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1 Beatriz Cavalcanti Regis Manual do Residente de Clínica Médica 12ª edição ESTADO MENTAL Coleta da história: • Lógica e coerente? • Se desconexa e/ou desarmônica → explorar funções corticais superiores (nível de consciência + atenção + linguagem). ✓ Nível de consciência: escala de coma de Glasgow. ✓ Atenção: déficits generalizados (delirium), difusos e lesões cerebrais focais (pacientes com lesão no hemisfério direito – heminegligência do lado contralateral/esquerdo). ✓ Linguagem: observar a capacidade do paciente de se expressar (fluência), compreender, repetir e nomear objetos. ➔Alterações no hemisfério esquerdo: - Lesões temporais → afasia de Wernick (comprometimento da compreensão). - Lesões frontais → afasia de Broca (comprometimento da fluência). MOTOR • Avaliar o tônus e a força proximal e distal das extremidades. • Escala de força do Medical Research Council: Grau 0 Ausência de contração Grau 1 Esboço de contração sem movimentar o segmento Grau 2 Contração capaz de movimentar o segmento com eliminação da gravidade Grau 3 Movimento contra a gravidade, porém não vence a resistência Grau 4 Movimento contra certa resistência Grau 5 Força normal SENSORIAL Sensibilidade exteroceptiva: • Sensibilidade dolorosa: instrumento pontiagudo (agulha); comparar um lado com o outro, bem como a extremidade distal com a proximal. • Sensibilidade térmica: tubos de ensaio contendo água fria (5-10°C) e quente (40-45°). • Sensibilidade tátil superficial: chumaço de algodão, lenços de papel, pincel macio. Sensibilidade proprioceptiva: • Palestesia (sensibilidade vibratória): diapasão metálico sobre uma eminência óssea (articulações interfalângicas dos dedos dos pés e mãos, maléolos mediais e laterais, tuberosidade da tíbia e cristas ilíacas). • Artrestesia (capacidade de reconhecer a posição das partes do corpo no espaço, sem necessidade de aferência visual): ✓ Testagem direta: movimentos passivos da articulação interfalângica dos dedos dos pés e mãos, para cima e para baixo, com fixação na falange proximal. 2 Beatriz Cavalcanti Regis Manual do Residente de Clínica Médica 12ª edição ✓ Presença de sinal de Romberg: perda da referência espacial do corpo após fechamento dos olhos, sem lado preferencial e imediato. REFLEXOS MIOTÁTICOS • Vivos/exaltados: comprometimento do neurônio motor superior (lesões centrais – encéfalo/medula) associadas à presença do sinal de Babinski. • Hipoativos/abolidos: afecções que interferem na via aferente ou eferente do arco reflexo. FUNÇÃO CEREBELAR • Alterações de grupos musculares axiais (marcha): incoordenação da marcha, com passos dismétricos e de base alargada, com tendência a queda (marcha ebriosa). • Alterações de grupos musculares apendiculares (prova índex-nariz): dismetria das extremidades, decomposição dos movimentos, tremor intencional (ao final do movimento) e dificuldade de realizar movimentos alternados. • Outros: prova calcanhar-joelho e movimentos alternados rápidos (disdiadococinesia). Obs.: Alteração cerebelares não pioram ou pioram pouco com os olhos fechados. SINAIS MENÍNGEOS • Rigidez de nuca: dor e/ou dificuldade na flexão da cabeça sobre o tronco (enrijecimento e espasmo). • Sinal de Brudzinski: flexão involuntária dos membros inferiores na tentativa de flexão forçada da cabeça sobre o tórax. • Sinal de Kernig: testa 1 perna por vez; flexão da coxa em direção ao tronco e da perna em direção à coxa (ângulo de 90° em ambos) → extensão da perna em relação à coxa, abaixando um pouco o joelho nesse momento → perna esticada e em ângulo de cerca de 70° em relação à maca → presença de dor lombar com ou sem irradiação radicular → sinal positivo. • Sinal de Laségue (sinal radicular mais importante): testa 1 perna por vez; elevação passiva do membro inferior; presença de dor lombar com ou sem irradiação radicular → sinal positivo. 3 Beatriz Cavalcanti Regis Manual do Residente de Clínica Médica 12ª edição NERVOS CRANIANOS
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