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CONTROLE DE QUALIDADE 1) Caracterização da matéria-prima: cor, toxinas, acidez 2) Controle da produção: monitoração de propriedades do alimentos durante o processamento (medidas rápidas e precisas; não interferindo no processo e não destruindo a amostra -> HACCP analise de perigo para identificar sistematicamente os ingredientes e processos que podem causar problemas). 3) Controle do produto final: uniformidade; que o produto esteja dentro das especificações estabelecidas; exigências legais e rotulagem apropriadas; seguro e de qualidade. REGULAMENTAÇÕES GOVERNAMENTAIS : feitos para assegurar que a indústria forneça alimentos saudáveis, seguros, informações sobre composição nutritiva e para eliminar fraudes - ANVISA: publica informações detalhadas dos regulamentos e as recomendações para cada tipo de alimento - Brasil: ministérios da agricultura e saúde coordenam laboratórios da rede de vigilância sanitária. 1) Padrões imperativos: ➔ Identidade: especificam os ingredientes que determinados alimentos devem ter e em quais quantidades para que possam ser chamados por um nome particular; ➔ Qualidade: ajustar exigências na cor, textura, massa e na liberdade de defeitos – frutas, vegetais enlatados; ➔ Suficiência: indicam o conteúdo da embalagem evitando um consumo enganoso. 2) Padrões voluntários: ➔ Classe: carnes, produtos lácteos e ovos são classificados de acordo com sua qualidade de médio a excelente. Muitos fabricantes usam, pois os produtos de maior classe podem ser vendidos com preço maior; ➔ Rotulagem nutricional: Desde 2002 é obrigatória, deve ter valor calórico total, gordura total e saturada, colesterol. Carboidratos, fibra dietética, açúcares, proteínas, vitaminas e minerais; foi criada pelas doenças nutricionais da população e viu-se a necessidade de uma alimentação saudável, além da padronização da declaração de nutrientes; mas as pessoas não sabem a função dos nutrientes. ➔ Autenticidade: preço do alimento é determinado pela qualidade dos ingredientes que contém (café colômbia é mais caro). SEGURANÇA ALIMENTAR: conjunto de normas de produção, transporte e armazenamento de alimentos para que os alimentos sejam adequados ao consumo. 1) Perigos biológicos: microrganismos causam contaminação 2) Perigos físicos: corpos estranhos 3) Perigos químicos: compostos químicos tóxicos, irritantes ou que não são usualmente usados como ingredientes (agrotóxicos, hormônios, antibióticos, pesticidas) AMOSTRAGEM : série de etapas operacionais especificadas para assegurar que a amostra seja obtida com representatividade. Seguir protocolos que uniformizam a amostra para ser examinada. Cada protocolo mostra para cada alimento uma quantidade - considerar: finalidade da inspeção, natureza do lote, natureza do material em teste, natureza dos procedimentos de teste. 1) Coleta da amostra bruta: réplica em ponto reduzido do universo considerado. Amostras fluidas = porções de mesmo volume após agitação e homogeneização. Amostras sólidas = moídas e misturadas antes de se retirar porções, pois diferem na textura, densidade e tamanho das partículas. ➔ Quantidade: material a granel ou embalado em caixas, latas, etc. Para pequenos lotes todo material pode ser considerado amostra bruta, e para lotes maiores a amostragem deve compreender 10-20% do numero de embalagens contido no lote ou de 5-10% do peso total do alimento a ser analisado. onde N é numero de unidades (sacos, caixas) coletadas . N = c √n como amostra bruta, c é o fator ligado ao grau de precisão e homogeneidade da amostra e n é a população (numero de sacos, caixas). 2) Redução da matéria bruta: a amostra bruta é grande demais para ser trabalhada em laboratório e então deve ser reduzida. ➔ Alimentos secos (em pó ou granulares): redução manualmente ( Quarteamento: colocar a amostra numa superfície plana, misturar e espalhar, formando um quadrado. Dividir em 4 quadrados ABCD, sendo AD rejeitados e BC misturados e feito o processo de novo, até chegar ao tamanho ideal da amostra) ou redução por equipamentos ( Riffle : joga-se a amostra com uma pá e ela se dividira em canaletas alternadas sendo coletadas em 2 caixas em porções iguais, o material de uma das caixas eh reservado e o outro descartado, repetir o processo até chegar no tamanho ideal; Boerner: amostra colocada num funil e cai pelas laterais do cone que tem na base 3 aberturas onde a amostra cai em outro cone com 36 canais separados que despejam a amostra em 2 caixas em quantidades iguais). ➔ Alimentos líquidos: misturar por agitação, inversão e troca de recipientes e tirar porções de líquidos de diferentes partes do recipiente (fundo, meio e cima). ➔ Alimentos semi-sólidos (queijos duros e chocolate): amostras raladas e depois utilizar quarteamento. ➔ Alimentos úmidos (carnes, peixes e vegetais): amostra picada ou moída e misturada, utilizando quarteamento. ➔ Alimentos semi-viscosos e pastosos (pudim e molhos) e alimentos líquidos contendo sólidos (compostas, salmoura): amostras picadas em liquidificador, misturadas e as alíquotas tiradas para analise. ➔ Alimentos com emulsão (manteiga e margarina): amostras aquecidas até 35º, agitar e retirar alíquotas. ➔ Frutas: cortadas ao meio no sentido longitudinal e transversal, repartindo em 4 partes, sendo 2 partes opostas descartadas e as outras 2 juntadas e homogeneizadas no liquidificador. 3) Preparo da amostra para análise: a amostra deve ser preparada em menor tempo possível, não sofrendo nenhuma alteração, preservando-a (etapa mais critica). Deve-se adotar medidas de preservação (secagem sem perdas de nutrientes que quer preservar, refrigerar), sendo etapa cara e lenta, envolvendo manuseiomanual (erros). 4) Escolha do método de análise: o método ideal deve possuir atributos essenciais de: ➔ Exatidão (quão próximo o resultado está do valor real); ➔ Precisão (método deve ser executado e funcionar sempre da mesma forma -> desvio padrão). Coeficiente de variação: %CV = σ/μ. 100 ➔ Especificidade (método mede o composto de interesse independentemente da presença de outras substancias); ➔ Sensibilidade (menor quantidade do componente que se consegue medir sem erro). Como não é possível satisfazer os 4 fatores o analista deve decidir em função do objetivo da analise quais atributos devem ser priorizados. 5) Validação da metodologia: ato documentado que atesta que qualquer procedimento, processo, equipamento, operação ou sistema realmente conduza aos resultados esperados. Deve ser feita após o processo de seleção, desenvolvimento e otimizacao dos mesmos. ➔ MRC (Material de referencia certificado): um certificador conhece o valor e fornece. 1 kg de farinha de trigo com um certificado que diz que a umidade eh 11,34±0,02. No laboratório se faz analises diferentes e se certifica a melhor. O método só será exato se cair dentro do intervalo. ➔ Recuperação: ao adicionar algum componente ele esta solto e alguns podem estar presos a outros, integrados a estrutura do alimento, por isto eh difícil ser 100% de recuperação. COMPOSIÇÃO CENTESIMAL: determinação dos principais componentes dos alimentos (agua, cinzas, lipídeos, proteínas, fibras, açúcares -> expresso em g/100g)
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