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Cefaléia Dor de cabeça, um sintoma muito comum, pode ser causada por uma anormalidade grave subjacente, mas geralmente é devida a transtornos denominados cefaleias primárias, tais como enxaqueca, cefaleia do tipo tensional, cefaleia em salvas e hemicrania paroxística. Prevalência elevada ao longo da vida (Sexo masculino 94% e feminino 99%) Terceira queixa mais frequente em ambulatórios gerais. As cefaléias primárias são doenças cujo sintoma principal, porém não único, são episódios recorrentes de dor de cabeça. A cefaléia é a própria doença (ex: enxaqueca, cefaléia do tipo tensional e cefaléia em salvas) As cefaléias secundárias são o sintoma de uma doença subjacente, neurológica ou sistêmica (ex: meningite, arbovirose, tumor cerebral). O diagnóstico diferencial entre cefaléia primária ou secundária é essencial. A causa da cefaléia secundaria habitualmente deve ser investigada por meio de exames subsidiários. Enxaqueca Brasil: prevalência anual de 15,8% Pico de prevalência entre 30 e 50 anos Cefaléia de forte intensidade, pulsátil, piorando com as atividades do dia a dia. A duração é de 4 a 72 horas. Clínica médicaCaroline Pires – Dor de cabeça, um sintoma muito comum, pode ser causada por uma anormalidade grave subjacente, mas geralmente é devida a transtornos denominados cefaleias primárias, tais como enxaqueca, cefaleia do tipo tensional, cefaleia em salvas e Prevalência elevada ao longo da vida (Sexo Terceira queixa mais frequente em são doenças cujo sintoma principal, porém não único, são episódios recorrentes de dor de cabeça. A cefaléia é a própria doença (ex: enxaqueca, cefaléia do tipo tensional e são o sintoma de , neurológica ou sistêmica (ex: meningite, arbovirose, tumor cerebral). O diagnóstico diferencial entre cefaléia primária ou secundária é essencial. A causa da cefaléia secundaria habitualmente deve ser investigada por Brasil: prevalência anual de 15,8% Pico de prevalência entre 30 e 50 de forte intensidade, pulsátil, piorando com as atividades do dia a dia. A duração é de 4 a 72 horas. Unilateral, em dois terços das crises e geralmente muda de lado de uma crise para outra. A enxaqueca frequentemente é associada a náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia. Outras manifestações autonômicas que podem acompanhar a enxaqueca, cefaleia em salvas e outras variantes de dor de cabeça inclue rinorreia, síndrome de Horner e edema facial. Profilaxia das crises: Tricíclicos, antiepilépticos, propanolol. Interrupção da dor: Analgésicos, AINE, metoclopramida, triptanos, ergotamínicos. Cefaléia do tipo tensional (CTT) Mais frequente entre as primárias Crise de fraca ou moderada intensidade, com sensação de aperto ou pressão e, na maioria das vezes, bilateral. Pode ser frontal, occipital ou holocraniana. A dor pode melhorar com atividade física Surge, em geral, no fina Cefaléia por cansaço, noite mal dormida, estresse, ressaca, etc. Relacionada com estresse físico, muscular ou emocional. Sem náuseas ou vômitos; discreta sensibilidade à luz ou ao som, mas não a ambos Profilaxia das crises: Tricíclicos, antiepilépticos, propanolol. Clínica médica – Medicina FTC 2020.2 Unilateral, em dois terços das crises e almente muda de lado de uma A enxaqueca frequentemente é associada a náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia. Outras manifestações autonômicas que podem acompanhar a enxaqueca, cefaleia em salvas e outras variantes de dor de cabeça incluem semiptose, rinorreia, síndrome de Horner e edema Tricíclicos, antiepilépticos, propanolol. Analgésicos, AINE, metoclopramida, triptanos, ergotamínicos. Cefaléia do tipo tensional (CTT) Mais frequente entre as primárias Crise de fraca ou moderada intensidade, com sensação de aperto ou pressão e, na maioria das vezes, bilateral. Pode ser frontal, occipital ou holocraniana. A dor pode melhorar com Surge, em geral, no final da tarde Cefaléia por cansaço, noite mal dormida, estresse, ressaca, etc. Relacionada com estresse físico, muscular ou emocional. Sem náuseas ou vômitos; discreta sensibilidade à luz ou ao som, mas Tricíclicos, antiepilépticos, propanolol. Caroline Pires – Medicina FTC 2020.2 Interrupção da dor: Analgésicos, AINE, metoclopramida, triptanos, ergotamínicos. Cefaléia em salvas Mais frequente em homens Crises de 15 a 180 minutos Dor excruciante (tipo facada), unilateral e alterações autonômicas associados à sensação de inquietude e agitação, chegando a grau de delírios. Após episodio de salvas, pode haver período de meses ou anos sem crises Associado a ptose ipsilateral, miose, rinorreia, edema palpebral, lacrimejamento. Critérios: Condição em que seja capaz de causar cefaléia; Relação temporal com a condição subjacente; Atenção primária: 39% tinham cefaléia devido a um distúrbio sistêmico. 5% apresentavam cefaléia causada por um distúrbio neurológico. Propedêutica inicial Determinação das características: Anamnese cuidadosa, caracterização dos sintomas e exame físico detalhado e sinais de alarme. Investigação etiológica São solicitados exames de imagem quando há: Cefaléia em “Thunderclap” (cefaléia súbita com intensidade máxima) Sinais ou sintomas neurológicos focais Inicio da dor associado a esforço, tosse ou atividade sexual Início após os 40 anos Mudanças significativas recentes no padrão, freqüência ou gravidade Dor refratária Cefaléia em “Thunderclap” Cefaleia em trovoada (CT) ou Thunderclap Headache é um tipo de dor de cabeça abrupta ou hiperaguda em seu início. O fenótipo mais comum dessa cefaleia, acompanhada ou não de déficits neurológicos, é associado à ruptura de um aneurisma intracraniano, a hemorragia subaracnoidea (HSA), podendo haver outras causas, tais como trombose venosa cerebral, outras hemorragias intracranianas, apolexia pituitária ou síndrome da vasoconstrição cerebral reversível. As hemorragias intracranianas, de um modo geral, apresentam elevada morbimortalidade. Dentre elas, a hemorragia intraventricular (HIV) está associada a um pior prognóstico e a maior necessidade de cuidados e assistência. Hemorragia subaracnóide A Hemorragia Subaracnóide é uma alteração neurológica ocasionada por um sangramento abrupto no espaço subaracnóideo, compreendido entre as membranas pia-máter e aracnoide. A ruptura de aneurismas cerebrais é a causa mais comum de hemorragia não traumática subaracnóidea, seguida da ruptura de malformações arteriovenosas. Caroline Pires – Medicina FTC 2020.2 Sinais e Sintomas: Pico hipertensivo + Cefaléia súbita e de grande intensidade, descrita como a “pior cefaléia da vida” (“thunderclap”) + Sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca) + sinais focais. Diagnóstico: TC de crânio sem contraste. Punção lombar caso TC normal e alta suspeita de HSA. Caso confirmada HSA, solicitar Angio-TC ou Arteriografia cerebral de 4 vasos para localizar o aneurisma. Trombose venosa cerebral A trombose venosa cerebral (TVC) é uma doença cerebrovascular causada pela oclusão dos seios venosos e/ou das veias cerebrais por trombos. Apesar de pouco prevalente – cerca de 1% dos casos de AVC – seu destaque ocorre em adultos jovens, principalmente mulheres. A mortalidade é em torno de 10%, e até 80 % dos pacientes conseguem se recuperar sem nenhum déficit físico. 2-10% apresentam “Thunderclap” e 75-95% apresentam cefaléia progressiva. Dor piora com tosse, espirro, manobra de Valsalva, decúbito, ao acordar Alterações do nível de consciência, crises, papiledema e déficits focais (10-15%). Diagnóstico: Sensibilidade de 75% da TC de crânio se exame neurológico normal; TC alterada em até 95% dos pacientes com déficits focais; LCR com pressão de abertura;RM e estudo de vasos. Dissecção de artérias cervicais 60-95% apresentam cefaléia 20% “Thunderclap” Região da nuca, temporal, auricular e mandibular Amaurose fugaz, síndrome de Horner, diplopia e outros. Causas menos comum: Associada a crise hipertensiva e PRES Hipotensão liquórica AVC-I Apoplexia pituária Síndrome de vasoconstricção cerebral reversível Thunderclap primária
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