Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anamnese e Diagnóstico em Estética Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento Avaliação e Diagnóstico Corporal II • Introdução; • Hipotonia; • Hipotonia Muscular; • Cicatrizes; • Estrias; • Edemas; • Bioimpedância. • O objetivo desta unidade é sabermos identifi car e avaliar as alterações de fl acidez, cicatrizes e também estrias. OBJETIVO DE APRENDIZADO Avaliação e Diagnóstico Corporal II UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II Introdução Em nossas cabines, recebemos diferentes tipos de clientes, cada um com uma quei- xa diferenciada e, obviamente, nós, como profissionais, devemos saber avaliar cada tipo de alteração estética, com isso, nesta unidade vamos aprender a reconhecer e diagnosticar a flacidez muscular, tissular, cicatrizes, estrias e edemas. Vamos iniciar falando da flacidez. Hipotonia A hipotonia – mais conhecida como flacidez - é uma alteração estética que incomoda muito as pessoas. O profissional de estética começa o tratamento, mas em muitas vezes não têm o resultado esperado, isso porque não soube direcionar o tratamento corretamente e porque existe dois tipos distintos de flacidez. Às vezes, está tratando todas da mesma forma. Vamos conhecer a hipotonia tissular e a hipotonia muscular. Hipotonia Tissular A flacidez tissular é quando o tônus da nossa pele é diminuído e com isso ocorre uma diminuição da elasticidade, normalmente uma pele flácida é mais opaca e desidra- tada. O sedentarismo, obesidade, emagrecimento acentuado, idade e a pós-gestação são fatores de predisposição para a flacidez de pele. Figura 1 - Flacidez de Pele Fonte: iStock/Getty Images 8 9 A flacidez de pele pode ser avaliada através da inspeção e teste de elasticidade. • Inspeção: você deverá observar a cor da pele, a quantidade de pregas, o quanto o tecido está estirado. Teste de Elasticidade Esse teste é importante para avaliarmos o quanto a elasticidade da pele está pre- judicada, veja como deve ser feita! O cliente, sempre, deverá estar posicionado em pé, o profissional, com as suas mãos deve fazer uma tração (como se fosse uma pinça) em todas as regiões que de- seja avaliar a flacidez de pele, em seguida, segure a pele por alguns segundos, solte-a e observe quanto tempo depois ela demora para voltar ao estado normal. Figura 2 - Teste de elasticidade em mão Fonte: iStock/Getty Images Após verificar o tempo na qual a pele do seu cliente demorou para voltar ao nor- mal, analise a tabela: Tabela 1 – Grau de Elasticidade Tempo Grau de elasticidade Retorno imediato Elasticidade está totalmente normalizada. Até 1 segundo Está com perde leve de elasticidade. Até 2 segundos A pele está com perda moderada de elasticidade. 3 segundos ou mais Isso já indica que a pele está com perda grave de elasticidade. 9 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II Figura 3 – Pele Envelhecida Fonte: iStock/Getty Images De acordo com Guirro e Guirro (2010), a flacidez tissular pode ser diferenciada de acordo com algumas características. Tabela 2 – Fases da Flacidez Fase elástica: Nesta fase a pele pode até sofrer alguma tensão, porém, quando cessa a tensão, a pele volta ao normal. Fase de flutuação: Depois de algum tipo de agressão, a pele não consegue voltar ao normal. Fase plástica: Além da pele não voltar ao normal, ela apresenta queda (ptose), pois quase sempre já foi esticada ao limite, causando danos permanentes. Ex.: abdome pós-gestação. Ponto de ruptura: Isso ocorre quando a pele sofreu um estiramento exagerado e não consegue voltar ao normal depois. Ex.: Pele após perda de peso excesso em decorrência de cirurgia bariátrica. Hipotonia Muscular Para Pereira (2013), a flacidez muscular é contínua e progressiva em decorrência do aumento da gordura localizada e também da decorrente perda de massa muscular. A flacidez é observada quando não há contornos muito bem definidos da musculatura e também quando se mantém da mesma forma quando contraída ou relaxada. 10 11 Figura 4 – Flacidez muscular Fonte: iStock/Getty Images Importante! Que em nosso corpo aproximadamente 40% de todo sua massa são formados por mús- culos? Alguns deles acabam se dividindo para se unir a ossos diferentes. Você Sabia? Maneiras de avaliar a flacidez muscular: • Inspeção: com o cliente em pé, busque identificar se há vincos, frouxidão e até dobras. • Palpação: com suas mãos, avalie todo o tecido do seu cliente, observando a mobilidade e o tônus muscular. Depois da inspeção e palpação, vamos para os testes. Teste do Abdome Neste teste, você poderá diferenciar se a alteração estética do seu cliente é adi- posidade ou flacidez (que muitas vezes nos confunde). Seu cliente estará de pé com os braços abertos, você estará sentando na lateral dele e lhe pedirá para que contraia o abdome e que o mantenha contraído sem o auxílio de nenhuma outra parte do corpo. 11 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II Figura 5 – Teste do abdome Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Verificar o resultado: 1. Será flacidez muscular se: a protuberância do abdome inferior e superior desaparecerem. Figura 6 – Resultado do Teste do Abdome Fonte: BORGES, 2016 2. Será adiposidade se: mesmo após as contrações, ainda demonstra a saliên- cia no abdome (em alguns casos podemos ter adiposidade + flacidez). Figura 7 – Resultado teste abdome Fonte: BORGES, 2016 12 13 Teste do Quadril No teste do quadril, também podemos diferenciar a flacidez da adiposidade. Você estará sentando e seu cliente irá se posicionar em pé, à sua frente, será solicitado que ele contraia os glúteos e que deve segurá-los por alguns segundos. Figura 8 – Teste do quadril Fonte: BORGES, 2016 Verificar os resultados: 1. Se a saliência do quadril desaparecer durante a contração, é sinal de flaci- dez muscular; 2. Se a saliência do quadril continuar da mesma forma, é adiposidade e não flacidez. Figura 9 – Resultado teste do quadril Fonte: BORGES, 2016 É importante saber identificar a fase da flacidez e se o que seu cliente (e você) quer é possível tratar. 13 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II Identificar qual é o tipo de flacidez que seu cliente possui faz toda a diferença na conduta a ser tomada durante o tratamento estético, avalie corretamente! Cicatrizes Cicatrizes são alterações estéticas que causam grande desconforto. Na estética ainda é bem tímido os tratamentos direcionados para elas, porém, em uma ava- liação, é muito importante saber identificá-las, principalmente se você pensa em trabalhar em pós-operatório e com queimados. Figura 10 – Cicatriz Fonte: iStock/Getty Images A cicatriz é um processo dinâmico de reparação tecidual em que ocorre a reepi- telização da epiderme e a substituição da derme por nova matriz celular, mas alguns fatores podem atrapalhar este processo e ocasionar alterações específicas. As cicatrizes podem ser classificadas em: • Atróficas: são deprimidas, lisas, abaixo do nível da pele. Figura 11 – Cicatrizes atróficas Fonte: iStock/Getty Images 14 15 • Hipertróficas: são lesões fibróticas, podem ter pelos, com saliência (mas não ultrapassam a borda da cicatriz). Figura 12 – Cicatriz hipertrófi ca Fonte: iStock/Getty Images • Queloidianas: são lesões hipercrômicas, duras, com superfície bem saliente que ultrapassam a borda normal da cicatriz. Figura 13 – Quelóide Fonte: iStock/Getty Images Para avaliarmos as cicatrizes, podemos utilizar o paquímetro para se identificar os tamanhos das lesões tanto em comprimento e de largura. O Dr. Fernando Vidigal, além da classificação já abordada, diferenciou um pou- co mais as cicatrizes de acordo com os seguintes critérios: 15 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II 1. Cicatriz Normal: aquelas que não tem retração ou hipertrofia e com menos de 2 mm de largura; 2. Cicatriz Alargada: quando tem 2mm ou mais. Podem ser subdivididas em: • Pequenas:de 2 a 3 mm de largura; • Média: de 3 mm a 5 mm; • Grande: quando maior que 5 mm. 3. Cicatriz Escavada (Atrófica): situada abaixo do nível da pele, podemos me- dir sua largura afastando as bordas, fazendo ela se tornar plana. 4. Cicatriz Hipertrófica: na avaliação, a que na palpação apresente consistên- cia endurecida e mais elevada do que o nível da pele, podendo ser: • Pequena: até 3 mm; • Média: de 3 mm a 5 mm; • Grande: maiores que 5 mm. Estrias As estrias são rupturas das fibras elásticas da pele. Como avaliar as estrias: • Inspeção: primeiro verificamos as alterações estéticas das cicatrizes quanto ao tamanho, cor e se há hipotonia junto. Na avaliação da cor, você deverá observar: Se são rubras (recentes): estão na fase inicial, ainda em processo inflamatório com passagem de sangue. Figura 14 – Cicatriz rubra Fonte: iStock/Getty Images 16 17 Se são roxas (intermediarias): nesta fase elas já estão diminuindo o aporte san- guíneo local, por isso apresentam esta cor. Se são nacaradas ou brancas (tardias): nesta fase não há aporte sanguíneo local e já houve reparação de fibras elásticas. Figura 15 – Cicatriz nacarada Fonte: iStock/Getty Images Identifi car a coloração correta na hora da avaliação é importante, pois as condutas para os tratamentos serão diferenciadas para cada tipo de estrias. Ex pl or • Palpação: nas estrias temos que avaliar tocando muito bem a pele do seu cliente, neste momento vamos avaliar a espessura, nivelamento e tamanho. Quanto ao nivelamento, precisamos avaliar se são: • Hipertróficas: acima do nível da pele; • Normotróficas: estão ao nível da pele; • Atróficas: estão abaixo do nível da pele. Figura 16 – Cicatriz Hipertrófi ca Figura 17 – Cicatriz Normotrófi ca Figura 18 – Cicatriz Atrófi ca Fonte: iStock/Getty Images Para isso, vamos utilizar o paquímetro. Assim como nas cicatrizes, você poderá medir a largura e comprimento das estrias, faça a fotodocumentação e depois com- pare com o início e final do tratamento (se for o caso). 17 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II Edemas Os edemas são alterações que ocorrem em nosso sistema linfático, onde haverá o acúmulo de líquido, podendo atingir o corpo inteiro (generalizada) ou membros espe- cíficos (localizada); normalmente as áreas que são mais atingidas pelos edemas são: • Pés; • Pernas; • Tornozelos; • Braços; • Mãos. Figura 19 – Pé com edema Fonte: iStock/Getty Images As principais causas de predisposição para o edema são: ficar muito tempo sentada ou em pé, uso de medicamentos, tensão pré-menstrual, gravidez, falta de atividade física, tomar pouco líquido, cirurgias recentes e distúrbios circulatórios. Ex pl or Para avaliarmos o edema, podemos utilizar de diferentes recursos. É após a inspe- ção inicial que se observa quais são as áreas mais acometidas pelo edema, você deverá realizar a palpação e neste momento poderá fazê-la de duas maneiras distintas: I. Teste de cacifo; II. Teste de digitopressão. 18 19 Teste de Cacifo Neste teste é possível avaliar se há presença de edema ou não, onde fazemos uma compressão manual na pele. Etapas: I. Com o seu polegar, faça uma pressão na região com edema, segure alguns segundos e retire; II. Observe se após retirar o dedo da pele ela continua com a depressão, se sim, é porque há um quadro importante de edema. Figura 19 – Teste de Cacifo Fonte: Coelho, 2004 • Normalizada: sem deformação visível; • Leve: depressão leve, visível ao pressionar a pele; • Profundo: há depressão aparente na pele que demora de 5 a 30 segundos para retornar ao normal; • Extremo: a depressão se torna quase 2 vezes maior e demora muito para a pele voltar ao normal. Teste de Digitopressão Neste teste você também poderá avaliar se há presença de edema. Com o seu polegar, pressione a área que possivelmente tenha edema e segure de 3 a 5 segun- dos, após retire sua mão e observe a coloração. 19 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II Resultado: Se a pele na região que foi pressionada ficar mais clara e demorar mais que 3 segundos para voltar à sua normalidade, é porque há edema. Figura 21 – Teste de digitopressão Fonte: iStock/Getty Images Importante! Normalmente, somente com o teste de digitopressão conseguimos avaliar a maioria dos casos de edemas; já com o teste de cacifo, é possível analisar casos mais graves de edema. Importante! Bioimpedância É importante lembrar que a bioimpedância também é um recurso eficaz na avalia- ção do edema, isso porque ela consegue mensurar a quantidade de gordura, musculo e água do nosso corpo. Relembre aqui como funciona a bioimpedância. Disponível em: https://youtu.be/lM8gFNrIpGI Ex pl or Já que estamos falando de edemas, que tal você reconhecer algumas alterações vasculares que são importantes identificarmos em nossas avaliações. As alterações circulatórias podem ocorrer por genética, alterações hormonais, pós-lesão, gestação etc. que levam a uma mudança no fluxo sanguíneo, podendo alterar também o tamanho do calibre dos capilares e vasos. Identificar estas alte- rações vasculares é muito importante, pois elas podem ser indicações para trata- mentos estéticos, mas também podem ser contraindicações relativas e também absolutas para outros procedimentos. 20 21 Vejamos quais são as principais alterações que você pode encontrar: • Telangiectasias: são microvasos muito fininhos, que podem surgir na região da face ou em parte do corpo, principalmente em membros inferiores. Figura 22 Fonte: iStock/Getty Images Figura 23 – Teste de digitopressão Fonte: iStock/Getty Images • Varizes: causadas por má circulação, são veias dilatadas visíveis na pele, atinge em sua maioria mulheres e idosos; o diagnóstico deve ser realizado por um ci- rurgião vascular, porém, é necessário que saibamos identificá-las para evitarmos realizar procedimentos que não são indicados para clientes que têm varizes, como por exemplo: utilizar cosméticos vasodilatadores. Figura 24 – Varizes Fonte: iStock/Getty Images 21 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal II Figura 25 – Distúrbio circulatório Fonte: iStock/Getty Images Todas as alterações estéticas (e também fisiológicas) vistas no decorrer desta unidade e das demais devem ser identificadas e muito bem avaliadas pelo profis- sional de estética. Tudo o que abordamos interfere no direcionamento e resultados dos seus procedimentos, por isso, reitero para que se dedique no momento da avaliação, identificando todas as alterações encontradas, verificando as indicações e contraindicações para pensar em qual será a conduta correta a ser tomada, pois cada cliente é único, logo, cada cliente deverá ter seu tratamento diferente do ou- tro. Seja um profissional qualificado e se destaque em meio dos outros! 22 Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Avaliação e Diagnóstico Facial • Introdução; • Como Avaliar o Envelhecimento; • Avaliação nas Discromias. • Avaliar rugas e linhas de expressão; • Como avaliar as alterações de discromias; • Como avaliar as alterações causadas pela acne. OBJETIVO DE APRENDIZADO Avaliação e Diagnóstico Facial UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Introdução Depois de identificar o biótipo e o fototipo do seu cliente, e hora de ir para o próximo passo. Nesta Unidade, vamos aprender como avaliar as disfunções estéticas faciais, como acne e discromias e vamos iniciar falando das rugas e das linhas de expressão. O envelhecimento cutâneo é um conjunto de modificações que fazem parte da redução progressiva da competência da pele exercer sua função. A seguir, você conseguirá observar as funções da pele que acabam sendo preju- dicadas com o passar do tempo: reparo do DNA, resposta imunológica, proteção mecânica, produção sebácea, produção de suor, cicatrização, termorregulação, substituição celular e função barreira. O envelhecimento da pele ocorre de suas formas distintas:intrínseco e extrínseco. Intrínseco Considerado o envelhecimento verdadeiro, são as alterações inevitáveis, espera- das e progressivas, que fazem parte do dano acumulativo das biomoléculas. Fisicamente, podemos identificar o envelhecimento intrínseco da seguinte forma: • Diminuição da espessura da pele; • Perda do volume dérmico; • Perda capilar. O envelhecimento intrínseco inicia-se a partir dos 20 anos em ambos os sexos, porém, nas mulheres ele acaba se acentuando com a entrada da menopausa. Ex pl or Extrínseco Conhecido, também, como fotoenvelhecimento, ocorre em qualquer fototipo e surge em decorrência do efeito acumulativo dos danos causados pelos raios sola- res. Atinge mais áreas de face, pescoço e extremidades – justamente, por serem mais expostas ao Sol – esse tipo de envelhecimento pode ser somado aos fatores internos, também. Como eu sei identificar uma pele com características do fotoenvelhecimento? Além de sardas e hipomelanose solar, elas apresentam: 8 9 Figura 1 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Figura 2 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Para saber avaliar corretamente as alterações causadas pelo envelhecimento, seja ele intrínseco ou extrínseco, é necessário que você conheça algumas alterações: • Linhas de expressão: são visíveis somente quando há alguma movimentação facial, como falar ou fazer alguma expressão facial; • Elastose: é a degeneração do tecido elástico, ou seja, é o enrugamento da face que, normalmente, já apresenta aspereza e está seca; é associada à flacidez; • Ptose: é a queda da musculatura e da pele facial e, por consequência disso, as pálpebras – tanto superiores quanto inferiores, apresentam queda; • Rugas: as rugas podem ser superficiais ou profundas e, de acordo com Guirro (2003), podem ser classificadas em: 9 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Dinâmicas • Aparecem por meio de expressões faciais e contrações musculares Estáticas • São visíveis mesmo sem a movimentação da face Gravitacionais • São encontradas em decorrência da �acidez de músculo e pele Figura 3 Como Avaliar o Envelhecimento Para conseguirmos realizar um bom tratamento de revitalização facial (não é indicado utilizar o termo rejuvenescimento), é necessário que nossa avaliação seja completa e correta; por isso, é necessário que utilizemos os métodos avaliativos descritos a seguir. Classificação por Lapiere e Pierard Gr au I Gr au II Gr au II IRugas de expressão; não há alterações �siologicas de derme e epiderme; são visíveis de acordo com a contração muscular. Rugas �nas; com pequenas alterações de epidereme e derme; a pele �ca com ondulações Rugas, pregas e dobras gravitacionais com alterações signi�cativas em decorrência da �acidez de pele e músculo Figura 4 Escala de Glogau Esta classificação foi desenvolvida pelo Dr. Richard Glogau e possibilita avaliar o fotoenvelhecimento, pois conseguimos identificar se as características da pele estão compatíveis com idade; podendo identificar, assim, se há envelhecimento precoce e, também, fazer o tratamento e a indicação correta de cosméticos homecare. 10 11 Tipo I - Discreta (20 a 30 anos) • Rugas mínimas • Sem alteração de pigmentação • Sem ceratoses Tipo II - Moderado (30 a 40 anos) • Aparência de cansada • Ceratoses palpáveis • Rugas �nas e dinâmicas • Apresenta pouca hipercromia Tipo III - Avançada (40 a 60 anos) Tipo VI - Grave (a partir dos 60 anos) • Rugas estáticas em toda face • Ptose e �acidez aparente • Mudança no tonalização da pele amarelo-acinzentada • Hipercromias muito aparentes • Ceratoses visiveis • Rugas estáticas Figura 5 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Ao avaliar seu cliente, observe todas essas características; caso ele apresente al- terações de pele que não condizem com a idade que tem, é porque provavelmente haja um quadro de envelhecimento precoce. Teste de Tsuji Nesse teste, você deverá identificar onde estão as rugas e, com os dedos identi- ficador e polegar, fazer uma tração da área. 11 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial A partir desse momento, você poderá verificar duas possibilidades: • Se após a tração a ruga desaparecer, é porque ela é superficial; • Se mesmo após a tração a ruga continuar aparente, é porque ela é profunda. Figura 4 Fonte: iStock/Getty Images Teste de Elasticidade Nesse teste, você deverá pinçar a pele com os dedos polegar e indicador. Após o pinçamento, segure a pele por 10 segundos e depois solte. Depois dessa ação, observe quanto tempo a pele leva para voltar ao normal: • Até 1 segundo: sem flacidez ou flacidez leve; • 2 segundos: flacidez moderada; • 3 segundos: flacidez intensa; • 4 segundos ou mais: flacidez grave. Figura 5 Fonte: iStock/Getty Images 12 13 Na hora de avaliar as linhas de expressões e as rugas, você deve usar o paquímetro para fazer a fotodocumentação; com isso, você poderá medir o tamanho inicial das rugas e, posteriormente, fazer um comparativo. Avaliação nas Discromias Agora, vamos falar das alterações de cor na pele. De maneira geral, as manchas, sejam elas mais claras, sejam escuras, causam grande desconforto a qualquer indivíduo; por isso, devemos saber avaliar correta- mente, para tratarmos de forma certa. Importante! Existem diferentes tipos de manchas de pele e para cada uma delas o tratamento indi- cado deve ser diferenciado? Pois é, o ativo, tempo de duração e aplicação podem ser diferenciados, e isso vai depen- der do tipo de discromias que seu cliente tem. Você Sabia? Vamos conhecer previamente as principais discromias, que podem ser acrômi- cas, hipocrômias ou hipercrômicas. Hipocromias Conhecidas também como hipomelanoses, essas manchas são reconhecidas por apresentar coloração mais clara do que o tom de pele natural do indivíduo. Isso pode ocorrer em decorrência da ausência de melanócitos e da diminuição da produção de melanina. São elas: • Pitiríase vesicolor; • Pitiríase alba; • Leucodermia solar; • Hipomelanose pós-inflamatória; • Hipomelanose por noxas. Figura 6 – Exemplo de hipomelanose Fonte: iStock/Getty Images 13 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Hipercromias São as hiperpigmentações ou hipomelanoses, que são ocasionadas pela produ- ção exagerada de melanina, conferindo à pele coloração mais escura que o normal. Essas manchas podem apresentar formatos e tamanhos distintos e são encon- tradas em diferentes locais da face: • Melanose solar; • Melasma; • Fitofotomelanose. A seguir, veja algumas imagens das hipercromias mais comuns de se encontrar: Figura 7 – Efélides Fonte: iStock/Getty Images Figura 8 – Lentigo Fonte: iStock/Getty Images Figura 9 – Hipercromia pós-inflamatória Fonte: iStock/Getty Images 14 15 Acromias As acromias são visíveis quando não há coloração, pela ausência total de melanina. Essas manchas podem ser encontradas de forma localizadas e pontuais, mas, também, podem ser apresentar de maneira generalizada. Albinismo Vitiligo Figura 10 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Importante! Nos procedimentos estéticos, conseguimos direcionar tratamentos efi cazes apenas para as hipercromias, pois ainda é possível clarear as áreas que estão mais pigmentadas; já as hipocromias e as acromias são, em sua maioria, de causas fi siológicas. Assim, o tratamento deve partir da indicação do Dermatologista. Trocando ideias... Quais Instrumentos Usar para Avaliar as Discromias? Podemos usar o paquímetro, a lupa, o dermatoscópio e, também, a lâmpada de wood. Por que é tão importante saber avaliar os tipos de manchas? • Porque precisamos saber qual é o fator desencadeante; • Porque precisamos saber em qual camada a mancha esta localizada. Somente com essas informações você poderá iniciar um tratamento correto para clareamento de manchas. Quanto às discromias, antes de finalizarmos, é importante abordar algo bastante relevante: muitas pessoas acham que toda mancha é igual – mas já vimos que não, e esse tipo de erro não pode sercometido quando a mancha, possivelmente, possa ser um caso de câncer de pele. 15 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial O melanoma é muito parecido com uma hipercromia; porém, traz característi- cas importantes que você deve saber identificar. Observe a Figura a seguir: Figura 11 Fonte: iStock/Getty Images Os itens que você deve levar em consideração na hora de avaliar uma mancha que pode ser um câncer são: • Assimetria: tumores malignos são assimétricos; • Borda: bordas irregulares demonstram tumores malignos; • Cor: sempre ficar atento quando, na mesma mancha, aparecerem dois ou mais tons; • Dimensão: analise se a mancha tem mais de 6mm; se sim, provavelmente, é maligno; • Evolução: peça para o cliente relatar se observou crescimento dessas man- chas nos últimos tempos; se sim, é necessário ficar atento. Essas características são conhecidas como Regra do ABCDE. Acne A acne é a disfunção dermatológica que mais recebemos em nossas cabines. Frequen- temente, atinge os mais jovens; porém, adultos também são contemplados por ela. O esteticista tem de estar preparado para saber identificar esse tipo de afecção, pois precisa reconhecer suas manifestações clínicas. De acordo com Pereira (2013), a acne é diferenciada em inflamatória e não inflamatória, e a avaliação do grau é feita de conforme a evolução e o comprome- timento da lesão. As lesões podem ser: • Lesões não inflamatórias » Microcomedões; » Comedão fechado; » Comedão aberto. 16 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Acne Grau II – Pápulo-pustulosa Inflamatória, comedões, pápulas, pústulas, lesões de tamanhos e variados; pre- sença de seborreia. Figura 14 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Acne Grau III – Nódulo-cística Inflamatória, com presença de comedões, pápulas, pústulas, nódulos e cistos; essas lesões se apresentam em tamanhos e intensidades diferentes. Figura 15 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Acne Grau IV – Conglobata Acne inflamatória, com presença de comedões, pápulas, pústulas, nódulos pu- rulentos, abscessos, fistulas; todas as lesões de tamanhos variados, mais frequente em homens; pode ocasionar lesões queloidianas. Acne Grau V – Fulminans, disponível em: https://goo.gl/ujb8Qz Ex pl or Acne Grau V – Fulminans Tipo de acne muito rara, grave, que reúne todas as lesões de Acne Grau IV e, ain- da, há aumento de leucócitos, causa febre, necrose e hemorragia de algumas lesões. Acne Grau V – Fulminans, disponível em: https://goo.gl/icvymJ e https://goo.gl/MA6rLY Ex pl or 18 17 • Lesões inflamatórias » Pápulas; » Pústulas; » Nódulos. Comedão PústulasPápulasComedão Figura 12 Fonte:12 - Adaptado de iStock/Getty Images Vamos conhecer os tipos de acne que você pode encontrar na pele de seu cliente. Acne Grau I – Comedogênica Não inflamatória; presença de comedões. Os poros são fechados e a aparência é de pequenos pontinhos. Quando for comedão fechado, a aparência será de pontinhos brancos (como na primeira Figura); se for o comedão aberto, os pontinhos serão pretos. Figura 13 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images 17 19 Na avaliação da acne, você vai usar a lupa, a luz de Wood, o dermatoscópio, e o paquímetro. Todos esses recursos irão facilitar a avaliação dessas lesões. Importante! O esteticista consegue tratar com procedimentos estéticos as Acnes Grau I e I. A partir do Grau III, é sempre importante que seu cliente faça acompanhamento médico, de ma- neira simultânea. Importante! A avaliação estética, antes dos procedimentos faciais, é muito importante, pois é ela que vai direcionar qualquer procedimento que se pretenda realizar. Veja na Tabela a seguir os objetivos do tratamento, de acordo com os resultados encontrados na pós-avaliação. Tabela 1 Quadros de acne Remover as células mortas Controlar a oleosidade Diminuir o processo inflamatório Controlar a proliferação de bactérias Pele envelhecida Promover a hidratação Melhorar a nutrição cutânea Estimular as células novas Melhorar a hipotonia tissular Repor o manto hidrolipídico Discromias de pele Promover a eudermia da pele em relação à pigmentação cutânea - O que vai variar é o produto que deve ser escolhido (Ph, concentração, peso molecular etc.). Fonte: elaborada pela autora. De acordo com tudo o que estudamos ao longo deste capítulo, fica evidente o quanto é importante realizar a avaliação prévia antes de qualquer procedimento; somente assim você garantirá resultados satisfatórios ao seu cliente; mesmo que seja “apenas” uma hidratação, todo cuidado deve ser tomado. 19 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Facial Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Como avaliar a pele? Faça o teste da elastina com Dr. Maurizio Pupo - Conheça Sustent C de ADA TINA Dicas do Dr. Maurício Pupo sobre a elasticidade da pele https://youtu.be/ffyTOMYD7zg Manchas na pele (Melasma) - Diva da Estética Aprenda um pouquinho mais sobre o Melasma, a hipercromia que acomete muitas pessoas. https://youtu.be/Tup5VReMlOU Leitura Mapeamento Facial, o que a acne está querendo te falar Reportagem que fala sobre o mapa da acne. Você conseguirá observar que uma simples acne pode revelar mais coisas do que você pode imaginar. https://goo.gl/w7tHji Como identificar e tratar cada grau da sua acne: entenda tim-tim por tim-tim Matéria que fala como identificar os graus de acne e as possíveis indicações de tratamentos. https://goo.gl/bBMzY2 Câncer da pele Artigo da Sociedade brasileira de Dermatologia. https://goo.gl/Msq4EZ 20 Material Teórico Avaliação e Diagnóstico Corporal I Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin • Introdução. • Adiposidade. • Hidrolipodistrofia Ginoide. • Fazer com que o aluno consiga avaliar as alterações de adiposidades, de edemas e também de HLDG (Hidrolipodistrofi a Ginoide). OBJETIVO DE APRENDIZADO Avaliação e Diagnóstico Corporal I UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I Introdução Nesta unidade, você aprenderá a identificar e a avaliar as adiposidades e a HLDG. Essas alterações são recordes de reclamação de nossos clientes. Com isso, é ne- cessário que você saiba avaliá-las da maneira correta, pois, somente dessa forma, seu tratamento terá direcionamento correto. Muitos profissionais esteticistas já se frustraram – e ainda mais a seus clientes – por não conseguir alcançar resultado satisfatório; porém, muitas vezes isso acon- tece justamente por estar tratando a “causa” errada. Quer exemplos? Já vi profissionais tratando HLDG com modeladoras, equipamentos eletroterá- picos e vários recursos diferenciados; porém, o foco, no caso do cliente, deveria ser tratar o edema; obviamente, não se obteve o resultado final esperado. A avaliação não pode ser um momento qualquer; valorize-o; faça todos os ques- tionamentos necessários e também responda a tudo sobre o que seu cliente tem de dúvidas nesse momento. Já pensou se seu cliente não for corretamente orientado e logo depois da sessão para gordura localizada ele sai para comer um pastel? Não vai dar certo, não é? Mas você pode falar: Ah! Isso todo mundo sabe que não pode! Mas conosco, que somos profissionais, esse tipo de comportamento não pode existir; por mais que alguma orientação seja óbvia, oriente sempre seu cliente. Vamos começar? Adiposidade A adiposidade é o acúmulo de gordura, caracterizado pelo acúmulo do tecido adiposo; popularmente é conhecida como gordura localizada. Normalmente, a adiposidade é desencadeada por: • Má alimentação; • Sedentarismo; • Disfunções hormonais; • Alteração postural; • Uso de medicamentos; • Tendências genéticas. 8 9 As regiões que mais tem tendência a acumu- lar gordura localizada são: • Glúteos. • Coxas; • Abdome; • Braços; • Quadris. Tipos de adiposidade: • Compacta; • Flácida. Adiposidade Compacta Esse tipo se apresenta mais resistente; é regulare uniforme, acomete pessoas mais jovens e até mesmo pessoas que praticam atividade física. Figura 2 Fonte: iStock/Getty Images Figura 1 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images 9 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I Adiposidade Flácida Esse tipo de adiposidade está presente, normalmente, em indivíduos sedentá- rios, obesos, em fase de emagrecimento e também após gestação. Figura 3 Fonte: iStock/Getty Images Nesse tipo de adiposidade, você consegue observar uma grande quantidade não só de gordura, mas também flacidez acentuada. Além dos tipos de adiposidades apresentados, podemos fazer outro tipo de clas- sificação da adiposidade. Observe a seguir: 1 65432 Figura 4 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images. 1. Gordura por excessos: Esse tipo de gordura é identificado quando há ingestão de alimentos em excesso; 2. Gordura por ansiedade: O excesso de adiposidade na região da cintura pode estar associado ao stress, à ansiedade; 3. Adiposidade nos quadris: Nesse tipo de adiposidade, as causas mais comuns são a ingestão de glúten; mas também pode estar associada ao desequilíbrio hormonal; 10 11 4. Desequilíbrio metabólico: Nesse caso, a gordura é acumulada na região ab- dominal, o que pode ser perigoso, pois pode levar a complicações de saúde. 5. Alterações circulatórias: Podem ser genéticas, e estão associadas à má circulação sanguínea e também linfática. Obesos e gestantes são comu- mente acometidos; 6. Sedentarismo: Adiposidade acarretada por falta de atividade física, oca- sionando acúmulo no abdome e nos fl ancos. Depois de identificarmos os tipos de adiposidade, é necessário seguir para o próximo passo: precisamos saber como mensurar a gordura localizada. Podemos fazer isso por meio da(s): • Perimetria; • Dobras cutâneas. Perimetria A perimetria é usada quando queremos determinar as medidas de circunferência do nosso corpo. Para realizar essa, usamos a fita métrica, que é de fácil utilização, prática e de valor bem acessível para ser adquirida. Antes de começar a medir seu cliente, é necessário que você adote medidas importantes, como demarcar corretamente o ponto anatômico, sempre anotar os valores encontrados, utilizar os mesmos instrumentos, no mesmo período do dia e de preferência com o mesmo profissional. Figura 5 Fonte: iStock/Getty Images Evite fazer a perimetria em seu cliente se ele estiver com constipação e período menstrual (quando mulher). Isso pode alterar os resultados. 11 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I Quais são as áreas em que podemos usar a perimetria? Podemos medir a circunferência em todos as partes de nosso corpo: braços, pernas, abdome, glúteo etc. De acordo com Guirro e Guirro (2010), recomenda-se que, na hora de tirar as medidas de seu(sua) cliente, os seguintes padrões sejam seguidos: Abdome Superior de 2,5 a 5 cm acima do umbigo Cintura sob a cicatriz umbilical Abdome Inferior de 2,5 a 5 cm abaixo do umbigo Figura 6 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Figura 7 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Figura 8 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images 12 13 Figura 9 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Os valores mensurados acima são padronizados; porém, em seu Estabelecimen- to de Estética, você poderá adotar medidas-padrão e todos devem segui-las. Importante! Sempre que for realizar alguma perimetria, o cliente deve estar em pé e com os pés totalmente apoiados no chão. Importante! Dobras Cutâneas No tratamento para adiposidade, é importante que saibamos medir as do- bras cutâneas. Elas são aferidas em pontos anatômicos, com o adipômetro (que você já conhe- ce), que pode mensurar o percentual de gordura do corpo; independente do adi- pômetro que você use, é importante que ele seja manuseado de maneira correta. Os locais mais comuns no qual medimos as dobras cutâneas são: • Suprailíaca; • Subescapular; • Tricipital; • Bicipital; • Abdominal. 13 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I Como se deve realizar as medidas Para medir as dobras cutâneas, você deve ficar respeitar os seguintes passos: 1. Marcar com um lápis dermatográfico os locais que serão mensurados; 2. Pinçar a prega com seus dedos (aproximadamente 1cm de onde foi mar- cado) e segurar: 3. Pegar o adipômetro e pinçar na dobra (exatamente onde esta marcado): 4. Fazer a leitura do adipômetro - observe que a haste do compasso esteja perpendicular a pele do cliente- anote em sua ficha. Figura 10 – Pinçamento com dedos Fonte: iStock/Getty Images Figura 11 – Adipômetro Fonte: iStock/Getty Images Veja em seu material complementar como calcular corretamente o percentual de gordura corporal. Ex pl or 14 15 Hidrolipodistrofi a Ginoide A HLDG (Hidrolipodistrofia Ginoide) ou FEG (Fibroedema Giloide) é uma alte- ração estética que atinge o tecido cutâneo, o subcutâneo e também a parte circula- tória, e causam, consequentemente, ondulações no relevo cutâneo; para o profis- sional de estética, é muito importante que se saiba analisar todas as alterações que estão envolvidas no quadro de FEG. Figura 12 Fonte: iStock/Getty Images Importante! Fatores como idade, período menstrual, má alimentação, sedentarismo, obesidade, medicamentos, fl acidez, edema e o sexo podem ser causas de pré-disposição para o aparecimento para FEG. Trocando ideias... O FEG pode ser classificado em tipo e ou grau; porém, para que você possa reconhecer as diferenças, é importante realizar os testes avaliativos antes. Vejamos quais são os recursos que nos ajudam a fazer avaliações: • Inspeção: Na inspeção, é o momento no qual você fará a observação ocular, verificando as estruturas, a coloração, as ondulações etc.; • Palpação: O momento da palpação é aquele em que você, com suas mãos na pele na área na qual o cliente apresenta as queixas, irá verificar: » A consistência do tecido (se está flácido ou é compacto); » A mobilidade do tecido; » A sensibilidade; » Se há presença de nódulos; » A espessura do tecido. 15 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I • Teste de pressão: Nesse teste, o cliente deverá estar em pé e você, com seus dedos, irá fazer uma prega/um pinçamento na área na qual o cliente apresen- ta reclamação, promovendo uma tração. Nesse teste, você deverá observar se o cliente relata dor e o quanto o movi- mento incomoda; se houver o desconforto maior que o normal, é porque há presença de FEG no local e sensibilidade que, muitas vezes, pode estar asso- ciada ao acúmulo de adiposidade e também à alteração circulatória; Figura 13 Fonte: iStock/Getty Images • Teste de circulação: Nesse teste, nós iremos observar como está a circulação do cliente. Com ele em posição ortostática, você deve comprimir (faça uma pressão com seus dedos, mas sem ser em forma de pinça) por 15 segundos; depois, levante a mão e observe a coloração da pele; a pele estará mais clara e deve demorar até 6 segundos para voltar à coloração normal; caso esse tempo seja maior, é porque há comprometimento da circulação. Figura 14 Fonte: iStock/Getty Images 16 17 • Teste de casca de laranja: O teste de casca de laranja é um dos mais realiza- dos nas cabines estéticas. Com seu cliente sempre em pé, você poderá realizar esse teste de duas maneiras distintas: 1. Com sua mão, faça uma compressão no tecido onde o/a cliente apresenta o FEG e observe todas as alterações encontradas. Figura 15 Fonte: iStock/Getty Images 2. Afaste-se do seu cliente e se posicione atrás dele; observe a região do glú- teo com ele(a) parado(a); depois, peça que faça uma contração muscular. Nesse momento, ele(a) irá comprimir o bumbum e você deverá observar todas as alterações visíveis. Figura 16 Fonte: iStock/Getty Images Depois de realizado os testes, podemos prosseguir com a avaliação; mas agora temos de classificar o FEG, pois somente dessa forma você conseguira direcionar o tratamento correto. Primeiro, vamos falar sobre o grau e depois discutiremos o tipo. 17 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I Graus GrauI – Leve Nesse grau de FEG, seu (sua) cliente não apresenta nada, visivelmente; porém, ao realizar o teste de casca de laranja, você consegue observar alterações quanto à ondulação; normalmente, não há comprometimento circulatório e de sensibilidade. Figura 17 Fonte: iStock/Getty Images Grau II – Moderado Nesse grau, já se nota alteração no relevo da pele e já é possível verificar ondu- lações, mesmo sem a compressão do tecido, ficando ainda maiores as alterações quando se realiza o teste da casca de laranja. No grau II, já pode haver comprometimento circulatório e linfático (edemas). Figura 18 Fonte: iStock/Getty Images 18 19 Grau III – Intenso Já com comprometimento maior, nesse grau, observa-se (mesmo sem con- tração), a presença de grandes nódulos, que são facilmente identificados. Pode haver dor e, após o teste de casca de laranja, todas as características observadas são aumentadas. No grau III, há comprometimento circulatório, presença de telangiectasias e microvarizes. Figura 19 Fonte: iStock/Getty Images Grau IV – Grave Nesse grau, todo o tecido já está bem comprometido, com muitas ondulações (de diferentes tamanhos), com presença de nódulos grandes, fibroses, retração; a região fica mais resistentes, endurecida e bem dolorida e há comprometimento circulatório importante. No grau IV, as alterações podem ser observadas até mesmo sob as roupas. Figura 20 Fonte: iStock/Getty Images 19 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I Tipos de FEG Compacta Normalmente, acomete pessoas mais jovens e/ou que praticam atividade físi- ca; o tecido se apresenta rígido, compacto e as estruturas corporais se mantêm as mesmas. Figura 21 Fonte: iStock/Getty Images Edematosa Observa-se que o cliente apresenta o FEG, principalmente, devido à presença de edema acentuado na região que está sendo avaliada. A pele fica com aspecto “acolchoado”, por ser um tecido que está congestiona- do; as ondulações ficam mais visíveis e também é o tipo de FEG em que o cliente relata mais dor – justamente pelo comprometimento circulatório. Figura 22 Fonte: iStock/Getty Images 20 21 Flácida Por estar associado à flacidez muscular, normalmente, esse tipo de FEG contem- pla pessoas sedentárias ou acima dos 35 anos, justamente pelo efeito do envelhe- cimento fisiológico do nosso organismo. Pessoas que perderam muito peso (especialmente nas que isso ocorreu muito rápido) também são propensas a terem esse tipo de FEG. Figura 23 Fonte: iStock/Getty Images Para a identificação do FEG flácido é necessário que você faça alguns mo- vimentos simulando o levantamento da área; se houver melhora, é porque é flácido mesmo. Importante! Seu(sua) cliente também pode apresentar FEG misto, no qual se reúnem características de 2 tipos: podem ser fl ácido e edematoso e também edematoso e compacta; lembran- do-se também de que seu(sua) cliente pode apresentar diferentes tipos de graus, em diferentes regiões do corpo. Importante! O importante na avaliação da HLDG é que não podemos garantir 100% de melhora no quadro. Os graus I e II conseguimos tratar com tranquilidade; porém, os graus III e IV não são somente alterações estéticas; apresentam alterações fisiológicas, sendo necessário um acompanhamento multidisciplinar, além de mudança de hábitos. Lembrando-se, ainda, de que, para os diferentes tipos e graus de FEG, você irá traçar o tratamento de maneira diferenciada: cada cliente deve ser tratado de maneira individualizada. 21 UNIDADE Avaliação e Diagnóstico Corporal I Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Hidrolipodistrofia Ginóide (Fibroedema Gelóide): Os graus da celulite O fisioteraeuta Rogério explica mais detalhadamente os graus de FEG https://youtu.be/c7bC2zPqSEM Leitura Sabe a diferença entre índice de massa corporal e índice de adiposidade corporal? https://goo.gl/CdF6ZL Você e o Doutor: conheça os riscos da gordura localizada https://bit.ly/2r8fhD1 Porcentagem de gordura corporal – Como saber e como calcular o ideal? https://goo.gl/zBrPCZ Fibro edema gelóide não é uma inflamação Artigo no qual você consegue identificar quais são os maiores erros que os profissionais cometem na hora de classificar a FEG https://goo.gl/PbE1nH FEG - Fibro Edema Geloide / Celulite https://goo.gl/YquUcV 22 Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais • Introdução; • Alterações Posturais; • Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais. • Avaliação dos distúrbios do pelo; • Identifi car quais são os instrumentos avaliativos utilizados na avaliação corporal, bem como seus métodos de utilização; • Reconhecer na avaliação estética as alterações posturais. OBJETIVO DE APRENDIZADO Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Introdução Nesta Unidade, vocês irão reconhecer como avaliar as alterações posturais, al- gumas alterações do pelo e, também, a identificar os métodos avaliativos que utili- zamos nos procedimentos corporais. Vamos lá? Hoje, os procedimentos estéticos estão cada vez mais amplos; cuidamos de face, do corpo e também do couro cabeludo e da depilação. Para qualquer tratamento, é preciso que você saiba identificar corretamente alterações. Se houver distúrbios de pelos, o conhecimento pode ajudar você num procedimento de depilação, por exemplo. De maneira bem rápida, vamos identificar, primeiro, quais são os tipos de pelo: • Velo: também conhecido como lanugo, é mais curto, fino e sedoso; normal- mente, encontrado em locais que apresentam pouco pelo, como testa, pálpe- bras e também em coro de bebes e crianças; • Terminal: é um pelo mais grosso, com cor e maior. Vamos saber reconhecer quais são os principais distúrbios de pelo que você deve identificar e marcar na ficha de avaliação de seu cliente. Além de fazer uma inspeção manual, você poderá utilizar recursos como lupa e dermatoscópio para ajudar na avaliação. Veja as principais alterações a seguir: • Hirsutismo: Acomete mulheres. É caracterizado pelo aumento considerável de pelo em locais que são característicos dos homens, mais comum em idade fértil ou após a menopausa. Importante! Se na avaliação você identificar que sua cliente apresenta hirsutismo, fique atenta, pois, muitas vezes, essa alteração está ligada ao excesso de hormônios masculinos, o que pode explicar, também, o aparecimento de acne. Importante! • Hipertricose: Apesar de ser rara, é importante que você conheça. É o excesso de pelos, tanto no rosto quanto no corpo. • Pitiríase: É uma dermatite mais branda, mas que incomoda bastante qualquer pessoa que a tem, pois é muito parecida com caspa; nela, há escamação das células mortas e coceira – às vezes, pode até atingir o rosto do cliente. 8 9 • Foliculite: Muito parecida com pequenas espinhas, a foliculite é uma infecção do folículo piloso. Pode ser causada por fungos ou bactérias e, na maioria das vezes, é superficial, mas, ainda sim, causa coceira e pode doer. As áreas mais acometidas por foliculite são: » Coxas; » Axila; » Rosto; » Virilha; » Nádegas. • Os fatores que normalmente contribuem para o surgimento da foliculite são: » Depilação com lâminas; » Suor excessivo; » Roupas apertadas; » Alteração hormonal; » Algum tipo de alteração inflamatória, como acne. Figura 1 – Hirsutismo Fonte: iStock/Getty Images Hipertricose Figura 2 – Hipertricose Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Foliculite, disponível em: https://goo.gl/L3E8t3 Ex pl or 9 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Alterações Posturais Antes de reconhecermos os métodos de avaliação corporal, precisamos verificar as alterações posturais do seu cliente. Sabe por quê? Porque, muitas vezes, nosso cliente pode estar reclamando de uma adiposidade na região abdominal, mas, nahora que vai avaliar a postura, observa que está errada e o abdome está projetando ainda mais a barriga para frente. Caso você não observe isso no início do tratamento, não terá resultados satisfatórios ao final do tratamento. O Esteticista não tem por hábito avaliar a postura, mas é importante saber identificar algumas alterações principias. Dessa forma, você consegue indicar ou encaminhar o cliente para profissionais da área de Fisioterapia, cujos profissionais irão realizar os procedimentos adequados. Simetrófago Já ouviu falar do simetrófago? É um instrumento que você utiliza para auxiliar na identificação da postura de seu cliente, além da inspeção e da palpação. Trata-se de um quadro que apresenta linhas verticais e horizontais, no qual é possível observar o alinhamento do seu cliente. Figura 3 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Após posicionar seu cliente nesse equipamento, você vai conseguir observar com mais facilidade os possíveis desvios que ele possa ter. 10 11 Hoje em dia, existem aplicativos nos quais você pode utilizar para auxiliar na avaliação pos- tural. Acesse o link a seguir e veja como ele pode auxiliar você: https://goo.gl/gBBX4fEx pl or Agora, vamos reconhecer as alterações posturais que podem acometer o seu cliente (e até mesmo você). Essas alterações são em decorrência de irregularidades nas curvaturas da co- luna vertebral. Escoliose A escoliose é um desvio lateral da coluna vertebral, demonstrando um desali- nhamento. Ela pode ser funcional (atinge somente músculos, e não estrutura óssea) ou estrutural – já atinge estrutura óssea. No início, a escoliose não apresenta dor; porém, se não for tratada, pode causar dores musculares e sensação de fadiga nas costas. Veja na imagem a seguir como a escoliose pode se manifestar: Figura 4 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Como identificar uma escoliose? • O corpo normalmente fica mais inclinado de um lado do que do outro; • A cintura vai parecer desigual; • Quadris ou ombros estarão assimétricos. Hipercifose É a curvatura exagerada da coluna vertebral torácica, formando uma concavi- dade aparente, dando a aparência de corcunda. Devido a esse desvio, o indivíduo pode, também, ter complicações em braços, ombros, quadris e joelhos. 11 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Figura 5 Fonte: iStock/Getty Images Hiperlordose A hiperlordose é um aumento do grau da curvatura cervical e/ou lombar. Figura 6 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Como você consegue observar na imagem, a hiperlordose lombar faz com que o glúteo fica mais saliente e há, também, limitação da mobilidade da coluna. Você viu como a alteração postural pode interferir não só na condição física, mas também na aparência. Por isso, é importante que você saiba identificar essas alterações. Assim, você pode ter resultados mais satisfatórios em seu tratamento estético se, em conjunto, seu cliente fizer Pilates ou RPG, com Fisioterapeuta. 12 13 Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais A partir de agora, vamos conhecer tipos de instrumentos e métodos avaliativos para as alterações corporais. Primeiro, vamos saber o que é antropometria. A antropometria é a utilização de métodos diferentes para obter os dados das medidas do seu cliente; utiliza recursos diversos, mas, independente do recurso empregado, normalmente, é de fácil execução, baixo custo e confiável. Você já imagina quais são os instrumentos que usamos para realizar a antropo- metria corporal? Vamos lá a eles! Os instrumentos que usamos para avaliar as medidas corporais são: Fita Métrica A fita métrica é um recurso muito barato, de fácil manuseio e que todos conhe- cem. Com ela, podemos fazer a medida de todas os perímetros corporais. Veja alguns exemplos, nas imagens a seguir: Imagem 7 Fonte: Wikimedia Commons As fitas métricas devem ser flexíveis, devem ter inextensibilidade (que não altera sua forma em decorrência da temperatura quente ou fria e não pode deformar) e, de preferência, ter medida em centímetros e décimos. Adipômetro O adipômetro, também conhecido como plicômetro, é um equipamento usa- do para medir a espessura do tecido adiposo e também para mensurar o percentual de gordura por meio da dobras cutâneas; sua função é medir essas dobras. Existem diferentes tipos de adipômetros: o clínico e o científico; ambos podem ser digitais ou analógicos. 13 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais O clínico é bastante usual; porém, não apresenta resultados totalmente seguros; já o científico apresenta um resultado mais preciso. Figura 8 – Adipômetro Analógicos Fonte: iStock/Getty Images Figura 9 – Adipômetro Digital Fonte: iStock/Getty Images Realizar a mensuração das dobras cutâneas é muito importante; porém, é ne- cessário você utilize esse equipamento de forma correta; de nada adiantaria ter um adipômetro científico e não saber manuseá-lo. Importante! Ao utilizar um adipômetro clínico ou científico, é muito importante que ele esteja devi- damente calibrado. Importante! Balança A balança também é um instrumento que usamos nas avaliações estéticas e, mes- mo que não trabalhemos exatamente com parâmetros de peso em nossos tratamen- tos estéticos, a balança é um recurso que usamos não só para saber o peso inicial e final de nosso cliente, mas, também, para completar outros métodos avaliativos. A balança que podemos utilizar pode ser a mais simples, mas também as cha- madas de bioimpedância. Figura 10 Fonte: iStock/Getty Images 14 15 Bioimpedância A balança de bioimpedância é um recurso que usamos para realizar um teste que leva o mesmo nome. É um método que avalia a composição corporal, mensurando a quantidade de água, de músculo e de gordura no corpo. Mas como uma balança pode obter esses parâmetros? Ela funciona passando uma leve corrente elétrica pelo corpo do cliente. Como todos nós sabemos, a água é uma excelente condutora e, em decorrência da im- pedância do corpo humano, há uma interferência no fluxo dos íons da corrente elétrica; com isso, conseguimos observar, por meio da velocidade da passagem da corrente elétrica pelo corpo, se ele está hidratado ou não, e também verificar a quantidade de músculos e de gordura, lembrando-se de que em tecidos hidratados a corrente passa com facilidade, mas nas áreas com osso e gordura, a corrente terá mais dificuldade para passar. Algumas balanças mais completas também indicam o IMC, taxa metabólica ba- sal, percentual de massa óssea e idade metabólica, para que essas informações sejam precisas, antes, você deve inserir na balança os seguintes dados do cliente: idade, sexo e altura. Figura 11 Fonte: iStock/Getty Images Não é utilizado só na Estética; esse exame é utilizado amplamente em Acade- mias e também em Clínicas de Nutrição. Para ter resultados mais satisfatórios, é importante orientar o cliente da se- guinte forma: • Não passar cremes em mãos e nos pés; • Não beber quantidade muito grande de água antes do exame; • Não tomar bebida alcoólica 24 antes; 15 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais • Evitar bebidas como café e chá horas antes de realizar o exame; • Até 6 horas antes, não realizar atividade física; • Usar roupas leves. Após o exame de bioimpedância, é necessário saber ler os resultados; ela apre- sentará resultados e você deverá saber o que fazer com eles. Resultado da Hidratação Um valor esperado para a quantidade de água no corpo de um indivíduo é 45% a 60% em mulheres e 50 a 65% em homens. Observando esse resultado, saberemos se nosso cliente está hidratado ou não, e isso é muito importante num tratamento de drenagem linfática e para atuação dos ativos na pele; aproveite e já indique a ingestão de água para seu cliente. Gordura visceral É a quantidade de gordura que seu cliente apresenta na região abdominal, que pode desencadear doenças como diabetes, pressão alta, colesterol etc. Os valores esperados são de 1 a 12; acima de 13até 59 já é um número pre- ocupante. Massa muscular O resultado de massa muscular indica em peso ou porcentagem a quantidade de massa magra; quanto maior for a quantidade de músculo, mais calorias seu cliente gasta por dia. Taxa de metabolismo basal O metabolismo basal é uma taxa que se refere à quantidade mínima de calorias que o corpo do seu cliente precisa para se manter diariamente. Chega-se a esse resultado por meio do cálculo de idade X altura X atividade física X sexo. Calcule sua taxa de metabolismo basal, no link a seguir: https://goo.gl/PHfsbD Ex pl or No Mercado, você encontra diferentes tipos de balança que fazem a bioimpe- dância; pesquise e veja qual cumpre as necessidades básicas que você espera. Ape- sar de custar mais do que as balanças convencionais, com ela, você terá resultados diferentes, que podem ajudar muito no tratamento de seu cliente. IMC – Índice de Massa Corpórea IMC é o índice utilizado para identificar a relação de peso e altura. Com ele, é possível observar se o seu cliente está com o peso ideal, abaixo do peso ou acima do peso considerado saudável. 16 17 É calculado da seguinte forma: o peso do seu cliente divido pela altura ao quadrado. Veja o esquema do cálculo a seguir: Peso Altura x Altura Exemplo Cliente: 1,65 de altura / 78kg 78 78 = 28,67 1,65 x 1,65 2,72 Agora que já sabemos como calcular o IMC, precisamos saber o que fazemos com esse resultado. Veja na Tabela a seguir os parâmetros que você vai utilizar para saber o resultado do IMC. Figura 12 Fonte: iStock/Getty Images Após obter os resultados e visualizar no Gráfico, você deve irá fazer a compara- ção com os seguintes resultados: Tabela 1 IMC Resultado Peso Menor que 18,5 Abaixo do peso Entre 18,5 - 24,9 Normal Entre 25 - 29,9 Sobrepeso Entre 30 - 34,9 Obeso Acima de 35 Obesidade extrema Fonte: elaborado pela própria autora A partir dessa Tabela, você poderá saber como está o índice de Massa Corpórea de seu cliente. Caso usássemos o mesmo exemplo apresentado acima, da cliente Juliana, no qual IMC resultou 28,67, chegaríamos à conclusão de que ela estaria apresen- tando sobrepeso. 17 UNIDADE Instrumentos e Métodos Avaliativos Corporais Nesta Unidade, você estudou como conseguir analisar, numa avaliação estética, disfunções do pelo e alterações posturais, além de também reconhecer alguns ins- trumentos de avaliação corporal, como fita métrica, adipômetro e balança. Você viu, ainda, como funciona a bioimpedância e como se realiza o cálculo de IMC, por meio do qual se obtém o índice de Massa Corpórea. Por meio dessas ações, sua avaliação estética corporal ficará ainda mais comple- ta e garantirá informações que levarão a resultados mais eficazes. 18 19 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Avaliação Antropométrica #6 - Avaliação Postural por Simetrografia No vídeo a seguir, você pode observar como é uma avaliação realizada com a ajuda de um simetrófago. https://youtu.be/S7h5M4077Vw Bioimpedância pela Balança - Academia Atlhetica No vídeo, você poderá verificar como é realizada na prática a utilização da balança de bioimpedância. https://youtu.be/TFgkJkn-yng COMO CALCULAR SEU IMC (índice de massa corporal) - Dr Lucas Fustinoni - Médico - CRMPR 30155 No vídeo disponível no link a seguir, o Dr. Lucas fala um pouco mais sobre o IMC. https://youtu.be/Rc9Ftm2j2t0 Leitura Alterações repentinas nos pelos podem indicar problema hormonal Reportagem do programa Bem-estar, que fala sobre as alterações do pelo e os cuidados necessários na hora de avaliar e fazer os procedimentos estéticos relacionados a ele. Leia e fique por dentro dessas informações. https://goo.gl/2rZ3E Índice de Massa Corporal e Circunferência Abdominal: Associação com Fatores de Risco Cardiovascular Neste artigo de estudo científico, você irá veririfcar qual é a associação da medida da circuferência abdominal com o risco de doenças cardiovasculares. https://goo.gl/8FUSRG 19 Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Fernanda Ribeiro de Oliveira Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro Pele e Instrumentos Avaliativos da Face • Introdução; • Biotipo Cutâneo; • Estado Cutâneo; • A Pele de Acordo com a Idade; • Instrumentos Avaliativos da Face. • Fazer com que o aluno conheça a estrutura da pele e seus anexos, bem como seja preparado para avaliar seus tipos e fototipos; • Tornar o aluno apto a identifi car os instrumentos avaliativos para a face. OBJETIVO DE APRENDIZADO Pele e Instrumentos Avaliativos da Face UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Introdução A avaliação da pele serve, de maneira geral, para que o profissional consiga identificar as características de cada pele e oriente de maneira correta, quanto aos tratamentos e cuidados diários. Para fazer uma avaliação correta, primeiro vamos revisar de maneira breve as características fisiológicas da pele. A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano e representa 15% do peso corporal. Toda sua estrutura é bem complexa, com muitas camadas e células, tem espessura de aproximadamente 5mm na maior parte de sua extensão, mas em regiões mais finas, como pálpebras, ela chega a ter 0,5mm. A pele precisa estar saudável para exercer suas funções, mesmo porque ela tem um contato direto com o meio externo. Alguns autores apresentam a pele em 3 camadas, porém, artigos mais recentes relatam que a pele tem apenas 2 camadas, a epiderme e derme; e a hipoderme faz parte do tecido subcutâneo. Veja a estrutura da pele e suas camadas: As Camadas da Pele Epiderme Derme Tecido Subcutâneo Figura 1 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Antes de aprendermos diferenciar cada tipo de pele, é importante que você conheça a pele um pouquinho mais a fundo. Vamos lá? A primeira camada da pele, a epiderme, é a camada mais superficial, e tem função protetora, mesmo sendo a parte mais fina da pele – representando mais ou menos de 0,03 a 1,5mm (dependendo da região) – ela tem 4 camadas diferenciadas: • Camada basal: é a camada que tem uma divisão celular muito grande, está localizada de forma mais profunda na epiderme e entra em contato direto com a derme. 8 9 • Camada espinhosa: possui filamentos de queratina e com isso consegue manter as células unidas. • Camada granulosa: há presença de grânulos de queratina que formam uma barreira entre as células, que dificulta a passagem de água; nessa camada, os queratinócitos são achatados, menos hidratados e produzem uma maior quan- tidade de queratina. • Camada córnea: é a camada mais superficial, formada por células mortas, e estão sempre se renovando. • Camada lúcida: presente somente e regiões mais espessas do corpo como palma da mão e planta dos pés. Uma célula demora aproximadamente de 26 a 28 dias para sair da camada basal e chegar até o extrato córneo (a camada mais superfi cial da pele), ou seja, para percorrer toda a ex- tensão da epiderme, uma célula demora quase 1 mês. Ex pl or Derme A derme é a camada localizada logo abaixo da epiderme, ela tem por finalidade garantir a elasticidade e resistência da pele, além de ser responsável pela oxigena- ção e nutrição da epiderme. De acordo com Rodrigues (2012), a derme apresenta uma espessura de 15 a 40 vezes maior que a epiderme. Na derme, é onde encontramos a matriz colágena, fibras elásticas, fibroblastos, substância fundamental, entre outras. Hipoderme Alguns autores falam que a hipoderme é a última camada da pele, porém, ou- tros defendem que ela não faz parte da pele, pois ela é um tecido subcutâneo com- posto por células de gordura, que têm por função dar forma e contorno ao corpo, proteger órgãos internos e manter a temperatura corpórea. Anexos cutâneos Os anexos cutâneos são as unhas, folículo piloso, glândulas sudoríparas e glân- dulas pilossebáceo. A seguir, você pode identificar os anexos cutâneos presentes na pele: 9 UNIDADE Pele e InstrumentosAvaliativos da Face Glândula Sebácea Foliculo PilosoGlândula Sudorípara Figura 2 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images • Folículo piloso: é uma unidade que é encontrada em toda a superfície da pele, onde é produzida fios de cabelos e pelos. • As glândulas sudoríparas são responsáveis por secretar suor através dos ori- fícios pilossebáceos. O suor é necessário, pois ajuda o nosso corpo manter a temperatura. • Glândulas sebáceas: são glândulas que produzem lipídios, sebo – normal- mente estão ligadas a um folículo piloso, que ajudam a lubrificar os pelos e também a pele. • Unha: todos nós conhecemos as unhas, desde pequenos, nós já conseguimos identificá-las em nosso corpo; ela é uma placa de queratina que fica localizada nas pontas dos dedos. Biotipo Cutâneo Agora que relembramos a composição e estrutura da pele, brevemente, vamos conhecer os seus tipos. Os biotipos cutâneos que conhecemos hoje foram classificados no início do século XX por Helena Rubinstein, que era cosmetóloga e amante da beleza da mu- lher. Cada pessoa apresenta um tipo de pele diferente, cada uma traz combinações de quantidade de água, quantidade de óleo, pH e sensibilidade de forma diferente. A combinação desses três fatores é que irá determinar o biotipo cutâneo; de ma- neira geral, o biotipo cutâneo é classificado em 4 tipos distintos: pele eudérmica, pele alípica, pelo lipídica e pele mista. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas. Agora que relembramos a composição e estrutura da pele, brevemente, vamos conhecer os seus tipos. Os biotipos cutâneos que conhecemos hoje foram classificados no início do século XX por Helena Rubinstein, que era cosmetóloga e amante da beleza da mu- lher. Cada pessoa apresenta um tipo de pele diferente, cada uma traz combinações de quantidade de água, quantidade de óleo, pH e sensibilidade de forma diferente. 10 11 A combinação desses três fatores é que irá determinar o biotipo cutâneo; de ma- neira geral, o biotipo cutâneo é classificado em 4 tipos distintos: pele eudérmica, pele alípica, pelo lipídica e pele mista. Vamos conhecer um pouco mais sobre elas. Pele Normal Pele Oleosa Pele Seca Pele Combinada Figura 3 – Tipos de pele Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Pele eudérmica A pele eudérmica é uma pele muito difícil de ser encontrada, ela apresenta o equilíbrio perfeito, onde tem o pH fisiológico. Esse tipo de pele, apesar de ser encontrada, quase sem- pre em bebê, se algum jovem ou adulto for contemplado por ela, pode ser resultado de uma boa alimentação, ser saudável, boa he- reditariedade e ter bons hábitos. Veja na ima- gem ao lado como conseguimos a aparência de uma pele eudérmica. Suas características são: • Média espessura; • Brilho normalizado; Figura 4 Fonte: iStock/Getty Images • Secreção sebácea equilibrada; • Secreção sudorípara equilibrada; • Hidratação equilibrada; • Superfície lisa e aveludada; • Boa elasticidade; • Superfície firme; • Óstios imperceptíveis; Orientações para a pele eudérmica: • Manter a hidratação, proteger diariamente contra agressões externas, tentar manter o equilíbrio da pele, usar cosméticos adequados. 11 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Pele alípica A pele alípica é uma pele que apresenta ausência de oleosidade, tem um pH mais ácido e devido à sua falta de hidratação e gordura é mais propensa a um en- velhecimento precoce. Características: • Espessura fina; • Secreção sebácea reduzida; • Secreção sudorípara reduzida; • Desidratada; • Sem brilho/opaca; • Descama com facilidade; • Ostios mais fechados; • Tendência a rugas; • Muito sensibilizada. Figura 5 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Orientações para a pele alípica: • Evitar agressões externas como ventos, frio e sol, fazer hidratação diária com produtos específicos, evitar água quente, não usar cosméticos com grande quantidade de álcool. Pele lipídica A pele lipídica apresenta uma quantidade de oleosidade mais intensa, tem um pH mais alcalino, porém, é uma pele que resiste mais a agressões externas e ao envelhecimento; e pele mais oleosa, além da hereditariedade, ela pode ser influen- ciada pele estresse, temperatura mais altas e desequilíbrio hormonal. 12 13 Figura 6 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Características de uma pele lipídica: • Espessura aumentada; • Secreção sebácea aumentada; • Secreção sudorípara aumentada; • Desidratada as vezes; • Superfície sebáceo; • Brilho excessivo; • Óstios mais abertos; • Tem tendência a comedões e acne. Orientações para a pele lipídica: • Para a pele oleosa, devemos ter alguns cuidados no controle da oleosidade: sempre utilizar cosméticos adequados para esse tipo de pele, ou seja, produtos livres de óleo. Pele mista Esse tipo de pele é muito comum e re- úne característica de oleosas e secas em uma mesma pele; na zona central do ros- to (testa, nariz e queixo), ela tem carac- terísticas lipídicas, já na lateral do rosto ( orelhas, área dos olhos e bochechas) tem características de uma pele mais seca, essa divisão conhecemos com ao zona T. Característica da pele mista: • Oleosidade na zona T; • Espessura normal em laterais e mais espessa e zona T; • Brilho mais intendo na zona T; • Ostios mais dilatados na zona T; Figura 7Fonte: iStock/Getty Images 13 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face As regiões marcadas na imagem representam as regiões com oleosidade, as demais áreas têm características de pele mais seca. Orientações para pele mista: • Para quem tem este tipo de pele é preciso fazer a proteção contra agentes externos (assim como os outros tipos), usar os cosméticos adequados para controlar a oleosidade na parte central da face e também aumentar a hidrata- ção nas laterais. Estado Cutâneo • Normal: quando há equilíbrio de todo os requisitos, de hidratação, oleosidade, textura etc. • Sensibilizado: como a pele reage a estímulos, quando apresenta irritação, vermelhidão, coceira, calor etc. • Seborreico: quando há uma secreção de sebo muito grande na pele. • Textura: quando identificamos se a pele do cliente é mais lisa ou áspera. • Ostio: mais popularmente conhecidos como poros, são os orifícios que estão sobre toda a pele. Importante! Para avaliar o biotipo cutâneo, é necessário que antes se faça a higienização adequa- da da pele, pois não é possível identificar corretamente as características da pele se o cliente estiver de protetor solar, ou se acabou de chegar da rua em um dia ensolarado, com maquiagem etc. Então, para ter um diagnóstico correto, a pele SEMPRE deverá estar limpa. Importante! Qual é a importância de sabermos o tipo de pele de nosso cliente? Antes de realizar qualquer procedimento estético, é importante identificar qual é o tipo de pele do seu cliente, isso porque você deverá eleger os cosméticos corre- tos para cada tipo de pele. Já pensou usar uma máscara em creme (que tem mais óleos) em uma pele oleosa, ou usar um produto que retira totalmente a oleosidade em uma pele alípica? Em qualquer uma dessas situações, você poderia ter provo- cado um efeito não desejado na pele, isso porque não está usando e nem fazendo o procedimento adequado ao tipo de pele do seu cliente. Fototipo A classificação do fototipo de pele está relacionada ao comportamento da pele quando exposta ao sol, nossa pele pigmenta-se através da ação da melanina, que é o pigmento que dá coloração, isso é definido de maneira genética. Se os pais 14 15 produzem pouca melanina, o filho também produzirá e assim sucessivamente. No ano de 1976, o Dr. Thomas Fitzpatrick classificou 6 fototipos cutâneos, que varia do I ao VI. Classificação de fototipo de pele segundo Fitzpatrick: I.I - Pele muito sensível ao sol, sempre se queima ( ca muito vermelha) e nunca bronzeia. I.II - Pele sensível ao sol, sempre se queima e bronzeia pouco. I.III - Pele de sensibilidade normal, bronzeia moderadamente e às vezes se queima. I.IV - Pele com sensibilidade normal, bronzeia bastantee se queima pouco. I.V - Pele com pouca sensibilidade, muito pigmentada bronzeia sempre e raramente se queima. I.VI - Pele sem sensibilidade, nunca se queima, é muito pigmentada naturalmente. Figura 8 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Importante! A tabela de fototipo proposto por Fitzpatrick não é com a fi nalidade de defi nir a cor da pele somente, mas sim classifi cá-la em decorrência da reação à exposição solar ao bronzeamento e queimadura. Importante! A Pele de Acordo com a Idade Para atendermos melhor cada tipo de cliente, de maneira geral, é importante entendermos como cada pele se comporta em diferentes fases da vida. Bebês A pele do bebê obviamente é mais fina do que de um adulto, e não tem todas as funções em plano funcionamento. Em um atendimento de Shantala, por exemplo, é necessário tomar os devidos cuidados. 15 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Crianças Para as crianças, o primordial é que tenha muito cuidado de prevenção, pois a criança com uma pele bem cuidada permanecerá na fase adulta. De acordo com Rodrigues (2012), até os 18 anos, estima-se que a criança e o adolescente já ti- veram a pele exposta aos raios solares máximos em 80%. Nessa fase da vida, é importante predominar os cuidados com a proteção solar e hidratação à pele. Adolescentes Nessa fase, há grande quantidade de alteração hormonal e isso faz com que as haja um aumento na atividade da glândula sebácea e com isso consequentemente a pele do adolescente é mais oleosa e com tendências à acne. Gestantes Nas gestantes, em decorrência das alterações vasculares e hormonais, a pele da gestante sofre grandes modificações, como aparecimento de hipercromias, maior quantidade de pelo, estrias (devido ao estiramento da pele) e também mais edemas são presentes. Idosos A pele do idoso é uma pele mais fina, apresenta pouca atividade das glândulas sebáceas, logo, ela se apresentará mais sec. Além disso, a pele senil terá mais res- secamento, descamação e será mais sensível a agressões (tome cuidado ao esfoliar). Instrumentos Avaliativos da Face Para qualquer avaliação estética, é importante que tenhamos equipamentos que nos auxilie na investigação da alteração estética, às vezes, muitas coisas não esta- rão evidentes a olho nu. Vamos conhecer os instrumentos que irão nos ajudar na avaliação e diagnóstico das alterações estéticas. Papel de seda O papel de seda é de fácil acesso e de prático manuseio. Com ele, nós podemos identificar a oleosidade da pele do cliente. Esse tipo de material tem a capacidade de absorver a oleosidade da pele, logo, se a pele for lipídica, o papel apresentará áre- as com óleo. Porém, se a pele for alípica, o papel permanecerá seco. Figura 9 Fonte: iStock/Getty Images 16 17 Paquímetro O paquímetro é muito utilizado por design de sobrancelhas, pois auxilia na medi- ção das mesmas, contribuindo para uma imagem mais harmônica. Na avaliação esté- tica, nós utilizamos o paquímetro para medir tamanhos de lesões, discromias e rugas; assim, com a ajuda da fotografia, podemos acompanhar a evolução do tratamento. Figura 10 Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images Como usar? Para um tratamento de rugas, por exemplo, no dia da avaliação você deverá posicionar uma ponta do paquímetro no início das rugas e a outra ponta no final. Você deverá anotar na ficha de avaliação quais foram os milímetros ou centímetros encontrados e depois tirar uma foto. Depois, você irá repetir esse processo ao final do tratamento. Que cliente não gostaria de saber que sua diminui de tamanho e ver isso de forma comprovada através do paquímetro e foto? Vamos utilizar esse recurso para documentar suas avaliações. Lupas e lentes de aumento Nem todas as alterações estéticas podem ser vistas com base apenas em nossos olhos. Para isso, utilizamos a lentes de aumento que mais conhecemos com lupa. Ela poderá ali- mentar em até 10x o tamanho da lesão, que podem ser, por exemplo, os comedões. Na hora de comprar uma lente de aumen- to, você deverá verificar alguns itens: Se acompanha iluminação: Algumas já vêm com a luz acopladas, outras não. Então você irá depender de ter uma boa iluminação do ambiente (que já é indicado). Veja, na imagem a seguir, um exemplo de lupa com iluminação. Figura 11 Fonte: iStock/Getty Images 17 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Quanto à estrutura física: existem diferentes tipos de lupas. Na hora de comprar, você deverá ajustar ao seu espaço e ao valor que pretende investir. Vamos conhecê-las: Lupa de pala: é uma lupa de pala que se assemelha a óculos, de fácil utilização e mais econômica; às vezes, tem um ponto de luz que ajuda na hora da visuali- zação. Alguns fabricantes permitem que você troque os tamanhos das lentes de acordo com a sua necessidade. Lupa articulada: um pouco maior do que a lupa de pala, ela normalmente vem com uma iluminação melhor e você pode fixá-la no seu carrinho auxiliar, na maca, ou onde você tem um apoio adequado e que não atrapalhe o seu cliente; ela é arti- culada, o que permite você movimentar de acordo com a sua necessidade. Lupa Articulada Lupa Tripê Figura 12 Fonte: iStock/Getty Images Lupa tripé: para esse equipamento, é necessário um investimento financeiro e um espaço físico um pouco maior; ela tem um apoio com tripé, o que permite o deslocamento pelo seu ambiente de trabalho – para ambientes menores, ela não seria tão indicada devido ao espaço que ocupa – assim, você pode ter uma maior flexibilidade durante a sua avaliação, podendo avaliar um rosto e um corpo de uma mesma cliente, sem precisar fazer grandes movimentações. Qualquer uma das lupas citadas irá auxiliar de maneira muito eficaz em qualquer avaliação facial. Luz de Wood A luz de Wood é uma lâmpada de mercúrio de alta pressão, que também é co- nhecida como luz negra, contém em seu interior o cristal de Wood que absorve to- das as radiações luminosas; com ela, podemos identificar alterações de manchas e sua profundidade, a desidratação da pele, células mortas, comedões e oleosidades. 18 19 Figura 13 Fonte: Wikimedia Commons Na hora da avaliação, a pele do cliente pode apresentar colorações diferencia- das e você precisará saber identificá-las de maneira correta para ter o diagnóstico correto. Veja, na tabela a seguir, a fluorescência da lâmpada e o que as cores estão identificando: AZUL: Pele normalizada e saudável LARANJA CLARO OU AMARELO: Pontos onde há comedões ou acne LARANJA: Onde há pontos de oleosidade MARROM: Área pigmentada ROXO FLURESCENTE: Mostra desidratação cutânea BRANCO: Área de pele que apresenta grande quantidade de células mortas ROXO ESCURO: Mostra que há produtos como protetor solar ou maquiagem no local Figura 14 Como usar a luz Wood? A pele deve estar higienizada, sem maquiagens, protetor solar, cremes etc. para não causar diagnósticos errôneos. Na hora da avaliação, o ambiente deve estar to- talmente escuro – tem alguns equipamentos que possuem uma cabine onde o clien- te posiciona a face dentro (que já é escura); já outros equipamentos são vendidos somente à lupa com a luz, onde você segura com as mãos; com ele, você deverá ter um ambiente totalmente escuro para conseguir usá-lo corretamente. Saiba mais: o cristal de Wood é um vidro violeta-azulado bem escuro, sua radia- ção é invisível, porém, seus feixes de luz permitem identificar radiações infraverme- lhas e ultravioletas com comprimento de ondas entre 320 a 400nm. 19 UNIDADE Pele e Instrumentos Avaliativos da Face Dermatoscópio É um equipamento muito potente que, através de uma lente especial, permite aumentar de 10 até 200x o tamanho real de uma área, aumentando consideravel- mente todas as estruturas epidérmicas. Figura 15 Fonte: iStock/Getty Images O dermatoscópio se mostra muitíssimo eficaz para avaliar lesões cutâneas e do couro cabeludo; esse equipamento é muito utilizado por dermatologista devido à sua finalidade – de acordo com o conhecimento,
Compartilhar