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Ensino Médio MATEMÁTICA Alexandre Correia Fernandes Graduado em Matemática Mestre em Matemática e Estatística - Área de concentração : Geometria Diferencial Ex-professor do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de escolas públicas e privadas de Minas Gerais. Professor do Ensino Superior desde 2004. T A M noçõES DE lIMITES E DErIvADAS CréDIToS Ficha Catalográfica Fernandes, Alexandre Correia. Matemática : noções de limites e derivadas : ensino médio / Alexandre Correia Fernandes. -- Belo Horizonte : Editora Educacional, 2010. 44p. Ilust. ISBn 978-85-7932-159-7 1. Matemática (Ensino médio) I. Título. 09-09385 CDD-510.7 Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do livro, SP, Brasil) Todos os direitos reservados. reprodução Proibida. Art. 184 do Código Penal e lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. rua Paraíba, 330 – 17.º andar 30130-140 – Belo Horizonte – MG Tel.: (31) 2126-0853 www.eeducacional.com.br Gerência Editorial Produção editorial e gráfica Pesquisa iconográfica e autorização de Textos Gerência Técnico- Pedagógica Coordenação Pedagógica Capa Projeto Gráfico Editoração eletrônica revisão de língua e Estilo Ilustrações Impressão e acabamento Adriana Batista Gonçalves Alex Alves Bastos Daniela Pereira de Melo Denise de Barros Guimarães Gabrielle Cunha vieira Hélio Martins Joana Paula de Souza Júnia Kelle Teles Martins lilian Ferreira de Souza luciana Marinho da Silva luciano Pereira Marins Marcos Eustáquio Gomes Marcelo Correa de Paula Mônica Alves de Faria Priscilla Alves do nascimento raquel Barcelos e Melo roberta Mara de Souza lima Tatiane Aline do Carmo e Melo valéria Cardoso Aline Paula de oliveira Douglas nunes Brandão Júnia Kelle Teles Martins luana Félix da Silva Magali luciene dos Santos Miriam Carla Martins Cornélia Cristina S. Brandão Gustavo Celso de Magalhães Aldeir Antonio neto rocha Aparecida Costa de Almeida lydston rodrigues de Carvalho Marinette de Cácia Freitas raquel Cristina dos Santos Faria rogério Fernandes Greco Design ltda. Studio link Idea Info Design letra por letra ltda. e Só letra Idea Info Design Xxxxxxxx T A M SUMÁrIo Capítulo 1 ― Limite e Continuidade ............................................................. 6 noção intuitiva de limite ...........................................................................7 limites laterais ................................................................................... 7 Propriedades dos limites .......................................................................... 8 limite de uma função polinomial ................................................................ 9 limite de uma função racional .................................................................. 10 Cálculo de limites quando o numerador e o denominador tendem a zero ............... 10 Cálculo de limites por meio de fatoração ................................................... 10 Cálculo de limites por meio de racionalização .............................................. 11 Cálculo de limites por meio de mudança de variável ..................................... 12 Continuidade ....................................................................................... 12 Limites infinitos .................................................................................... 14 Limites de funções quando x tende ao infinito ............................................... 14 limite da função polinomial quando x→±∞ ................................................ 15 Teorema do confronto ............................................................................ 17 limite trigonométrico fundamental ........................................................... 18 limite exponencial fundamental ............................................................... 19 Capítulo 2 — Derivada ............................................................................ 23 Taxa de variação .................................................................................. 24 Taxa média de variação ......................................................................... 24 Taxa instantânea de variação ................................................................. 24 Interpretação geométrica da derivada ......................................................... 25 A derivada como uma função ................................................................... 27 regras de derivação .............................................................................. 28 Derivada da função constante ................................................................ 28 Derivada da função potência .................................................................. 28 Derivada do produto de uma constante por uma função ................................. 28 Derivada da soma e da diferença de duas funções ........................................ 29 Derivada da função f(x) = sen x ............................................................... 30 Derivada da função f(x) = cos x ............................................................... 31 Derivada do produto de funções .............................................................. 31 Derivada do quociente de funções ........................................................... 31 A regra da cadeia ............................................................................... 32 Derivada da função exponencial f(x) = ax ................................................... 33 Derivada da função logarítmica .............................................................. 33 Derivadas de ordem superior ................................................................... 35 Análise do comportamento de funções ........................................................ 36 Funções crescentes e funções decrescentes ................................................ 36 Extremos relativos e absolutos ............................................................... 38 Aplicações de máximos e mínimos .............................................................. 41 limite e Derivada ConHEçA SEU lIvro Para que vou estudar este assunto? Onde ele se aplica? Como ele se relaciona com outros tópicos da Matemática e com outras Ciências? na introdução de cada capítulo, propomos uma situação-problema, que você vai retomar mais tarde. Em seguida, descrevemos sinteticamente o conteúdo a ser abordado, listamos suas aplicações mais imediatas e seus aspectos históricos. Por que isso acontece? Como isso se explica? O que ocorreria se esse detalhe mudasse? Permeando todo o texto, você vai encontrar perguntas e questionamentos sobre a teoria apresentada. Com base em suas reflexões, você vai produzir, individualmente ou em grupo, pequenos textos matemáticos. Como isso funciona? Será que isso sempre ocorre? Que hipóteses essa regularidade sugere? Posso inferir regras gerais a respeito? Por meio da experimentação, da investigação e da pesquisa, você vai analisar situações novas, fazer conjecturas, formular hipóteses, testá-las e, com base em suas conclusões, construir novos conceitos e estabelecer leis gerais relacionadas ao conteúdo. Finalmente, você vai sintetizar suas conclusões por escrito. Por que os números obedecem a essas regularidades? Posso estabelecer uma lei geral? Qual é a lógica desse raciocínio? Por meio dele, a que conclusões posso chegar? Propomos, nesta seção, vários problemas de lógica e de raciocínio numérico, explorando relações lógicas, além de regularidades e curiosidades que envolvem, principalmente, os números inteiros. Questões resolvidas aparecem toda vez que há necessidade de manter situações de aplicação de um conteúdo, de uma regra ou de uma fórmula. Esta seção aparece a todo momento, sempreque um pequeno segmento se encerra. o objetivo é que você explore conceitos, resolva problemas práticos e explore situações novas sobre o conteúdo trabalhado. nesta seção, a maioria das questões são extraídas de exames vestibulares e das provas do Exame nacional do Ensino Médio (Enem). é uma oportunidade para você se familiarizar com as tendências dos concursos vestibulares de todo o Brasil, além de possibilitar um aprofundamento do conteúdo, em questões que apresentam um nível de dificuldade crescente. Introdução Questões propostas Refletindo Investigando Questões resolvidas Questões de revisão e aprofundamento Raciocínio lógico e numérico LIMITE E DERIVADA Fabio Rodrigues Pozzebo / Folha imagem Bolsa de valores Apresentamos uma nova ferramenta com a qual será possível fazer-se um estudo mais detalhado acerca do comportamento de funções, tais como a função usada para descrever a oscilação do valor de ações. Trata-se do conceito de Limite de uma função, que também é empregado na determinação de tangentes e curvas, o que, naturalmente, nos conduz ao conceito de Derivada e suas múltiplas aplicações. Tais conceitos permitiram a sistematização de um ramo da Matemática considerado por muitos como um dos mais importantes pilares da ciência moderna: o cálculo diferencial e integral, objeto de estudo de vários cursos do Ensino Superior. Limite e Continuidade Capítulo 1 6 Introdução Aníbal, poupador inveterado, resolveu aplicar R$ 10 000,00 em regime de juros compostos, a uma taxa de 12% ao ano, durante dois anos. Ansioso por saber quanto ele teria acumulado ao fim desse período, resolveu utilizar a fórmula para calcular o montante M, gerado pelo capital c, aplicado à taxa i, por um período de tem- po n. Como os juros seriam capitalizados anualmente, ele concluiu que o montante seria Frustrado com o rendimento, ele recorreu ao ge- rente, que lhe ofereceu outra opção de capitaliza- ção: a capitalização semestral. Os juros seriam capitalizados a cada 6 meses, a uma taxa semestral proporcional a 12% ao ano, ou seja, uma taxa de 6%, pois o ano tem 2 semestres. Photos.com Photos.com Nessas condições, o montante acumulado ao longo de 4 semestres (2 anos) seria Não satisfeito, Aníbal insistiu com o gerente que, dessa vez, lhe propôs a opção de capitali- zação mensal: os juros seriam capitalizados mês a mês, a uma taxa mensal proporcional a 12% ao ano, isto é, 1% ao mês. Dessa forma, o montante acumu- lado ao fim de 24 meses seria dado por Foi o suficiente para o ganancioso Aníbal pensar em capitalizações diárias, por hora, minutos, segun- dos ... Qual seria, porém, o montante acumulado se o número de capitalizações assumisse um valor muito alto? Além disso, é possível ficar rico se o número de capitalizações tender ao infinito? Essas respostas podem ser obtidas por meio do conceito de Limite, que estudaremos a seguir. T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 7 Noção intuitiva de limite Seja a função f: IR→ IR definida por f(x) = x2 − 1, representada graficamente a seguir. Vamos atribuir a x valores arbitrários, próximos de 2, e calcular os correspondentes valores de y, para que possamos saber como essa função se comporta nas vizinhanças de 2. x f(x) 1,900Aproximação pela esquerda de 2 Aproximação pela direita de 2 2,610000 1,990 2,960100 1,999 2,000 2,001 2,010 2,100 2,996001 3,000000 3,004001 3,040100 3,410000 f(x) = x2 − 1 3 y x 2 1 1−1−2 2 3 −1 0 Podemos perceber que, quando x tende para 2 (seja por valores maiores, seja por valores iguais ou menores que 2), y tende para 3, o que nos leva a escrever lim( ) x x → − = 2 2 1 3 , que será lido da seguinte forma: O limite da função f(x) = x2 − 1, quando x tende a 2, é igual a 3. De forma geral, se a função f(x) fica arbitrariamente próxima de um único número real L para os infinitos valores de x próximos do número c, então dizemos que a função f tem limite L quando x → c, e escrevemos lim ( ) x c f x L → = Vale ressaltar que, no estudo do comportamento de f(x) quando x tende a um certo valor c, não é necessário que f(x) esteja definida em x = c. Questões resolvidas Seja a função R1. f x x se x se x ( ) , , = + ≠ = 1 1 1 1 . Calcule lim ( ) x f x →1 . Resolução: y 3 2 1 0−1 1 2 3 x Com base no gráfico de f(x), podemos perceber que y→2 quando x→1. Determine, caso exista, R2. lim ( ) x f x →2 para a função f x x se x x se x ( ) , , = ≤ + > 2 2 1 2 . Resolução: y 1 10−1−2−3−4 2 3 4 2 3 4 5 6 x A construção do gráfico de f nos permite notar que f(x) se aproxima de 4 à medida que x se aproxima de 2 pela esquerda e que f(x) se aproxima de 3 quando x se aproxima de 2 pela direita. Uma vez que f(x) se aproximou de valores diferentes quando x se aproximou de 2 (pela esquerda e pela direita), podemos dizer que lim ( ) x f x →2 não existe. Limites laterais Esse último exemplo serviu para nos mostrar que, em certos casos, uma função tende para valores diferentes quando x tende a c por valores maiores ou menores que c. T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 8 Se x se aproximar de c por valores maiores que c, isto é, pela direita de c, podemos utilizar a notação lim ( ) x c f x → + para indicar o limite lateral à direita de c. De modo análogo, se x se aproximar de c por valores menores que c, isto é, pela esquerda de c, podemos utilizar a notação lim ( ) x c f x → − para indicar o limite lateral à esquerda de c. Refletindo Para que lim ( ) x c f x → exista, qual deve ser a relação existente entre lim ( ) x c f x → − e lim ( ) x c f x → + ? Questões propostas Seja y = f(x) a função cujo gráfico se encontra a Q1. seguir. Quais das seguintes afirmativas são corretas? lim ( ) x f x → = 8 3a) lim ( ) x f x → = 8 5b) lim ( ) x f x → − = 8 3c) lim ( ) x f x → + = 8 5d) f(8) = f(9) = 5e) lim ( ) x f x → + = 9 5f) lim ( ) x f x → = 9 5g) y 5 3 8 9 y = f(x) x Em relação à função y = f(x), representada a seguir, Q2. quais das seguintes afirmativas são corretas? f[f(-1)] = 1a) 1 < f[f(1)] < 2b) f[f(3)] = 2c) lim ( ) lim ( ) ( ) x x f x f x f → →− + = = 1 1 3d) lim ( ) x f x → = 3 1e) lim ( ) lim ( ) x x f x f x → →− + = 3 3 f) y 3 2 1 10−1 2 3 Propriedades dos limites Sejam b e c dois números reais e n um inteiro positivo. Sejam, ainda, f e g funções para as quais se têm lim ( ) ( ) x c f x g x L M → ± = L e lim ( ) ( ) x c f x g x L M → ±g = M. São válidas as seguintes propriedades: 1.ª) Limite de uma constante O limite de uma constante é a própria constante, isto é, lim x c b b → = 2.ª) Limite da soma ou diferença O limite da soma (ou diferença) de duas funções é igual à soma (ou diferença) dos limites dessas funções, isto é, lim ( ) ( ) x c f x g x L M → ± 3.ª) Limite do produto O limite do produto de duas funções é igual ao produto dos limites dessas funções, isto é, lim[ ( ). ( )] . x c f x g x L M → = T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 9 4.ª) Limite do quociente O limite do quociente de duas funções é o quociente dos limites dessas funções, desde que o limite presente no denominador seja diferente de zero, isto é, lim ( )x c g x → ≠ 0lim ( ) ( ) ; x c f x g x L M→ = 5.ª) Limite de uma potência O limite da n-ésima potência de uma função é igual à n-ésima potência do limite dessa função (desde que esta última potência seja um número real),isto é, lim ( ) lim ( ) x c n x c n nf x f x L → → = = 6.ª) Limite de uma raiz O limite da raiz n-ésima de uma função é a raiz n-ésima do limite da função (desde que esta última raiz seja um número real), isto é, lim ( ) lim ( ) ; x c n x c n nf x f x L → → = = n ∈ IN* e L ≥ 0. (Se L < 0, n deve ser ímpar) 7.ª) Limite do logaritmo O limite do logaritmo de uma função é igual ao logaritmo do limite dessa função,desde que o limite da função seja positivo, isto é, limlog [ ( )] log [lim ( )] log ; x c b b x c bf x f x L→ → = = (0<b≠1 e L > 0) 8.ª) Limite do seno O limite do seno de uma função é o seno do limite da função, isto é, lim [ ( )] [lim ( )] x c x c sen f x sen f x → → = 9.ª) Limite do cosseno O limite do cosseno de uma função é o cosseno do limite da função, isto é, lim cos[ ( )] cos[lim ( )] x c x c f x f x → → = 10.ª) Limite da função exponencial de base e lim ( ) lim ( ) x c f x f xe e x c → = → Questão resolvida Aplicando as propriedades dos limites, calcule:R3. lim( ) x x x → − + 1 43 2 5a) lim sen (2x) x → 4 p b) lim( ). x xx e → ++ 1 11 3c) lim cos x x x→ +0 43 1 d) Resolução: a) lim( ) lim lim lim . . x x x x x x x x → → → → − + = − + = − + = 1 4 1 4 1 1 4 3 2 5 3 2 5 3 1 2 1 5 6 b) lim ( ) lim( ) x x sen x sen x sen → → = = =p p p 4 4 2 2 2 1 p p p c) lim( ). lim( ).lim ( ). lim( x x x x x x x e x e ex → + → → ++ = + = + → 1 1 1 1 11 1 1 1 3 3 1 3 ++ = 1 22 ) .e d) lim cos limcos lim( ) cos lim .x x x xx x x x x → → → → + = + = ( ) +0 4 0 0 4 0 43 1 3 1 3 0 1 == 1 Limite de uma função polinomial Se P é uma função polinomial e c é um número real, então lim ( ) ( ) x c P x P c → = . Questão resolvida Calcule R4. lim( ) x→ 1 2x 54 3 Resolução: lim ( ) = x x x 2x →−1 54 3 3. (−1)4 − (−1)3 + 2.(−1) + 5 = 7 ― T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 10 Limite de uma função racional Se P(x) e Q(x) são funções polinomiais e Q(c) ≠ 0, então lim ( ) ( ) ( ) ( )x c P x Q x P c Q c→ = . Questões propostas Calcule:Q3. lim( ) x x x → + − 1 23 2 5a) lim( ) x x x x →− − + − 1 3 2 1b) lim x x x→ + −6 2 5 c) lim x x x→− + +4 2 4 4 d) lim( )( ) x x x → − − 3 1 4e) lim( ) x x x →− + − − 1 17 63f) lim x x xe → + 1 32g) lim cosx x x→ + +0 2 1 1 h) lim(log log ) x x x → − 1 2 1 3 8 27i) Determine Q4. lim ( ) x f x →2 em cada caso: li x→2a) li x→2b) lim ( )x x f x→ = 2 4 12 5 c) Cálculo de limites quando o numerador e o denominador tendem a zero Se f e g forem funções para as quais lim ( ) lim ( ) x c x c f x g x → → = = 0 , nada poderemos dizer, a princípio, sobre lim ( ) ( )x c f x g x→ . Dependendo das funções f e g, esse limite pode assumir um valor real qualquer ou pode até não existir. Dizemos que 0 0 é uma forma indeterminada, pois ela nada nos diz sobre tal limite. Nesses casos, podemos nos valer de certos artifícios algébricos, apresentados a seguir. Cálculo de limites por meio de fatoração Se, no cálculo do limite de uma função racional, o numerador e o denominador da função tenderem a zero quando x tender a um certo valor c, devemos fatorar e simplificar a referida função (se for possível) antes de fazermos a substituição de x por c. Questão resolvida Calcule R5. lim x x x→ − −1 3 2 1 1 . Resolução: Como 1 é raiz do polinômio x3 −1, vamos utilizar o dispositivo prático de Briot-Ruffini: 1 1 0 0 −1 1 1 1 0 Logo: x3 −1 = (x − 1)(x2 + x + 1) Portanto: = = =lim x x x→ − −1 3 2 1 1 lim ( )( ) ( )( )x x x x x x→ − + + − +1 21 1 1 1 lim x x x x→ + + +1 2 1 1 3 2 Refletindo A função x x 3 2 1 1 − − está definida para x = 1? Por que pudemos cancelar o fator (x − 1), comum ao numerador e ao denominador? O que se pode dizer a respeito de lim x x x→ − −1 3 2 1 1 ? T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 11 Questão resolvida Calcule R6. lim x x x x x→ − + −2 4 3 2 10 4 2 Resolução: Uma vez que 2 é raiz do polinômio x4−10x + 4, podemos, novamente, utilizar o dispositivo prático de Briot-Ruffini e escrever que x4 −10x + 4 = (x − 2)(x3 + 2x2 + 4x − 2). Além disso, evidenciando o fator comum x2 no polinômio x3 − 2x2, notamos que x3 − 2x2 = (x − 2)x2. Portanto: lim x x x x x→ − + −2 4 3 2 10 4 2 lim ( )( ) ( )x x x x x x x→ − + + − −2 3 2 2 2 2 4 2 2 lim x x x x x→ + + − = 2 3 2 2 2 4 2 11 2 = = Questão proposta Calcule os seguintes limites:Q5. lim x x x→− − +1 2 1 1 a) lim x x x→ − −3 2 9 3 b) lim x x x x x→ + − + −1 2 2 2 2 3 c) lim x x x x→ − − −5 2 2 2 9 5 3 75 d) lim x x x x x x→ − + − − + +1 3 2 2 2 2 7 6 e) lim x x x x x x→ − + + − +2 3 2 3 2 3 4 16 20 f) lim x x x→ − −1 7 3 1 1 g) lim x x x x x x→ − − − − −5 3 3 2 19 30 2 13 10 h) Cálculo de limites por meio de racionalização Questões resolvidas Calcule R7. lim x x x x→ − + −1 2 1 1 . Resolução: Em virtude da indeterminação 0 0 , vamos recorrer ao artifício da racionalização do numerador: lim x x x x→ − + −1 2 1 1 = lim . x x x x x x x x→ − +( ) −( ) + +( ) + +( ) 1 2 1 1 2 1 2 1 = lim ( ) x x x x x x→ − + −( ) + +( )1 2 1 1 2 1 = lim ( ) x x x x x→ − −( ) + +( )1 1 1 2 1 = lim x x x→ + +( )1 1 2 1 = 1 2 2 2 4 = Calcule R8. lim x x x→ + − − −4 2 1 3 2 2 . Resolução: Vamos multiplicar o numerador e o denominador pelo “conjugado” do numerador e também pelo “conjugado” do denominador: lim x x x→ + − − −4 2 1 3 2 2 = lim . . x x x x x x x→ + −( ) − −( ) + +( ) + +( ) − +( ) − +( ) 4 2 1 3 2 2 2 1 3 2 1 3 2 2 2 2 lim x x x x x→ + −( ) − +( ) − −( ) + +( ) 4 2 1 9 2 2 2 2 2 1 3 = T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 12 lim x x x x x→ −( ) − +( ) −( ) + +( ) 4 2 4 2 2 4 2 1 3 = 2 2 2 9 3 2 2 3 ( )+ +( ) = Cálculo de limites por meio de mudança de variável Questão resolvida Calcule R9. lim x x x→ − −1 3 1 1 . Resolução: Faremos a mudança de variáveis x y y= ≥6 0, para facilitar os cálculos. Se x →1, então y6 →1 e y→1, pois estamos considerando y ≥ 0. A escolha do expoente 6, para a nova variável y, é justificada pelo fato de mmc (2,3) ser igual a 6. lim lim lim x y y x x y y y y→ → → − − = − − = − − = 1 3 1 63 6 1 2 3 1 1 1 1 1 1 lim ( )( ) ( )( )y y y y y y→ − + − + + = 1 2 1 1 1 1 lim ( ) ( )y y y y→ + + + = 1 2 1 1 2 3 Questão proposta Calcule os seguintes limites:Q6. lim x x x→ − + −2 2 2 5 3 a) lim x x x→ + − −8 1 3 8 b) lim x x x x→ + − − 0 1 1 c) lim x x x→ − + − −4 3 5 1 5 d) lim x x x x x x→ − − − −3 2 6 6 e) lim x x x x x x→ + − + − −2 2 2 2 5 4 3 2 f) lim x x x→ + − 0 3 3g) lim x x x→ + − − −2 4 1 3 3 2 2 h) lim x x x→ − + −1 3 1 2 6 2 i) lim x x x→ − −1 3 4 1 1 j) lim x x x→ − −64 3 8 4 k) lim x x x→ + − + −0 3 32 2 2 2 l) lim ( ) x x x→ + − 0 42 16 m) Continuidade Uma função f é dita contínua num ponto x = c de seu domínio se, e somente se, as condições a seguir forem satisfeitas: 1.ª) existe f(c) 2.ª) existe lim ( ) x c f x → 3.ª) lim ( ) ( ) x c f x f c → = Caso uma ou mais condições acima não forem satisfeitas, dizemos que a função é descontínua em x = c. Se a continuidade puder ser verificada em todos os pontos do domínio de uma função, esta será denominada função contínua. São funções contínuas: I) as funções polinomiais (contínuas para todo número real); II) as funções racionais (contínuas em todos os pontos de seus domínios); III) as funções raízes (contínuas em todos os pontos de seus domínios); IV) as funções exponenciais (contínuas para todo número real); V) as funções logarítmicas (contínuas em todos os pontos de seus domínios); T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 13 VI) as funções trigonométricas f(x) = senx e f(x) = cosx (contínuas para todo número real) e as demais funções trigonométricas (contínuas em todos os números de seus domínios). Refletindo Verifique se as funções representadas graficamente a seguir são contínuas em x = c. Em caso negativo, informe qual (ou quais) condição(ões)não foi(foram) satisfeita(s). Questões resolvidas Verifique a continuidade da função R10. f x x x x x x ( ) , , = + ≥ − < 2 4 0 2 0 em x = 0. Resolução: Cálculo de f(0): f(0) = 02+4.0 = 0 Cálculo de lim ( ) x f x →0 : lim ( ) x f x → − = − 0 2 e lim ( ) x f x → + = 0 0 Uma vez que os limites laterais foram diferentes, podemos afirmar que não existe lim ( ) x f x →0 . Como somente a 1.ª condição foi satisfeita, podemos concluir que essa função é descontínua em x = 0. Seja R11. λ ∈ IR e f: IR→ IR a função definida por f x x se x x se x ( ) , , = − > − ≤ 3 3 2 3lλ . Calcule o valor de λ para que f(x) seja contínua em x = 3. Resolução: Para que a 2.ª condição seja satisfeita, é necessário que lim ( ) lim ( ) x x f x f x → →− + = 3 3 . Logo, podemos afirmar que 2 3 3 3 6. − = − ⇒ =l lλ λ . Questões propostas Para cada uma das funções a seguir, calcule f(xQ7. o), lim ( ) x xo f x → − e lim ( ) x xo f x → + . Em seguida, diga se essas funções são contínuas ou descontínuas em x = xo. f x x x x x ( ) , , = ≠ = 0 0 0 a) , xo = 0 f x x x x x x ( ) , , , = − < = − > 1 3 5 3 8 3 b) , xo = 3 f x x x x x x ( ) , , , = + > = − < 2 1 2 5 2 7 9 2 c) , xo = 2. T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 14 Determine os valores de a e b para os quais a função Q8. f x x x ax b x x x ( ) , , , = − < − + − ≤ < − ≥ 2 2 4 1 1 2 4 2 é contínua, qualquer que seja x ∈ IR. Seja a função Q9. f: IR →IR definida por f x x se x kx se x ( ) ( ), , = − < ≥ 2 2 1 1 . Determine k, de modo que f seja contínua em x = 1. Seja Q10. λ ∈ IR e seja f: IR →IR a função definida por f x x se x se x ( ) , , = − ≠ = 2 4 3 2 3lλ . Calcule λ para que f(x) seja contínua em x =3. Seja a função Q11. f x x x se x k se x ( ) , , = + − − ≠ = 2 2 2 2 3 2 . Determine k para que f(x) seja contínua em x =2. Limites infinitos Há funções para as quais os valores de f(x) aumentam ou diminuem ilimitadamente quando a variável independente se aproxima de um número real c. Vejamos alguns exemplos: Consideremos a função f: IR → IR − {2} definida por f x x ( ) ( ) = − 1 2 2 , representada graficamente a seguir: y x20 Notemos que, quando x tende a 2, seja pela esquerda, seja pela direita, a função assume valores arbitrariamente grandes, o que nos permite escrever: lim ( ) x f x → = +∞ 2 Vale ressaltar que +∞ e − ∞ não são números reais. Dessa forma, o limite acima não existe. O símbolo ∞ apenas indica como a função se comporta quando x fica cada vez mais próximo de 2. Consideremos, também, a função f: IR → IR − {1} definida por f x x x ( ) ( ) = − 2 1 , cujo gráfico se encontra esboçado a seguir: y 1 2 x Observemos que, quando x tende a 1 pela esquerda, a função f(x) assume valores arbitrariamente pequenos. Para indicarmos que f(x) diminui ilimitadamente quando x tende a 1 por valores menores que 1, escrevemos: lim ( ) x f x → − = − ∞ 1 Por outro lado, quando x tende a 1 por valores maiores que 1, percebemos que f(x) aumenta ilimi- tadamente, o que indicaremos da seguinte forma: lim ( ) x f x → + = +∞ 1 Constatamos, neste caso, que lim ( ) lim ( ) x x f x f x → →− + ≠ 1 1 . Limites de funções quando x tende ao infinito Podemos estar interessados em estudar o comportamento das funções quando a variável independente cresce ou diminui indefinidamente. Vejamos alguns exemplos: Comecemos pela função f: IR* → IR definida por f x x ( ) = 1 : T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 15 y x0 É fácil perceber que, quando x → +∞ (x tende para o infinito), o valor da função f(x) se aproxima cada vez mais de 0. O que acabamos de afirmar pode ser expresso da seguinte maneira: lim ( ) x f x →+∞ = 0 De modo análogo concluímos que, quando x → –∞ (x tende para menos infinito), o valor da função f(x) também se aproxima cada vez mais de zero, ou seja: lim ( ) x f x →−∞ = 0 Analisamos, anteriormente, o comportamento da função f: IR → IR − {1} definida por f x x x ( ) ( ) = − 2 1 , quando x tendia a 1, por valores menores e maiores que 1. Agora estamos interessados em saber como esta função se comporta quando x → +∞ e quando x → –∞. y x1 2 O gráfico acima nos permite afirmar que lim ( ) x f x →−∞ = 2 e lim ( ) x f x →+∞ = 2 Refletindo Considerando a função f: IR*→IR definida por f x xn ( ) = 1 , com n ∈ IN*, existe algum valor para o qual se tenha f(x) = 0? O que podemos afirmar, neste caso, a respeito de lim ( ) x f x →+∞ e lim ( ) x f x →−∞ ? Limite da função polinomial quan- do x→±∞ Seja a função polinomial f(x), de grau n, com an ≠ 0, definida por: f x a x a x a x a x an n n n( ) ...= + + + + +− − 1 1 2 2 1 0 Evidenciando o fator xn, obtemos: f x x a a x a x a x a x n n n n n n ( ) ...= + + + + + − − − 1 2 2 1 1 0 Quando x → ±∞ , os termos tendem todos a zero. Por conseguinte, temos que: lim ( ) lim ... lim x x n n n n n x f x x a a x a x a x→±∞ →±∞ − − →± = + + + + = 1 1 1 0 ∞∞ a xn n Concluímos, então, que o limite de uma função polinomial, quando x → ±∞ , é igual ao limite de seu termo de maior grau. Analogamente, se h x f x g x ( ) ( ) ( ) = é uma função racional com f x a x a x a x a x an n n n( ) ...= + + + + +− − 1 1 2 2 1 0 e g x b x b x b x b x bm m m m( ) ...= + + + + +− − 1 1 2 2 1 0 , temos: lim ( ) ( ) lim x x n n m m f x g x a x b x→±∞ →±∞ = a x a x a x a x n n n n − − − 1 2 2 1 1 0,..., , , T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 16 Questão resolvida Calcule os limites a seguir:R12. lim x x x →+∞ −5 33 2a) lim x x x →−∞ − + +3 4 3b) lim x x x x→+∞ + − − 2 6 5 4 2 3 5c) lim x x x x x x→+∞ + − + + − 6 3 2 1 3 5 2 4 2 4d) lim x x x x x→−∞ − + − + − 4 2 3 3 7 3 2 e) lim x x x x →+∞ + + −( )2 4 3f) Resolução: lim lim x x x x x →+∞ →+∞ − = = +∞5 3 53 2 3a) Observação: Não podemos escrever lim lim lim x x x x x x x →+∞ →+∞ →+∞ − = − = +∞ − ∞ 5 3 5 3 3 2 3 2 devido ao fato de ∞ não ser número. Consideramos +∞ − ∞ uma forma indeterminada. lim lim x x x x x →−∞ →−∞ − + + = − = +∞3 34 3b) lim lim lim x x x x x x x x x→+∞ →+∞ →+∞ + − − = = =2 6 5 4 2 2 4 2 4 0 3 5 3 5 2c) Obs.: Conforme já fora dito anteriormente, ∞ não é número. Portanto, não podemos escrever lim lim lim x x x x x x x x x →+∞ →+∞ →+∞ + − − = + − − = ∞ ∞ 2 6 5 4 2 2 6 5 4 2 3 5 3 5 Consideramos ∞ ∞ um outro tipo de forma indeterminada. lim lim lim x x x x x x x x x x→+∞ →+∞ →+∞ + − + − = = =6 3 2 3 5 2 6 3 2 2 4 2 4 4 4d) lim lim lim x x x x x x x x x x →−∞ →−∞ →−∞ − + − + − = − = − = − 4 2 3 3 7 4 3 4 3 3 2 3 2 ∞∞ e) Devido à presença daf) forma indeterminada do tipo +∞ − ∞ , para calcularmos este limite, vamos multiplicar o numerador e o denominador pelo “conjugado” de x x x2 4 3+ + −( ) . lim lim . x x x x x x x x x x x x x x →+∞ →+∞ + + −( ) = + + −( ) + + +( ) + + + 2 2 2 2 4 3 4 3 4 3 4 3(( ) = + + + +( ) = + + + →+∞ →+∞ lim lim x x x x x x x x x x 4 3 4 3 4 3 1 4 3 2 2 2 + = x Uma vez que x x2 = , se x ≥ 0, obtemos: lim lim x x x x x x x x →+∞ →+∞ + + + + = + 4 3 1 4 3 1 4 3 2 + + + = 1 4 3 1 2 2x x Questões propostas A função Q12. f x x ( ) = − 1 12 encontra-se representada graficamente a seguir. Observando seu gráfico, determine, se existir: x y 1 10−1−2−3 2 3 −1 −2 −3 −4 2 3 4 T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 17 lim ( ) x f x →−∞ a) lim ( ) x f x →+∞ b) lim ( ) x f x →− −1 c) lim ( ) x f x →− +1 d) lim ( ) x f x →−1e) lim ( ) x f x → +0 f) lim ( ) x f x → −0 g) lim ( ) x f x →0 h) lim ( ) x f x → −1 i) lim ( ) x f x → +1 j) Os esboços dos gráficos da função f:IR Q13. →IR*+ definida por f(x) = ax, para os casos em que a > 1 e 0<a<1, encontram-se registrados a seguir. y y = a x a > 1 0 < a < 1 y = ax y x x Observando-os, determine o valor dos seguintes limites: lim x x →−∞ 10a) lim , x x →−∞ 0 5b) lim x xe →−∞ c) lim x x →−∞ p 4 pd) lim x x →+∞ 2e) lim x x →+∞ 1 3 f) lim x x →+∞ ( )2g) A seguir encontram-se esboçados os gráficos da Q14. função f: IR*+→IR definida por f(x) = log a x. 0 < a < 1a > 1 y y = loga x y = loga x y x x Observando-os, encontre o valor dos seguintes limites: lim log x x → +0 a) lim log x x → +0 1 5 b) lim ln x x →+∞ c) lim log x x →+∞ 3 2 d) Construa o gráfico da função Q15. f: IR − p p 2 + kp p →IR (k ∈ Z) definida por f(x) = tg x. Em seguida, determine: lim x tgx → −p 2 p a) lim x tgx → +p 2 p b) Calcule os limites a seguir:Q16. lim x x x x→ + − − +4 2 1 5 4 a) lim ( ) x x x →−∞ + −2 1004 2b) lim ( ) x x x →−∞ + +5 2 173c) lim x x x→+∞ + + 2 12 d) lim x x x x x→+∞ + + + + 5 4 3 7 5 1 2 2e) lim x x x x→−∞ + − + 2 3 7 2 1 f) lim x x x x→+∞ + − + 2 3 7 2 1 g) lim x x x x x→−∞ − + + − + 3 3 1 4 7 2 2h) lim x x x x x x→+∞ + + + + − 4 2 3 5 3 4 2 3 2i) lim x x x x x x x→−∞ − + + + − + 9 4 1 5 2 7 3 2 5 3j) lim x x x x →+∞ − + −( )2 1k) Teorema do confronto Certos limites não podem ser obtidos, facilmente, de forma direta. Todavia, tais limites podem ser calculados, de forma indireta, se fizermos uso do importante teorema que enunciaremos a seguir e que também é conhecido como “teorema do sanduíche”. Se f, g e h são funções que estão definidas em algum intervalo aberto I que contém c, exceto, possivelmente, no próprio c, f(x) ≤ g(x) ≤ h(x), para todo x em I, tal que x ≠ c e lim ( ) lim ( ) x c x c f x h x L → → = = , então lim ( ) x c g x L → = . T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 18 Questão resolvida Utilizando o teorema do confronto, calcule R13. lim x x sen x→0 2 1 . Resolução: Não podemos simplesmente substituir x por 0 porque lim x sen x→ = 0 1 0 não existe. Como − ≤ ≤ ∀1 1senq q, ,q q podemos afirmar que − ≤ ≤1 1 1sen x Multiplicando a desigualdade acima por x², obtemos − ≤ ≤x x sen x x f x g x h x 2 2 21 ( ) ( ) ( ) / Visto que lim lim x x x x → → − = = 0 2 0 2 0 , concluímos que lim x x sen x→ = 0 2 1 0 , que pode ser comprovado pelo gráfico a seguir. 0.05 0.05 0.1−0.1−0.2−0.3−0.4 0.2 0.3 0.4 0.1 0.1 0.15 0.15 Limite trigonométrico fundamental Seja a função f: IR* → IR definida por f x sen x x ( ) = . Embora saibamos que tal função não está definida para x = 0, podemos desejar saber como ela se comporta à medida que x assume valores arbitrariamente próximos de zero. Como, porém, calcular lim x sen x x→0 ? O resultado deste importante limite será a con- clusão da demonstração apresentada na sequência. Consideremos um círculo de raio unitário e x um arco (medido em radianos), de modo que 0 2 < <x pp , como representado na figura a seguir: Seno Tangente Cosseno T tg x P HO x A Pela figura, verificamos que é verdade que Área DOPH < Área do setor OAP < Área do DOAT. Como PH sen x= ; OA = 1 e AT tg x= , temos que: Área DOPH = sen x x.cos 2 , Área setor OAP = x.1 2 e Área DOAT = 1 2 .tg x Logo, sen x x.cos 2 < x.1 2 < 1 2 .tg x . Dividindo todos os membros da desigualdade acima por sen x. 2 (>0), obtemos: cosx < x sen x < 1 cosx . Uma vez que todos os termos desta última desigualdade são positivos, podemos escrever: 1 cosx > sen x x > cosx Visto que 1 cosx e cosx tendem a 1, quando x tende a 0, pelo Teorema do Confronto, concluímos y = x2 y = x2 sen 1 x y = ―x2 T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 19 que sen x x → 1 quando x → 0 . De maneira análoga, provamos também para x < 0. Logo, lim x sen x x→ = 0 1 O gráfico a seguir, correspondente à função f x sen x x ( ) = , ilustra este resultado. y x105−5 −0.2 0.2 0.4 0.6 0.8 1 −10 x y = sen x x Questão resolvida Calcule os seguintes limites:R14. lim x sen x x→0 5 a) lim x sen x sen x→0 3 5 b) lim cos x x x→ − 0 2 1 c) lim x tg x x→0 d) Resolução: lim lim . .lim . x x x sen x x sen x x sen x x→ → → = = = = 0 0 0 5 5 5 5 5 5 5 5 1 5 a) lim lim . . lim . x x xsen x sen x sen x x sen x x sen x x → → → = = 0 0 03 5 3 3 3 5 5 5 3 3 3 = → → → lim . . lim lim x x x sen x x sen x x se 0 0 0 5 5 5 3 5 3 3 nn x x 5 5 3 5 1 1 3 5 = =. b) Uma vez que c) ( cos )( cos )1 1 2− + =x x sen x , vamos multiplicar tanto o numerador quanto o denominador de 1 2 − cos x x por ( cos )1+ x . Assim: lim cos lim cos cos cos lim x x x x x x x x x sen → → → − = −( ) +( ) +( ) =0 2 0 2 0 2 1 1 1 1 xx x x sen x x xx x2 0 2 01 1 1 1 1 2 1 2 +( ) = +( ) = = → →cos lim .lim cos . d) lim lim cos lim .cos lim .li x x x x tg x x sen x x x sen x x x sen x x → → → → = = = 0 0 0 0 mm cos . x x→ = = 0 1 1 1 1 Questão proposta Calcule os seguintes limites:Q17. lim x sen x x→0 2 3 a) lim x sen x sen x→0 4 8 b) lim cos .x x x sen x→ − 0 1 c) lim sec x x x→ − 0 2 1 d) lim cosx tg x x→ − 4 1 2p e) lim x k sen x senk x k→ − − f) Use a identidade senm senn sen m n m n− = − +2 2 2 cos lim cosx tg x sen x x→ − − 4 1 g) Limite exponencial fundamental Seja a função f x x x ( ) = + 1 1 , cujo domínio é dado por x x x∈ < − >{ }IR ou| 1 0 . p T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 20 Fazendo uso de uma calculadora científica, podemos construir a tabela x f x x x ( ) = + 1 1 −10000 2,7184 −1000 2,7196 −100 2,7320 −10 2,8680 −1,1 13,9808 0,1 1,2710 1 2 10 2,5937 100 2,7048 1000 2,7169 10000 2,7181 100000 2,7183 com base na qual o seguinte gráfico pode ser construído: y 0 1 −1 −2 2 4−4−6 2 3 4 5 x Tanto a tabela quanto o gráfico acima nos sugerem, intuitivamente, que, à medida que x→ ±∞, f x e( ) → , em que e é o número de Euler (2,7182818...). De fato, é possível provar que: lim x x x e →±∞ + =1 1 Refletindo O número de Euler é um número irracional que pode ser obtido a partir de 1 1 0 1 1 1 2 1 30 nn ! ! ! ! ! ... = ∞ ∑ = + + + + . Questão resolvida Calcule os seguintes limites:R15. lim x x x→∞ + 1 3 2 a) lim x xx → +( ) 0 4 1 4b) lim x x x x→∞ + − 1 1 c) Resolução: Vamos substituir a) 3 x por 1 y e, consequentemente, x por 3y. Neste caso, observamos que x → ∞ e que, portanto, y também tenderá a ∞. Logo, lim lim lim . x x y y y x x y y →∞ →∞ →∞ + = + = + 1 3 1 1 1 1 2 2 3 = + = →∞ 6 6 61 1 lim y y y e Fazendo b) 4 1 x y = e, consequentemente, x y = 1 4 , notamos que, quando y → ±∞, x → 0. Logo, lim lim lim x x y y y y x y y → →±∞ →±∞ +( ) = + = + 0 4 16 1 4 1 1 1 1 = 16 16e Fazendo c) x x t + − = +1 1 1 1 , por meio de manipulação algébrica, notamos que x t= +2 1. Notamos que, quando x →∞ , t →∞ também. Logo, lim x x x x→∞ + − 1 1 = lim t t t→∞ + + 1 1 2 1 = lim . t t t t→∞ + + 1 1 1 1 2 1 = lim .lim . t t tt t e e →∞ →∞ + + = =1 1 1 1 1 2 2 2 T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 21 Questão proposta Calcule os seguintes limites:Q18. lim x x x→∞ + 1 7a) lim x x x→∞ − 1 6b) lim x x x→∞ + 1 3 5 c) lim x x x→∞ + 1 5 2 d) lim x x x→∞ + 1 2 4e) lim x xx → +( ) 0 1 1 4f) lim x x x x→−∞ + 8g) lim x x x x→∞ + − 1 1 h) Questões de revisão e aprofundamento (UF-PA) Dado o gráfico da função y = f(x), podemos Q19. afirmar que: y xa b c y = f(x) lim ( ) x a f x b → =a) lim ( ) x a f x c → =b) lim ( ) x a f x → = 0c) lim ( ) x a f x c → − =d) lim ( ) x a f x b → − =e) (UF-PA) Seja f definida por Q20. f x x se x se x ( ) = + ≠ = 3 1 2 1 . Qual o valor de lim ( ) x f x →1 ? 1a) 2b) 3c) 4d) 5e) (Mack-SP) Q21. lim x x x x x→ − + − + − 2 2 1 2 7 6 é igual a: 0a) 2 5 b) 3 5 c) 1d) 5 2 e) (UF-PR) O Q22. lim x x x x x→ − + + −2 2 2 2 12 16 3 3 18 é igual a: − 4 15 a) − 2 5 b) − 1 2 c) − 3 2 d) − 5 2 e) (UF-PA) Qual o valor de Q23. lim x x x→ − −2 2 2 ? 0a) 1 4 b) 1 2 c) 2 4 d) 1 2 e) (PUC-SP) Q24. lim x x x→ + − + −0 3 1 1 1 1 é igual a: 1 3 a) 2 5 b) 3 5 c) 2 3 d) 3 2 e) T A M L I M I T E E C O N T I N U I D A D E 22 (Mack-SP) O valor de Q25. lim . x x x x→ − + −0 22 4 2 3 2 1 é: –1a) –2b) c) ∞ 0c) 1d) (UFU) A função Q26. f x x x ( ) = − − 2 3 1 1 não está definida para x = 1. Para que a função f(x) seja contínua no ponto x = 1, devemos completá-la com f(1) = −a) ∞ 2 3 b) 1 3 c) +d) ∞ 0e) (Q27. PUCMinas) Se L = lim x x x→ −∞ − + 2 8 1 3 , o valor de L é: −2a) −1b) 0c) 1d) 2e) (UF-PA) Qual o valor de Q28. lim x x x x x→ +∞ + + + − 2 1 4 5 2 3 ? 0a) 2b) 4c) −d) ∞ +e) ∞ (PUC-SP) Q29. lim x x x x→∞ + + − 4 6 3 5 2 2 é igual a: −2a) −1b) 0c) 1d) 2e) (UF-PA) Calcular Q30. lim x x x x →∞ − + −( )2 5 7 . − 5 2 a) − 2 5 b) 1c) 2 5 d) 5 2 e) (PUC-SP) Q31. lim x sen x sen x→0 5 4 é igual a: 2a) 1 2 b) 5 4 c) 3 4 d) 2 3 e) (PUC-SP) O valor de Q32. lim x tgx x x→ + 0 é igual a: 0a) 1b) 2c) −d) ∞ +e) ∞ (PUC-SP) Se Q33. lim x x x e →∞ + =1 1 , então, para k real e não nulo, o limite lim x kx x→∞ + 1 1 vale: kea) eb) k kc) e e + kd) e/ke) (Cescem) Q34. lim n n n→∞ + + 5 1 1 vale: 5ea) eb) 5 5 – ec) 5 + ed) 5e) e Derivada Capítulo 2 Introdução Suponhamos que o lucro mensal de uma rede de sorveterias possa ser modelado pela função , em que x corresponde ao número de bolas de sorvete vendidas durante o mês . Quando do estudo das funções quadráticas, vimos que o valor máximo ou mínimo sempre ocorre na orde- nada do vértice da parábola correspondente à função. Sendo assim, para o problema apresentado acima, se desejássemos saber qual o lucro máximo que essa rede de sorveterias poderia obter, ou então, a quantidade ideal de bolas de sorvete que ela deveria vender, poderíamos nos valer, apenas, das coordenadas do vértice da parábola correspondente a tal função do 2.º grau. Entretanto, há um outro caminho, que pode ser considerado melhor do que o que acabamos de descrever por não estar restrito apenas a funções quadráticas. Trata-se da aplicação das derivadas em problemas de otimização, conforme você poderá perceber no fi m deste capítulo. 23 T A M 24 D E R I V A D A Taxa de variação Taxa média de variação Consideremos o gráfi co a seguir, correspondente à função y = f(x), cuja lei estabelece o relacionamento entre as grandezas x e y. y ∆y f(x)f(x1) f(x0) x0 x1 x Expressando a variação de x, de xo para x1, por ∆x (∆x = x1 − xo) e a consequente variação de y, de f(xo) para f(x1), por ∆y (∆y = f(x1) − f(xo)), podemos defi nir a taxa média de variação de y em relação a x, no intervalo [xo, x1] pelo quociente ∆ ∆ y x ou seja, por f x f x x x o o ( ) ( )1 1 − − chamado de razão incremental. Da Geometria Analítica, sabemos que o quociente acima pode ser interpretado como a inclinação (ou coefi ciente angular) da reta secante à curva correspondente à função y = f(x), que passa pelos pontos (xo, f(xo)) e (x1, f(x1)). y y = f(x) f(x1) f(x0) x0 x1 x P Q Refl etindo O que nos informa o coefi ciente angular de uma reta? Qual a unidade para a taxa média de variação? Se y é uma distância e x é o tempo, que nome podemos dar à taxa média de variação de y em relação a x? Questão resolvida Num estudo sobre a maneira como o corpo humano R1. metaboliza o cálcio, um pesquisador injetou uma pequena quantidade de cálcio, quimicamente marcada, na corrente sanguínea de um paciente e mediu a rapidez com que a substância foi removida do sangue. A concentração C de cálcio marcado, medida em mg/Ml de sangue, foi monitorada em intervalos de 1 hora, durante 4 horas, após a injeção, dando origem à tabela a seguir. t 0 1 2 3 4 C 0,026 0,015 0,0052 0,0026 0,001 Determine a taxa média de variação para os intervalos: [0, 1]a) [1, 3]b) Resolução: ∆ ∆ C t C C mg ml = − − = − − =( ) ( ) , , , /min 1 0 0 015 0 026 1 0 0 011 por a) ∆ ∆ C t C C mg ml = − − = − − = = − ( ) ( ) , , , /min 3 1 3 1 0 0026 0 015 3 1 0 0062 por b) Taxa instantânea de variação Se fi xarmos xo, a taxa média de variação de y em relação a x dependerá apenas de x1. Dessa forma, à medida que tomarmos valores de x1 cada vez mais próximos de xo, poderemos vir a perceber que a taxa média de variação pode estar tendendo a certo valor (o que não ocorre sempre). Chamamos esse valor, para o qual a taxa média de variação tende, quando x1 → xo , de taxa instantânea de variação no ponto xo. ∆ ∆ y x T A M D E R I V A D A 25 A taxa instantânea de variação de y = f(x), em relação a x, no ponto x= xo é dada por Uma vez que x1 = xo + ∆x, também podemos escrevê-la como lim ( ) ( ) ∆ ∆ ∆x o of x x f x x→ + − 0 A taxa instantânea de variação da função y = f(x) no ponto xo pode ser chamada de derivada da função f, em relação à variável x, no ponto xo, que vamos indicar por f xo'( ) . Portanto, a derivada da função f, em relação à variável x, em um número xo, é dada por f x f x x f x xo x o o'( ) lim ( ) ( ) = + − →∆ ∆ ∆0 desde que este limite exista. Diante do que apresentamos acerca de taxa instantânea de variação, podemos defi nir a velocidade, no instante t to= , de uma partícula que se move ao longo de uma linha reta como sendo a taxa instantânea de variação da posição em relação ao tempo, isto é, se desejarmos calcular a velocidade de um corpo num instante t to= , basta calcularmos s to'( ) , ou seja, a derivada da sua função posição em relação à variável tempo, no instante t to= . Questão resolvida Um vaso de fl or cai da sacada de um apartamento, R2. situada a 19 metros de altura, em relação à rua. Sua altura, após t segundos, é dada pela função , para 0 2≤ ≤t , em que h é a altura medida em metros. Nessas condições, calcule a velocidade do vaso de fl or, 1 segundo após o início da queda. Resolução: v h v h t h t v t t t ( ) '( ) ( ) lim ( ) ( ) ( ) lim , ( 1 1 1 1 1 1 4 9 1 0 0 = ⇒ = + − = → → ∆ ∆ ∆ ∆ ∆(( ) + − − + = − → 2 2 0 19 4 9 1 19 1 4 9 9 8 4 9 , . ( ) lim , , , ( ∆ ∆ ∆ ∆ t v t t tt t v t t t m s t ) , ( ) lim , , , / 2 0 19 4 9 19 1 9 8 4 9 9 8 + + − = − −( ) = − → ∆ ∆ ∆ ∆∆ Interpretação geométrica da derivada Seja uma curva y = f(x) defi nida no intervalo aberto a b, . Consideremos dois pontos distintos P (xo, f(xo)) e Q (x1, f(x1)), pertencentes à curva correspondente à função y = f(x), conforme indicado na fi gura a seguir. y y = f(x) reta secante reta tangente f(x1) f(x0) x0 x1 x P Q ∆y Já afi rmamos, anteriormente,que a razão incremental ∆ ∆ y x nos fornece a inclinação da reta que passa pelos pontos P e Q, secante ao gráfi co de y = f(x). Tomando o ponto P como fi xo e imaginando o ponto Q movendo-se sobre a curva de modo a aproximar- se de P, podemos perceber que a inclinação da reta secante PQ variará. É fácil se convencer de que, à medida que o ponto Q vai se aproximando indefi nidamente do ponto P, a inclinação da secante pode vir a variar cada vez menos, tendendo a um valor limite, haja vista que ∆x , dado pela diferença entre x1 e xo, tenderá a zero. lim ∆ ∆ ∆x x y →0 ∆ ∆ y x m/s T A M 26 D E R I V A D A Diante do que acabamos de afi rmar, podemos interpretar, geometricamente, a derivada da função y = f(x) no ponto xo como o coefi ciente angular da reta tangente à curva correspondente a y = f(x), no ponto (xo, yo), ou seja, f x tgo'( ) = aα Cabe ressaltar que, se a reta tangente for uma reta vertical, ela não possuirá coefi ciente angular e, portanto, não haverá derivada no referido ponto. Outras condições sob as quais a derivada de uma função não existe num ponto específi co de abscissa xo encontram-se também representadas grafi camente a seguir: y y x0 x0 x0 x0 x Tangente vertical Cúspide Quina ou nó Descontinuidade x x x y y Refl etindo Por que retas verticais não possuem coefi ciente angular? Questões resolvidas Determinar o coefi ciente angular da reta tangente à R3. curva f x x x( ) = −2 no ponto P(1,0). Resolução: Como o coefi ciente angular da reta tangente à curva f x x x( ) = −2 no ponto (1,0) é dado por f '( ),1 temos: m f x f x x x x x x = + − + − + − − → → lim ( ) ( ) lim ( ) ( ) ( ) l ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ 0 0 2 2 1 1 1 1 1 1 iim . lim ( ) ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ x x x x x x x x x → → + + ( ) − − + = 0 2 0 1 2 1 1 1 Encontre a equação reduzida da reta tangente à R4. curva y x= 2 no ponto de abscissa 3. Resolução: Para x = 3, temos que y = 32, donde concluímos que o ponto de tangência é (3,9). Cálculo do coefi ciente angular da reta: m x x x x x x x x x = + − = + + − = → → → lim ( ) ( ) lim ( ) lim ( ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ 0 2 2 0 2 0 3 3 9 6 9 6 ++ = ∆ ∆ x x ) 6 Da Geometria Analítica sabemos que a equação de uma reta da qual conhecemos o coefi ciente angular e um ponto é dada por y y m x xo o− = −( ) . Portanto, temos: y x− = −9 6 3( ) Ou seja, y x= −6 9 . y x P 1−1 10 −10 −20 20 −2 0 2 3 4 5 Encontre a equação geral da reta tangente à curva R5. y x= , paralela à reta x y− − =2 5 0 . Resolução: Sabemos que retas paralelas têm coefi cientes angulares iguais. y x= −6 9 y=x² −3−4 T A M D E R I V A D A 27 Portanto, a reta procurada tem coefi ciente angular igual a 1 2 . Fazendo lim ( ) ( ) ∆ ∆ ∆x o of x x f x x→ + − = 0 1 2 , obtemos a abscissa do ponto de tangência. Assim: lim ( ) ∆ ∆ ∆x o ox x x x→ + − = 0 1 2 O desenvolvimento do limite acima nos permite afi rmar que 1 2 1 2xo = , donde concluímos que xo = 1 e, consequentemente, f xo( ) também é igual a 1. Utilizando a equação da reta, obtemos: y y m x x y x y x x y o o− = − − = − − = − − + = ( ) ( )1 1 2 1 2 2 1 2 1 0 Portanto, a reta procurada é a reta de equação x y− + =2 1 0 . y x10 −1 1 2 −2 2 x x − 2y − 5 = 0 x − 2y + 1 = 0 3 4 y = x√ Refl etindo Qual a relação existente entre os coefi cientes angulares de retas ortogonais? Questões propostas A população de uma cidade foi monitorada, de 1991 Q1. a 1997, conforme podemos perceber na tabela a seguir, em que P é dado em milhares de habitantes: ANO 1991 1993 1995 1997 P 793 820 839 874 Encontre a taxa média de crescimento, em cada caso: de 1991 a 1995a) de 1993 a 1995b) de 1995 a 1997c) Encontre o coefi ciente angular da reta tangente à Q2. parábola y x x= +2 2 , no ponto (−3,3). Determine a equação da reta tangente à curva dada Q3. por f x x x( ) = − −1 2 3 2 , no ponto (−2,−7). A derivada como uma função A derivada de uma função y = f(x) é a função denotada por f’(x), (pronuncia-se f linha de x), tal que seu valor para todo x ∈ D(f) é dado por f x f x x f x xx '( ) lim ( ) ( )= + − →∆ ∆ ∆0 , caso esse limite exista. Podemos utilizar outras notações além de f’(x) e y’, que foram introduzidas por Joseph-Louis Lagrange (1736−1813) para denotar a função derivada, a saber: f x ou y • • ( ) Notação introduzida por Isaac Newton (1642−1727). dy dx ou df x dx ( ) Notação utilizada por Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716). D f xx ( ) Notação introduzida por Augustin-Louis Cauchy (1789-1857). T A M 28 D E R I V A D A Questão resolvida Utilizando a defi nição, encontre a derivada da R6. função f x x x( ) = −3 2 e, em seguida, calcule f '( ).2 Resolução: f x'( ) = lim ( ) ( ) ∆ ∆ ∆x f x x f x x→ + − = 0 lim ( ) ( ) ( ) ∆ ∆ ∆ ∆x x x x x x x x→ + − + − − = 0 3 32 2 lim ( ) ( ) ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆x x x x x x x x x x x x→ + + + − − − + 0 3 2 2 3 33 3 2 2 2 = lim ( ) ∆ ∆ ∆ ∆ ∆x x x x x x x→ + + − 0 2 23 3 2 = 3 22x − Como f x x'( ) = −3 22 , temos que f '( ) .2 3 2 2 102= − = . Questão proposta Aplicando a defi nição, calcule as derivadas das Q4. funções a seguir: y x= 3a) y x x= − +2 5 6b) y x = 1c) Regras de derivação O cálculo de derivadas de funções por meio da defi nição é, em alguns casos, bastante extenso e demorado. Para que não tenhamos de recorrer a esse processo, vamos, na sequência, apresentar algumas regras que nos permitirão obter, de forma mais fácil, a derivada de uma função f(x). Utilizaremos a notação proposta por Leibniz na enunciação de tais regras. Algumas delas estarão acompanhadas de suas respectivas demonstrações. Derivada da função constante A derivada de uma função constante é zero, isto é, d dx c = 0 , c ∈ IR. Demonstração: f x f x x f x x c c x x x x '( ) lim ( ) ( ) lim lim = + − = − = = → → → ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ 0 0 0 0 0 Derivada da função potência Seja n um número real e f(x) = xn ; a derivada da função f(x) é dada por d dx x n xn n = −. 1 Demonstração: f’ (x) = lim = lim f (x + ∆x) − f (x) (x + ∆x)n − x n ∆x ∆x ∆x → 0 ∆x → 0 Utilizando os conhecimentos adquiridos acerca do Binômio de Newton, podemos desenvolver ( )x x n+ ∆ e obter lim ( ) ( ) ... ( ) li ∆ ∆ ∆ ∆ ∆x n n n n nx nx x n n x x x x x→ − −+ + − + + − = 0 1 2 21 2 mm ( ) ... ( ) ∆ ∆ ∆ ∆ ∆x n n n n x nx n n x x x x nx → − − − − + − + + = 0 1 2 1 1 1 2 Derivada do produto de uma constante por uma função Seja f uma função derivável de x, e c uma constante. A derivada da função g(x) = c.f(x) é dada por d dx c f x c f x. ( ) . '( ) = T A M D E R I V A D A 29 Demonstração: f x f x x f x x cf x x cf x x x x x '( ) lim ( ) ( ) lim ( ) ( ) lim = + − = + − = → → → ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ 0 0 00 0 c f x x f x x c f x x f x xx ( ) ( ) . lim ( ) ( ) + − = + − → ∆ ∆ ∆ ∆∆ = c f x. '( ) Questão resolvida Calcule a derivada R7. f x'( ) das seguintes funções: f x( ) = 7a) f x( ) = p 4 πb) f x x( ) = 9c) f x x( ) = −3d) f x x( ) = 4e) f x x( ) = 1 6 18f) f x x ( ) = 65g) Resolução: f x f x( ) '( )= ⇒ =7 0a) f x f x( ) '( )= ⇒ =π 4 0b) f x x f x x x( ) '( ) .= ⇒ = =−9 9 1 89 9c) f x x f x x x ( ) '( )= ⇒ = − = −− − −3 3 1 43 3 d) f x x x f x x x f x x ( ) '( ) '( ) = = ⇒ = = ∴ = − −4 1 4 1 4 1 3 4 34 1 4 1 4 1 4 e) f x x f x x x( ) '( ) .= ⇒ = =−1 6 1 6 18 318 18 1 17f) f x x x f x x f x x ( ) . '( ) .( ) '( ) = = ⇒ = − ∴ = − − − − − 6 6 6 5 30 5 5 5 1 6 g) Derivada da soma e da diferença de duas funções A derivada da soma (ou da diferença) de duas funções f e g, deriváveis, é igual à soma (ou diferença) das derivadas de f e g, isto é, d dx f x g x f x g x( ) ( ) '( ) '( )± = ± Demonstração: Faremos a demonstraçãopara a derivada da soma de duas funções, mas desde já informamos que, de modo análogo, podemos demonstrar a regra para a derivada da diferença de duas funções. Seja h x f x g x( ) ( ) ( )= + h x h x x h x x f x x g x x f x g x x '( ) lim ( ) ( ) lim ( ) ( ) [ ( ) = + − = + + + − + → → ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ 0 0 (( )] lim ( ) ( ) ( ) ( ) lim ( ) x x f x x f x g x x g x x f x x x x ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ = + − + + − = + − → → 0 0 ff x x g x x g x x f x x f x xx x ( ) ( ) ( ) lim ( ) ( ) lim ∆ ∆ ∆ ∆ ∆∆ ∆ + + − = + − + → →0 0 gg x x g x x f x g x ( ) ( ) '( ) '( ). + − = + ∆ ∆ Observação: Embora tenhamos apresentado as regras para as derivadas da soma e da diferença de duas funções, elas permanecem válidas para qualquer número fi nito de funções. Questões resolvidas Dada a função R8. f x x x x( ) = − + −3 84 2 , calcule f '( )1 . Resolução: f x x x x f x x x x f x x ( ) '( ) . . . '( ) = − + − ⇒ = − + ⇒ = − − − − 3 8 3 4 1 2 1 1 12 2 4 2 4 1 2 1 1 1 3 xx f f + ∴ = − + ⇒ = 1 1 12 1 2 1 1 1 113'( ) . . '( ) T A M 30 D E R I V A D A Encontre a equação da reta tangente ao gráfi co R9. da função f x x x( ) = − +2 6 5 no ponto de abscissa x = 0. Resolução: Ponto de tangência : , ( ) ( , ) '( ) . '( ) 0 0 0 5 2 6 2 2 1 1 1 f f x x x f x x ( ) = = − ⇒ = − − −− = = − = − 6 0 2 0 6 6m f '( ) . Equação da reta tangente: y y f x x x y x x y o o o− = − ⇒ − = − − + − = '( )( ) ( )5 6 0 6 5 00 Questões propostas Calcule as derivadas das funções a seguir:Q5. f x x( ) = 5 3a) f x x( ) = 2b) f x x ( ) = 54c) f x x ( ) = 3 3 d) f x x( ) = +7 12e) f x x x x ( ) = + − +2 9 3 4 3 2 5 3 2 f) f x x x( ) = − +4 33 7g) f x x x( ) = +23 2h) Encontre, em cada caso, uma equação da reta Q6. tangente ao gráfi co da função f(x), no ponto xo especifi cado: f x x xo( ) ,= = 1 1a) f x x xo( ) ,= = 4b) f x x xo( ) ,= = 23 2 2c) Descubra o ponto pertencente ao gráfi co da função Q7. y x x= − +2 5 tal que a reta tangente à curva, que passa por ele, forme, com o eixo das abscissas, um ângulo de 45º. Determine a equação da reta tangente ao gráfi co Q8. da função f x x x( ) = − +2 4 1, sabendo que ela é perpendicular à reta de equação 2 5 0y x+ − = . Encontre os pontos da curva correspondente à função Q9. f x x( ) = −3 1, de forma que as retas tangentes a ela, neles, sejam paralelas à reta y x= +12 1 Derivada da função f(x) = sen x A derivada da função f(x) = sen x é a função f(x) = cos x, isto é, d dx sen x x( ) cos= Demonstração: Seja a função f x sen x( ) = ( ) . d dx sen x sen x x sen x xx ( ) = +( ) − ( ) → lim ∆ ∆ ∆0 Empregando a identidade trigonométrica sen sen cos senA B A B A B− = + − 2 2 2 , temos: d dx sen x sen x x sen x xx x ( ) = +( ) − ( ) = → → lim lim co ∆ ∆ ∆ ∆0 0 2 ss lim cos x x x sen x x x x x + + + − = → ∆ ∆ ∆ ∆ 2 2 2 2 0 xx x sen x x sen x x + = → ∆ ∆ ∆ ∆ ∆ 2 2 2 0 lim ∆∆ ∆ ∆ ∆∆ x x x sen x xx 2 2 2 2 2 0 .cos lim . li + = → mm cos .cos cos ∆ ∆ x x x x x → + = = 0 2 2 1 T A M D E R I V A D A 31 Derivada da função f(x) = cos x A derivada da função f(x) = cos x é a função f(x) = −sen x, isto é, d dx x sen x(cos ) = − A demonstração desta regra pode ser feita com base no emprego da identidade trigonométrica cos( ) cos .cos .a b a b sena senb+ = − desde que nos valhamos do fato de que lim cos ∆ ∆ ∆x x x→ − ( ) = 0 1 0 Derivada do produto de funções Se u e v são funções deriváveis de x e f é a função defi nida por f(x) = u(x).v(x), então, d dx u x v x u x v x u x v x( ). ( ) '( ). ( ) ( ). '( ) = + A fi m de simplifi car a escrita e a memorização da regra, podemos escrever: y u v y u v u v= ⇒ = +. ' '. . ' Derivada do quociente de funções Se u e v são funções deriváveis de x, v ≠ 0 e f é a função defi nida por f(x) = u(x)/v(x), então, d dx u x v x u x v x u x v x v x ( ) ( ) '( ). ( ) ( ). '( ) ( ) = − 2 Novamente, para simplifi car, podemos escrever: y u v y u v u v v = ⇒ = − ' '. . ' 2 Questões resolvidas Calcule a derivada das seguintes funções:R10. f x x x( ) .cos= 5a) f x x x x( ) ( )( )= − −3 22 1b) f x x x x( ) = + ≠ − 2 2 1 1 2 c) Resolução: a) f x x x u x x u x x v x x v x sen x Logo u v ( ) .cos ( ) '( ) ( ) cos '( ) = = ⇒ = = ⇒ = − 5 5 45 :: '( ) '. . ' '( ) cos f x u v u v f x x x x sen x = + = −5 4 5 Como b) u x x= −3 2 e v x= −2 1, temos que u x' = −3 22 e v x' = 2 . Logo, y x x x x x x x x x x x x ' ( )( ) ( ).= − − + − = − − + + − = − + 3 2 1 2 2 3 3 2 2 2 4 5 9 2 2 3 4 2 2 4 2 4 2 22 c) f x x x u x x u x x v x x v x Logo f x u v ( ) ( ) '( ) ( ) '( ) : '( ) = + = ⇒ = = + ⇒ = 2 2 2 1 2 2 1 2 == − = + − + = + + + u v uv v f x x x x x f x x x x x ' ' '( ) ( ) . ( ) '( ) , 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 1 2 2 4 4 1 xx ≠ − 1 2 Mostre que a derivada da função R11. f x tg x( ) = é f x x'( ) sec= 2 . Resolução: Começaremos reescrevendo a função f x tg x( ) = como f x sen x x ( ) cos = . u x sen x u x x( ) '( ) cos= ⇒ = v x x v x sen x( ) cos '( )= ⇒ = − f x u x v x u x v x v x f x x x sen x '( ) '( ). ( ) ( ). '( ) ( ) '( ) cos .cos . = − ⇒ = − 2 −−( ) = + = sen x x x sen x x x (cos ) cos cos cos 2 2 2 2 2 1 Como sec cos ,x x = 1 temos que f x x'( ) sec= 2 . T A M 32 D E R I V A D A Utilizando a derivada do quociente de funções, R12. prove que a derivada da função f x x( ) sec= é f x x tg x'( ) sec .= . Resolução: Começaremos reescrevendo a função f x x( ) sec= como f x x ( ) cos = 1 . u x u x( ) '( )= ⇒ =1 0 v x x v x sen x( ) cos '( )= ⇒ = − f x u x v x u x v x v x f x x sen x '( ) '( ). ( ) ( ). '( ) ( ) '( ) .cos . = − ⇒ = − −( 2 0 1 )) = = (cos ) cos cos . cos x sen x x x sen x x 2 2 1 Como sec cos x x = 1 e tg x sen x x = cos , temos que f x x tg x'( ) sec .= . Questões propostas Demonstre que, se Q10. f x g x( ) cot= , então f x ec x'( ) cos= − 2 . Demonstre que, se Q11. f x ec x( ) cos= , então f x ec x g x'( ) cos .cot= − . Encontre a derivada de cada uma das funções Q12. seguintes: f x x x( ) ( )( )= + −1 1a) f x x x ( ) = + − 1 1 b) f x x x ( ) = + 3 2 1 2 c) f x x x ( ) = + 2 3 d) f x x x x ( ) = + −2 1 1 2 e) f x x x x ( ) = + + + 2 1 1 f) A regra da cadeia A regra da cadeia é a regra que utilizamos para obter a derivada da função composta g f x( ( )) em termos das derivadas de f e g. Se y g u= ( ) , u f x= ( ) e as derivadas dy du e du dx existem, então a derivada da função composta y g f x= ( ( )) é dada por dy dx dy du du dx = . Questões resolvidas Encontre a derivada da função R13. y sen x= +( )2 3 . Resolução: Na função y sen x u = +( )2 3 , fazendo y senu= e u x= +2 3 , temos: dy dx dy du du dx u x = = ( ) = + . cos . cos( ) 2 2 2 3 Portanto, a derivada da função y sen x= +( )2 3 é y x' .cos( )= +2 2 3 . Encontre R14. y ' se y x= −3 2 . Resolução: Podemos reescrever a função acima como y x u = −( )3 1 22 . Se tomarmos y u= 1 2 e u x= −3 2 , com o uso da regra da cadeia, encontraremos: dy dx dy du du dx u x x u x x = = = = − − . .( ) 1 2 3 3 2 3 2 2 1 2 2 2 2 3 Logo, y x x x ' = − − 3 2 2 4 2 3 3 . T A M D E R I V A D A 33 Derivada da função exponencial f(x) = ax Consideremos a função exponencial f x ax( ) = , com a > 0, a ≠ 1 e x ∈ IR. É possível demonstrar-se que d dx a a ax x = .ln Como caso particular da regra acima, temos: d dx e ex x = Derivada da função logarítmica Seja a função f x xa( ) log= , com a > 0, a ≠ 1 e x ∈ IR. É possível demonstrar-se que d dx x x aa log .ln = 1 Em especial, se a = e (número de Euler), temos: d dx x x ln = 1 Refl etindo Por que pudemos particularizar as regras das derivadas das funções exponenciais e logarítmicas somente para o caso (a = e)? Questões resolvidas Determine a derivada das seguintes funções:R15. f x x( ) = 5a) f x x( ) log=b) Resolução: f x a a f xx x'( ) .ln '( ) .ln= ⇒ = 5 5a) f x x a f x x '( ) .ln '( ) .ln = ⇒ =1 1 10 b) A combinação da regra da cadeia com as demais regras de derivação apresentadas nos permite fazer as seguintes generalizações, que apresentaremos na forma de uma tabela de derivadas, que será amplamente utilizada doravante: Sejam u e v funções deriváveis de x, c, n e a constantes reais. Consideremos, ainda, y ' como notação para a derivada da função y em relação à variável x. São válidas as seguintes regras: FUNÇÃO DERIVADA 1 y = c (c ∈ IR) y’=0 2 y = un y’ = n.un-1 . u’ 3 y = c . u y’ = c . u’ 4 y = u + u y’= u’ + v’ 5 y = u − v y’ − u’ 6 y = u.v y’ = u’ . v + u.v’ 7 y u v = (v ≠ 0) y u v u v v ' '. . ' = − 2 8 y a u= (a >0 e a ≠ 1) y a u au' . '.ln= 9 y eu= y e uu' . '= 10 y ua= log (a >0 e a≠1) y u u a ' ' .ln = 11 y u= ln y u u ' ' = 12 y senu= y u u' cos . '= ( ) 13 y u= cos y senu u' . '= −( ) 14 y tgu= y u u' sec . '= ( )2 15 y gu= cot y ec u u' cos . '= −( )2 16 y u= sec y u tgu u' sec . . '= ( ) 17 y ecu= cos y ecu gu u' cos .cot . '= −( ) T A M 34 D E R I V A D A Questão resolvida Determine a derivada das seguintes funções:R16. y x= +2 1a) f) y x x= +cos ( )3 2 2 y ex x= + 2 3b) g) y g x x= + +cot ( )3 22 3 y x= +ln( )2 1c) h) y sen x x = 3 4cos y x x= +3 2 5d) i) y x x = − + 3 1 32 2 y sen x x= + +( )5 3 22e) Resolução: Fazendo a) y x n u = +( )2 1 1 2 , com o auxílio da regra (2) obtemos: y x x ' ( ) .= + = + −1 2 2 1 2 1 2 1 1 2 Logo, y x ' = + 1 2 1 . y e x x u = + 2 3 b) Utilizando a regra (9), obtemos: y e xx x' .( )= ++ 2 3 2 3 Logo, y x ex x' ( )= + +2 3 2 3 y x u = +ln( )2 1 c) , Então, utilizando a regra (11), obtemos: y x x ' = + 2 12 y x x u = +3 2 5 d) Utilizando a regra (8), obtemos: y xx x' .( ).ln= ++3 2 5 3 2 5 y sen x x u = + +( )5 3 22 e) Utilizando a regra (12), obtemos: y x x x' ( ).cos( )= + + +10 3 5 3 22 A função f) y x x= +cos ( )3 2 2 pode ser reescrita como y x x= + cos( ) 2 32 . Utilizando as regras (2) e (13), obtemos: y x x sen x x x' cos ( ) ( ) ( )= + − + +3 2 2 2 2 2 2 2 Logo, y x x x sen x x' ( )cos ( ). ( )= − + + +6 1 2 22 2 2 y g x x u = + +cot ( )3 22 3 g) Utilizando a regra (15), obtemos: y ec x x x x' cos ( ) .( )= − + + + 2 3 2 22 3 3 4 Logo, y x x ec x x' ( )cos ( )= − + + +3 4 2 32 2 3 2 y sen x x u v = 3 4 cos h) Utilizando as regras (7), (12) e (13), obtemos: y x x sen x sen x x ' cos .cos( ) ( ) ( ) cos = ( ) ( ) 3 3 4 4 4 2 Logo, y x x sen x sen x x ' cos .cos( ) ( ) ( ) cos = ( ) + ( ) 3 3 4 3 4 42 y x x = − + 3 1 32 2 i) Utilizando as regras (2) e (7), obtemos: y x x x x x x ' . ( ) ( ). ( ) = − + + − − + − 2 3 1 3 3 3 3 1 2 32 2 1 2 2 2 Com o desenvolvimento da expressão acima, concluímos que y x x x x ' ( )( ) ( ) = − − + + + 6 2 3 2 9 3 2 2 3 Refl etindo Para a função f x x ( ) ( ) = − 5 2 3 3 , qual processo nos permite obter a derivada de forma mais fácil? A aplicação da regra do quociente ou das regras (2) e (3) da tabela de derivadas que apresentamos, com base em f x x( ) .( )= − −5 2 3 3 ? Ambos os processos nos conduzem ao mesmo resultado? T A M D E R I V A D A 35 Questões propostas Calcule a derivada de cada uma das funções a seguir:Q13. f x x x( ) ( )= + +2 43 5a) i) f x x ex( ) .= 3 f x x x( ) ( )= + −2 32 8b) j) f(x) = e(x - x ) 2 f x x x( ) = −23c) k) f x x x( ) = +3 2 5 f x x x( ) ( )= + −3 6 22 23d) l) f x x x( ) = + +10 2 1 1 f t t t ( ) = + − 2 1 1 e) m) f x x x( ) ln( )= − +2 3 1 f x x e x xx( ) .ln= +2f) n) f x x x( ) log ( )= + +10 2 1 f x x senx x( ) .cos( )= +3 2g) o) f x x x ( ) ln= + 2 1 2 f x e x x( ) .= + −5 4 5 7 3 h) p) f x x( ) (log )= 2 3 Para cada uma das funções a seguir, determine Q14. f’(x): f x sen x x( ) ( )= + +5 3 22a) g) f x x sen x ( ) cos= − − 1 2 3 f x sen x x( ) ( ).cos( )= + −2 2b) h) f x tg x( ) = −1 f x x x( ) cos ( )= +3 2 2c) i) f x tg x x ( ) sec = −1 f x 4x sen 3 x( ) cos =d) j) f x xx( ) .cos( )= 5 2 f x tg x ( ) = +1 2 e) k) f x g x( ) cot ( )= −5 3 2 f x x tg x( ) .= 2f) Derivadas de ordem superior Seja y=f (x) uma função derivável. Vimos, anteriormente, que a derivada primeira de f pode ser representada, por exemplo, por f’ ou dx . Caso a derivada de f’ exista, ela será chamada de derivada segunda de f e poderá ser representada por f’’ ou d y dx 2 2 . De maneira análoga, se a derivada de f’’ existir, ela será chamada de derivada terceira de f e poderá ser indicada por f’’’ ou d y dx 3 3 . Seguindo essa linha de raciocínio, poderemos determinar a derivada quarta, a derivada quinta, (...), enfi m, a derivada de ordem n da função f (desde que elas existam). Questões resolvidas Encontre as três primeiras derivadas da função R17. f x x x x( ) = − +5 32 . Resolução: f x x x x f x x x ( ) '( ) = − + = − + 5 3 4 2 2 5 6 1 f x x x f x x ''( ) '''( ) = − = − 20 12 60 12 3 2 Considerando-se a função R18. f x x x( ) = −3 184 2, resolva a equação f x''( ) = 0 . Resolução: f x x x f x x x f x x f x x ( ) '( ) ''( ) ''( ) = − = − = − = ⇒ − = 3 18 12 36 36 36 0 36 36 4 2 3 2 2 00 1 1 1 1 ⇒ = − = ∴ = −{ } x x S ou ; AR19. aceleração de um corpo é defi nida como a taxa de variação da velocidade em relação ao tempo; isto é, se y s t= ( ) é a função posição do corpo, a aceleração do corpo é dada por a s t= ''( ) . Nessas condições, considerando uma partícula que se move segundo a função posição s t t t t t( ) ,= − + ≥3 212 36 0 , em que t está medido em segundos e s em metros, encontre a função velocidade e a função aceleração e, em seguida, calcule-as para t = 3. Resolução: v s t v t t t= ⇒ = − +'( ) ( ) 3 24 362 e a s t a t v t t= ⇒ = = −''( ) ( ) '( ) 6 24 Logo, no instante t = 3, temos: v m s( ) . . /3 3 3 24 3 36 92= − + =− e a(3) = 6.3 − 24 = −6m/s2. T A M 36 D E R I V A D A Questões propostas Considerando a função Q15. f x sen x( ) = , calcule o valor de f f f f'( ) '' ''' ( )0 2 3 2 4+ + ( ) + p p pπ π π . A função posição de um corpo que está se movendo Q16. retilineamente é s t t t( ) = − −3 3 24 2 , em que s é dada em metros. Calcule a sua velocidade e a sua aceleração para t = 4 segundos. Dada a função Q17. f x x x x( ) = + − +4 2 5 23 2 , calcule f f f'( ) ''( ) '''( ).0 0 0+ + Análise do comportamento de funções Entre as várias aplicações das derivadas está a análise do comportamento de funções. Com o auxílio das derivadas podemos, por exemplo, determinar os intervalos de crescimento e decrescimento de uma função e também podemos encontrar seus valores máximos ou mínimos (quando eles existirem). Essas informações, associadas ao conhecimento prévio dos pontos de interseção do gráfi co correspondente à função com o eixo y e com o eixo x (raízes reais), permitem-nos esboçar o gráfi co de uma vasta gama de funções. Funções crescentes e funções decrescentes É sabido que uma função f é dita crescente em um intervalo a b, de seu domínio se x x f x f x1 2 1 2< ⇒ <( ) ( ) para quaisquer valores de x1 e x2 ema b, . Dito de outra forma, à medida que aumenta o valor de x dentro do intervalo a b, , as imagens correspondentes também aumentam, o que pode ser facilmente verifi cado no gráfi co a seguir. y xx1 f(x2) f(x1) x2 b y = f(x) a A observação do gráfi co nos permite concluir que, para todo ponto pertencente ao intervalo a b, , a derivada é positiva, uma vez que as retas tangentes à curva correspondente a y=f(x), que passam por tais pontos, formam, com o eixo x, ângulos agudos. Isso nos permite tirar a seguinte conclusão: Analogamente, uma função f é dita decrescente em um intervalo a b, de seu domínio se x x f x f x1 2 1 2< ⇒ >( ) ( ) para quaisquer valores de x1 e x2 em a b, , o que signifi ca dizer que, à medida que aumentam os valores de x dentro do intervalo, as imagens correspondentes diminuem. y 0 a x1 x2 b x f(x2) f(x1) f(x) Se f’(x) > 0 para todo x ∈ a b, , então a função f(x) é crescente em a b, . T A M D E R I V A D A 37 A análise do gráfi co anterior nos permite constatar que, neste caso, para todo ponto pertencente ao intervalo a b, , a derivada é negativa, haja vista que as retas tangentes à curva correspondente a y=f(x), que passam por tais pontos, formam, com o eixo x, ângulos obtusos. Isso nos permite tirar a seguinte conclusão: Além disso, sabemos que uma função f é denominada constante em um intervalo a b, de seu domínio se, para quaisquer valores de x1 e x2 em a b, , temos que f x f x( ) ( )1 2= . y 0 a x1 x2 b x f(x1) = f(x2) f(x) Notemos, neste último gráfi co, que a função é constante em a b, e que a reta tangente ao gráfi co de y = f(x), por qualquer ponto pertencente a a b, , é horizontal e, portanto, possui coefi ciente angular nulo. Logo, As conclusões que acabamos de tirar, associadas ao fato de que, para funções contínuas, a derivada f x'( ) só pode mudar de sinal em valores de x para os quais f x'( ) = 0 ou em valores de x para os quais f x'( ) não está defi nida, permite-nos determinar intervalos de crescimento e decrescimento de funções. Os valores de x que têm a propriedade acima men- cionada são denominados pontos críticos da função. Questões resolvidas Mostre que a função R20. f x x x( ) = +3 2 é crescente para qualquer valor real de x . Resolução: A derivada de f é a função f x x'( ) = +3 22 . Ao fazermos o estudo do sinal de f x'( ) , concluímos que f x'( )> 0 ∀ x∈ IR, por tratar-se de uma função do 2º grau para a qual se observa ∆<0 e gráfi co na for- ma de parábola com concavidade voltada para cima. Portanto, f x x x( ) = +3 2 é crescente x∈ IR, o que pode também ser comprovado por meio de seu gráfi co, apresentado na sequência. y x1 5 −5 −10 10 −1−2 2 Dada a função R21. f x x x x( ) = + +3 12 153 2 , faça o que se pede: Encontre os intervalos abertos nos quais a) f x( ) é crescente ou decrescente. Determine os pontos nos quais a reta tangente ao b) gráfi co de f x( ) é horizontal. Faça um esboço do gráfi co de c) f x( ) . Resolução: f x x x x f x x x ( ) '( ) = + + ⇒ = + + 3 12 15 9 24 15 3 2 2 a) Fazendo f x'( ) = 0 , encontramos as raízes − 5 3 e −1 , que nos permitem fazer o estudo do sinal de f x'( ) : + +− x−1− 53 Concluímos, portanto, que: Se f’(x) = 0 para todo x ∈ a b, , então a função f(x) é constante em a b, . Se f’(x) < 0 para todo x ∈ a b, , então a função f(x) é decrescente em a b, . Se f(x) está defi nida em xo, então xo é um ponto crítico de f se f’(xo) = 0 ou se f’ não está defi nida em x=xo. T A M 38 D E R I V A D A Se x ou x f x é crescente Se x ∈ −∞ − ∈ − +∞ ⇒ ∈ − − , , '( ) . , 5 3 1 5 3 1 ⇒ f x é decrescente( ) . Nos pontos em que a reta tangente ao gráfi co de b) f x( ) é horizontal, devemos ter f x'( ) = 0 . Substituindo em f x( ) , encontramos: f − = − 5 3 50 9 e f −( ) = −1 6 Logo, os pontos em que a tangente ao gráfi co de f x( ) é horizontal são − − 5 3 50 9 , e − −( )1 6, . c) y x0,5 −5 5 10 −0,5−1−1,5−2−2,5 Questão proposta Determine os intervalos de crescimento e Q18. decrescimento das seguintes funções: f x x x( ) = + +2 6 5a) c) f x x x x( ) = − + − +3 26 9 5 f x x x x( ) = − + + 3 2 3 3 2 2 4b) Extremos relativos e absolutos Consideremos a função y f x= ( ) , cujo gráfi co está esboçado na fi gura a seguir. 0 y f(x2) f(x1) x1 x2 x x = f(x) Podemos dizer que x = x1 é um ponto de mínimo relativo de f(x) e que f(x1) é um mínimo relativo de f(x). Da mesma forma, podemos afi rmar que x=x2 é um ponto de máximo relativo de f(x) e que f(x2) é um máximo relativo de f(x). Que propriedades podemos verifi car em x1 e x2 para podermos dar a eles essas denominações? Para respondermos a essa pergunta, vamos recorrer à defi nição de extremos relativos, vista na sequência: É possível demonstrar-se que: y y y y x x x xa a a a tangente horizontal tangente horizontal f’(xo) xo xo xo xob b b b ∃ f’(xo)∃ Vale ressaltar que a recíproca não é verdadeira, pois é possível que f’(xo) seja nula sem, no entanto, xo ser um ponto de máximo ou mínimo relativo. Seja f uma função defi nida em xo. I) f(xo) é um máximo relativo de f se existe um intervalo aberto a b, , que contém xo, tal que f(x) ≤ f(xo), para todo x ∈ a b, . II) f(xo) é um mínimo relativo de f se existe um intervalo aberto a b, , que contém xo, tal que f(x) ≥ f(xo), para todo x ∈ a b, . Se f tem mínimo relativo ou máximo relativo quando x = xo, então xo é um ponto crítico de f. T A M D E R I V A D A 39 De fato, tomemos como exemplo a função f x x( ) = 5 . Podemos verifi car que ela é crescente para todo x real, haja vista que sua derivada f x x'( ) = ≥5 04 , x ∈ IR e que x = 0 é o seu único ponto crítico (pois 0 anula f x'( ) ; entretanto, x = 0 não é nem ponto de máximo nem ponto de mínimo relativo, conforme podemos perceber por meio de seu gráfi co: Concavidade para cima Ponto de inflexão Concavidade para baixo y x y=x5 Este ponto constitui um exemplo de ponto de infl exão. É correto afi rmar que, se a tangente a um gráfi co existe em um ponto no qual a sua concavidade muda de sentido, então este é um ponto de infl exão. Para que possamos determinar e classifi car os extremos relativos de uma função, podemos nos valer do seguinte critério, conhecido por teste da derivada primeira para extremos relativos: x x x x y y f’(xo) > 0 f(xo) é máximo relativo f(xo) não é nem máximo, nem mínimo relativo f(xo) não é nem máximo, nem mínimo relativo f(xo) é mínimo relativo f’(xo) > 0 f’(xo) < 0 f’(xo) < 0 xo xo xo xo Uma função defi nida num certo intervalo pode apresentar vários pontos extremos relativos. Chamamos de máximo absoluto da função f num certo intervalo o maior valor apresentado por f nesse intervalo. Analogamente, denotamos por mínimo absoluto da função f, num certo intervalo, o menor valor apresentado por f nesse intervalo. Sugerimos que você, leitor, observe a ilustração a seguir e refl ita sobre os comentários feitos sobre ela. x a b Máximo relativo Mínimo relativo Mínimo relativo Máximo absoluto. É o maior valor de f. Também é um máximo relativo. Mínimo absoluto. É o menor valor de f. Também é um mínimo relativo. c ed Questões resolvidas Determine os pontos de máximo ou de mínimo R22. relativos da função f:IR→IR defi nida por f x x x( ) = − +4 28 5 . Em seguida, faça um esboço de seu gráfi co. Resolução: f x x x f x x x( ) '( )= − + ⇒ = −4 2 38 5 4 16 Como f x'( ) está defi nida para todo x real, para encontrarmos os pontos críticos de f, basta encontrarmos as raízes de f x'( ) . f x x x x x e x '( ) , = ⇒ − = ⇒ = − = = 0 4 16 0 2 0 2 3 Utilizando os pontos críticos obtidos, podemos (a) (b) (d)(c) y x x y y y f’(xo) > 0 f’(xo) > 0 f(xo) é máximo relativo f(xo)
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