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ABORDAGEM CLÍNICA DA LINFADENOPATIA E ESPLENOMEGALIA - MS

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Mári� Sale�
Abordage� Clínic� D� Linfadenopati� E Esplenomegali�
INTRODUÇÃO: Linfadenopatia: Linfonodos de tamanho anormal, especialmente,
maiores do que 1 cm ou de consistência diferente do normal
São os órgãos linfáticos: timo, baço, linfonodos e nódulos linfáticos
O que são os linfonodos? • os linfonodos (gânglios linfáticos) são pequenas estruturas
que funcionam como filtros para substâncias nocivas. eles contêm células do sistema
imunológico que ajudam no combate às infecções atacando e destruindo germes
que são transportados pelo líquido linfático.
Linfadenopatia: • na atenção básica, a incidência anual de linfadenopatia é de 0,6 %.
• Importante: apenas 1,1% dos casos são relacionados a malignidades.
• Em pacientes maiores de 40 anos: 4% | • Em pacientes menores de 40 anos: 0,4%.
História clínica: • idade | • tempo de duração da adenomegalia – menor de 2 semanas
e maior de 12 meses | • exposição ocupacional/ambiental – viagens recentes, uso de
medicações, imunizações recentes, ambiente de trabalho, história familiar de neoplasias.
• sintomas associados – pode ajudar a diferenciar entre etiologias autoimunes, infecciosas
e neoplásicas | • exame físico – localização, consistência e tamanho dos linfonodos.
Medicações que podem causar linfadenopatia: Alopurinol | Atenolol | Captopril
Carbamazepina | Sais de ouro | Hidralazina | Penicilinas | Fenitoína | Primidona
Pirimetamina | Quinidina | Sulfametoxazol/trimetoprim | Sulindaco
1. Reconhecer os achados sugestivos de malignidade nos pacientes com linfadenopatia
Características nodais: Quantidade e forma | Consistência: fibroelástico, endurecido, pétreo
Sinais inflamatórios – eritema, dor, calor | Mobilidade x aderência a planos profundos.
Atenção: Características qualitativas isoladamente não são boas preditoras de malignidade.
PISTAS: No nosso meio, paciente com adenomegalia isolada com sinais inflamatórios,
febre, perda de peso, lembrar de tuberculose. Bx evidencia os granulomas caseosos
Fatores de risco para malignidade: • Idade maior que 40 anos
• Duração da linfadenopatia maior do que 4-6 semanas | • Linfadenopatia generalizada
• Sexo masculino | • Linfonodo não retorna ao seu tamanho normal após 12 semanas
• Localização supraclavicular | • Sintomas sistêmicos: febre, sudorese noturna,
perda de peso e hepatoesplenomegalia | • Raça branca
2. Identificar as principais doenças associadas a linfadenopatia
Causas mais comuns são: Idiopática, autolimitada, Infecções do trato respiratório
superior (ITRS) e Infecções locais dos tecidos moles
As causas mais graves são: Câncer, Infecção pelo HIV e Tuberculose (TB)
MS
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Introdução: Abordagem da esplenomegalia:
• Esplenomegalia é caracterizado por aumento do volume ou tamanho do baço
(padrão ouro – peso > 250g)
• Esplenomegalia maciça é definida pelo maior diâmetro maior que 20cm (>1000g)
• É uma condição rara, aproximadamente 2% da população dos estados unidos
apresenta esplenomegalia.
Função normal do baço:
• 1) imune – clearance de microorganismos e partículas antigênicas
• 2) síntese de imunoglobulinas | • 3) hemocaterese
• 4) hematopoese no período embrionário
ALGUMAS ETIOLOGIAS: Doença e Mecanismo provável
1. Tricoleucemia = Retenção de tricolinfócitos na polpa vermelha
2. Cirrose hepática = Aumento do armazenamento de células circulantes
3. Doença de Gaucher = Aumento do armazenamento de células circulantes
4. Síndrome de Felty = Hipertrofia do sistema imune
5. Talassemia Major = Hipertrofia do sistema reticuloendotelias
1. Aprender a investigar os pacientes com esplenomegalia:
Mecanismos de esplenomegalia: 1. Congestão ( hipertensão portal)
2. Infiltração (doença de gaucher) | 3. Neoplásico (linfomas e leucemias)
4. Imune (endocardite, sarcoidose, artrite reumatoide, anemias hemolíticas)
Como abordar o paciente com esplenomegalia?
• 1. O Paciente tem alguma doença conhecida que causa esplenomegalia?
• Infecções: Malária, Calazar, Mononucleose infecciosa... • Doenças hematológicas:
Anemias hemolíticas, hemoglobinopatias, malignidades, neoplasias mieloproliferativas...
• Doenças hepáticas: cirrose hepática, trombose de veia porta...
Tratar e monitorar a resolução
A esplenomegalia normalmente é diagnosticada no exame físico, através de palpação
ou percussão, ou através de ultrassonografia (ecografia)
2. Conhecer as principais doenças que podem se manifestar com esplenomegalia:
Causas de esplenomegalia costuma ser: leucemia linfocítica crônica, linfoma não Hodgkin,
leucemia mieloide crônica, policitemia vera, mielofibrose com metaplasia mielóide,
doença de Gaucher ou leucemia de células pilosas.
HIPERESPLENISMO: CITOPENIAS + ESPLENOMEGALIA
Esplenomegalia + Qualquer combinação de anemia, leucopenia e plaquetopenia +
Hiperplasia compensatória da medula óssea + Resposta à esplenectomia
MS
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/leucemia/leucemia-linfoc%C3%ADtica-cr%C3%B4nica-llc
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/linfomas/linfomas-n%C3%A3o-hodgkin
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/leucemia/leucemia-mieloide-cr%C3%B4nica-lmc
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/dist%C3%BArbios-mieloproliferativos/policitemia-vera
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/pediatria/disfun%C3%A7%C3%B5es-metab%C3%B3licas-heredit%C3%A1rias/doen%C3%A7a-de-gaucher
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2. Conhecer as principais doenças que podem se manifestar com esplenomegalia:
Calazar:
• no ceará, é uma causa importante de pancitopenia febril com esplenomegalia volumosa
• eosinófilos geralmente reduzidos
• hipergamaglobulinemia policlonal
• protozoário do gênero leishmania
Esplenomegalia tropical:
• Mecanismo fisiopatológico não é muito claro, porém acredita-se que o plasmodium leve a
uma modificação da resposta imune com estimulação de linfócitos b policlonais, levando
a uma produção excessiva de imunoglobulinas
• Essa resposta independe do controle dos linfócitos T supressores – acarreta citopenias
que não podem ser justificadas apenas por hiperesplenismo
1. Residente em área endêmica para malária
2. Esplenomegalia crônica, frequentemente maciça
3. IgM sérico pelo menos 2 x o valor da normalidade
4. Altos títulos de anticorpo antimaláricos
5. Linfocitose sinusoidal hepática ]
6. Resposta clínica e imunológica a profilaxia anti-malária
Complicação:
• Ruptura esplênica – espontânea ou pós trauma
• Choque hemorrágico – queda abrupta de hemoglobina potencialmente
fatal se não suspeitado precocemente
• Tratamento cirúrgico
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