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Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 1 Genética Erros inatos do metabolismo São erros que já estão no indivíduo desde o momento em que ele nasce, desde que ele é formado. Portanto, é algo intrínseco a ele. Os erros inatos do metabolismo (EIM) são distúrbios de natureza genética que geralmente correspondem a um defeito enzimático capaz de acarretar a interrupção de uma via metabólica. Ocasionam, portanto, uma falha de síntese (anabolismo), degradação (catabolismo), armazenamento ou transporte de moléculas no organismo. Esses problemas também podem ser chamados de Doenças Metabólicas Hereditárias (DMH). Na imagem acima existem duas situações: 1. A primeira situação é a normal em que tem um substrato que é convertido em um produto através de uma enzima; 2. Já na segunda situação, há um defeito enzimático, o qual gera um acúmulo de substrato (o substrato que deveria ter suas concentrações reduzidas por conta da transformação enzimática, acaba aumentando a sua concentração no organismo e gerando, em muitas situações, problemas relacionados à intoxicação). E o que se percebe é que há um desvio de rotas, o que acaba culminando no aparecimento de rotas alternativas que também podem ser prejudiciais para o organismo. Na imagem acima: o As enzimas 1,2,3,4 agem conjuntamente para gerar o produto final; o Na ausência de qualquer uma dessas enzimas o defeito será o mesmo: falta do produto final; o Essas enzimas geralmente atuam em cascata, uma auxiliando a outra. Essa imagem é um outro exemplo em que a enzima Y atua em quatro rotas metabólicas, as quais produzem produtos diferentes. Logo, na ausência da enzima Y, pode-se ter quatro problemas metabólicos relacionados a quatro produtos diferentes que essa enzima é responsável por gerar. E, apesar desses problemas serem classificados de maneiras diferentes (dependendo da expressão fenotípica deles), serão resultados de uma mesma causa clínica (ocasionados por uma mesma via/mesma enzima). Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 2 Genética HISTÓRICO: Dr. Archibald Garrod: 1904 – Alcaptonúria: o 1º erro inato descrito; o Doença autossômica recessiva; o É um erro inato do metabolismo da fenilalanina e da tirosina; o Resulta da deficiência completa da enzima ácido homogentísico oxidase (HGO); o Mutação no gene 3q (3q21 – q23); o Acúmulo do ácido em diversos órgãos e tecidos, com aumento de sua excreção urinária; o Geralmente há uma diferenciação na pigmentação da pele do indivíduo; 1909 – Descreveu outras doenças e introduziu o termo “Erros Inatos do Metabolismo”. DIAGNÓSTICO DESSE GRUPO DE DOENÇAS: Correlação genótipo (presença de mutações) – fenótipo (expressão clínica) = intensidade da doença (se a doença é grave ou não), sobrevida do paciente e resposta ao tratamento. CARACTERÍSTICAS QUE SUGEREM EIM: o Recém-nascido apresenta coma, hipotonia, irritabilidade, convulsões, acidose, hipoglicemia, distúrbio hidroeletrolítico, sepses, icterícia, vômitos ou diarreias; o Retardo no desenvolvimento neuromotor, com perda de habilidades anteriormente adquiridas; o Hepato e ou/esplenomegalia, icterícia colestática e diarreia crônica; o Deficiência de crescimento e/ou alterações osteoarticulares; o Episódios recorrentes de hipoglicemia, acidose metabólica, desequilíbrio hidroeletrolítico; o Relato de irmão falecido precocemente, sem diagnóstico definido; o Consanguinidade entre pais. INVESTIGAÇÃO DE ERROS INATOS DO METABOLISMO: SUSPEITA CLÍNICA TESTE DE TRIAGEM ANÁLISES QUALITATIVAS ANÁLISES QUANTITATIVAS ENSAIOS ENZIMÁTICOS ANÁLISES MOLECULARES DIAGNÓSTICO Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 3 Genética PADRÕES DE HERANÇA: o Autossômica recessiva; o Autossômica dominante; o Ligadas ao X; o Herança mitocondrial (herança materna). RELEMBRANDO: Os açúcares são substâncias utilizadas como substrato para a produção e armazenamento de energia. São metabolizados em 3 monossacarídeos: o Galactose; o Frutose; o Glicose. Existem alguns problemas relacionados a esses açúcares: GALACTOSEMIA: A galactosemia é um erro inato bem conhecido do metabolismo de carboidratos. Causada pela incapacidade de metabolizar a galactose-1-fosfato em glicose-1-fosfato. Dieta livre de galactose previne complicações da doença. Crianças afetadas são geralmente normais ao nascimento, mas desenvolvem problemas gastrointestinais, cirrose hepática e catarata nas semanas seguintes à ingestão de leite. Se não for descoberta, a galactosemia causa deficiência intelectual severa e frequentemente é fatal. A remoção completa do leite da dieta, entretanto, pode proteger contra a maioria das consequências nocivas. Além disso, apesar do tratamento consciencioso, a maioria das mulheres com galactosemia apresenta falha ovariana que parece ser resultado da toxicidade contínua da galactose. Pode ser causada pela deficiência de uma das 3 enzimas: o Galactose-1-fosfato-uridiltransferase (GALT); o Galactoquinase (GALK); o UDP–Galactose-4-epimerase (GALE). Galactosemia por deficiência de Galactose- 1-fosfato-uridiltransferase (GALT): o O gene GALT está localizado no cromossomo no braço curto do cromossomo 9 (9p13). Já foram descritas 160 mutações; o É conhecida como uma galactosemia clássica, a qual afeta a maior parte dos indivíduos com galactosemia (1:47.000 indivíduos); o Os pacientes podem apresentar uma série de efeitos sintomatológicos relacionados a danos cerebrais, catarata, problemas articulares,renais, hepatoesplenomegalia, etc. Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 4 Genética Galactosemia por deficiência de Galactoquinase (GALK): o Gene da GALK localiza-se no segmento 17q24, o qual possui 23 mutações. Não tem frequência definida (mais rara ainda do que a GALT). Os problemas sintomatológicos geralmente são os mesmos do GALT. Galactosemia por deficiência de epimerase (GALE): Localizado no cromossomo 1 de braço curto (segmento 1p36-35). 8 mutações (muito rara). Além dos sintomas comuns, apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, dificuldade de aprendizado, alguns desenvolvem a surdez. FRUTOSEMIA: Causada pela deficiência de duas enzimas: frutose 1,6-difosfato aldolase e frutose 1,6- difosfatase. Herdadas de modo autossômico recessivo. Frutosemida causada por deficiência da Frutose 1,6 Difosfato Aldalose: o Gene localizado no braço longo do cromossomo 9 (9q22.3). 25 mutações. Como sintomatologia tem a disfunção hepática e cirrose – quadro crônico quando há uma ingesta alta de frutose. Frutosemida causada por deficiência de Frutose 1,6 Difosfatase: o Alterações no gene localizado em 9q22. 12 mutações. Sintomatologia: apneia, convulsões, irritabilidade, vômitos. DEFEITO NO METABOLISMO DOS METAIS- DOENÇA DE WILSON: Esses indivíduos não conseguem metabolizar, sobretudo o cobre, que se acumula e acaba gerando muitos problemas. Geralmente são pacientes que têm um quadro de alteração no mecanismo motor muito marcante, então ficam se movimentando com muita frequência, além de problemas oftalmológicos, posturais, etc. Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 5 Genética São anéis presentes na íris dos pacientes com esses problemas metabólicos relacionadosaos metais, principalmente o cobre. DOENÇAS RELACIONADAS AO METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS: Mal funcionamento de uma enzima envolvida na conversão de um aminoácido na via metabólica desse aminoácido. Ex.: o Fenilcetonúria: doença autossômica recessiva, portanto monogênica, rara, congênita, genética, em que os indivíduos acometidos terão bastante dificuldade em metabolizar o aminoácido fenilalanina. A PKU clássica é o epítome das enzimopatias. É o resultado de mutações no gene que codifica a PAH, a qual converte a fenilalanina em tirosina. Uma vez que os pacientes com PKU não podem degradar a fenilalanina, ela se acumula em fluidos corporais e danifica o sistema nervoso central em desenvolvimento na primeira infância. Uma pequena fração de fenilalanina é metabolizada para produzir quantidades aumentadas de ácido fenilpirúvico, o cetoácido responsável pelo nome da doença. o Geralmente esses indivíduos vão ter o acúmulo da fenilalanina, gerando um quadro de hiperfenilalaninemia. Esses indivíduos irão apresentar uma série de sintomas, tais como alteração intelectual, dano cerebral, problemas relacionados a convulsões, hiperatividade, urina fétida com odor bastante característico, além de outros sintomas relacionados à perda de coloração na pele; o Hiperfenillalaninemias: definidas como altos níveis de fenilalanina plasmática maiores que 2mg/dl. Deficiência da fenilalanina hidroxilase (PAH) – responsável pela conversão da fenilalanina em tirosina. O gene da PAH está localizado no braço longo do cromossomo 12 (12q 24.1); o A PKU variante inclui os pacientes que necessitam apenas de alguma restrição alimentar de fenilalanina, mas em menor grau da que é exigida na PKU clássica, pois seus aumentos nos níveis de fenilalanina sanguínea são mais moderados e menos prejudiciais para o cérebro. o O tratamento se dá com restrição de proteínas e uma suplementação específica com proteínas que contenham aminoácidos alheios à fenilalanina; o Triagem Neonatal: A PKU é o protótipo de doenças genéticas para as quais a triagem neonatal em massa é justificada porque é relativamente comum em algumas populações (até cerca de um em 2.900 nativivos), a triagem em massa é viável, a falta de tratamento tem consequências graves (atraso do desenvolvimento severo), e o tratamento é eficiente se iniciado precocemente na vida. Para que haja tempo suficiente para ocorrer o aumento pós‑natal nos níveis de fenilalanina no sangue, o teste é realizado após 24 horas de vida. O sangue coletado de uma picada no calcanhar é testado em um laboratório central para análise dos níveis de fenilalanina no sangue e a medida da proporção entre fenilalanina e tirosina. Os resultados positivos devem ser confirmados rapidamente, pois os atrasos no tratamento além de 4 semanas após o nascimento têm efeitos severos no prognóstico intelectual. DOENÇAS RELACIONADAS AO METABOLISMO DOS ÁCIDOS ORGÂNICOS: ACIDEMIAS E ACIDÚRIAS ORGÂNICAS: o São doenças que representam um grupo bem heterogêneo dessas doenças metabólicas hereditárias; o Os ácidos orgânicos são convertidos em diversos compostos que atuam em diversas vias metabólicas; o Geralmente isso ocorre por conta do bloqueio de vias metabólicas específicas, Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 6 Genética que gearam um acúmulo de radicais ácidos, e esse acúmulo acaba sendo tóxico gerando essas acidemias e acidúrias; o Diagnóstico: clínico + pesquisa de ácidos orgânicos urinários. Uma das principais que existe é a Acidúria MetilmaLônica (MMA): o Geralmente se apresenta no período neonatal, porém pode se apresentar também no pós neonato (quando apresentada nessa etapa pós neonatal aparece de forma súbita e mais grave). Essa imagem representa a interferência em uma via metabólica importante onde a metilmalonil CoA atua (transformação da succinil CoA a partir de vários substratos). E é exatamente onde tem esse círculo vermelho na imagem que ocorre a falha dessa transformação e, consequentemente, os indivíduos irão acumular esses radicais ácidos gerando, portanto, essa patologia. o Tratamento: infusão endovenosa de glicose e bicarbonato (elemento alcalino que irá controlar essa acidúria), administração de carnitina (geração de energia a partir de gordura a nível mitocondrial. Como esses indivíduos precisam de energia e o processo de produção de energia a partir de ácidos graxos é falho, é preciso fazer essa administração), suspensão de ingesta proteica (pela dificuldade que esses indivíduos possuem em quebrar aminoácidos), etc.; o Diagnóstico pré-natal: é possível através da medição de metilmalonato no líquido amniótico e urina materna no 2º trimestre e por estudos de atividade funcional da mutase e metabolismo de cobalamina em células do líquido amniótico em cultura. O diagnóstico pré-natal genético molecular também é possível quando as mutações segregantes na família são conhecidas; o As mutações são encontradas no cromossomo 4 em seu braço longo (4q 31.1) e no braço curto do cromossomo 6 (6p21). DEFICIÊNCIA DE ENZIMAS LISOSSÔMICAS – ACÚMULO DO SUBSTRATO NÃO DEGRADADO: Mucopolissacaridoses: Deficiência lisossômica que degrada os glicosaminoglicanos (GAGs); Mutações gênicas resultam em excesso de mucopolissacarídeos incompletamente metabolizados com acúmulo dos mesmos em ossos e tecido conjuntivo. Apresentam-se na urina. Mucopolissacaridoses Mucolipdoses Esfigolipdoses Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 7 Genética Síndrome de Hurler (MPS I): o Deficiência da enzima alfa-L-iduronidase – 4p16.3. Já foram descritas 70 mutações para esse gene; o Aumento da clavícula e costelas; o Encurtamento significativo da estatura; o Encurtamento do pescoço; o Mãos grossas e em forma de garra; o Achatamento da ponte nasal; o Narinas amplas; o Opacificação da córnea; o Hidrocefalia; o Diagnóstico pré-natal já é possível pelo exame bioquímico de fibroblastos do líquido amniótico; o Após sexto mês de vida alterações faciais, turvação da córnea e hérnias umbilicais e inguinais estão presentes. Face atípica, olhos mais caídos, boca entreaberta. Narinas amplas. Hérnias umbilicais e inguinais, mãos grossas. Indivíduo de 12 anos com dificuldade de crescimento. Síndrome de Hunter: o Condição recessiva ligada ao cromossomo X (portanto não é autossômica); o Doença rara ligada majoritariamente a indivíduos do sexo masculino; o Ocorre em 1:130 000 a 1:150 000 nascidos vivos; o Em Israel a prevalência é bem maior: 1:36 000 nascimentos; o Característica físicas semelhantes às observadas na síndrome de Hurler; Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 8 Genética o Manifesta-se por volta dos 2 a 4 anos de idade; o Declínio no desenvolvimento observado, em geral, por volta dos 18 a 36 meses; o O comprometimento cognitivo pode ser progressivo; o Hidrocefalia e perdas auditivas podem ocorrer; o Morte pode ser decorrente de problemas respiratórios ou insuficiência cardiovascular; o Enzima I2S é a que está relacionada com esse defeito. Face desproporcional/atípica, cabeça maior, narinas largas, lábios grossos. Esses indivíduos apresentam também infecções respiratórias frequentes, dificuldade para falar, degeneração da retina, perda da audição, presença de hérnia umbilical, inguinal. o O tratamento é paliativo, com administraçãoda enzima I2S, podendo retardar um pouco o desenvolvimento sintomatológico. Síndrome de Sanfilippo: o Padrão de herança autossômica recessiva (não está ligada ao cromossomo sexual); o Caracteriza-se pela presença de severos prejuízos neurológicos, tais como demência progressiva, comportamento agressivo, hiperatividade, crises convulsivas, prejuízo auditivo e visual, distúrbios do sono; o Alterações somáticas similares às observadas nas outras MPS costumam ser menos evidentes e surgirem mais tardiamente; o Incidência (dos 4 tipos) é de 1:70 000 nascimentos; o Foram identificados 4 tipos desta MPS com características clínicas similares. O tipo A é o mais severo. Patologias associadas: Doença de Gaucher: o Deficiência: enzima glicocerebrosidase (essa enzima digere a gordura gicocerebrosídeo); o Acúmulo: glicocerebrosídeo. o Doença ligada ao sexo, no cromossomo X; o Doença de depósito lisossômico, causado pela deficiência da enzima a- galactosidade; o Afeta 1 indivíduo a cada 40.000. Nesses pacientes podem ocorres sintomatologia muito características de doenças metabólicas. O indivíduo pode apresentar doença hepática grave, hemorragia estomacal, convulsões. Isso vai depender do tipo de doença de Gaucher que o indivíduo possui, já que existem 3 classificações. Doença de Niemann-Pick: o Deficiência: esfingomielinase (enzima que digere a esfingomielina); o Acúmulo: esfingomielina; o Doença causada pelo armazenamento lisossômico; o Origem: autossômica recessiva (eventos mutacionais); o As quatro formas da doença de Niemann- Pick caracterizam-se por um acúmulo de esfingomielina e colesterol nos lisossomos das células, particularmente nas células Fernanda Carvalho, 4º semestre - TUT 04 9 Genética de órgãos importantes como o fígado e baço. As três formas mais conhecidas da doença são os tipos A, B e C. Por conta disso, esses indivíduos não irão conseguir também decompor o colesterol, então são pessoas com problemas metabólicos associados aos lipídios. A sintomatologia irá depender da classificação da doença. Hipercolesterolemia familiar: A hipercolesterolemia familiar pertence a um grupo de distúrbios metabólicos chamados de hiperlipoproteinemias. Essas doenças são caracterizadas por níveis elevados de lipídeos plasmáticos (colesterol, triglicerídeos ou ambos) transportados por lipoproteínas contendo apolipoproteína B (apoB). Patologia genética em que os indivíduos atingidos apresentam níveis de colesterol elevado desde a nascença, tendo por isso um risco elevado de doença cardiovascular. Causa: mutação no gene receptor de LDL. Hipercolesterolemia Familiar devido a Mutações no Receptor de LDL: mutações no gene do receptor de LDL (LDLR) são as causas mais comuns de hipercolesterolemia familiar. O receptor é uma proteína da superfície celular responsável pela ligação da LDL e por entregá‑la ao interior da célula. Concentrações plasmáticas elevadas de colesterol LDL levam à aterosclerose prematura (acúmulo de colesterol em macrófagos no espaço subendotelial de grandes artérias) e ao aumento do risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral em ambos os portadores de alelos mutantes, heterozigotos e homozigotos não tratados. Estigmas físicos de hipercolesterolemia familiar incluem xantomas (depósitos de colesterol na pele e tendões) e arcus corneae prematuros (depósitos de colesterol em torno da periferia da córnea). A hipercolesterolemia familiar decorrente de mutações no gene LDLR é herdada como uma característica autossômica semidominante. Ambos os fenótipos, homozigoto e heterozigoto, são conhecidos, e um claro efeito de dosagem gênica é evidente; a doença manifesta‑se mais cedo e de forma muito mais severa em homozigotos do que em heterozigotos, refletindo a maior redução no número de receptores de LDL e a maior elevação do colesterol LDL no plasma. Os homozigotos podem ter doença cardíaca coronariana clinicamente significativa na infância e, se não tratados, poucos vivem além da terceira década. A forma heterozigota da doença, com uma frequência populacional de aproximadamente dois para cada 1.000, é um dos distúrbios monogênicos mais comuns.
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