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Sistema nervoso autônomo

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A porção eferente (envia a resposta do SNC) do SNP pode ser 
subdividida na parte composta pelos neurônios motores 
somáticos, os quais controlam os músculos esqueléticos, e na 
parte composta pelos neurônios autonômicos, os quais 
controlam os músculos liso e cardíaco, diversas glândulas e parte 
do tecido adiposo. A parte autônoma do sistema nervoso, 
apresenta atividade involuntária, já a somática a maioria das 
atividades apresentam controle voluntário. 
 
O sistema nervoso autônomo também é denominado sistema nervoso visceral, devido ao controle que exerce sobre 
os órgãos internos ou vísceras. O sistema nervoso autônomo é subdividido em divisões simpática e parassimpática e 
para distinguir eles, é importante saber em quais situações um tá mais presente que o outro, por exemplo, você está 
descansando tranquilamente após uma refeição, o parassimpático está no comando, assumindo o controle de 
atividades rotineiras, como a digestão. Consequentemente, os neurônios parassimpáticos são, às vezes, considerados 
como controladores das funções de “repouso e digestão”. Em contrapartida, o simpático está no comando durante 
situações estressantes, como o aparecimento da cobra, que é uma ameaça em potencial – situações de “luta ou fuga”. 
A descarga simpática maciça, que ocorre em situações de luta ou fuga, é 
mediada pelo hipotálamo e é uma reação corporal generalizada em 
resposta a um evento crítico. Além disso, o sistema nervoso simpático 
exerce importante papel nas atividades da vida cotidiana (controle do fluxo 
sanguíneo tecidual, por exemplo) e não só em situações de luta ou fuga. 
Importante ressaltar que os sistemas simpáticos e parassimpáticos 
atuam para manter a homeostasia, porém em determinadas situações um 
se sobressai mais que o outro. 
 
A informação sensorial proveniente do sistema somatossensorial e 
dos receptores viscerais segue para os centros de controle 
homeostático, localizados no hipotálamo, na ponte e no bulbo 
(responsáveis por regular funções importantes do corpo como, PA). O 
hipotálamo também contém neurônios que funcionam como sensores, 
como os osmorreceptores, que monitoram a osmolaridade, e os 
termorreceptores, que monitoram a temperatura corporal. Os 
impulsos motores do hipotálamo e do tronco encefálico produzem 
respostas autonômicas, endócrinas e comportamentais, como beber, 
procurar alimento e regular a temperatura (sair de um local quente, 
vestir um casaco). Além disso, a informação sensorial integrada no 
córtex cerebral e no sistema límbico pode produzir emoções que 
influenciam as respostas autonômicas como, ficar vermelho quando 
está envergonhado. 
Alguns reflexos autonômicos podem ocorrer independentemente das influências encefálicas e são conhecidos como 
reflexos espinais que incluem a micção, ereção peniana e defecação. 
 
 
As divisões simpática e parassimpática do sistema nervoso autônomo 
apresentam as quatro propriedades de controle da homeostasia 
descritas por Walter Cannon: (1) preservação das condições do meio 
interno, (2) regulação para cima ou para baixo (up ou down-regulation) 
por controle tônico, (3) controle antagonista e (4) sinais químicos com 
diferentes efeitos em diferentes tecidos. 
Muitos órgãos internos estão sob controle antagonista, no qual uma das 
divisões autônomas é excitatória, e a outra, inibidora como, por exemplo, 
a inervação simpática aumenta a frequência cardíaca, já a parassimpática 
diminui. Porém, situações como essa não são “verdades absolutas”, 
existem situações, por exemplo, que quem determina se a resposta vai 
ser excitatória ou inibitória é o tipo de receptor existente na célula 
alvo. 
Todas as vias autonômicas (simpáticas e parassimpáticas) são 
formadas por dois neurônios em série. O primeiro neurônio, 
chamado de pré-ganglionar, sai do sistema nervoso central 
(SNC) e projeta-se para um gânglio autonômico, localizado 
fora do SNC. No gânglio (um gânglio é um conjunto de corpos 
celulares de neurônios localizados fora do SNC. O conjunto 
equivalente localizado dentro do SNC é conhecido como núcleo), o neurônio pré-ganglionar faz sinapse com um 
segundo neurônio, chamado de neurônio pós-ganglionar. Cada neurônio pós-ganglionar pode inervar um alvo 
diferente, ou seja, um único sinal do SNC pode afetar simultaneamente um grande número de células-alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema nervoso simpático é conhecido como TORACOLOMBAR, já o parassimpático como, CRANIOSSACRAL. 
 
As diferenças anatômicas entre o sistema nervoso simpático e parassimpático, são: o sistema nervoso simpático 
apresenta inervação mais na região torácica e lombar e seus gânglios estão mais próximos da medula espinal do 
que do órgão efetor, dessa forma o neurônio pré-ganglionar é curto e o pós-ganglionar é longo. Já no parassimpático 
é o inverso, a inervação é mais na região encefálica (destaque para o nervo vago “X” - conduz tanto informação sensorial 
dos órgãos internos para o encéfalo, quanto informação parassimpática eferente do encéfalo para os órgãos) e sacral, 
dessa forma os gânglios estão localizados próximo ou no tecido do órgão efetor, fazendo com que o neurônio pré-
ganglionar seja longo e o pós-ganglionar seja curto. 
As divisões simpática e parassimpática podem ser diferenciadas neuroquimicamente por seus neurotransmissores e 
receptores, sabendo que: 
 Tanto os neurônios pré-ganglionares simpáticos 
quanto os parassimpáticos liberam acetilcolina (ACh) 
como neurotransmissor, o qual atua sobre os 
RECEPTORES COLINÉRGICOS NICOTÍNICOS 
(nAChR) dos neurônios pós-ganglionares. 
 A maioria dos neurônios pós-ganglionares 
simpáticos (exceto das glândulas sudoríparas) 
secreta noradrenalina (NA), a qual atua sobre os 
RECEPTORES ADRENÉRGICOS DAS CÉLULAS-
ALVO. 
 A maioria dos neurônios pós-ganglionares 
parassimpáticos secreta acetilcolina, a qual atua 
sobre os RECEPTORES COLINÉRGICOS 
MUSCARÍNICOS (MACHR) DAS CÉLULAS-ALVO. 
 
Os alvos dos neurônios autonômicos são os músculos liso 
e cardíaco, muitas glândulas exócrinas, algumas glândulas endócrinas, tecidos linfáticos e parte do tecido 
adiposo. A sinapse entre um neurônio pós-ganglionar autonômico e a sua célula-alvo é chamada de junção 
neuroefetora. 
 
É diferente da definição clássica, pois as terminações distais dos axônios pós-ganglionares possuem uma série de áreas 
alargadas, conhecidas como varicosidades que contém as vesículas com os neurotransmissores. 
 
Os terminais ramificados do axônio estendem-se ao longo da superfície do tecido-alvo, porém a membrana 
subjacente da célula-alvo não possui aglomerados de receptores em locais específicos. Em vez disso, o 
neurotransmissor é simplesmente liberado no líquido intersticial para se difundir até o local onde os receptores 
estiverem localizados. O resultado é uma forma de comunicação menos direta do que aquela que ocorre entre um 
neurônio motor somático e o músculo esquelético. A liberação difusa do neurotransmissor autonômico permite que 
um único neurônio pós-ganglionar possa afetar uma grande área do tecido-alvo. 
A liberação dos neurotransmissores autonômicos está sujeita a diferentes tipos de modulação. Por exemplo, as 
varicosidades simpáticas contêm receptores para hormônios e para sinais parácrinos, como a histamina. Esses 
moduladores podem facilitar ou inibir a liberação do neurotransmissor. 
 
 
 
 
 
 
 
Os principais neurotransmissores autonômicos, acetilcolina e noradrenalina, são sintetizados nas varicosidades do 
axônio. A liberação de neurotransmissores segue o padrão encontrado em outras células: despolarização – sinalização 
pelo cálcio – exocitose. 
O potencial de ação (impulso nervoso) chega nos terminais do axônio e abre os canais de Ca2+ voltagem dependente 
que libera Ca2+ para dentro da membrana pré-sináptica -> o cálcio estimula as vesículas a liberarem os 
neurotransmissores por exocitose -> após ser liberado nasinapse, o neurotransmissor difunde-se pelo líquido 
intersticial até encontrar um receptor na célula-alvo ou se afasta da sinapse. 
A concentração de neurotransmissor na sinapse é um fator importante no controle autonômico de um alvo: a maior 
concentração de neurotransmissor está associada a uma resposta mais potente ou mais duradoura. A ativação do 
receptor pelo neurotransmissor termina quando o neurotransmissor: (1) difunde-se para longe da sinapse, (2) é 
metabolizado por enzimas no líquido extracelular ou (3) é transportado ativamente para dentro das células próximas à 
sinapse. A recaptação pelas varicosidades permite que os neurônios reutilizem o neurotransmissor - dentro do 
neurônio, a noradrenalina reciclada pode ser novamente acondicionada dentro de vesículas ou ser degradada pela 
monoaminoxidase (MAO) – a principal enzima responsável pela degradação das catecolaminas. 
 
O sistema nervoso autônomo utiliza poucos neurotransmissores, mas é capaz de diversificar as suas ações devido à 
existência de múltiplos subtipos de receptores, associados a diferentes sistemas de segundos mensageiros. O 
sistema nervoso simpático utiliza 2 tipos de receptores adrenérgicos (alfa e beta), já o sistema nervoso 
parassimpático utiliza 5 tipos de receptores muscarínicos (M1, M2, M3, M4 e M5). 
 
- Receptores simpáticos: Os receptores alfas – o tipo mais comum de receptor simpático – respondem fortemente à 
noradrenalina e apenas fracamente à adrenalina e podem ser do tipo alfa 1 e alfa 2. Os três subtipos principais de 
receptores Beta diferem em suas afinidades pelas catecolaminas. Os receptores Beta 1 respondem igualmente à 
noradrenalina e à adrenalina. Os receptores Beta 2 são mais sensíveis à adrenalina do que à noradrenalina. 
Curiosamente, os receptores Beta 2 não são inervados (nenhum neurônio simpático termina próximo a eles), o que limita 
a sua exposição ao neurotransmissor noradrenalina. Já os receptores Beta 3 são encontrados principalmente em tecido 
adiposo e são mais sensíveis a noradrenalina do que à adrenalina. 
Todos os receptores adrenérgicos são receptores acoplados à proteína G, em vez de canais iônicos. Isso faz o 
início da resposta da célula-alvo ser um pouco mais lento, embora possa persistir por um período mais prolongado do 
que aquele normalmente associado ao sistema nervoso. 
Os diferentes subtipos de receptores adrenérgicos, utilizam diferentes vias de segundos mensageiros, portanto, 
a resposta da célula-alvo, então, depende do subtipo de receptor e da via específica ativada na célula-alvo. 
- Receptores parassimpáticos: os neurônios parassimpáticos liberam ACh sobre seus alvos e os receptores 
muscarínicos apresentam 5 tipos diferentes, sendo TODOS acoplados a proteína G. A resposta tecidual à ativação 
de um receptor muscarínico varia de acordo com o subtipo do receptor. 
 
 
 
A medula da glândula suprarrenal (ou adrenal) é um tecido neuroendócrino associado ao sistema nervoso simpático. 
Durante o desenvolvimento, o tecido neural destinado a secretar as catecolaminas noradrenalina e adrenalina divide-se 
em duas entidades funcionais: a divisão simpática do sistema nervoso, a qual secreta noradrenalina, e a medula 
da glândula suprarrenal, a qual secreta principalmente adrenalina. A medula da glândula suprarrenal é descrita 
frequentemente como um gânglio simpático modificado. Os neurônios pré-ganglionares simpáticos projetam-se da 
medula espinal para a medula da glândula suprarrenal, onde fazem sinapse, entretanto, os neurônios pós-ganglionares 
não possuem axônios, que normalmente se projetariam para as células-alvo. Em vez disso, esses corpos celulares 
sem axônios, denominados células cromafins, secretam o neuro-hormônio adrenalina diretamente no sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana – uma abordagem integrada. 7. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2017.

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