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BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed FUNÇÕES A forma de obtenção de carboidratos é a partir da dieta. ESTRUTURA: Hidroxílas (OH), Aldeídos (aldose) e cetonas (cetose) ✓ Formas mais simples de carboidratos (MONOSSACARÍDEOS) : não hidrolisáveis. ✓ Formam a base da maioria dos carboidratos • MONOSSACARÍDEO: tem função em sua forma mais simples. EX: Glicose, Frutose • OLIGOSSACARÍDEOS : quando há a união de 2 a 20 monômeros • 2 monoss = DISSACARÍDEO • POLISSACARÍDEOS: mais de 20 monômeros Principal: GLICOSE • Podem ser armazenados em estruturas mais complexas: RESERVA ENERGÉTICA Animais e vegetais são parecidas. ANIMAIS: Estocada no fígado e músculos na forma de GLICOGÊNIO. • Reserva de glicose – vários monossacarídeos de glicose. • Extremamente ramificada, para aumentar a quantidade de glicose estocada em menor espaço. • Fonte de energia nos animais VEGETAIS: Estocada na forma de AMIDO OLIGOSSACARÍDEOS BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed CELULOSE : Principal carboidrato de função estrutural, mais abundante. Forma fibras de celulose que darão estrutura a parede vegetal. • São resíduos de glicose que são adicionados uns aos outros, formando um polímero de glicose. • São agrupadas na forma β – Animais não conseguem metabolizar a conformação β (não tem a celulase para quebrar) QUITINA: ✓ EXOESQUELETO DE ARTRÓPODES (Crustáceos, insetos) • Formados de resíduo do monossacarídeo N-acetilglicosamina. • Polímeros bastante resistentes. PEPTÍDEOGLICANO: ✓ PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS • Diminui a permeabilidade da célula bacteriana (Associação do N- acetilglicosamina + N- acetilmurâmico) • Permite a sobrevivência em ambientes aquosos ▪ ARTICULAÇÕES (Condroitina) , CORPO VÍTREO, MEMBRANA BASAL DA PELE (Ácido Hialurônico) • PROTEÍNAS + LIPÍDEOS • Reconhecimento celular • Interação na célula matriz • Defesa • Hormônios CARBONO ANOMÉRICO (C1) – TEM 4 LIGANTES DIFERENTES *quiral* (promove a ligação com outro monossacarídeo - ligando seu OH com o H do OH deste) e liberando H2O (HIDRÓLISE) ▪ Após a ligação glicosídica, o carbono que realizou a ligação não tem mais a capacidade de reagir (EXTREMIDADE NÃO REDUTORA) e o outro Carbono Anomérico pode se ligar à outro MONOSSACARÍDEO, sendo, portanto, a extremidade livre (EXTREMIDADE REDUTORA) Carbono quiral mais distante do aldeído* Carbono ANOMÉRICO REDUTOR BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed A sacarose é o único carboidrato dissacarídeo NÃO REDUTOR, pois a ligação glicosídica ocorre entre os 2 carbonos anoméricos. Carbono anomérico ou carbono 1 precisa ter 4 ligantes diferentes, com um deles sendo o OH (sozinho) A ramificação ocorre entre um carbono anomérico (c1) e o carbono 6 do outro mono, iniciando uma nova cadeia linear pelo carbono anomérico deste. BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed ✓ Classificação mais simples dos carboidratos • GLICÍDEOS - CARBOIDRATOS: MONOSSACARARÍDEOS (Glicose, frutose, galactose) • Não são hidrolisáveis, não quebram com a adição de água. • Cn(H2O)n • 2 MONOSSACARÍDEOS = Liberação de 2 moléculas de água – LIGAÇÃO GLICOSÍDICA • Glicose: C6H12O6 = C6(H2O)6 • SACAROSE C12(H2O)11 ✓ FUNÇÃO MISTA: POLIÁLCOOL – Aldeído OU Cetona 3 CARBONOS: TRIOSE 5 CARBONOS: PENTOSE 6 CARBONOS: HEXOSES ✓ ENANTIÔMEROS (Isômeros espaciais) Não se sobrepõe (espelhados) L- Glicose (luz desviada para esquerda) D- Glicose (luz desviada para direita) ✓ FORMAÇÃO DE CARBONO ANOMÉRICO: 1. Cadeia linear passa a ser fechada = União do carbono funcional com a última hidroxila (OH) 2. CONDENSAÇÃO= UNIÃO ALDEÍDO OU CETONA + COMPOSTOS QUE POSSUEM ALCOOL NA SUA COMPOSIÇÃO. 3. Essa união para Aldeído + álcool = HEMIACETAL 4. Cetona + Alcool = HEMICETAL 5. Para Cetona + Alcool = HEMICETAL 6. Formação do CARBONO ANOMÉRICO (Grande poder redutor) BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed ✓ União dos monossacarídeos (de 2 a 20 mono) PRINCIPAIS DISSACARÍDEOS: • Sacarose (glicose + frutose): extraída da cana-de-açúcar; • Lactose (glicose + galactose): presente no leite; • Maltose (glicose + glicose): encontrada na cevada. CONDENSAÇÃO= união de um hemicetal + álcool = liberação de água – LIGAÇÃO GLICOSÍDICA O contrário da condensação = HIDRÓLISE (ADIÇÃO DE ÁGUA + AÇÃO ENZIMÁTICA Ex: PROMOVE A QUEBRA DA MALTOSE EM 2 GLICOSES) ✓ MALTOSE: DISSACARÍDIO = GLICOSE + GLICOSE EXTREMIDADE REDUTORA E NÃO REDUTORA • Extremidade com Carbono Anomérico livre tem capacidade de se ligar a outros álcoois = REDUTORA EXCEÇÃO : Sacarose • Extremidade com Carbono Anomérico livre sem capacidade de fazer outra ligação com outro álcool = NÃO REDUTORA ✓ LACTOSE = DISSACARÍDEO: GLICOSE + GALACTOSE • Conformação α: lig. Glicosídica linear • Conformação β: lig. Glicosídica como uma torção Ligação é quebrada pela enzima lactase, que pega uma molécula de H2O e quebra a ligação, liberando GLICOSE e GALACTOSE. Quem tem intolerância à lactose tem baixa quantidade da enzima, impedindo a quebra da ligação glicosídica. Lactose fica no trato intestinal e bactérias vão fermentá-la e liberar gases (ocorrendo os sintomas) Hidrólise H2O BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed ✓ SACAROSE= GLICOSE + FRUTOSE (EXCEÇÃO) • Ligação glicosídica entre um carbono anomérico da Glicose e carbono anomérico da Frutose. • NÃO REDUTOR – Não tem extremidade de carbono anomérico livre – seu carbono livre não tem OH solto. • Essa característica permite que ela seja armazenada nas plantas (utilizada como fonte energética) , pois confere a diminuição de reações químicas. • Açúcar que consumimos. TRÍSSACARÍDEOS RAFINOSE • Galactose + Glicose + Frutose • Feijão, repolho, brócolis ERLOSE • 2 Glicose + frutose • Mel AMIDO ✓ Oligossacarídeos estão presentes no trato gastrointestinal, por meio da digestão do AMIDO • Molécula cheia de glicose = polímero de glicose, vai sofrendo processo de digestão, liberando pequenos carboidratos a partir da amilase salivar. • Esses pequenos carboidratos podem ser oligossacarídeos, que vão sendo digeridos até formar dissacarídeos e depois monossacarídeos. A maioria dos oligossacarídeos são ligados à outros compostos O – ligados N- ligados BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed ✓ União de vários monossacarídeos (ACIMA DE 20 MONOS) • Insolúveis em água (importante para as funções estrut. e de armazenamento. • Função estrutural e armazenamento Glicogênio e Amido possuem milhares de monossacarídeos. HOMOPOLISSACARÍDEOS • Mesmo tipo • Armazenamento energético e formação estrutural HETEROPOLISSACARÍDEOS • Diferentes tipos • Cartilagens e tendões UNIÃO DE MONOSSACARÍDEOS = Ligação glicosídica • É possível devido a formação do carbono anomérico (interação do aldeído ou cetona com um álcool da própria molécula. – Forma o HEMIACETAL pode se ligar à outra molécula que tenha o grupamento OH -outro monossacarídeo. (formando o ACETAL) • Se for cetona = HEMICETAL, formando CETAL. • As cadeias precisam ser ramificadas para que armazene maisglicose e tenha mais fácil acesso. • Ramificação pela extremidade redutora de um novo monossacarídeo com o carbono 6 de outro mono. Adicionando uma nova cadeia linear. O objetivo é deixar mais de uma glicose (extremidade redutora- carbono anomérico) nas extremidades. Pois, na linear, existe apenas AMIDO • Polissacarídeo de reserva energética dos vegetais. • Amilose: cadeias longas, não ramificadas de glicose • Alfa (1-4) • Amilopectina: altamente ramificada • Alfa ( 1-6) BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed GLICOGÊNIO • Reserva energética dos animais. • Absorção de glicose pela dieta • Estocadas em grânulos de glicogênio no fígado e músculos • Extremamente ramificado, cadeias lineares e ramificadas. CELULOSE • Mais abundante da face da Terra • Presente na parede celular dos vegetais. • Dando sustentação • São vários monômeros de glicose • Formados a partir de ligações beta (1-4) – são lineares, porém ligações cruzadas. (portanto, beta (1-4). • Nosso organismo não tem enzimas que quebrem beta (1-4), por isso não consegue hidrolisar essas ligações. QUITINA • Polissacarídeo • Responsável pela carapaça, exoesqueleto de artrópodes, crustáceos. • Extremamente resistente • N- Acetil- D-Glucosamina (Acetil + glicose + Amina) PEPTÍDEOGLICANOS • Glicanos associados a peptídeos. • Presente na parede bacteriana • União de 2 monômeros específicos: N-acetilglucosamina (GlcNAc) + Ácido N-acetilmurâmico (MurNAc) se unem por ligações glicosídicas. • Essa capa de carboidratos (união dos 2 monômeros) interagem com peptídeos presentes na parede bacteriana = PONTE DE PENTAGLICINA: capa impermeável, impedindo a entrada de água na bactéria. Viáveis no meio aquoso, impede a lise da bactéria. • Alguns antibióticos possuem mecanismo de ação que quebra essa capa protetora, permite a entrada de água e ocorre a lise bacteriana. • Também enzimas como a Lisosima (presente nas secreções lacrimais) possuem esse mecanismo, portanto são protetoras antibacterianas. Grânulos de glicogênio BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed GLICOSAMINOGLICANAS – Ácido Hialurônico ✓ São heteropolissacarídeos de cadeias longas e não ramificadas, geralmente compostos por uma unidade de dissacarídeo que se repete (açúcar ácido - açúcar aminado)n. O açúcar ácido possui natureza fortemente negativa. ✓ As unidades dissacarídicas repetidas são formadas por uma hexosamina (açúcar de seis carbonos com grupo amina, como a N- acetilglicosamina) ligada a um monossacarídeo não nitrogenado (em geral um ácido glucurônico). ✓ Devido às cargas negativas, as cadeias se repelem e são cercadas por uma camada de água. Quando colocadas juntas, "escorregam" umas sobre as outras, isso produz a consistência "escorregadia" das secreções das mucosas e do fluido sinovial. Quando uma solução de GAGs é comprimida, a água é "espremida", e os GAGs são forçados a ocupar um volume menor. Quando a compressão é suspensa, os GAGs voltam ao seu volume original hidratado. ✓ Ácido hialurônico - lubrificante de articulações. • Formação de articulações (cartilagens, tendões), promovendo estabilidade • A rigidez, elasticidade é aumentada quando interagem com as CONDROITINAS (Sulfato de Condroitina (-O3SO)) • Proteção contra choques mecânicos – pele e corpo vítreo. Carboidratos ligados covalentemente a proteínas ou lipídeos. PROTEOGLICANOS • Moléculas de glicosaminoglicano ligadas COVALENTEMENTE a uma proteína central – geralmente uma transmembrana • Essa proteína serve de alicerce para a ligação de carboidratos. Essa ligação das proteínas com carboidratos se dão por lig. Covalente, permite a característica de interação com outras moléculas responsáveis pela adesão de uma célula e outra. (CADEIAS GRANDES) • Proteoglicanos se ligam na proteína Hialurônica https://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono https://pt.wikipedia.org/wiki/Amina BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed GLICOSAMINOGLICANOS X PROTEOGLICANOS Glicosaminoglicanos são polimeros lineares longos, não flexíveis e com cadeias não ramificadas, e têm como base unidades dissacarídicas repetida. Já os Proteoglicanos são associações entre esses glicosaminoglicanos (unidades dissacarídicas repetidas) com proteínas por ligações covalentes. GLICOPROTEÍNAS • Moléculas de carboidratos ligados a uma proteína. “A maioria das proteínas de membrana da superfície celular, que funcionam como receptores para hormônios ou participam de outros processos importantes associados à membrana, como as interações célula-célula, são glicoproteínas.” – Bioquímica Médica ✓ Quantidades altamente variáveis de carboidratos: lgG contém menos de 4% de sua massa como carboidrato, enquanto a glicoproteína gástrica humana (mucina) têm mais de 80% de carboidrato. • Receptores para FSH, LH, Hormônios tireoidianos e imunoglobulinas (anticorpos). O-LIGADOS: Pelo oxigênio N-LIGADOS: Pelo Nitrogênio (amina) GLICOPROTEÍNAS X PROTEOGLICANOS GLICOPROTEÍNAS: Cadeia oligossacarídica relativamente pequena,sem unidades dissacarídicas repetidas, são muitas vezes ramificadas e podem ou não ter carga negativa. PROTEOGLICANOS: Cadeias longas ramificadas com unidades dissacarídicas repetidas (glicoaminoglicanos) . GLICOLIPÍDEOS • Açúcar ligado a lipídeos • Localizados na parte externa da membrana • Reconhecimento celular Ex: Lipopolissacarídeo bacteriano (LPS) • Está na membrana externa das bactérias. Os macrófagos possuem receptores que conseguem identificar e fagocitar as bactérias. BCM I – Medicina UNINOVE @natynamed
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