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Victori� Karolin� Libóri� Card�� Cresciment� �se� Introdução Defeitos congênitos em 6% dos nascidos vivos e 20% das mortes são por esses defeitos. 3% dos recém-nascidos têm alterações estruturais significativas. 50 a 60% dos defeitos congênitos são desconhecidos. Estrutura alvo É um percentual para avaliação do crescimento da criança. ● Meninos: altura da mãe + altura do pai + 13 / 2. ● Meninas: altura da mãe + altura do pai - 13 / 2. O resultado pode ter margem de erro de 5 cm para + e para - . Velocidade de crescimento A média é de acordo com a idade: ● Nascimento - 1° ano: 25 cm. ● 2° ano: 10 - 12 cm. ● 3° ano: 8 cm. ● 4° ano: 7 cm. ● 5° - 10° ano: 4 - 6 ano. Puberdade: ● Meninos: 28 cm. ● Meninas: 25 cm. ● Pós menarca: 5 - 10 cm até 1 ano. Adolescência Estirão de crescimento: ● Meninas: 10 - 12 anos. ● Meninos: 12 - 14 anos. Porém, o crescimento permanece até 15/16 anos nas meninas e 17/18 anos nos meninos. Critério de tanner: estabelece os estágios de maturação sexual. ● 75% (variação de 60 - 70%) do crescimento de todo membro inferior é em torno do joelho (Digby). ○ 37% fêmur distal e 28% tíbia proximal. ○ 15% fêmur proximal e 20% tíbia distal. Nos membros superiores o crescimento maior é na extremidade: ○ 40% úmero proximal e 80% úmero distal. ○ Cotovelo 20%. ○ 40% rádio e 80% ulna. Durante o estirão da adolescência, a média anual de crescimento dobra nos ossos longos e deve chegar a zero ao final dos quatro anos sucessivos, quando cessa o crescimento dos MMII. O crescimento inicial é semelhante em ambos os sexos, porém para o sexo feminino o estirão da adolescência acontece aproximadamente dois anos antes do que para o sexo masculino. Portanto, elas também têm antecipado em aproximadamente dois anos a maturidade esquelética. Principais hormônios do crescimento Hormônios tireoidianos: importantes no crescimento da cartilagem epifisária: ● TRH: (hormônio liberador de tireotrofina) produzido pelo hipotálamo, induz a hipófise a produzir TSH. Victori� Karolin� Libóri� Card�� ● TSH: (horm. estimulador da tireoide) produzido pela hipófise, estimula a tireoide a prod. T3 e T4. ● T3� liberado pelo tireoide, estimula a síntese de fatores de crescimento como o NGF e o IGF. Obs¹: NGF é um fator de crescimento nervoso, importante para o crescimento e manutenção de alguns neurônios. Obs²: IGF são fatores de crescimento produzidos em órgãos e tecidos, com ações autócrinas, parácrinas e endócrinas sobre o metabolismo intermediário, proliferação, crescimento e diferenciação celular. ● T4� é convertido em T3 e estimula as mesmas vias de crescimento. Atuantes no tecido ósseo, estimulando o crescimento: ● GHRH: produzido pelo hipotálamo, estimula a secreção de GH pela adenoipófise. ● GH: hormônio do crescimento que estimula o crescimento e a multiplicação celular. ● IGF-1� fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1, produzido pelo fígado em resposta ao GH; tem papel importante no crescimento e desenvolvimento da musculatura, diminui os níveis de glicose no sangue e reduz os níveis de gordura corporal. Outros: ● GnRH: hormônio liberador de gonadotrofina, é secretado pelo hipotálamo, estimula a hipófise a liberar FSH e LH. ● FSH: regula o crescimento, o desenvolvimento, a puberdade, a reprodução e a secreção de hormônios sexuais pelos testículos e ovários. Idade óssea Avaliação do crescimento normal e diagnóstico de anormalidades ou patologias que interferem no crescimento. Independente da idade cronológica, a estrutura final obtêm-se na fusão completa entre a epífise e a metáfise dos ossos = estágio final de maturação. Crescimento linear: idade óssea (não necessariamente idade cronológica) com velocidade adequada. Importância: prevê o potencial de crescimento ósseo linear, ou seja, a estatura final. Permite conhecer o grau de comprometimento estatural induzido pela patologia subjacente. Além disso, diz o potencial de recuperação esperado em casos de necessidade, a partir do critério clínico evolutivo. Mecanismos que reduzem o crescimento Doenças crônicas Cardiovasculares: menor oferta de o2 e nutrientes; causa acidose e diminui atividades físicas. Endócrinas: ● Ação hormonal deficiente de: GH, cortisol, esteroides sexuais e tiroxina. ● Ação hormonal excessiva: cortisol e esteroides sexuais. Gastrointestinais: mal absorção (diminui: proteínas, oferta calórica, vitaminas, cálcio e fósforo) e processos inflamatórios. Neurológicas: tumores, cirurgia ou radioterapia da região hipotálamo-hipofisária. Pulmonares: hipóxia, anemia, corticoterapia, uso de aminofilia, infecções de repetição, menor oferta de nutrientes (inapetência e dieta hipoalergênica) e sono alterado. Victori� Karolin� Libóri� Card�� Renais: anorexia proteica, acidose, anemia, diabetes insipidus nefrogênico, osteodistrofia (hiperparatireoidismo, raquitismo e osteoporose) e retenção de peptídeos antagonistas de GH ou IGF-1. Obs: o aspecto psicológico interfere nos neurotransmissores hipotalâmicos e consequentemente na secreção de GHRH e da somatostatina. Método Greulich-Pyle Recém nascidos: ausência de núcleos hipofisários nos carpos e falanges. 3 meses: aparecimento de captato e hamato (predominância do captato em formato oval). A idade óssea depende da sequência de aparecimento, do grau de interação e da forma dos núcleos de ossificação. Constitui-se de um método prático de triagem. Dificuldades no estabelecimento preciso da idade óssea: devido ao assincronismo com que os núcleos de ossificação aparecem. 12 meses: achatamento da borda do hamato, adjacente ao captato - esboço da epífise do rádio. 1 ano e 3 meses: núcleo epífise do rádio nítido. Hamato com discreto achatamento da borda para o piramidal. ● Achatamento da borda proximal do II metacarpo, adjacente ao capitato. ● Achatamento da borda distal das falanges proximais (III e IV dedos). Meninos 4 anos: rádio com linha branca em toda a borda distal (maior intensidade em direção a porção ulnar). ● Todos os núcleos das falanges estão presentes e o trapézio pode ter iniciado 6 anos: aumento do processo estilóide do rádio e início da epífise ulnar. ● Aparecimento do trapezóide e do escafóide. ● Piramidal alongado com borda medial pouco convexa e borda adjacente ao semilunar achatada. ● Trapézio inicia achatamento da borda distal, adjacente ao 1° metacarpo. 7 anos: rádio com formação de superfície articular com o carpo. Achatamento da epífise ulnar. 15 anos: epífise do rádio e da ulna abraçam suas metáfises. Cartilagens de crescimento afiladas. ● Forma definitiva do hamato e início da fusão de todas as falanges distais (+ avançada no polegar). 15 anos e 6 meses: escafóide, trapezóide e I metacarpo com forma definitiva. ● Os limites do tubérculo podem ser vistos. ● Início da fusão dos metacarpos e das falanges médias (III e IV dedos). 17 anos: redução da cartilagem do rádio, preparando para a fusão. Início da fusão da ulna. ● Fusão recente dos metacarpos e todas as falanges completam a fusão. 18 anos: fusão completa de todos os núcleos, exceto do rádio que permanece com pequena linha metafisária. Meninas 4 anos e 2 meses: início trapezóide e escafóide. ● Trapézio arredondado e bordas lisas. ● Concavidade nas epífeses falanges proximais (IV e V dedos). Victori� Karolin� Libóri� Card�� 6 anos e 10 meses: início da epífise ulnar. ● Achatamento do trapézio na borda adjacente ao capitato. ● Achatamento da borda proximal do trapézio, adjacente ao escafóide. ● Piramidal alongado com achatamento da borda adjacente ao semilunar e espessamento de sua porção distal. ● II metacarpo côncavo na porção proximal adjacente ao trapézio. ● Ajuste na forma da epífise falange média (IV dedo) com a porção distal da falange proximal. 15 anos: início da fusão do rádio e da ulna com suas metáfises. Fusão completa dos metacarpos (II, III, IV e V dedos) de todas as falanges proximais e médias. 16 anos: progressão da fusão do rádio (parte periférica da cartilagem ainda aberta) e fusão 90% completa da ulna.17 anos: fusão do rádio, da ulna e das falanges médias com as cartilagens de crescimento praticamente obliteradas. 18 anos: fusão completa de todos os núcleos, podem persistir linhas metafisárias em rádio e I metacarpo.
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