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INQUÉRITO POLICIAL CONCEITO DE INQUÉRITO POLICIAL Trata-se de um PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO preliminar, inquisitivo, de caráter INFORMATIVO, que objetiva apurar indícios de AUTORIA E MATERIALIDADE, sendo presidido por AUTORIDADE POLICIAL. Finalidade do Inquérito policial Contribuir com a formação da Opinio delicti do Ministério Público buscando convencê-lo a oferecer denúncia ou do ofendido nas ações de privadas (destinatários diretos/imediatos). Natureza jurídica O IP tem índole administrativa (órgão do poder executivo), pré-processual e obedece ao regramento dos atos administrativos em geral. A POLICIA JUDICIÁRIA É QUEM CONDUZ O IP a) Polícia civil (art.144, §4°, CF/88) b) Polícia federal (art.144, §1°, I, CF/88) ATENÇÃO! INVESTIGAÇÃO CRIMINAL X INVESTIGAÇÃO POLICIAL. QUEM É O PRESIDENTE DO IP ? DELEGADO DE POLÍCIA de carreira. (estadual ou federal) A Lei 12.830/2013, que trata da investigação criminal, dispõe em seu art. 2º, §1º e §6°: § 1o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. Como cai! Instituto AOCP - Investigador (PC ES)/2019) - Adaptada É permitido ao Ministério Público conduzir o inquérito policial como autoridade máxima. (C/E) CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL (SEI DOIDO) Sigiloso Escrito Inquisitivo Dispensável Oficioso Indisponível Discricionário Oficial SIGILOSO (ART. 20 CPP) Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Não se aplica ao juiz, ao MP e ao Advogado (Súmula vinculante n° 14). SÚMULA VINCULANTE 14 É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. ESCRITO – ART. 9° CPP Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. INQUISITIVO INQUISITÓRIO AS ATIVIDADES INVESTIGATÓRIAS ESTÃO CONCENTRADAS NAS MÃOS DE UMA ÚNICA AUTORIDADE (DELEGADO) BUSCA A EFICÁCIA DAS DILIGÊNCIAS, CONFERE MAIOR AGILIDADE E OTIMIZA A IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO. REGRA: NÃO HÁ CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA! EXCEÇÃO: IP DESTINADOS À EXPULSÃO DE ESTRANGEIROS! (COMPETÊNCIA FEDERAL, LEI 13.445/17) DISPENSÁVEL DISPENSÁVEL O IP É MERAMENTE INFORMATIVO. ATENÇÃO: É DISPENSÁVEL PARA O MP NAS AÇÕES PENAIS PÚBLICAS! (ART. 39, §5°, CPP) É DISPENSÁVEL SE O MP OU OFENDIDO JÁ POSSUIREM JUSTA CAUSA PARA OFERECER A DENUNCIA OU APRESENTAR A QUEIXA. OFICIOSIDADE O DELEGADO É OBRIGADO A INSTAURAR O IP. EX OFFICIO (NOS CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA) – ART. 5°, I, CPP. NO CASO DOS CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO E DA AÇÃO PENAL PRIVADA, A INSTAURAÇÃO DO IP FICA CONDICIONADA À MANIFESTAÇÃO DA VÍTIMA. (ART. 5, §4°,§5°, CPP) INDISPONIBILIDADE ATENÇÃO: O DELEGADO NÃO PODE ARQUIVAR O IP! (ART. 17 CPP) OBS: MESMO QUE O DELEGADO CONCLUA POR ATIPICIDADE DA CONDUTA, NÃO PODERÁ DETERMINAR O ARQUIVAMENTO DO IP. DISCRICIONARIEDADE Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. LIBERDADE DE ATUAÇÃO NOS LIMITES DA LEI, DE ACORDO COM CADA CASO. ART. 6° E 7º CONTEMPLAM ROL EXEMPLIFICATIVO DE DILIGÊNCIAS OBS: A DISCRICIONARIEDADE NÃO TEM CARATER ABSOLUTO. ATENÇÃO! NOS CRIMES QUE DEIXAM VESTÍGIOS O DELEGADO ESTÁ OBRIGADO A REALIZAR O EXAME DE CORPO DE DELITO. (ART. 184, CPP) OFICIALIDADE O INQUÉRITO POLICIAL FICA A CARGO DE ÓRGÃO DO ESTADO, NOS TERMOS DO ART. 144,§ 1°,I C/C ART. 144, § 4° DA CF. POLÍCIA FEDERAL OU POLÍCIA CIVIL IADES - Oficial Policial Militar (PM DF)/Capelão/Católico/2017 O inquérito policial é o conjunto de diligências realizadas pela autoridade policial para obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a materialidade das infrações penais investigadas, subsidiando, assim, o Ministério Público e o ofendido no oferecimento da denúncia ou da queixa-crime. É característica do inquérito policial o (a) a) contraditório. b) oficiosidade. c) disponibilidade. d) indispensabilidade. e) arbitrariedade. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/oficial-policial-militar-pm-df-capelao-catolico-2017 Incomunicabilidade do indiciado ART. 21 CPP Dispositivo NÃO recepcionado pela C.F. (art. 136, §3º) - Art. 21 do C.P.P. –incomunicabilidade decretada pelo juiz pelo prazo de 03 (três) dias. -Fundamentação: impossibilidade de sua aplicação sequer durante o estado de defesa (situação extrema). NOTITIA CRIMINIS É com a notitia criminis que a Autoridade Policial toma ciência de uma infração penal. Essa notícia de crime pode ser: 1 - de “cognição imediata”; ESPONTANEA (ex: imprensa) 2 – de “cognição mediata”; PROVOCADA (ex: por escrito) 3 – de “cognição coercitiva”. PRISÃO EM FLAGRANTE DELATIO CRIMINIS É ESPECIE DE NOTITIA CRIMINIS INDIRETA. DELATIO CRIMINIS: é a comunicação de um fato feita pela vítima ou qualquer do povo com identificação. ART. 5º CPP. § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA Denúncia anônima, também recebe o nome de delação apócrifa. Quando recebida a denúncia anônima, deve a autoridade realizar diligências para apurar sua veracidade, e só então instaurar o inquérito. Sabendo que existem várias maneiras de o fato chegar ao conhecimento da Autoridade Policial, a notitia criminis de cognição direta ou imediata é quando a Autoridade Policial toma conhecimento: a) através de uma requisição do Ministério Público. b) direto do fato infringente da norma, porém junto com este lhe é apresentado também o autor do fato. c) direto do fato infringente da norma por meio de suas atividades rotineiras. d) através de requisição do Ministro da Justiça. e) através de uma representação do ofendido. INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL – AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (deve instaurar de oficio) a) Portaria (art. 5º, I, CPP), “ex officio” b) Requisição do Juiz ou MP (art. 5º, II, CPP). c) Requerimento do ofendido (art. 5º, II, CPP). Caso seja indeferido cabe recurso ao chefe de polícia. (art. 5º, § 2º, CPP) d) Auto de prisão em flagrante (art. 304, CPP). – AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA Representação do ofendido (art. 5º, § 4º, CPP). – AÇÃO PENAL PRIVADA Requerimento do ofendido (art. 5º, § 5º, CPP). CONCLUSÃO Prazos para conclusão do inquérito policial (art. 10, “caput”, CPP). Regra Geral Preso: 10 dias (art.3º B VIII, prorrogável por uma única vez por 15 dias) Solto: 30 dias prorrogáveis enquanto houver necessidade. (art. 10º, § 3º, CPP). Prazos especiais Crimes de competência da justiça comum federal. Preso: 15 dias prorrogáveis por uma vez de igual período (art. 66º, Lei 5.010/66). Solto: 30 dias prorrogáveis enquanto houver necessidade. Tráfico de drogas (Lei 11.343/06, art. 51) Preso: 30 dias prorrogáveis por uma vez de igual período. Solto: 90 dias prorrogáveis por uma vez de igual período. IADES - Perito Criminal (PC DF)/Ciências Biológicas/2016 A respeito dos prazos para a conclusão do inquérito policial, considerando as normas processuais penais, é correto afirmar que, se o réu está preso, o prazo é de a) 10 dias; estando o réu solto, o prazo é de 20 dias, no âmbito da Justiça Federal. b) 15 dias; estando o réu solto, o prazo é de 15 dias, tratando-se de crimes contra a economia popular. c) 10 dias; estando o réu solto,o prazo é de 30 dias, conforme o Código de Processo Penal Militar. d) 15 dias; estando o réu solto, o prazo é de 45 dias, segundo a lei de drogas. e) 10 dias; estando o réu solto, o prazo é de 30 dias, em consonância com o Código de Processo Penal. https://www.tecconcursos.com.br/concursos/perito-criminal-pc-df-ciencias-biologicas-2016 Sobre o inquérito policial, é correto afirmar que: a) sua finalidade é fornecer à vítima os elementos necessários à propositura de ação indenizatória. b) é indispensável à propositura da ação penal, de forma que esta não pode ser proposta sem a instauração bem como a conclusão do inquérito. c) o prazo para a conclusão do inquérito é de 10 (dez) dias, em caso de indiciado solto. d) é um procedimento inquisitório, de caráter administrativo, instaurado pela autoridade policial. e) é destinado a apurar a autoria e a materialidade de infrações penais ou de ilícitos administrativos. Arquivamento do inquérito policial. Como era antes do Pacote anticrime! Autoridade policial elabora o relatório das investigações e encaminha ao juiz. O juiz encaminha ao MP caso seja de ação penal pública incondicionada, que pode: a) oferecer a denúncia b) requerer a devolução dos autos ao delegado para novas diligências. c) requerer o arquivamento. Neste, o juiz pode arquivar ou discordar e remeter ao procurador geral os autos de inquérito. O Procurador geral pode: I – Oferecer a denúncia; II – Designar outro membro do MP a oferecer a denúncia; III – Insistir no arquivamento (o juiz é obrigado a arquivar). ARQUIVAMENTO DO IP. DEPOIS DO PACOTE ANTICRIME! Delegado relatório Ministério Público Oferece a denúncia Determina o arquivamento Instância revisora Homologa o arquivamento Discorda do arquivamento Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. Arquivamento implícito Arquivamento implícito – esse assunto é doutrinário. Existem Duas formas: a primeira ocorre quando o MP deixa de requerer o arquivamento em relação a alguns fatos investigados, silenciando quanto a outros. A segunda acontece quando o membro do MP requer o arquivamento em relação a alguns investigados, silenciando quanto a outros. STJ E STF NÃO ACEITAM O ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO. Só gera coisa julgada formal. É permitida a ação penal com o inquérito que estava arquivado desde que encontre prova nova e ainda não estar extinta a punibilidade (Súmula 524 do STF). Arquivamento indireto Arquivamento indireto – Quando o membro do MP deixa de oferecer a denúncia por entender que o Juízo (que está atuando durante a fase investigatória) é incompetente para processar e julgar a ação penal. Não é unânime. Trancamento do IP - Consiste na cessação da atividade investigatória por decisão judicial quando há ABUSO na instauração do IP ou na condução das investigações, geralmente quando não há elementos mínimos de prova. •CABERÁ HABEAS CORPUS. ART. 647 CPP
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