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AO JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAMILIA DA COMARCA DE PORTO VELHO-RO Moema, brasileira, solteira, desempregada, portadora do documento de identidade RG nº: xxxx.xxx, e inscrita no CPF sob nº: xxx.xxx.xx-xx, residente e domiciliado em Porto Velho, no estado de Rondônia, vem, por meio de seu procurador, procuração anexa, à presença do respeitável Juízo, com fulcro na lei n. 11.804 de 2008, propor a presente: AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS em face de, Tomás, brasileiro, solteiro, empresário, portador do documento de identidade RG nº: xxxx.xxx , e inscrito no CPF sob nº: xxx.xxx.xx.-xx, residente e domiciliado no estado do Rio de Janeiro, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos. I - DA NARRATIVA FÁTICA O Réu é um próspero empresário que visitava a região Norte quinzenalmente para tratar de negócios, especialmente a partir de outubro de 2017, quando herdou a empresa de seu pai, ficando responsável pelos contatos da mesma nos Estados de RO e AM. Nessas visitas conheceu a Autora e passaram a namorar. A Requerente passou a frequentar todos os lugares com Réu, que sempre a apresentou como sua namorada. Contudo, em janeiro de 2021, Moema descobriu-se grávida de Tomás. Este, ao receber a notícia, se recusou a reconhecer o filho, dizendo que o relacionamento estava acabado, que não queria ser pai naquele momento, razão pela qual não reconheceria a paternidade da criança e tampouco iria contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistência da criança, que deveria ser criada pela autora sozinha. A Autora ficou desesperada com a reação o Réu, pois quando da descoberta da gravidez estava desempregada (ainda continua) e sem condições de custear seu plano de saúde e todas as despesas da gestação que, conforme atestado por seu médico, era de risco. Como sua condição financeira também não permitia custear as despesas necessárias para a sobrevivência da futura criança, a autora necessita da ajuda financeira do Demandado para suprir as suas necessidades gravídicas. O Demandado, por outro lado, possui plena suficiência econômica para tal, vivendo com boa condição financeira. A Autora possui farto acervo probatório, como fotografias, declarações de amigos e alguns documentos que são suficientes para demonstrar a paternidade do Réu, conforme juntados aos autos. É de imperiosa justiça a obtenção dos valores que permita cobrir despesas hospitalares, médicas e todas outras decorrentes do período de gravidez. Dessa forma, não restando outra escolha, intenta a presente ação de alimentos gravídicos para ver suas necessidades e a de seu filho atendidas. II - DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA II.I DA CONCESSÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA É garantida àqueles que não tiverem condições de arcar custas a concessão do benefício da gratuidade, conforme inteligência do art. 1º, § 2º da lei n. 5.478/1968 c/c caput do art. 98 do Código de Processo Civil (CPC). Pois bem, a Autora é pessoa hipossuficiente, não possuindo condições econômicas para arcar com as despesas do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e da criança que hora gera. Assim, diante da condição da Autora, requer a concessão do benefício da gratuidade de Justiça. II.II DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA NO MÉRITO Os alimentos gravídicos compreendem ''os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive os referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes'' (art. 2º, da lei n.11.804/2008). Com documentos probatórios juntado aos autos, fica evidente os indícios da paternidade e, portanto, o dever de prestar os alimentos. Reitera-se que o pedido se funda no direito à vida do feto, sendo imprescindível a concessão dos alimentos para um bom período de gestação, certo que a Autora não possui condições de arcar sozinha com os custos dada sua situação econômica. Chama-se atenção ao fato de que, mesmo após o nascimento, os alimentos deverão continuar a serem prestados, sendo convertidos em pensão alimentícia em favor do menor. Nesse sentido, o art. 6º caput e parágrafo único, da lei n. 11.804/2009 irá instituir que Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. Parágrafo único. Após o nascimento com vida, os alimentos gravídicos ficam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. Devendo o procedimento ser regulado pela referida lei e, subsidiariamente, pelo CPC, conforme estabelece seu art. 11º (lei n. 11.804/2009). Ficando comprovado os indícios de paternidade, a necessidade da Autora dos alimentos para sua boa gestação e a possibilidade econômica do Requerido, requer a concessão imediata dos referidos alimentos. III - DA FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS A prestação de alimentos em nosso ordenamento jurídico é revestida de proteção especial, dada sua importância para a sobrevivência de quem o pede. Por ser uma necessidade atual, a fim de suprir com a falta de forma imediata, é imprescindível a fixação de alimentos provisórios no valor de R$ 24.408,00 (Vinte e quatro mil, quatrocentos e oito reais), ou no importe que o Juízo achar justo e pertinente, sempre observando o binômio necessidade x possibilidade. IV- DOS PEDIDOS Diante todo o exposto, requer a parte autora: a) a citação do réu para, querendo, responder à ação sob pena de incidir os efeitos da revelia; b) a produção de provas por todos os meios em direito admitido, mormente prova documental; c) intimação do Ministério Público para acompanhamento do feito; d) a concessão do benefício da Gratuidade de Justiça. e) antecipação de tutela com a observância do binômio: necessidade da requerente e possibilidade do requerido; f) no mérito, a fixação de alimentos gravídicos com a procedência do pedido formulado pela autora; g) a conversão dos alimentos gravídicos em pensão alimentícia para o menor após o seu nascimento; h) a condenação do réu em custas e honorários advocatícios; Valor da causa: R$ 24.408,00 (Vinte e quatro mil, quatrocentos e oito reais), correspondente a doze vezes o valor a pensão pleiteada. (Apenas para efeitos de alçada). Nestes termos, pede deferimento. Local, data. ADVOGADO OAB
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