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Iluminismo Thales Rogério O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política. Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como: ✓ Mercantilismo. ✓ Absolutismo monárquico. ✓ Poder da igreja e as verdades reveladas pela fé. Com base nos três pontos acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia: ✓ A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia. ✓ O Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e da razão. ✓ O predomínio da burguesia e seus ideais. Características do Iluminismo O iluminismo rejeitava a herança medieval e, por isso, passaram a chamar este período de "Idade das Trevas". Foram esses pensadores que inventaram a ideia que nada de bom havia acontecido nesta época. Economia Em oposição ao Mercantilismo, praticado durante o Antigo Regime, os iluministas afirmavam que o Estado deveria praticar o liberalismo. Ao invés de intervir na economia, o Estado deveria deixar que o mercado a regulasse. Essas ideias foram expostas, principalmente, por Adam Smith. Alguns, como Quesnay, defendiam que a agricultura era a fonte de riqueza da nação, em detrimento do comércio, como defendido pelos mercantilistas. Política e Sociedade O escritor Montesquieu defendia um modelo de Estado onde o governo estaria dividido em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Assim, haveria equilíbrio e menos poder concentrado numa só pessoa. Esta ideia de governo foi adota por quase todos os países do mundo ocidental. Religião A religião foi muito criticada por vários pensadores iluministas. A maioria, defendia a limitação dos privilégios do clero e da igreja; bem como o uso da ciência para questionar as doutrinas religiosas. Havia aqueles que compreendiam o poder da religião na formação do ser humano, mas preferiam que houvessem duas esferas distintas: a religião e o Estado. De igual maneira, alguns iluministas defendiam o fim da igreja como instituição e a fé deveria ser uma expressão individual. Principais pensadores iluministas Montesquieu (1689-1755) foi um filósofo social e escritor francês. Foi o autor de "Espírito das Leis". Foi o grande teórico da doutrina que veio a ser mais tarde a separação dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. A filosofia de Montesquieu esta enquadrada no espírito crítico do Iluminismo Francês, com o qual ele compartilha os princípios da tolerância religiosa, a aspiração da liberdade e denuncia as diversas instituições desumanas como a tortura e a escravidão, mas afastou-se do racionalismo abstrato e do método dedutivo de outros filósofos iluministas, para buscar um conhecimento mais concreto, empírico, realista e cético. Voltaire, (1694-1778) foi um filósofo e escritor francês, um dos grandes representantes do Movimento Iluminista na França. Foi também ensaísta, poeta, dramaturgo e historiador. Na Inglaterra, Voltaire tomou contato com as ideias de John Locke e influenciado pelo regime de governo parlamentar, instituído após a Revolução Gloriosa de 1688, passou a defender a ideia de que a tolerância religiosa e a monarquia constitucional inglesa deveriam ser adotadas por todas as nações europeias. Voltaire condenava o Absolutismo, porém defendia a necessidade de uma Monarquia centralizada em que os reis, assessorados pelos filósofos fossem capazes de fazer reformas de acordo com o interesse da sociedade. Denis Diderot (1713-1784) foi um filósofo, escritor e tradutor francês, um dos grandes pensadores do Iluminismo francês e principal idealizador da Enciclopédia, um dos símbolos do Iluminismo, que preparou ideologicamente a Revolução Francesa. Em 1746, Diderot publicou “Pensamento Filosófico”, uma formulação de objeções reacionárias contra a revelação sobrenatural. Em 1748, publicou “Cartas Sobre os Cegos Para Uso Dos Que Enxergam”. A tese do ensaio é a sujeição do homem aos seus cinco sentidos, o relativismo do conhecimento humano e a negação de qualquer fé transcendental. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um filósofo social, teórico político e escritor suíço. Foi considerado um dos principais filósofos do Iluminismo e um precursor do Romantismo. Suas ideias influenciaram a Revolução Francesa. Obras e Ideias de Rousseau: Discurso Sobre a Desigualdade (1755), Julie ou a Nova Heloísa (1761), Contrato Social (1762), Émile ou da Educação (1762). John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, um dos principais representante do empirismo - doutrina filosófica que afirmava que o conhecimento era determinado pela experiência, tanto de origem externa, nas sensações, quanto interna, a partir das reflexões. Segundo ele, a sensação ou a experiência externa, e a reflexão ou a experiência interna, constituem duas fontes de conhecimento originando-se assim ideias simples, produto da sensação, e ideias complexas, provenientes da reflexão. Adam Smith, (1723-1790) foi um economista e filósofo escocês. Considerado o pai da economia moderna. O mais importante teórico do liberalismo econômico do século XVIII. Sua principal obra "A Riqueza das Nações", é referência para os economistas. Publicou sua obra principal, "A Riqueza das Nações” (1776), que teve importância fundamental para o nascimento da economia política liberal e para o progresso de toda a teoria econômica. Pregava a não intervenção do Estado na economia e um Estado limitado às funções de guardião da segurança pública, mantenedor da ordem e garantia da propriedade privada.
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