses fungos são conhecidos coletivamente como dermatófitos e possuem habilidade em causar doenças em humanos e/ou animais 
 
• Todos têm em comum a habilidade de invadir a pele, pelos e unhas, apresentando preferências 
 
 
 
 
• Pelo: sem brilho, quebradiço, alopecia (não crescimento/perda de cabelo) 
• Pele: apresenta lesões descamativas, circulares e com bordas eritrematosos (bordas elevadas)– lesões úmidas, esbranquiçadas ou 
avermelhadas 
• Unhas: branco-amarelada, porosas e quebradiças – sem brilho, espessada, endurecida e escuras 
 
Trichophyton rubrum 
 
• Transmissão inter-humana ou por fômites contaminados (pode acometer cabelo, pele e unha) 
• Responsável por quase todos os tipos de infecções dermatofíticas humanas (facilidade em evadir as defesas inatas do hospedeiro) 
• Diagnóstico: escamadas de unha levadas a microscopia 
óptica → hifas septadas, hialinas, microconídeos delicados, 
regulares e piriformes, macroconídeos (quando presentes) 
como clavas alongadas e com 2 a 9 septações 
 
➔ Cresce em colônia algodonosa, branca, filamentosa, com 
centro amarelo claro 
 
➔ Apresenta um macroconídio (figura do meio, se 
apresenta como uma clava alongada com 7 septações) 
 
Trichophyton verrucosum 
 
• Características: é causadora da tricofitose bovina (parasita de bovinos) → homem pode adquirir ao entrar em contato 
com bovinos que tem esse fungo 
 
• Lesões inflamatórias que afetam: couro cabeludo, pele, barba e bigode → áreas de alopecia, lesões descamativas e 
lesões secas 
 
• Quando se faz uma raspagem e coloca para crescimento, ocorre o crescimento de um fungo filamentoso, 
com aspecto de coloração superficial acinzentada e fundo alaranjado 
 
• Diagnóstico: a partir de escamadas de pele e cabelo → faz microscopia óptica → o fungo se apresenta 
filamentoso, septado, hialino, com escasso número de microconídeos (estão em baixo número, dá para ver mais 
as hifas, entretanto, quando há microconídeos, eles são piriformes ou ovoides) e os 
macroconídeos são ainda mais raros. É comum a presença de clamidósporos, que são 
hifas com vesículas terminais 
 
• É muito típico da espécie a presença de clamidioconidia ou “cadeias de pérolas” 
 
 
 
Micoses Cutâneas: Dermatomicoses 
Microsporum gypseum 
 
• Fungos geofílicos: isolado normalmente em solo podendo provocar doença no homem e no animal 
• Se diferem do M. canis por apresentarem parede mais fina (tanto externa 
quanto a dos septos, bem como uma extremidade menos pontiaguda) 
• Produz poucos esporos 
• Lesões clínicas: geralmente encontrada em partes descobertas do corpo 
(Ex: couro cabeludo) → lesão úmida (principal característica) 
• Diagnóstico: escamas de pele e cabelo → microscopia óptica = fungo 
filamentoso, dermatófito, numeroso macroconídeos simétricos, de paredes 
finas e rugosas, com até 6 células (5 septações), a extremidade proximal é truncada 
(afilada) e a distal arredondada 
 
➔ Na lâmina dá para ver na macroscopia um fungo com aspecto de pó, branco na 
periferia e acinzentado no centro. O fundo tem cor um pouco diferente 
➔ Na microscopia dá para ver hifas com macro e microconídeos, sendo que o 
macroconídeo é um pouco ovalado, com a parede mais fina e um pouco mais rugosa e 
com até 6 células, ou seja, 5 septações. 
 
Microsporum canis 
 
• É um desmatófito zoofílico transmitido ao homem por diversos animais 
domésticos, tendo em nosso meio como principal reservatório os felinos jovens 
• Clinicamente é 
responsável por 
lesões do couro 
cabeludo 
• Diagnóstico: 
escamas de pele e 
cabelo → MO → 
macroconídios fusiformes, de paredes grossas e com numerosas 
septações, que variam de 5 a 7, entretanto em algumas ocasiões 
podem ser observadas até 15 septações. Raros micronídeos 
 
 
 
 
M. gypseum X M. canis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epidermophyton floccosum 
 
• Dermatófito antropofílico, responsável por Tinea da região inguinal, da pele, do 
pé e raramente onicomicoses 
 
• Não afeta o couro cabeludo 
 
• Na macroscopia parece 
uma verruga, pois as 
bordas são mais 
levantadas 
 
• Diagnóstico: escamas de pele → MO: presença de numerosos 
macroconídeos de parede fina e lisa, com 2 a 5 septos e agrupados em 
cachos. Os agrupamentos crescem diretamente das hifas, não há 
produção de microconídeos 
 
 
 
Candida albicans 
 
• É uma levedura que se multiplica assexuadamente por germinação 
• Faz parte da microbiota humana normal – oral, vaginal e TGI, 
podendo, no entanto, desencadear doenças em indivíduos normais e 
pacientes imunocomprometidos 
• A micose causada por esta levedura é denominada candidíase e 
vários fatores podem provocar o surgimento desta doença, como: 
antibióticos, gravidez, diabetes, infecções, deficiência imunológica e 
medicamentos como anticoncepcionais e corticóides 
• Tratamento: corrigir os fatores predisponentes antes do uso do antifúngico. Compostos de iodo, nistatina, derivados azólicos 
➔ No corpo humano ela é encontrada na forma de levedura 
 
 
 
• Certos fungos são introduzidos de maneira traumática da pele e têm 
tendência a envolver as camadas mais profundas da derme, tecido 
subcutâneo e osso 
 
• Apresentam lesões na superfície da pele e raramente se disseminam para 
órgãos distantes 
 
• Em geral, o curso clínico é crônico (refratárias à maioria da terapia 
antifúngicas → o ideal seria fazer combinações de antifúngicos para 
tratamento dessas lesões) 
 
• As principais infecções fúngicas subcutâneas incluem: esporotricose 
linfocutânea, cromoblastomicose (micetoma eumicótico, zigomicose subcutânea e feo-hifomicose subcutânea) 
 
• Os agentes causais das micoses subcutâneas são geralmente considerados com potencial patogênico baixo e são comumente isolados 
do solo, de madeira ou de vegetação em decomposição 
 
• A exposição é geralmente ocupacional ou relacionada a passatempos (jardinagem, trabalho com madeira, agricultores) 
 
• Os pacientes infectados geralmente não têm deficiência imune de base 
 
 
Micoses Subcutâneas 
Sporothrix schenkii 
 
• Fungo dimórfico, localizado no solo e na vegetação em decomposição (pode 
ter duas formas, mas no organismo humano fica na forma leveduriforme) 
 
• A infecção é crônica e caracterizada por lesões nodulares e ulcerativas 
que se desenvolvem ao longo dos linfáticos que drenam o sítio primário da 
inoculação → esse fungo tem tropismo pelos nódulos linfáticos, então esse 
fungo vai caminhando para a direção dos nódulos linfáticos, produzindo as 
ulcerações nesse trajeto 
 
• A doença em humanos começa com um nódulo (pode ulcerar) no local onde a pele 
foi aberta 
 
• Apresenta tropismo pelos nódulos linfáticos 
 
• O diagnóstico é feito através da biópsia da ferida, citologia ou cultura de fungo 
 
• Na cultura dá para ver as hifas septadas, com microconídeos na forma de 
margarida → diagnóstico laboratorial a 25°C 
 
• Na biópsia se manifesta na forma leveduriforme (essa levedura é pleomórfica, ou seja, apresenta várias formas)→ 37°C, por isso é 
levedura 
 
• Tratamento: uso oral de iodeto de potássio em dose crescente, iodeto de sódio i. v., anfotericina B, itraconazol e cetoconazol 
 
Cromoblastomicose → Fonsecae pedrosoi 
 
• É um dos agentes causadores de cromomicose 
 
• Causa infecção crônica, granulomatosa, caracterizada por lesões nodulares, verrucosas, 
papilomatosas, por vezes ulceradas, localizadas preferencialmente nos membros inferiores• A principal via de contágio se faz através de solução de continuidade produzida na pele por fragmentos de vegetais ou madeira 
contaminados → infecção por trauma em locais de vegetação 
 
• Hifas septadas hialinas que posteriormente tornam-se esverdeadas e numerosos conidióforos 
 
Cromoblastomicose → Feo-hifomicose 
 
• Exophiala/ Alternaria / Cladosporium / Phialophora (vários gêneros fúngicos que 
causam a doença) 
 
• Fungos oportunistas (associação com imunocomprometimento para casos mais 
graves da doença → lesões graves devem ser analisadas...), zona rural, patógeno de 
humanos e animais 
 
• Implantação traumática e infecção sistêmica 
 
• Lesão cística, assintomática e encapsulada 
 
 
 
 
 
Micoses Profundas ou sistêmicas 
• Paracoccidioidomicose (Paracoccidioides brasiliensis) 
 
• Criptococose (cryptococcus neoformans)* 
• Histoplasmose (Histoplasma capsulatum) 
 
• Coccidioidomicose (Coccidioides immitis) 
 
 
1) Coleta: deve ser feita no local onde estão tendo as manifestações clínicas. 
- EX.: se a micose está na unha, tem que levantar essa unha com um separador e 
fazer a raspagem do leito mais interno da unha (essa raspagem não pode acometer 
o tecido epitelial adjacente, nem causar sangramento, pois isso atrapalha a 
visualização no exame direto e também atrapalha a cultura 
- EX.: se for no cabelo, deve-se cortar a região que tem a lesão ou alopecia e levar 
esse cabelo para o laboratório, onde esse cabelo será colocado num meio de cultura 
artificial para que ocorra o crescimento do fungo → também existem pessoas que 
coletam com a fita adesiva, pois é possível coletar um pouco das escamas da lesão 
 
2) Exame microscópico direto → colocar na lâmina e visualizar direto ou fazer a 
cultura e visualizar 
 
 
 
Exame microscópico direto 
 
 
• Solução de KOH promove uma clarificação das escamas de pele e da queratina, 
facilitando a visualização das estruturas fúngicas 
• Imunofluorescência → muito usada em micoses sistêmicas, não é muito utilizada em 
micoses cutânea e subcutânea 
• A tinta nanquim é muito usada nesse fungo porque a parede celular dele impede a 
penetração da tinta, então em volta fica mais escuro 
 
 
 
Cultura e identificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Identificação dos fungos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico Laboratorial 
Análise microscópica + macroscópica = 
Identificação do tipo de fungo

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