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MATURAÇÃO DE FRUTOS 1. INTRODUÇÃO A aceitação do produto alimentício pelo consumidor está diretamente relacionada a sua cor. Esta característica sensorial, embora subjetiva, é fundamental na indução da sensação global resultante de outras características como o aroma, o sabor e a textura dos alimentos. Desta forma, a aparência do alimento pode exercer efeito estimulante ou inibidor do apetite. Além de necessária para sobrevivência, a alimentação também é fonte de prazer e satisfação. Por essa razão, o setor alimentício preocupa-se tanto com a aplicação de cores e obtenção de alimentos que agradem aos olhos do consumidor (COLLINS e PLUMBLY, 1995; FREUND et al., 1988). Os corantes naturais podem ser divididos em três grupos principais. Os compostos heterocíclicos com estrutura tetra-pirrólica, que compreendem as clorofilas presentes em vegetais, o heme e as bilinas encontradas em animais. Os compostos de estrutura isoprenóide, representados pelos carotenóides, encontrados em animais e principalmente em vegetais, e os compostos heterocíclicos contendo oxigênio como os flavonóides, que são encontrados exclusivamente em vegetais. Além desses existem outros dois grupos de corantes presentes unicamente em vegetais: as betalaínas que são compostos nitrogenados e os taninos, que agrupam diversos compostos de estruturas altamente variáveis (BOBBIO, 1992). As antocianinas representam, juntamente com os carotenóides, a maior classe de substâncias coloridas do reino vegetal. Encontram-se amplamente distribuídas em flores, frutos e demais plantas superiores, sendo consumidas pelo homem desde tempos remotos (GONNET, 1998). Os carotenóides são pigmentos naturais responsáveis pelas cores amarelas, laranja e vermelho de muitos alimentos, tais como frutas, vegetais. Além de colorir, os carotenoides possuem atividades biológicas importantes destacando-se a inibição de doenças onde os radicais livres apresentam papel fundamental, como arteriosclerose e degeneração muscular. Diferentemente dos outros flavonóides, as antocianinas são capazes de absorver fortemente a luz na região do espectro visível, conferindo uma infinidade de cores entre o laranja, o vermelho, o púrpura e o azul, dependendo do meio em que se encontrem (BROUILLARD, 1992). As clorofilas são os pigmentos verdes típicos dos vegetais e, suas moléculas estão localizadas nos cloroplastos das células vegetais, e apresentam uma estrutura básica cíclica formada por quatro anéis pirrólicos unidos por quatro grupos metino (idem, 1992). Além de conferir cor, a clorofila também desempenha função vital nos vegetais, pois é o mais importante pigmento fotossintético de absorção de luz (KARP, 2005). 2. OBJETIVOS GERAIS Observar o comportamento dos pigmentos naturais, antiocioninas, clorofilas e carotenoides, quando submetidos ao aquecimento e ao meio ácido e básico. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais • Faca • Superfície de corte • Solução de ácido sulfúrico (50%) • Solução de Hidróxido de sódio (40%) • Solução de Metabissulfito (20 ppm) • 01 Cenoura • 01 Liquidificador • 01 Repolho roxo • 01 Pimentão verde • Água Destilada • Banho-maria a 100 °C 3.2 Procedimentos • Separar 5 tubos de ensaio para cada amostra (repolho roxo, pimentão verde e cenoura) em um total de 15 tubos, organizados em grades metálicas e previamente identificadas. • Em um liquidificador, adicionar cerca de 100 ml de água destilada, colocar a amostra desejada e extrair os pigmentos, após cerca de 3 minutos de agitação. Repetir o procedimento com todas as amostras até a consistência de suco concentrado. • De cada amostra de “suco” coletar 10 ml do conteúdo e adicionar em cada tubo de ensaio. - Em 3 tubos de cada amostra adicionar 10 ml dos seguintes reagentes nesta sequência: ácido sulfúrico, hidróxido de sódio e metabissulfito. 3 • No 4° tubo de ensaio, a amostra deverá ser aquecida em banho-maria por cerca de 5 minutos depois do início da ebulição da água. E o 5° tubo será a amostra padrão (controle). • Observar as alterações de cores levando em consideração a amostra referência 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Repolho-roxo (antocioninas) Pigmento H2SO4 NaOH Na2S2O5 Aquecimento Controle Antocioninas Bifásico Bifásico Sedimentou Manteve-se Não alterou Tabela 1 Imagem 1 A tabela e imagem 1, mostram os resultados da análise realizada com o repolho-roxo, na adição dos três reagentes, exceto o tubo controle que manteve sua cor inicial,logo observa-se que as antocioninas são resistentes ao calor. No restante das amostras pode-se observar que conforme a adição dos reagentes a mudança de cor foi mudando gradativamente conforme a mudança do meio ácido para o meio básico. Cenoura (Carotenoide) Pigmento H2SO4 NaOH Na2S2O5 Aquecimento Controle Carotenoide Bifásico Monofásico Bifásico Clarificou Não alterou Tabela 2 Imagem 2 4 A tabela e imagem 2 mostram os resultados presentes no método realizado na cenoura, no tubo controle o aquecimento não mostrou alterações significativas, nos tubos que houve adição dos reagentes as colorações foram ocorrendo gradativamente, onde pode-se analisar a decomposição dos carotenoides na qual encontram-se estáveis a adição das soluções ácidas e meio alcalino. Pimentão-verde (clorofila) Pigmento H2SO4 NaOH Na2S2O5 Aquecimento Controle Clorofila Sedimentou Bifásico Bifásico Bifásico Clarificou Tabela 3 Imagem 3 5. CONCLUSÃO - Mediante os resultados obtidos descrever as conclusões obtidas. - Os objetivos foram alcançados 6. REFERÊNCIAS • COLLINS, P.; PLUMBLY, J. Natural colors: stable future? Food Tech Europe, v.49, n.2, p.64-70, 1995. • FREUND, P.R.; WASHAN, C.J.; MAGGION, M. Natural color for use in foods. Cereal Foods World, v.33, n.7, p.553-559, 1988. • BOBBIO, P. A.; BOBBIO, F.A. Introdução à química de alimentos. 2.ed. São Paulo: Varela, 1992. 234 p. • GONNET, J.F. Colour effects of co-pigmentation of anthocyanins revisited-1: a colorimetric definition using the CIELAB scale. Food Chemistry, v.63, n.3, p.409-415, 1998. • BROUILLARD, R. Chemical structure of anthocyanins. In: MARKAKIS, P. Anthocyanins as food colors. New York: Academic Press, 1992. p.1-39 5 • KARP, Gerald. Biologia celular e molecular: conceitos e experimentos. Barueri, SP: Manole, 2005. • VALDUGA, Eunice et al. Produção de carotenóides: microrganismos como fonte de pigmentos naturais. Química Nova, v. 32, n. 9, p. 2429-2436, 2009. 6
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