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Prévia do material em texto

Anamnese e Diagnóstico 
em Estética
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Avaliação e Diagnóstico Corporal II
• Introdução;
• Hipotonia;
• Hipotonia Muscular;
• Cicatrizes;
• Estrias;
• Edemas;
• Bioimpedância.
• O objetivo desta unidade é sabermos identifi car e avaliar as alterações de fl acidez, 
cicatrizes e também estrias. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Avaliação e Diagnóstico Corporal II
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II
Introdução
Em nossas cabines, recebemos diferentes tipos de clientes, cada um com uma quei-
xa diferenciada e, obviamente, nós, como profissionais, devemos saber avaliar cada 
tipo de alteração estética, com isso, nesta unidade vamos aprender a reconhecer e 
diagnosticar a flacidez muscular, tissular, cicatrizes, estrias e edemas. 
Vamos iniciar falando da flacidez.
Hipotonia
A hipotonia – mais conhecida como flacidez - é uma alteração estética que incomoda 
muito as pessoas. O profissional de estética começa o tratamento, mas em muitas 
vezes não têm o resultado esperado, isso porque não soube direcionar o tratamento 
corretamente e porque existe dois tipos distintos de flacidez. Às vezes, está tratando 
todas da mesma forma. 
Vamos conhecer a hipotonia tissular e a hipotonia muscular.
Hipotonia Tissular
A flacidez tissular é quando o tônus da nossa pele é diminuído e com isso ocorre 
uma diminuição da elasticidade, normalmente uma pele flácida é mais opaca e desidra-
tada. O sedentarismo, obesidade, emagrecimento acentuado, idade e a pós-gestação 
são fatores de predisposição para a flacidez de pele. 
Figura 1 - Flacidez de Pele
Fonte: iStock/Getty Images
8
9
A flacidez de pele pode ser avaliada através da inspeção e teste de elasticidade. 
• Inspeção: você deverá observar a cor da pele, a quantidade de pregas, o 
quanto o tecido está estirado.
Teste de Elasticidade
Esse teste é importante para avaliarmos o quanto a elasticidade da pele está pre-
judicada, veja como deve ser feita! 
O cliente, sempre, deverá estar posicionado em pé, o profissional, com as suas 
mãos deve fazer uma tração (como se fosse uma pinça) em todas as regiões que de-
seja avaliar a flacidez de pele, em seguida, segure a pele por alguns segundos, solte-a 
e observe quanto tempo depois ela demora para voltar ao estado normal. 
Figura 2 - Teste de elasticidade em mão 
Fonte: iStock/Getty Images
Após verificar o tempo na qual a pele do seu cliente demorou para voltar ao nor-
mal, analise a tabela: 
Tabela 1 – Grau de Elasticidade
Tempo Grau de elasticidade
Retorno imediato Elasticidade está totalmente normalizada. 
Até 1 segundo Está com perde leve de elasticidade. 
Até 2 segundos A pele está com perda moderada de elasticidade.
3 segundos ou mais Isso já indica que a pele está com perda grave de elasticidade. 
9
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II
Figura 3 – Pele Envelhecida
Fonte: iStock/Getty Images
De acordo com Guirro e Guirro (2010), a flacidez tissular pode ser diferenciada 
de acordo com algumas características.
Tabela 2 – Fases da Flacidez 
Fase elástica: Nesta fase a pele pode até sofrer alguma tensão, porém, quando cessa a tensão, a pele volta ao normal. 
Fase de flutuação: Depois de algum tipo de agressão, a pele não consegue voltar ao normal. 
Fase plástica:
Além da pele não voltar ao normal, ela apresenta queda (ptose), pois quase sempre já 
foi esticada ao limite, causando danos permanentes.
Ex.: abdome pós-gestação. 
Ponto de ruptura: 
Isso ocorre quando a pele sofreu um estiramento exagerado e não consegue voltar ao 
normal depois.
Ex.: Pele após perda de peso excesso em decorrência de cirurgia bariátrica. 
Hipotonia Muscular 
Para Pereira (2013), a flacidez muscular é contínua e progressiva em decorrência 
do aumento da gordura localizada e também da decorrente perda de massa muscular. 
A flacidez é observada quando não há contornos muito bem definidos da musculatura 
e também quando se mantém da mesma forma quando contraída ou relaxada.
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Figura 4 – Flacidez muscular 
Fonte: iStock/Getty Images
Importante!
Que em nosso corpo aproximadamente 40% de todo sua massa são formados por mús-
culos? Alguns deles acabam se dividindo para se unir a ossos diferentes. 
Você Sabia?
Maneiras de avaliar a flacidez muscular: 
• Inspeção: com o cliente em pé, busque identificar se há vincos, frouxidão e 
até dobras.
• Palpação: com suas mãos, avalie todo o tecido do seu cliente, observando a 
mobilidade e o tônus muscular. 
Depois da inspeção e palpação, vamos para os testes.
Teste do Abdome 
Neste teste, você poderá diferenciar se a alteração estética do seu cliente é adi-
posidade ou flacidez (que muitas vezes nos confunde).
Seu cliente estará de pé com os braços abertos, você estará sentando na lateral 
dele e lhe pedirá para que contraia o abdome e que o mantenha contraído sem o 
auxílio de nenhuma outra parte do corpo.
11
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II
Figura 5 – Teste do abdome
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Verificar o resultado:
1. Será flacidez muscular se: a protuberância do abdome inferior e superior 
desaparecerem.
Figura 6 – Resultado do Teste do Abdome
Fonte: BORGES, 2016
2. Será adiposidade se: mesmo após as contrações, ainda demonstra a saliên-
cia no abdome (em alguns casos podemos ter adiposidade + flacidez).
Figura 7 – Resultado teste abdome 
Fonte: BORGES, 2016
12
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Teste do Quadril 
No teste do quadril, também podemos diferenciar a flacidez da adiposidade. 
Você estará sentando e seu cliente irá se posicionar em pé, à sua frente, será 
solicitado que ele contraia os glúteos e que deve segurá-los por alguns segundos.
Figura 8 – Teste do quadril
Fonte: BORGES, 2016
Verificar os resultados:
1. Se a saliência do quadril desaparecer durante a contração, é sinal de flaci-
dez muscular; 
2. Se a saliência do quadril continuar da mesma forma, é adiposidade e não flacidez. 
Figura 9 – Resultado teste do quadril 
Fonte: BORGES, 2016
É importante saber identificar a fase da flacidez e se o que seu cliente (e você) 
quer é possível tratar. 
13
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II
Identificar qual é o tipo de flacidez que seu cliente possui faz toda a diferença na 
conduta a ser tomada durante o tratamento estético, avalie corretamente! 
Cicatrizes 
Cicatrizes são alterações estéticas que causam grande desconforto. Na estética 
ainda é bem tímido os tratamentos direcionados para elas, porém, em uma ava-
liação, é muito importante saber identificá-las, principalmente se você pensa em 
trabalhar em pós-operatório e com queimados. 
Figura 10 – Cicatriz
Fonte: iStock/Getty Images
A cicatriz é um processo dinâmico de reparação tecidual em que ocorre a reepi-
telização da epiderme e a substituição da derme por nova matriz celular, mas alguns 
fatores podem atrapalhar este processo e ocasionar alterações específicas. 
As cicatrizes podem ser classificadas em:
• Atróficas: são deprimidas, lisas, abaixo do nível da pele.
Figura 11 – Cicatrizes atróficas 
Fonte: iStock/Getty Images
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• Hipertróficas: são lesões fibróticas, podem ter pelos, com saliência (mas 
não ultrapassam a borda da cicatriz).
Figura 12 – Cicatriz hipertrófi ca 
Fonte: iStock/Getty Images
• Queloidianas: são lesões hipercrômicas, duras, com superfície bem saliente 
que ultrapassam a borda normal da cicatriz.
Figura 13 – Quelóide 
Fonte: iStock/Getty Images
Para avaliarmos as cicatrizes, podemos utilizar o paquímetro para se identificar 
os tamanhos das lesões tanto em comprimento e de largura.
O Dr. Fernando Vidigal, além da classificação já abordada, diferenciou um pou-
co mais as cicatrizes de acordo com os seguintes critérios:
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II
1. Cicatriz Normal: aquelas que não tem retração ou hipertrofia e com menos 
de 2 mm de largura;
2. Cicatriz Alargada: quando tem 2mm ou mais. Podem ser subdivididas em:
• Pequenas:de 2 a 3 mm de largura;
• Média: de 3 mm a 5 mm;
• Grande: quando maior que 5 mm.
3. Cicatriz Escavada (Atrófica): situada abaixo do nível da pele, podemos me-
dir sua largura afastando as bordas, fazendo ela se tornar plana. 
4. Cicatriz Hipertrófica: na avaliação, a que na palpação apresente consistên-
cia endurecida e mais elevada do que o nível da pele, podendo ser:
• Pequena: até 3 mm; 
• Média: de 3 mm a 5 mm;
• Grande: maiores que 5 mm. 
Estrias 
As estrias são rupturas das fibras elásticas da pele. 
Como avaliar as estrias:
• Inspeção: primeiro verificamos as alterações estéticas das cicatrizes quanto 
ao tamanho, cor e se há hipotonia junto.
Na avaliação da cor, você deverá observar:
Se são rubras (recentes): estão na fase inicial, ainda em processo inflamatório 
com passagem de sangue. 
Figura 14 – Cicatriz rubra 
Fonte: iStock/Getty Images
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Se são roxas (intermediarias): nesta fase elas já estão diminuindo o aporte san-
guíneo local, por isso apresentam esta cor. 
Se são nacaradas ou brancas (tardias): nesta fase não há aporte sanguíneo local 
e já houve reparação de fibras elásticas.
Figura 15 – Cicatriz nacarada
Fonte: iStock/Getty Images
Identifi car a coloração correta na hora da avaliação é importante, pois as condutas para os 
tratamentos serão diferenciadas para cada tipo de estrias. Ex
pl
or
• Palpação: nas estrias temos que avaliar tocando muito bem a pele do seu 
cliente, neste momento vamos avaliar a espessura, nivelamento e tamanho.
Quanto ao nivelamento, precisamos avaliar se são:
• Hipertróficas: acima do nível da pele;
• Normotróficas: estão ao nível da pele;
• Atróficas: estão abaixo do nível da pele.
Figura 16 – Cicatriz Hipertrófi ca Figura 17 – Cicatriz Normotrófi ca Figura 18 – Cicatriz Atrófi ca
Fonte: iStock/Getty Images
Para isso, vamos utilizar o paquímetro. Assim como nas cicatrizes, você poderá 
medir a largura e comprimento das estrias, faça a fotodocumentação e depois com-
pare com o início e final do tratamento (se for o caso). 
17
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II
Edemas
Os edemas são alterações que ocorrem em nosso sistema linfático, onde haverá o 
acúmulo de líquido, podendo atingir o corpo inteiro (generalizada) ou membros espe-
cíficos (localizada); normalmente as áreas que são mais atingidas pelos edemas são:
• Pés;
• Pernas;
• Tornozelos;
• Braços;
• Mãos.
Figura 19 – Pé com edema
Fonte: iStock/Getty Images
As principais causas de predisposição para o edema são: ficar muito tempo sentada ou em 
pé, uso de medicamentos, tensão pré-menstrual, gravidez, falta de atividade física, tomar 
pouco líquido, cirurgias recentes e distúrbios circulatórios. 
Ex
pl
or
Para avaliarmos o edema, podemos utilizar de diferentes recursos. É após a inspe-
ção inicial que se observa quais são as áreas mais acometidas pelo edema, você deverá 
realizar a palpação e neste momento poderá fazê-la de duas maneiras distintas:
I. Teste de cacifo;
II. Teste de digitopressão.
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Teste de Cacifo
Neste teste é possível avaliar se há presença de edema ou não, onde fazemos 
uma compressão manual na pele. 
Etapas:
I. Com o seu polegar, faça uma pressão na região com edema, segure alguns 
segundos e retire;
II. Observe se após retirar o dedo da pele ela continua com a depressão, se sim, 
é porque há um quadro importante de edema.
Figura 19 – Teste de Cacifo
Fonte: Coelho, 2004
• Normalizada: sem deformação visível; 
• Leve: depressão leve, visível ao pressionar a pele;
• Profundo: há depressão aparente na pele que demora de 5 a 30 segundos 
para retornar ao normal;
• Extremo: a depressão se torna quase 2 vezes maior e demora muito para a 
pele voltar ao normal. 
Teste de Digitopressão 
Neste teste você também poderá avaliar se há presença de edema. Com o seu 
polegar, pressione a área que possivelmente tenha edema e segure de 3 a 5 segun-
dos, após retire sua mão e observe a coloração.
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II
Resultado: Se a pele na região que foi pressionada ficar mais clara e demorar 
mais que 3 segundos para voltar à sua normalidade, é porque há edema. 
Figura 21 – Teste de digitopressão
Fonte: iStock/Getty Images
Importante!
Normalmente, somente com o teste de digitopressão conseguimos avaliar a maioria dos 
casos de edemas; já com o teste de cacifo, é possível analisar casos mais graves de edema. 
Importante!
Bioimpedância 
É importante lembrar que a bioimpedância também é um recurso eficaz na avalia-
ção do edema, isso porque ela consegue mensurar a quantidade de gordura, musculo 
e água do nosso corpo.
Relembre aqui como funciona a bioimpedância. Disponível em: https://youtu.be/lM8gFNrIpGI
Ex
pl
or
Já que estamos falando de edemas, que tal você reconhecer algumas alterações 
vasculares que são importantes identificarmos em nossas avaliações.
As alterações circulatórias podem ocorrer por genética, alterações hormonais, 
pós-lesão, gestação etc. que levam a uma mudança no fluxo sanguíneo, podendo 
alterar também o tamanho do calibre dos capilares e vasos. Identificar estas alte-
rações vasculares é muito importante, pois elas podem ser indicações para trata-
mentos estéticos, mas também podem ser contraindicações relativas e também 
absolutas para outros procedimentos. 
20
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Vejamos quais são as principais alterações que você pode encontrar:
• Telangiectasias: são microvasos muito fininhos, que podem surgir na região 
da face ou em parte do corpo, principalmente em membros inferiores. 
Figura 22
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 23 – Teste de digitopressão
Fonte: iStock/Getty Images
• Varizes: causadas por má circulação, são veias dilatadas visíveis na pele, atinge 
em sua maioria mulheres e idosos; o diagnóstico deve ser realizado por um ci-
rurgião vascular, porém, é necessário que saibamos identificá-las para evitarmos 
realizar procedimentos que não são indicados para clientes que têm varizes, como 
por exemplo: utilizar cosméticos vasodilatadores. 
Figura 24 – Varizes
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II
Figura 25 – Distúrbio circulatório
Fonte: iStock/Getty Images
Todas as alterações estéticas (e também fisiológicas) vistas no decorrer desta 
unidade e das demais devem ser identificadas e muito bem avaliadas pelo profis-
sional de estética. Tudo o que abordamos interfere no direcionamento e resultados 
dos seus procedimentos, por isso, reitero para que se dedique no momento da 
avaliação, identificando todas as alterações encontradas, verificando as indicações 
e contraindicações para pensar em qual será a conduta correta a ser tomada, pois 
cada cliente é único, logo, cada cliente deverá ter seu tratamento diferente do ou-
tro. Seja um profissional qualificado e se destaque em meio dos outros!
22
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Avaliação e Diagnóstico Facial 
• Introdução;
• Como Avaliar o Envelhecimento;
• Avaliação nas Discromias.
• Avaliar rugas e linhas de expressão;
• Como avaliar as alterações de discromias;
• Como avaliar as alterações causadas pela acne.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Avaliação e Diagnóstico Facial
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial 
Introdução
Depois de identificar o biótipo e o fototipo do seu cliente, e hora de ir para o 
próximo passo. 
Nesta Unidade, vamos aprender como avaliar as disfunções estéticas faciais, como 
acne e discromias e vamos iniciar falando das rugas e das linhas de expressão.
O envelhecimento cutâneo é um conjunto de modificações que fazem parte da 
redução progressiva da competência da pele exercer sua função.
A seguir, você conseguirá observar as funções da pele que acabam sendo preju-
dicadas com o passar do tempo: reparo do DNA, resposta imunológica, proteção 
mecânica, produção sebácea, produção de suor, cicatrização, termorregulação, 
substituição celular e função barreira.
O envelhecimento da pele ocorre de suas formas distintas:intrínseco e extrínseco.
Intrínseco
Considerado o envelhecimento verdadeiro, são as alterações inevitáveis, espera-
das e progressivas, que fazem parte do dano acumulativo das biomoléculas.
Fisicamente, podemos identificar o envelhecimento intrínseco da seguinte forma:
• Diminuição da espessura da pele; 
• Perda do volume dérmico; 
• Perda capilar.
O envelhecimento intrínseco inicia-se a partir dos 20 anos em ambos os sexos, porém, nas 
mulheres ele acaba se acentuando com a entrada da menopausa. Ex
pl
or
Extrínseco
Conhecido, também, como fotoenvelhecimento, ocorre em qualquer fototipo e 
surge em decorrência do efeito acumulativo dos danos causados pelos raios sola-
res. Atinge mais áreas de face, pescoço e extremidades – justamente, por serem 
mais expostas ao Sol – esse tipo de envelhecimento pode ser somado aos fatores 
internos, também. 
Como eu sei identificar uma pele com características do fotoenvelhecimento?
Além de sardas e hipomelanose solar, elas apresentam:
8
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Figura 1
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Figura 2
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Para saber avaliar corretamente as alterações causadas pelo envelhecimento, seja 
ele intrínseco ou extrínseco, é necessário que você conheça algumas alterações:
• Linhas de expressão: são visíveis somente quando há alguma movimentação 
facial, como falar ou fazer alguma expressão facial; 
• Elastose: é a degeneração do tecido elástico, ou seja, é o enrugamento da face 
que, normalmente, já apresenta aspereza e está seca; é associada à flacidez;
• Ptose: é a queda da musculatura e da pele facial e, por consequência disso, as 
pálpebras – tanto superiores quanto inferiores, apresentam queda;
• Rugas: as rugas podem ser superficiais ou profundas e, de acordo com Guirro 
(2003), podem ser classificadas em:
9
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial 
Dinâmicas
• Aparecem por meio de expressões faciais e contrações musculares
Estáticas
• São visíveis mesmo sem a movimentação da face
Gravitacionais
• São encontradas em decorrência da �acidez de músculo e pele
Figura 3
Como Avaliar o Envelhecimento 
Para conseguirmos realizar um bom tratamento de revitalização facial (não é 
indicado utilizar o termo rejuvenescimento), é necessário que nossa avaliação seja 
completa e correta; por isso, é necessário que utilizemos os métodos avaliativos 
descritos a seguir.
Classificação por Lapiere e Pierard
Gr
au
 I
Gr
au
 II
Gr
au
 II
IRugas de
expressão; não
há alterações
�siologicas de
derme e
epiderme; são
visíveis de acordo
com a contração
muscular.
Rugas �nas;
com pequenas
alterações de
epidereme e
derme; a pele �ca
com ondulações
Rugas, pregas
e dobras
gravitacionais
com alterações
signi�cativas em
decorrência da
�acidez de pele
e músculo
Figura 4
Escala de Glogau
Esta classificação foi desenvolvida pelo Dr. Richard Glogau e possibilita avaliar o 
fotoenvelhecimento, pois conseguimos identificar se as características da pele estão 
compatíveis com idade; podendo identificar, assim, se há envelhecimento precoce 
e, também, fazer o tratamento e a indicação correta de cosméticos homecare.
10
11
Tipo I - Discreta (20 a 30 anos)
• Rugas mínimas
• Sem alteração de pigmentação 
• Sem ceratoses 
Tipo II - Moderado (30 a 40 anos)
• Aparência de cansada 
• Ceratoses palpáveis 
• Rugas �nas e dinâmicas 
• Apresenta pouca hipercromia
Tipo III - Avançada (40 a 60 anos)
Tipo VI - Grave (a partir dos 60 anos)
• Rugas estáticas em toda face 
• Ptose e �acidez aparente
• Mudança no tonalização da pele
 amarelo-acinzentada
• Hipercromias muito aparentes 
• Ceratoses visiveis 
• Rugas estáticas
Figura 5
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Ao avaliar seu cliente, observe todas essas características; caso ele apresente al-
terações de pele que não condizem com a idade que tem, é porque provavelmente 
haja um quadro de envelhecimento precoce. 
Teste de Tsuji 
Nesse teste, você deverá identificar onde estão as rugas e, com os dedos identi-
ficador e polegar, fazer uma tração da área.
11
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial 
A partir desse momento, você poderá verificar duas possibilidades:
• Se após a tração a ruga desaparecer, é porque ela é superficial;
• Se mesmo após a tração a ruga continuar aparente, é porque ela é profunda.
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
Teste de Elasticidade 
Nesse teste, você deverá pinçar a pele com os dedos polegar e indicador. Após 
o pinçamento, segure a pele por 10 segundos e depois solte. Depois dessa ação, 
observe quanto tempo a pele leva para voltar ao normal:
• Até 1 segundo: sem flacidez ou flacidez leve; 
• 2 segundos: flacidez moderada; 
• 3 segundos: flacidez intensa; 
• 4 segundos ou mais: flacidez grave. 
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
12
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Na hora de avaliar as linhas de expressões e as rugas, você deve usar o paquímetro 
para fazer a fotodocumentação; com isso, você poderá medir o tamanho inicial das 
rugas e, posteriormente, fazer um comparativo.
Avaliação nas Discromias 
Agora, vamos falar das alterações de cor na pele.
De maneira geral, as manchas, sejam elas mais claras, sejam escuras, causam 
grande desconforto a qualquer indivíduo; por isso, devemos saber avaliar correta-
mente, para tratarmos de forma certa.
Importante!
Existem diferentes tipos de manchas de pele e para cada uma delas o tratamento indi-
cado deve ser diferenciado? 
Pois é, o ativo, tempo de duração e aplicação podem ser diferenciados, e isso vai depen-
der do tipo de discromias que seu cliente tem. 
Você Sabia?
Vamos conhecer previamente as principais discromias, que podem ser acrômi-
cas, hipocrômias ou hipercrômicas.
Hipocromias 
Conhecidas também como hipomelanoses, essas manchas são reconhecidas 
por apresentar coloração mais clara do que o tom de pele natural do indivíduo.
Isso pode ocorrer em decorrência da ausência de melanócitos e da diminuição 
da produção de melanina.
São elas:
• Pitiríase vesicolor;
• Pitiríase alba;
• Leucodermia solar;
• Hipomelanose pós-inflamatória;
• Hipomelanose por noxas.
Figura 6 – Exemplo de hipomelanose
Fonte: iStock/Getty Images
13
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial 
Hipercromias 
São as hiperpigmentações ou hipomelanoses, que são ocasionadas pela produ-
ção exagerada de melanina, conferindo à pele coloração mais escura que o normal.
Essas manchas podem apresentar formatos e tamanhos distintos e são encon-
tradas em diferentes locais da face:
• Melanose solar; 
• Melasma;
• Fitofotomelanose.
A seguir, veja algumas imagens das hipercromias mais comuns de se encontrar: 
Figura 7 – Efélides
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 8 – Lentigo
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 9 – Hipercromia pós-inflamatória
Fonte: iStock/Getty Images
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Acromias
As acromias são visíveis quando não há coloração, pela ausência total de melanina. 
Essas manchas podem ser encontradas de forma localizadas e pontuais, mas, 
também, podem ser apresentar de maneira generalizada.
Albinismo Vitiligo
Figura 10
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Importante!
Nos procedimentos estéticos, conseguimos direcionar tratamentos efi cazes apenas para 
as hipercromias, pois ainda é possível clarear as áreas que estão mais pigmentadas; já as 
hipocromias e as acromias são, em sua maioria, de causas fi siológicas. 
Assim, o tratamento deve partir da indicação do Dermatologista.
Trocando ideias...
Quais Instrumentos Usar para Avaliar as Discromias? 
Podemos usar o paquímetro, a lupa, o dermatoscópio e, também, a lâmpada 
de wood. 
Por que é tão importante saber avaliar os tipos de manchas?
• Porque precisamos saber qual é o fator desencadeante;
• Porque precisamos saber em qual camada a mancha esta localizada.
Somente com essas informações você poderá iniciar um tratamento correto 
para clareamento de manchas.
Quanto às discromias, antes de finalizarmos, é importante abordar algo bastante 
relevante: muitas pessoas acham que toda mancha é igual – mas já vimos que não, 
e esse tipo de erro não pode sercometido quando a mancha, possivelmente, possa 
ser um caso de câncer de pele. 
15
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial 
O melanoma é muito parecido com uma hipercromia; porém, traz característi-
cas importantes que você deve saber identificar.
Observe a Figura a seguir:
Figura 11
Fonte: iStock/Getty Images
Os itens que você deve levar em consideração na hora de avaliar uma mancha 
que pode ser um câncer são:
• Assimetria: tumores malignos são assimétricos;
• Borda: bordas irregulares demonstram tumores malignos;
• Cor: sempre ficar atento quando, na mesma mancha, aparecerem dois ou 
mais tons;
• Dimensão: analise se a mancha tem mais de 6mm; se sim, provavelmente, é 
maligno; 
• Evolução: peça para o cliente relatar se observou crescimento dessas man-
chas nos últimos tempos; se sim, é necessário ficar atento. 
Essas características são conhecidas como Regra do ABCDE.
Acne
A acne é a disfunção dermatológica que mais recebemos em nossas cabines. Frequen-
temente, atinge os mais jovens; porém, adultos também são contemplados por ela.
O esteticista tem de estar preparado para saber identificar esse tipo de afecção, 
pois precisa reconhecer suas manifestações clínicas.
De acordo com Pereira (2013), a acne é diferenciada em inflamatória e não 
inflamatória, e a avaliação do grau é feita de conforme a evolução e o comprome-
timento da lesão. 
As lesões podem ser:
• Lesões não inflamatórias 
 » Microcomedões;
 » Comedão fechado; 
 » Comedão aberto. 
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial 
Acne Grau II – Pápulo-pustulosa 
Inflamatória, comedões, pápulas, pústulas, lesões de tamanhos e variados; pre-
sença de seborreia. 
Figura 14
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Acne Grau III – Nódulo-cística 
Inflamatória, com presença de comedões, pápulas, pústulas, nódulos e cistos; 
essas lesões se apresentam em tamanhos e intensidades diferentes.
 
Figura 15
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Acne Grau IV – Conglobata
Acne inflamatória, com presença de comedões, pápulas, pústulas, nódulos pu-
rulentos, abscessos, fistulas; todas as lesões de tamanhos variados, mais frequente 
em homens; pode ocasionar lesões queloidianas. 
Acne Grau V – Fulminans, disponível em: https://goo.gl/ujb8Qz
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Acne Grau V – Fulminans
Tipo de acne muito rara, grave, que reúne todas as lesões de Acne Grau IV e, ain-
da, há aumento de leucócitos, causa febre, necrose e hemorragia de algumas lesões.
Acne Grau V – Fulminans, disponível em: https://goo.gl/icvymJ e https://goo.gl/MA6rLY
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• Lesões inflamatórias 
 » Pápulas; 
 » Pústulas; 
 » Nódulos. 
Comedão PústulasPápulasComedão
Figura 12
Fonte:12 - Adaptado de iStock/Getty Images
Vamos conhecer os tipos de acne que você pode encontrar na pele de seu cliente.
Acne Grau I – Comedogênica 
Não inflamatória; presença de comedões. Os poros são fechados e a aparência 
é de pequenos pontinhos. 
Quando for comedão fechado, a aparência será de pontinhos brancos (como na 
primeira Figura); se for o comedão aberto, os pontinhos serão pretos. 
Figura 13
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Na avaliação da acne, você vai usar a lupa, a luz de Wood, o dermatoscópio, e 
o paquímetro.
Todos esses recursos irão facilitar a avaliação dessas lesões.
Importante!
O esteticista consegue tratar com procedimentos estéticos as Acnes Grau I e I. A partir 
do Grau III, é sempre importante que seu cliente faça acompanhamento médico, de ma-
neira simultânea. 
Importante!
A avaliação estética, antes dos procedimentos faciais, é muito importante, pois 
é ela que vai direcionar qualquer procedimento que se pretenda realizar.
Veja na Tabela a seguir os objetivos do tratamento, de acordo com os resultados 
encontrados na pós-avaliação. 
Tabela 1
Quadros de acne
Remover as células mortas 
Controlar a oleosidade
Diminuir o processo inflamatório 
Controlar a proliferação de bactérias 
Pele envelhecida
Promover a hidratação
Melhorar a nutrição cutânea 
Estimular as células novas
Melhorar a hipotonia tissular 
Repor o manto hidrolipídico
Discromias de pele Promover a eudermia da pele em relação à pigmentação cutânea - O que vai variar é o produto que deve ser escolhido (Ph, concentração, peso molecular etc.). 
Fonte: elaborada pela autora.
De acordo com tudo o que estudamos ao longo deste capítulo, fica evidente o 
quanto é importante realizar a avaliação prévia antes de qualquer procedimento; 
somente assim você garantirá resultados satisfatórios ao seu cliente; mesmo que 
seja “apenas” uma hidratação, todo cuidado deve ser tomado. 
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial 
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Como avaliar a pele? Faça o teste da elastina com Dr. Maurizio Pupo - Conheça Sustent C de ADA TINA
Dicas do Dr. Maurício Pupo sobre a elasticidade da pele
https://youtu.be/ffyTOMYD7zg
Manchas na pele (Melasma) - Diva da Estética
Aprenda um pouquinho mais sobre o Melasma, a hipercromia que acomete muitas pessoas.
https://youtu.be/Tup5VReMlOU
 Leitura
Mapeamento Facial, o que a acne está querendo te falar
Reportagem que fala sobre o mapa da acne. Você conseguirá observar que uma simples 
acne pode revelar mais coisas do que você pode imaginar.
https://goo.gl/w7tHji
Como identificar e tratar cada grau da sua acne: entenda tim-tim por tim-tim
Matéria que fala como identificar os graus de acne e as possíveis indicações de tratamentos.
https://goo.gl/bBMzY2
Câncer da pele
Artigo da Sociedade brasileira de Dermatologia.
https://goo.gl/Msq4EZ
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Material Teórico
Avaliação e Diagnóstico Corporal I
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
• Introdução.
• Adiposidade.
• Hidrolipodistrofia Ginoide.
• Fazer com que o aluno consiga avaliar as alterações de adiposidades, de edemas e 
também de HLDG (Hidrolipodistrofi a Ginoide).
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Avaliação e Diagnóstico Corporal I
UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I
Introdução
Nesta unidade, você aprenderá a identificar e a avaliar as adiposidades e a HLDG.
Essas alterações são recordes de reclamação de nossos clientes. Com isso, é ne-
cessário que você saiba avaliá-las da maneira correta, pois, somente dessa forma, 
seu tratamento terá direcionamento correto. 
Muitos profissionais esteticistas já se frustraram – e ainda mais a seus clientes 
– por não conseguir alcançar resultado satisfatório; porém, muitas vezes isso acon-
tece justamente por estar tratando a “causa” errada. 
Quer exemplos?
Já vi profissionais tratando HLDG com modeladoras, equipamentos eletroterá-
picos e vários recursos diferenciados; porém, o foco, no caso do cliente, deveria ser 
tratar o edema; obviamente, não se obteve o resultado final esperado. 
A avaliação não pode ser um momento qualquer; valorize-o; faça todos os ques-
tionamentos necessários e também responda a tudo sobre o que seu cliente tem de 
dúvidas nesse momento. 
Já pensou se seu cliente não for corretamente orientado e logo depois da sessão 
para gordura localizada ele sai para comer um pastel? 
Não vai dar certo, não é? 
Mas você pode falar: Ah! Isso todo mundo sabe que não pode! 
Mas conosco, que somos profissionais, esse tipo de comportamento não pode 
existir; por mais que alguma orientação seja óbvia, oriente sempre seu cliente. 
Vamos começar?
Adiposidade 
A adiposidade é o acúmulo de gordura, caracterizado pelo acúmulo do tecido 
adiposo; popularmente é conhecida como gordura localizada.
Normalmente, a adiposidade é desencadeada por:
• Má alimentação; 
• Sedentarismo; 
• Disfunções hormonais; 
• Alteração postural; 
• Uso de medicamentos; 
• Tendências genéticas. 
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As regiões que mais tem tendência a acumu-
lar gordura localizada são:
• Glúteos.
• Coxas; 
• Abdome;
• Braços; 
• Quadris.
Tipos de adiposidade: 
• Compacta; 
• Flácida.
Adiposidade Compacta
Esse tipo se apresenta mais resistente; é regulare uniforme, acomete pessoas 
mais jovens e até mesmo pessoas que praticam atividade física.
Figura 2
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 1
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I
Adiposidade Flácida 
Esse tipo de adiposidade está presente, normalmente, em indivíduos sedentá-
rios, obesos, em fase de emagrecimento e também após gestação. 
Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images
Nesse tipo de adiposidade, você consegue observar uma grande quantidade não 
só de gordura, mas também flacidez acentuada. 
Além dos tipos de adiposidades apresentados, podemos fazer outro tipo de clas-
sificação da adiposidade.
Observe a seguir:
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Figura 4
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images.
1. Gordura por excessos: Esse tipo de gordura é identificado quando há 
ingestão de alimentos em excesso;
2. Gordura por ansiedade: O excesso de adiposidade na região da cintura 
pode estar associado ao stress, à ansiedade;
3. Adiposidade nos quadris: Nesse tipo de adiposidade, as causas mais 
comuns são a ingestão de glúten; mas também pode estar associada ao 
desequilíbrio hormonal;
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4. Desequilíbrio metabólico: Nesse caso, a gordura é acumulada na região ab-
dominal, o que pode ser perigoso, pois pode levar a complicações de saúde. 
5. Alterações circulatórias: Podem ser genéticas, e estão associadas à má 
circulação sanguínea e também linfática. Obesos e gestantes são comu-
mente acometidos;
6. Sedentarismo: Adiposidade acarretada por falta de atividade física, oca-
sionando acúmulo no abdome e nos fl ancos. 
Depois de identificarmos os tipos de adiposidade, é necessário seguir para o 
próximo passo: precisamos saber como mensurar a gordura localizada. 
Podemos fazer isso por meio da(s):
• Perimetria;
• Dobras cutâneas. 
Perimetria
A perimetria é usada quando queremos determinar as medidas de circunferência 
do nosso corpo. Para realizar essa, usamos a fita métrica, que é de fácil utilização, 
prática e de valor bem acessível para ser adquirida. 
Antes de começar a medir seu cliente, é necessário que você adote medidas 
importantes, como demarcar corretamente o ponto anatômico, sempre anotar os 
valores encontrados, utilizar os mesmos instrumentos, no mesmo período do dia e 
de preferência com o mesmo profissional.
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
Evite fazer a perimetria em seu cliente se ele estiver com constipação e período 
menstrual (quando mulher). Isso pode alterar os resultados.
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I
Quais são as áreas em que podemos usar a perimetria?
Podemos medir a circunferência em todos as partes de nosso corpo: braços, 
pernas, abdome, glúteo etc.
De acordo com Guirro e Guirro (2010), recomenda-se que, na hora de tirar as 
medidas de seu(sua) cliente, os seguintes padrões sejam seguidos:
Abdome Superior
de 2,5 a 5 cm
acima do umbigo
Cintura
sob a cicatriz
umbilical
Abdome Inferior
de 2,5 a 5 cm
abaixo do umbigo
Figura 6
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Figura 7
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Figura 8
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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Figura 9
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Os valores mensurados acima são padronizados; porém, em seu Estabelecimen-
to de Estética, você poderá adotar medidas-padrão e todos devem segui-las.
Importante!
Sempre que for realizar alguma perimetria, o cliente deve estar em pé e com os pés 
totalmente apoiados no chão.
Importante!
Dobras Cutâneas 
No tratamento para adiposidade, é importante que saibamos medir as do-
bras cutâneas.
Elas são aferidas em pontos anatômicos, com o adipômetro (que você já conhe-
ce), que pode mensurar o percentual de gordura do corpo; independente do adi-
pômetro que você use, é importante que ele seja manuseado de maneira correta.
Os locais mais comuns no qual medimos as dobras cutâneas são:
• Suprailíaca;
• Subescapular;
• Tricipital;
• Bicipital;
• Abdominal. 
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I
Como se deve realizar as medidas
Para medir as dobras cutâneas, você deve ficar respeitar os seguintes passos:
1. Marcar com um lápis dermatográfico os locais que serão mensurados;
2. Pinçar a prega com seus dedos (aproximadamente 1cm de onde foi mar-
cado) e segurar:
3. Pegar o adipômetro e pinçar na dobra (exatamente onde esta marcado):
4. Fazer a leitura do adipômetro - observe que a haste do compasso esteja 
perpendicular a pele do cliente- anote em sua ficha.
Figura 10 – Pinçamento com dedos
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 11 – Adipômetro
Fonte: iStock/Getty Images
Veja em seu material complementar como calcular corretamente o percentual de gordura corporal.
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Hidrolipodistrofi a Ginoide
A HLDG (Hidrolipodistrofia Ginoide) ou FEG (Fibroedema Giloide) é uma alte-
ração estética que atinge o tecido cutâneo, o subcutâneo e também a parte circula-
tória, e causam, consequentemente, ondulações no relevo cutâneo; para o profis-
sional de estética, é muito importante que se saiba analisar todas as alterações que 
estão envolvidas no quadro de FEG.
Figura 12
Fonte: iStock/Getty Images
Importante!
Fatores como idade, período menstrual, má alimentação, sedentarismo, obesidade, 
medicamentos, fl acidez, edema e o sexo podem ser causas de pré-disposição para o 
aparecimento para FEG.
Trocando ideias...
O FEG pode ser classificado em tipo e ou grau; porém, para que você possa 
reconhecer as diferenças, é importante realizar os testes avaliativos antes.
Vejamos quais são os recursos que nos ajudam a fazer avaliações:
• Inspeção: Na inspeção, é o momento no qual você fará a observação ocular, 
verificando as estruturas, a coloração, as ondulações etc.;
• Palpação: O momento da palpação é aquele em que você, com suas mãos na 
pele na área na qual o cliente apresenta as queixas, irá verificar: 
 » A consistência do tecido (se está flácido ou é compacto);
 » A mobilidade do tecido; 
 » A sensibilidade; 
 » Se há presença de nódulos; 
 » A espessura do tecido. 
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I
• Teste de pressão: Nesse teste, o cliente deverá estar em pé e você, com seus 
dedos, irá fazer uma prega/um pinçamento na área na qual o cliente apresen-
ta reclamação, promovendo uma tração.
Nesse teste, você deverá observar se o cliente relata dor e o quanto o movi-
mento incomoda; se houver o desconforto maior que o normal, é porque há 
presença de FEG no local e sensibilidade que, muitas vezes, pode estar asso-
ciada ao acúmulo de adiposidade e também à alteração circulatória;
Figura 13
Fonte: iStock/Getty Images
• Teste de circulação: Nesse teste, nós iremos observar como está a circulação 
do cliente. Com ele em posição ortostática, você deve comprimir (faça uma 
pressão com seus dedos, mas sem ser em forma de pinça) por 15 segundos; 
depois, levante a mão e observe a coloração da pele; a pele estará mais clara e 
deve demorar até 6 segundos para voltar à coloração normal; caso esse tempo 
seja maior, é porque há comprometimento da circulação.
Figura 14
Fonte: iStock/Getty Images
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• Teste de casca de laranja: O teste de casca de laranja é um dos mais realiza-
dos nas cabines estéticas. Com seu cliente sempre em pé, você poderá realizar 
esse teste de duas maneiras distintas:
1. Com sua mão, faça uma compressão no tecido onde o/a cliente apresenta 
o FEG e observe todas as alterações encontradas.
Figura 15
Fonte: iStock/Getty Images
2. Afaste-se do seu cliente e se posicione atrás dele; observe a região do glú-
teo com ele(a) parado(a); depois, peça que faça uma contração muscular. 
Nesse momento, ele(a) irá comprimir o bumbum e você deverá observar 
todas as alterações visíveis. 
Figura 16
Fonte: iStock/Getty Images
Depois de realizado os testes, podemos prosseguir com a avaliação; mas agora 
temos de classificar o FEG, pois somente dessa forma você conseguira direcionar o 
tratamento correto. Primeiro, vamos falar sobre o grau e depois discutiremos o tipo.
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I
Graus
GrauI – Leve 
Nesse grau de FEG, seu (sua) cliente não apresenta nada, visivelmente; porém, 
ao realizar o teste de casca de laranja, você consegue observar alterações quanto à 
ondulação; normalmente, não há comprometimento circulatório e de sensibilidade.
Figura 17
Fonte: iStock/Getty Images
Grau II – Moderado 
Nesse grau, já se nota alteração no relevo da pele e já é possível verificar ondu-
lações, mesmo sem a compressão do tecido, ficando ainda maiores as alterações 
quando se realiza o teste da casca de laranja.
No grau II, já pode haver comprometimento circulatório e linfático (edemas).
Figura 18
Fonte: iStock/Getty Images
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Grau III – Intenso 
Já com comprometimento maior, nesse grau, observa-se (mesmo sem con-
tração), a presença de grandes nódulos, que são facilmente identificados. Pode 
haver dor e, após o teste de casca de laranja, todas as características observadas 
são aumentadas. 
No grau III, há comprometimento circulatório, presença de telangiectasias e 
microvarizes. 
Figura 19
Fonte: iStock/Getty Images
Grau IV – Grave 
Nesse grau, todo o tecido já está bem comprometido, com muitas ondulações 
(de diferentes tamanhos), com presença de nódulos grandes, fibroses, retração; a 
região fica mais resistentes, endurecida e bem dolorida e há comprometimento 
circulatório importante.
No grau IV, as alterações podem ser observadas até mesmo sob as roupas.
Figura 20
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I
Tipos de FEG
Compacta 
Normalmente, acomete pessoas mais jovens e/ou que praticam atividade físi-
ca; o tecido se apresenta rígido, compacto e as estruturas corporais se mantêm 
as mesmas.
Figura 21
Fonte: iStock/Getty Images
Edematosa 
Observa-se que o cliente apresenta o FEG, principalmente, devido à presença de 
edema acentuado na região que está sendo avaliada.
A pele fica com aspecto “acolchoado”, por ser um tecido que está congestiona-
do; as ondulações ficam mais visíveis e também é o tipo de FEG em que o cliente 
relata mais dor – justamente pelo comprometimento circulatório.
Figura 22
Fonte: iStock/Getty Images
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Flácida 
Por estar associado à flacidez muscular, normalmente, esse tipo de FEG contem-
pla pessoas sedentárias ou acima dos 35 anos, justamente pelo efeito do envelhe-
cimento fisiológico do nosso organismo.
Pessoas que perderam muito peso (especialmente nas que isso ocorreu muito 
rápido) também são propensas a terem esse tipo de FEG.
Figura 23
Fonte: iStock/Getty Images
Para a identificação do FEG flácido é necessário que você faça alguns mo-
vimentos simulando o levantamento da área; se houver melhora, é porque é 
flácido mesmo.
Importante!
Seu(sua) cliente também pode apresentar FEG misto, no qual se reúnem características 
de 2 tipos: podem ser fl ácido e edematoso e também edematoso e compacta; lembran-
do-se também de que seu(sua) cliente pode apresentar diferentes tipos de graus, em 
diferentes regiões do corpo.
Importante!
O importante na avaliação da HLDG é que não podemos garantir 100% de 
melhora no quadro.
Os graus I e II conseguimos tratar com tranquilidade; porém, os graus III e IV 
não são somente alterações estéticas; apresentam alterações fisiológicas, sendo 
necessário um acompanhamento multidisciplinar, além de mudança de hábitos. 
Lembrando-se, ainda, de que, para os diferentes tipos e graus de FEG, você 
irá traçar o tratamento de maneira diferenciada: cada cliente deve ser tratado de 
maneira individualizada. 
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UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Hidrolipodistrofia Ginóide (Fibroedema Gelóide): Os graus da celulite
O fisioteraeuta Rogério explica mais detalhadamente os graus de FEG
https://youtu.be/c7bC2zPqSEM
 Leitura
Sabe a diferença entre índice de massa corporal e índice de adiposidade corporal?
https://goo.gl/CdF6ZL
Você e o Doutor: conheça os riscos da gordura localizada
https://bit.ly/2r8fhD1
Porcentagem de gordura corporal – Como saber e como calcular o ideal?
https://goo.gl/zBrPCZ
Fibro edema gelóide não é uma inflamação
Artigo no qual você consegue identificar quais são os maiores erros que os profissionais 
cometem na hora de classificar a FEG
https://goo.gl/PbE1nH
FEG - Fibro Edema Geloide / Celulite
https://goo.gl/YquUcV
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Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais
• Introdução;
• Alterações Posturais;
• Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais.
• Avaliação dos distúrbios do pelo;
• Identifi car quais são os instrumentos avaliativos utilizados na avaliação corporal, 
bem como seus métodos de utilização; 
• Reconhecer na avaliação estética as alterações posturais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Instrumentos e Métodos 
Avaliativos Corporais
UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais
Introdução
Nesta Unidade, vocês irão reconhecer como avaliar as alterações posturais, al-
gumas alterações do pelo e, também, a identificar os métodos avaliativos que utili-
zamos nos procedimentos corporais. 
Vamos lá?
Hoje, os procedimentos estéticos estão cada vez mais amplos; cuidamos de face, 
do corpo e também do couro cabeludo e da depilação. 
Para qualquer tratamento, é preciso que você saiba identificar corretamente 
alterações. Se houver distúrbios de pelos, o conhecimento pode ajudar você num 
procedimento de depilação, por exemplo. 
De maneira bem rápida, vamos identificar, primeiro, quais são os tipos de pelo:
• Velo: também conhecido como lanugo, é mais curto, fino e sedoso; normal-
mente, encontrado em locais que apresentam pouco pelo, como testa, pálpe-
bras e também em coro de bebes e crianças;
• Terminal: é um pelo mais grosso, com cor e maior.
Vamos saber reconhecer quais são os principais distúrbios de pelo que você deve 
identificar e marcar na ficha de avaliação de seu cliente.
Além de fazer uma inspeção manual, você poderá utilizar recursos como lupa e 
dermatoscópio para ajudar na avaliação.
Veja as principais alterações a seguir:
• Hirsutismo: Acomete mulheres. É caracterizado pelo aumento considerável 
de pelo em locais que são característicos dos homens, mais comum em idade 
fértil ou após a menopausa. 
Importante!
Se na avaliação você identificar que sua cliente apresenta hirsutismo, fique atenta, pois, 
muitas vezes, essa alteração está ligada ao excesso de hormônios masculinos, o que 
pode explicar, também, o aparecimento de acne. 
Importante!
• Hipertricose: Apesar de ser rara, é importante que você conheça. É o excesso 
de pelos, tanto no rosto quanto no corpo. 
• Pitiríase: É uma dermatite mais branda, mas que incomoda bastante qualquer 
pessoa que a tem, pois é muito parecida com caspa; nela, há escamação das 
células mortas e coceira – às vezes, pode até atingir o rosto do cliente.
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• Foliculite: Muito parecida com pequenas espinhas, a foliculite é uma infecção 
do folículo piloso. Pode ser causada por fungos ou bactérias e, na maioria das 
vezes, é superficial, mas, ainda sim, causa coceira e pode doer. 
As áreas mais acometidas por foliculite são: 
 » Coxas;
 » Axila;
 » Rosto;
 » Virilha;
 » Nádegas. 
• Os fatores que normalmente contribuem para o surgimento da foliculite são:
 » Depilação com lâminas;
 » Suor excessivo;
 » Roupas apertadas; 
 » Alteração hormonal;
 » Algum tipo de alteração inflamatória, como acne.
Figura 1 – Hirsutismo
Fonte: iStock/Getty Images Hipertricose
Figura 2 – Hipertricose
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Foliculite, disponível em: https://goo.gl/L3E8t3
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UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais
Alterações Posturais
Antes de reconhecermos os métodos de avaliação corporal, precisamos verificar 
as alterações posturais do seu cliente.
Sabe por quê?
Porque, muitas vezes, nosso cliente pode estar reclamando de uma adiposidade 
na região abdominal, mas, nahora que vai avaliar a postura, observa que está errada 
e o abdome está projetando ainda mais a barriga para frente. Caso você não observe 
isso no início do tratamento, não terá resultados satisfatórios ao final do tratamento. 
O Esteticista não tem por hábito avaliar a postura, mas é importante saber 
identificar algumas alterações principias. Dessa forma, você consegue indicar ou 
encaminhar o cliente para profissionais da área de Fisioterapia, cujos profissionais 
irão realizar os procedimentos adequados.
Simetrófago 
Já ouviu falar do simetrófago? 
É um instrumento que você utiliza para auxiliar na identificação da postura de 
seu cliente, além da inspeção e da palpação. 
Trata-se de um quadro que apresenta linhas verticais e horizontais, no qual é 
possível observar o alinhamento do seu cliente. 
Figura 3
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Após posicionar seu cliente nesse equipamento, você vai conseguir observar 
com mais facilidade os possíveis desvios que ele possa ter. 
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Hoje em dia, existem aplicativos nos quais você pode utilizar para auxiliar na avaliação pos-
tural. Acesse o link a seguir e veja como ele pode auxiliar você: https://goo.gl/gBBX4fEx
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Agora, vamos reconhecer as alterações posturais que podem acometer o seu 
cliente (e até mesmo você). 
Essas alterações são em decorrência de irregularidades nas curvaturas da co-
luna vertebral.
Escoliose 
A escoliose é um desvio lateral da coluna vertebral, demonstrando um desali-
nhamento. Ela pode ser funcional (atinge somente músculos, e não estrutura óssea) 
ou estrutural – já atinge estrutura óssea. 
No início, a escoliose não apresenta dor; porém, se não for tratada, pode causar 
dores musculares e sensação de fadiga nas costas.
Veja na imagem a seguir como a escoliose pode se manifestar:
Figura 4
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Como identificar uma escoliose?
• O corpo normalmente fica mais inclinado de um lado do que do outro;
• A cintura vai parecer desigual;
• Quadris ou ombros estarão assimétricos. 
Hipercifose
É a curvatura exagerada da coluna vertebral torácica, formando uma concavi-
dade aparente, dando a aparência de corcunda. Devido a esse desvio, o indivíduo 
pode, também, ter complicações em braços, ombros, quadris e joelhos.
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UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais
Figura 5
Fonte: iStock/Getty Images
Hiperlordose 
A hiperlordose é um aumento do grau da curvatura cervical e/ou lombar. 
Figura 6
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Como você consegue observar na imagem, a hiperlordose lombar faz com que 
o glúteo fica mais saliente e há, também, limitação da mobilidade da coluna. 
Você viu como a alteração postural pode interferir não só na condição física, 
mas também na aparência. Por isso, é importante que você saiba identificar essas 
alterações.
Assim, você pode ter resultados mais satisfatórios em seu tratamento estético se, 
em conjunto, seu cliente fizer Pilates ou RPG, com Fisioterapeuta. 
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Instrumentos e Métodos 
Avaliativos Corporais
A partir de agora, vamos conhecer tipos de instrumentos e métodos avaliativos 
para as alterações corporais.
Primeiro, vamos saber o que é antropometria.
A antropometria é a utilização de métodos diferentes para obter os dados das 
medidas do seu cliente; utiliza recursos diversos, mas, independente do recurso 
empregado, normalmente, é de fácil execução, baixo custo e confiável. 
Você já imagina quais são os instrumentos que usamos para realizar a antropo-
metria corporal?
Vamos lá a eles!
Os instrumentos que usamos para avaliar as medidas corporais são:
Fita Métrica 
A fita métrica é um recurso muito barato, de fácil manuseio e que todos conhe-
cem. Com ela, podemos fazer a medida de todas os perímetros corporais.
Veja alguns exemplos, nas imagens a seguir: 
Imagem 7
Fonte: Wikimedia Commons
As fitas métricas devem ser flexíveis, devem ter inextensibilidade (que não altera 
sua forma em decorrência da temperatura quente ou fria e não pode deformar) e, 
de preferência, ter medida em centímetros e décimos.
Adipômetro 
O adipômetro, também conhecido como plicômetro, é um equipamento usa-
do para medir a espessura do tecido adiposo e também para mensurar o percentual 
de gordura por meio da dobras cutâneas; sua função é medir essas dobras.
Existem diferentes tipos de adipômetros: o clínico e o científico; ambos podem 
ser digitais ou analógicos. 
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UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais
O clínico é bastante usual; porém, não apresenta resultados totalmente seguros; 
já o científico apresenta um resultado mais preciso. 
Figura 8 – Adipômetro Analógicos
Fonte: iStock/Getty Images
Figura 9 – Adipômetro Digital
Fonte: iStock/Getty Images
Realizar a mensuração das dobras cutâneas é muito importante; porém, é ne-
cessário você utilize esse equipamento de forma correta; de nada adiantaria ter um 
adipômetro científico e não saber manuseá-lo.
Importante!
Ao utilizar um adipômetro clínico ou científico, é muito importante que ele esteja devi-
damente calibrado. 
Importante!
Balança
A balança também é um instrumento que usamos nas avaliações estéticas e, mes-
mo que não trabalhemos exatamente com parâmetros de peso em nossos tratamen-
tos estéticos, a balança é um recurso que usamos não só para saber o peso inicial e 
final de nosso cliente, mas, também, para completar outros métodos avaliativos. 
A balança que podemos utilizar pode ser a mais simples, mas também as cha-
madas de bioimpedância.
Figura 10
Fonte: iStock/Getty Images
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Bioimpedância 
A balança de bioimpedância é um recurso que usamos para realizar um teste que 
leva o mesmo nome. É um método que avalia a composição corporal, mensurando 
a quantidade de água, de músculo e de gordura no corpo. 
Mas como uma balança pode obter esses parâmetros? 
Ela funciona passando uma leve corrente elétrica pelo corpo do cliente. Como 
todos nós sabemos, a água é uma excelente condutora e, em decorrência da im-
pedância do corpo humano, há uma interferência no fluxo dos íons da corrente 
elétrica; com isso, conseguimos observar, por meio da velocidade da passagem da 
corrente elétrica pelo corpo, se ele está hidratado ou não, e também verificar a 
quantidade de músculos e de gordura, lembrando-se de que em tecidos hidratados 
a corrente passa com facilidade, mas nas áreas com osso e gordura, a corrente terá 
mais dificuldade para passar. 
Algumas balanças mais completas também indicam o IMC, taxa metabólica ba-
sal, percentual de massa óssea e idade metabólica, para que essas informações 
sejam precisas, antes, você deve inserir na balança os seguintes dados do cliente: 
idade, sexo e altura. 
Figura 11
Fonte: iStock/Getty Images
Não é utilizado só na Estética; esse exame é utilizado amplamente em Acade-
mias e também em Clínicas de Nutrição. 
Para ter resultados mais satisfatórios, é importante orientar o cliente da se-
guinte forma:
• Não passar cremes em mãos e nos pés;
• Não beber quantidade muito grande de água antes do exame;
• Não tomar bebida alcoólica 24 antes; 
15
UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais
• Evitar bebidas como café e chá horas antes de realizar o exame;
• Até 6 horas antes, não realizar atividade física;
• Usar roupas leves. 
Após o exame de bioimpedância, é necessário saber ler os resultados; ela apre-
sentará resultados e você deverá saber o que fazer com eles. 
Resultado da Hidratação
Um valor esperado para a quantidade de água no corpo de um indivíduo é 45% 
a 60% em mulheres e 50 a 65% em homens. 
Observando esse resultado, saberemos se nosso cliente está hidratado ou não, e 
isso é muito importante num tratamento de drenagem linfática e para atuação dos 
ativos na pele; aproveite e já indique a ingestão de água para seu cliente. 
Gordura visceral
É a quantidade de gordura que seu cliente apresenta na região abdominal, que 
pode desencadear doenças como diabetes, pressão alta, colesterol etc. 
Os valores esperados são de 1 a 12; acima de 13até 59 já é um número pre-
ocupante. 
Massa muscular
O resultado de massa muscular indica em peso ou porcentagem a quantidade de 
massa magra; quanto maior for a quantidade de músculo, mais calorias seu cliente 
gasta por dia.
Taxa de metabolismo basal
O metabolismo basal é uma taxa que se refere à quantidade mínima de calorias 
que o corpo do seu cliente precisa para se manter diariamente. Chega-se a esse 
resultado por meio do cálculo de idade X altura X atividade física X sexo.
Calcule sua taxa de metabolismo basal, no link a seguir: https://goo.gl/PHfsbD
Ex
pl
or
No Mercado, você encontra diferentes tipos de balança que fazem a bioimpe-
dância; pesquise e veja qual cumpre as necessidades básicas que você espera. Ape-
sar de custar mais do que as balanças convencionais, com ela, você terá resultados 
diferentes, que podem ajudar muito no tratamento de seu cliente. 
IMC – Índice de Massa Corpórea 
IMC é o índice utilizado para identificar a relação de peso e altura. Com ele, é 
possível observar se o seu cliente está com o peso ideal, abaixo do peso ou acima 
do peso considerado saudável. 
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17
É calculado da seguinte forma: o peso do seu cliente divido pela altura ao quadrado.
Veja o esquema do cálculo a seguir:
Peso
Altura x Altura
Exemplo 
Cliente: 1,65 de altura / 78kg
78 78
= 28,67
1,65 x 1,65 2,72
Agora que já sabemos como calcular o IMC, precisamos saber o que fazemos 
com esse resultado.
Veja na Tabela a seguir os parâmetros que você vai utilizar para saber o resultado 
do IMC.
Figura 12
Fonte: iStock/Getty Images
Após obter os resultados e visualizar no Gráfico, você deve irá fazer a compara-
ção com os seguintes resultados:
Tabela 1
IMC
Resultado Peso
Menor que 18,5 Abaixo do peso
Entre 18,5 - 24,9 Normal
Entre 25 - 29,9 Sobrepeso
Entre 30 - 34,9 Obeso
Acima de 35 Obesidade extrema
Fonte: elaborado pela própria autora
A partir dessa Tabela, você poderá saber como está o índice de Massa Corpórea 
de seu cliente. 
Caso usássemos o mesmo exemplo apresentado acima, da cliente Juliana, no 
qual IMC resultou 28,67, chegaríamos à conclusão de que ela estaria apresen-
tando sobrepeso. 
17
UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais
Nesta Unidade, você estudou como conseguir analisar, numa avaliação estética, 
disfunções do pelo e alterações posturais, além de também reconhecer alguns ins-
trumentos de avaliação corporal, como fita métrica, adipômetro e balança.
Você viu, ainda, como funciona a bioimpedância e como se realiza o cálculo de 
IMC, por meio do qual se obtém o índice de Massa Corpórea.
Por meio dessas ações, sua avaliação estética corporal ficará ainda mais comple-
ta e garantirá informações que levarão a resultados mais eficazes. 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Avaliação Antropométrica #6 - Avaliação Postural por Simetrografia
No vídeo a seguir, você pode observar como é uma avaliação realizada com a ajuda de 
um simetrófago.
https://youtu.be/S7h5M4077Vw
Bioimpedância pela Balança - Academia Atlhetica
No vídeo, você poderá verificar como é realizada na prática a utilização da balança de 
bioimpedância.
https://youtu.be/TFgkJkn-yng
COMO CALCULAR SEU IMC (índice de massa corporal) - Dr Lucas Fustinoni - Médico - CRMPR 30155
No vídeo disponível no link a seguir, o Dr. Lucas fala um pouco mais sobre o IMC.
https://youtu.be/Rc9Ftm2j2t0
 Leitura
Alterações repentinas nos pelos podem indicar problema hormonal
Reportagem do programa Bem-estar, que fala sobre as alterações do pelo e os cuidados 
necessários na hora de avaliar e fazer os procedimentos estéticos relacionados a ele. 
Leia e fique por dentro dessas informações.
https://goo.gl/2rZ3E
Índice de Massa Corporal e Circunferência Abdominal: Associação com Fatores de Risco Cardiovascular
Neste artigo de estudo científico, você irá veririfcar qual é a associação da medida da 
circuferência abdominal com o risco de doenças cardiovasculares. 
https://goo.gl/8FUSRG
19
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Pele e Instrumentos Avaliativos da Face
• Introdução;
• Biotipo Cutâneo;
• Estado Cutâneo;
• A Pele de Acordo com a Idade;
• Instrumentos Avaliativos da Face.
• Fazer com que o aluno conheça a estrutura da pele e seus anexos, bem como seja 
preparado para avaliar seus tipos e fototipos;
• Tornar o aluno apto a identifi car os instrumentos avaliativos para a face. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Pele e Instrumentos Avaliativos da Face
UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face
Introdução
A avaliação da pele serve, de maneira geral, para que o profissional consiga 
identificar as características de cada pele e oriente de maneira correta, quanto aos 
tratamentos e cuidados diários. Para fazer uma avaliação correta, primeiro vamos 
revisar de maneira breve as características fisiológicas da pele. 
A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano e representa 15% do peso 
corporal. Toda sua estrutura é bem complexa, com muitas camadas e células, tem 
espessura de aproximadamente 5mm na maior parte de sua extensão, mas em 
regiões mais finas, como pálpebras, ela chega a ter 0,5mm. A pele precisa estar 
saudável para exercer suas funções, mesmo porque ela tem um contato direto com 
o meio externo.
Alguns autores apresentam a pele em 3 camadas, porém, artigos mais recentes 
relatam que a pele tem apenas 2 camadas, a epiderme e derme; e a hipoderme faz 
parte do tecido subcutâneo. 
Veja a estrutura da pele e suas camadas:
As Camadas da Pele
Epiderme
Derme
Tecido Subcutâneo
Figura 1
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Antes de aprendermos diferenciar cada tipo de pele, é importante que você 
conheça a pele um pouquinho mais a fundo. Vamos lá?
A primeira camada da pele, a epiderme, é a camada mais superficial, e tem 
função protetora, mesmo sendo a parte mais fina da pele – representando mais ou 
menos de 0,03 a 1,5mm (dependendo da região) – ela tem 4 camadas diferenciadas:
• Camada basal: é a camada que tem uma divisão celular muito grande, está 
localizada de forma mais profunda na epiderme e entra em contato direto com 
a derme. 
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• Camada espinhosa: possui filamentos de queratina e com isso consegue 
manter as células unidas.
• Camada granulosa: há presença de grânulos de queratina que formam uma 
barreira entre as células, que dificulta a passagem de água; nessa camada, os 
queratinócitos são achatados, menos hidratados e produzem uma maior quan-
tidade de queratina. 
• Camada córnea: é a camada mais superficial, formada por células mortas, e 
estão sempre se renovando. 
• Camada lúcida: presente somente e regiões mais espessas do corpo como 
palma da mão e planta dos pés.
Uma célula demora aproximadamente de 26 a 28 dias para sair da camada basal e chegar 
até o extrato córneo (a camada mais superfi cial da pele), ou seja, para percorrer toda a ex-
tensão da epiderme, uma célula demora quase 1 mês. 
Ex
pl
or
Derme
A derme é a camada localizada logo abaixo da epiderme, ela tem por finalidade 
garantir a elasticidade e resistência da pele, além de ser responsável pela oxigena-
ção e nutrição da epiderme.
De acordo com Rodrigues (2012), a derme apresenta uma espessura de 15 a 40 
vezes maior que a epiderme. Na derme, é onde encontramos a matriz colágena, 
fibras elásticas, fibroblastos, substância fundamental, entre outras. 
Hipoderme 
Alguns autores falam que a hipoderme é a última camada da pele, porém, ou-
tros defendem que ela não faz parte da pele, pois ela é um tecido subcutâneo com-
posto por células de gordura, que têm por função dar forma e contorno ao corpo, 
proteger órgãos internos e manter a temperatura corpórea. 
Anexos cutâneos 
Os anexos cutâneos são as unhas, folículo piloso, glândulas sudoríparas e glân-
dulas pilossebáceo. 
A seguir, você pode identificar os anexos cutâneos presentes na pele:
9
UNIDADE Pele e InstrumentosAvaliativos da Face
Glândula Sebácea
Foliculo PilosoGlândula Sudorípara
Figura 2
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
• Folículo piloso: é uma unidade que é encontrada em toda a superfície da 
pele, onde é produzida fios de cabelos e pelos. 
• As glândulas sudoríparas são responsáveis por secretar suor através dos ori-
fícios pilossebáceos. O suor é necessário, pois ajuda o nosso corpo manter 
a temperatura. 
• Glândulas sebáceas: são glândulas que produzem lipídios, sebo – normal-
mente estão ligadas a um folículo piloso, que ajudam a lubrificar os pelos e 
também a pele. 
• Unha: todos nós conhecemos as unhas, desde pequenos, nós já conseguimos 
identificá-las em nosso corpo; ela é uma placa de queratina que fica localizada 
nas pontas dos dedos.
Biotipo Cutâneo 
Agora que relembramos a composição e estrutura da pele, brevemente, vamos 
conhecer os seus tipos.
Os biotipos cutâneos que conhecemos hoje foram classificados no início do 
século XX por Helena Rubinstein, que era cosmetóloga e amante da beleza da mu-
lher. Cada pessoa apresenta um tipo de pele diferente, cada uma traz combinações 
de quantidade de água, quantidade de óleo, pH e sensibilidade de forma diferente. 
A combinação desses três fatores é que irá determinar o biotipo cutâneo; de ma-
neira geral, o biotipo cutâneo é classificado em 4 tipos distintos: pele eudérmica, 
pele alípica, pelo lipídica e pele mista. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas.
Agora que relembramos a composição e estrutura da pele, brevemente, vamos 
conhecer os seus tipos.
Os biotipos cutâneos que conhecemos hoje foram classificados no início do 
século XX por Helena Rubinstein, que era cosmetóloga e amante da beleza da mu-
lher. Cada pessoa apresenta um tipo de pele diferente, cada uma traz combinações 
de quantidade de água, quantidade de óleo, pH e sensibilidade de forma diferente. 
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A combinação desses três fatores é que irá determinar o biotipo cutâneo; de ma-
neira geral, o biotipo cutâneo é classificado em 4 tipos distintos: pele eudérmica, 
pele alípica, pelo lipídica e pele mista. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas.
Pele Normal Pele Oleosa Pele Seca Pele Combinada
Figura 3 – Tipos de pele
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Pele eudérmica
A pele eudérmica é uma pele muito difícil 
de ser encontrada, ela apresenta o equilíbrio 
perfeito, onde tem o pH fisiológico. Esse tipo 
de pele, apesar de ser encontrada, quase sem-
pre em bebê, se algum jovem ou adulto for 
contemplado por ela, pode ser resultado de 
uma boa alimentação, ser saudável, boa he-
reditariedade e ter bons hábitos. Veja na ima-
gem ao lado como conseguimos a aparência 
de uma pele eudérmica.
Suas características são:
• Média espessura;
• Brilho normalizado;
Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images
• Secreção sebácea equilibrada;
• Secreção sudorípara equilibrada;
• Hidratação equilibrada;
• Superfície lisa e aveludada;
• Boa elasticidade;
• Superfície firme;
• Óstios imperceptíveis;
Orientações para a pele eudérmica:
• Manter a hidratação, proteger diariamente contra agressões externas, tentar 
manter o equilíbrio da pele, usar cosméticos adequados.
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UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face
Pele alípica
A pele alípica é uma pele que apresenta ausência de oleosidade, tem um pH 
mais ácido e devido à sua falta de hidratação e gordura é mais propensa a um en-
velhecimento precoce. 
Características:
• Espessura fina;
• Secreção sebácea reduzida;
• Secreção sudorípara reduzida;
• Desidratada;
• Sem brilho/opaca;
• Descama com facilidade;
• Ostios mais fechados;
• Tendência a rugas;
• Muito sensibilizada.
Figura 5
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Orientações para a pele alípica:
• Evitar agressões externas como ventos, frio e sol, fazer hidratação diária com 
produtos específicos, evitar água quente, não usar cosméticos com grande 
quantidade de álcool. 
Pele lipídica
A pele lipídica apresenta uma quantidade de oleosidade mais intensa, tem um 
pH mais alcalino, porém, é uma pele que resiste mais a agressões externas e ao 
envelhecimento; e pele mais oleosa, além da hereditariedade, ela pode ser influen-
ciada pele estresse, temperatura mais altas e desequilíbrio hormonal.
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Figura 6
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Características de uma pele lipídica:
• Espessura aumentada;
• Secreção sebácea aumentada;
• Secreção sudorípara aumentada;
• Desidratada as vezes;
• Superfície sebáceo;
• Brilho excessivo;
• Óstios mais abertos;
• Tem tendência a comedões e acne.
Orientações para a pele lipídica:
• Para a pele oleosa, devemos ter alguns cuidados no controle da oleosidade: 
sempre utilizar cosméticos adequados para esse tipo de pele, ou seja, produtos 
livres de óleo.
Pele mista 
Esse tipo de pele é muito comum e re-
úne característica de oleosas e secas em 
uma mesma pele; na zona central do ros-
to (testa, nariz e queixo), ela tem carac-
terísticas lipídicas, já na lateral do rosto ( 
orelhas, área dos olhos e bochechas) tem 
características de uma pele mais seca, 
essa divisão conhecemos com ao zona T. 
Característica da pele mista:
• Oleosidade na zona T;
• Espessura normal em laterais e mais 
espessa e zona T;
• Brilho mais intendo na zona T;
• Ostios mais dilatados na zona T; Figura 7Fonte: iStock/Getty Images
13
UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face
As regiões marcadas na imagem representam as regiões com oleosidade, as 
demais áreas têm características de pele mais seca.
Orientações para pele mista:
• Para quem tem este tipo de pele é preciso fazer a proteção contra agentes 
externos (assim como os outros tipos), usar os cosméticos adequados para 
controlar a oleosidade na parte central da face e também aumentar a hidrata-
ção nas laterais. 
Estado Cutâneo 
• Normal: quando há equilíbrio de todo os requisitos, de hidratação, oleosidade, 
textura etc. 
• Sensibilizado: como a pele reage a estímulos, quando apresenta irritação, 
vermelhidão, coceira, calor etc. 
• Seborreico: quando há uma secreção de sebo muito grande na pele. 
• Textura: quando identificamos se a pele do cliente é mais lisa ou áspera. 
• Ostio: mais popularmente conhecidos como poros, são os orifícios que estão 
sobre toda a pele. 
Importante!
Para avaliar o biotipo cutâneo, é necessário que antes se faça a higienização adequa-
da da pele, pois não é possível identificar corretamente as características da pele se o 
cliente estiver de protetor solar, ou se acabou de chegar da rua em um dia ensolarado, 
com maquiagem etc. Então, para ter um diagnóstico correto, a pele SEMPRE deverá 
estar limpa. 
Importante!
Qual é a importância de sabermos o tipo de pele de nosso cliente? 
Antes de realizar qualquer procedimento estético, é importante identificar qual é 
o tipo de pele do seu cliente, isso porque você deverá eleger os cosméticos corre-
tos para cada tipo de pele. Já pensou usar uma máscara em creme (que tem mais 
óleos) em uma pele oleosa, ou usar um produto que retira totalmente a oleosidade 
em uma pele alípica? Em qualquer uma dessas situações, você poderia ter provo-
cado um efeito não desejado na pele, isso porque não está usando e nem fazendo 
o procedimento adequado ao tipo de pele do seu cliente. 
Fototipo
A classificação do fototipo de pele está relacionada ao comportamento da pele 
quando exposta ao sol, nossa pele pigmenta-se através da ação da melanina, que 
é o pigmento que dá coloração, isso é definido de maneira genética. Se os pais 
14
15
produzem pouca melanina, o filho também produzirá e assim sucessivamente. No 
ano de 1976, o Dr. Thomas Fitzpatrick classificou 6 fototipos cutâneos, que varia 
do I ao VI.
Classificação de fototipo de pele segundo Fitzpatrick:
I.I - Pele muito sensível ao sol,
sempre se queima (	ca muito
vermelha) e nunca bronzeia.
I.II - Pele sensível ao sol,
sempre se queima e
bronzeia pouco.
I.III - Pele de sensibilidade normal,
bronzeia moderadamente e
às vezes se queima.
I.IV - Pele com sensibilidade
normal, bronzeia bastantee se queima pouco.
I.V - Pele com pouca sensibilidade,
muito pigmentada bronzeia sempre
e raramente se queima.
I.VI - Pele sem sensibilidade,
nunca se queima, é muito
pigmentada naturalmente.
Figura 8
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Importante!
A tabela de fototipo proposto por Fitzpatrick não é com a fi nalidade de defi nir a cor 
da pele somente, mas sim classifi cá-la em decorrência da reação à exposição solar ao 
bronzeamento e queimadura. 
Importante!
A Pele de Acordo com a Idade 
Para atendermos melhor cada tipo de cliente, de maneira geral, é importante 
entendermos como cada pele se comporta em diferentes fases da vida.
Bebês 
A pele do bebê obviamente é mais fina do que de um adulto, e não tem todas as 
funções em plano funcionamento. Em um atendimento de Shantala, por exemplo, 
é necessário tomar os devidos cuidados. 
15
UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face
Crianças
Para as crianças, o primordial é que tenha muito cuidado de prevenção, pois a 
criança com uma pele bem cuidada permanecerá na fase adulta. De acordo com 
Rodrigues (2012), até os 18 anos, estima-se que a criança e o adolescente já ti-
veram a pele exposta aos raios solares máximos em 80%. Nessa fase da vida, é 
importante predominar os cuidados com a proteção solar e hidratação à pele.
Adolescentes 
Nessa fase, há grande quantidade de alteração hormonal e isso faz com que as 
haja um aumento na atividade da glândula sebácea e com isso consequentemente 
a pele do adolescente é mais oleosa e com tendências à acne. 
Gestantes 
Nas gestantes, em decorrência das alterações vasculares e hormonais, a pele da 
gestante sofre grandes modificações, como aparecimento de hipercromias, maior 
quantidade de pelo, estrias (devido ao estiramento da pele) e também mais edemas 
são presentes. 
Idosos 
A pele do idoso é uma pele mais fina, apresenta pouca atividade das glândulas 
sebáceas, logo, ela se apresentará mais sec. Além disso, a pele senil terá mais res-
secamento, descamação e será mais sensível a agressões (tome cuidado ao esfoliar). 
Instrumentos Avaliativos da Face
Para qualquer avaliação estética, é importante que tenhamos equipamentos que 
nos auxilie na investigação da alteração estética, às vezes, muitas coisas não esta-
rão evidentes a olho nu. Vamos conhecer os instrumentos que irão nos ajudar na 
avaliação e diagnóstico das alterações estéticas.
Papel de seda 
O papel de seda é de fácil acesso e de 
prático manuseio. Com ele, nós podemos 
identificar a oleosidade da pele do cliente. 
Esse tipo de material tem a capacidade de 
absorver a oleosidade da pele, logo, se a 
pele for lipídica, o papel apresentará áre-
as com óleo. Porém, se a pele for alípica, 
o papel permanecerá seco.
Figura 9
Fonte: iStock/Getty Images
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Paquímetro 
O paquímetro é muito utilizado por design de sobrancelhas, pois auxilia na medi-
ção das mesmas, contribuindo para uma imagem mais harmônica. Na avaliação esté-
tica, nós utilizamos o paquímetro para medir tamanhos de lesões, discromias e rugas; 
assim, com a ajuda da fotografia, podemos acompanhar a evolução do tratamento. 
Figura 10
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
Como usar?
Para um tratamento de rugas, por exemplo, no dia da avaliação você deverá 
posicionar uma ponta do paquímetro no início das rugas e a outra ponta no final. 
Você deverá anotar na ficha de avaliação quais foram os milímetros ou centímetros 
encontrados e depois tirar uma foto. Depois, você irá repetir esse processo ao final 
do tratamento. Que cliente não gostaria de saber que sua diminui de tamanho e ver 
isso de forma comprovada através do paquímetro e foto?
Vamos utilizar esse recurso para documentar suas avaliações.
Lupas e lentes de aumento 
Nem todas as alterações estéticas podem 
ser vistas com base apenas em nossos olhos. 
Para isso, utilizamos a lentes de aumento que 
mais conhecemos com lupa. Ela poderá ali-
mentar em até 10x o tamanho da lesão, que 
podem ser, por exemplo, os comedões. 
Na hora de comprar uma lente de aumen-
to, você deverá verificar alguns itens:
Se acompanha iluminação: Algumas já vêm 
com a luz acopladas, outras não. Então você 
irá depender de ter uma boa iluminação do 
ambiente (que já é indicado). 
Veja, na imagem a seguir, um exemplo de 
lupa com iluminação. 
Figura 11
Fonte: iStock/Getty Images
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UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face
Quanto à estrutura física: existem diferentes tipos de lupas. Na hora de comprar, 
você deverá ajustar ao seu espaço e ao valor que pretende investir. Vamos conhecê-las: 
Lupa de pala: é uma lupa de pala que se assemelha a óculos, de fácil utilização 
e mais econômica; às vezes, tem um ponto de luz que ajuda na hora da visuali-
zação. Alguns fabricantes permitem que você troque os tamanhos das lentes de 
acordo com a sua necessidade. 
Lupa articulada: um pouco maior do que a lupa de pala, ela normalmente vem 
com uma iluminação melhor e você pode fixá-la no seu carrinho auxiliar, na maca, 
ou onde você tem um apoio adequado e que não atrapalhe o seu cliente; ela é arti-
culada, o que permite você movimentar de acordo com a sua necessidade.
Lupa Articulada
Lupa Tripê
Figura 12
Fonte: iStock/Getty Images
Lupa tripé: para esse equipamento, é necessário um investimento financeiro e 
um espaço físico um pouco maior; ela tem um apoio com tripé, o que permite o 
deslocamento pelo seu ambiente de trabalho – para ambientes menores, ela não 
seria tão indicada devido ao espaço que ocupa – assim, você pode ter uma maior 
flexibilidade durante a sua avaliação, podendo avaliar um rosto e um corpo de uma 
mesma cliente, sem precisar fazer grandes movimentações. 
Qualquer uma das lupas citadas irá auxiliar de maneira muito eficaz em qualquer 
avaliação facial.
Luz de Wood
A luz de Wood é uma lâmpada de mercúrio de alta pressão, que também é co-
nhecida como luz negra, contém em seu interior o cristal de Wood que absorve to-
das as radiações luminosas; com ela, podemos identificar alterações de manchas e 
sua profundidade, a desidratação da pele, células mortas, comedões e oleosidades. 
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Figura 13
Fonte: Wikimedia Commons
Na hora da avaliação, a pele do cliente pode apresentar colorações diferencia-
das e você precisará saber identificá-las de maneira correta para ter o diagnóstico 
correto. Veja, na tabela a seguir, a fluorescência da lâmpada e o que as cores 
estão identificando:
AZUL: 
Pele
normalizada e
saudável 
LARANJA
CLARO OU
AMARELO:
Pontos onde
há comedões
ou acne
LARANJA: 
Onde há
pontos de
oleosidade
MARROM:
 Área
pigmentada 
ROXO
FLURESCENTE:
Mostra
desidratação
cutânea
BRANCO: 
 Área de pele
que apresenta
grande
quantidade
de células
mortas
ROXO ESCURO:
Mostra que
há produtos
como protetor
solar ou
maquiagem
no local
Figura 14
Como usar a luz Wood? 
A pele deve estar higienizada, sem maquiagens, protetor solar, cremes etc. para 
não causar diagnósticos errôneos. Na hora da avaliação, o ambiente deve estar to-
talmente escuro – tem alguns equipamentos que possuem uma cabine onde o clien-
te posiciona a face dentro (que já é escura); já outros equipamentos são vendidos 
somente à lupa com a luz, onde você segura com as mãos; com ele, você deverá 
ter um ambiente totalmente escuro para conseguir usá-lo corretamente. 
Saiba mais: o cristal de Wood é um vidro violeta-azulado bem escuro, sua radia-
ção é invisível, porém, seus feixes de luz permitem identificar radiações infraverme-
lhas e ultravioletas com comprimento de ondas entre 320 a 400nm. 
19
UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face
Dermatoscópio
É um equipamento muito potente que, através de uma lente especial, permite 
aumentar de 10 até 200x o tamanho real de uma área, aumentando consideravel-
mente todas as estruturas epidérmicas.
Figura 15
Fonte: iStock/Getty Images
O dermatoscópio se mostra muitíssimo eficaz para avaliar lesões cutâneas e do 
couro cabeludo; esse equipamento é muito utilizado por dermatologista devido à 
sua finalidade – de acordo com o conhecimento,

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