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Criptococose OPORTUNISTA NA AIDS

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Criptococose OPORTUNISTA NA AIDS 
(Blastomicose europeia, Torulose) 
Criptococose é uma infecção pulmonar ou disseminada, adquirida por inalação de 
solo contaminado com a levedura encapsulada Cryptococcus neoformans ou C. gattii. 
Os sintomas são os de pneumonia, meningite, ou de envolvimento cutâneo, ósseo, 
ou de vísceras. O diagnóstico é clínico e microscópico, confirmado por cultura ou 
coloração de tecido fixo. Tratamento, quando necessário, é feito com azóis ou 
anfotericina B, com ou sem flucitosina. 
A distribuição do C. neoformans é mundial; está presente em solo contaminado com excrementos 
de pássaros, especialmente de pombos. 
Fatores de risco para criptococose são 
● aids 
● linfoma de Hodgkin 
● Outros linfomas 
● Sarcoidose 
● Tratamento prolongado com corticóides 
● Transplante de órgão sólido 
Criptococose é uma infecção oportunista definidora de aids (tipicamente associada a uma 
contagem de CD4 < 100 células/mcL). 
C. gattii está principalmente associado com árvores, sobretudo eucaliptos e, ao contrário do C. 
neoformans, não está associado com aves e é mais provável que cause doença em hospedeiros 
imunocompetentes. Mas em um pequeno estudo de infecções por C. gattii no Canadá, os 
resultados sugerem que a doença tem maior probabilidade de ocorrer em pessoas 
imunocomprometidas (p. ex., pessoas com HIV/aids, história de câncer invasivo ou tratadas com 
corticosteróides) ou pessoas que tiveram outros distúrbios pulmonares, tinham 50 anos ou mais, 
ou eram tabagistas (1). 
Surtos da infeção por C. gattii ocorreram no noroeste do Pacífico, Papua Nova Guiné, norte da 
Austrália e na região mediterrânea da Europa. 
Fisiopatologia 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/fungos/criptococose#v36860801_pt
A criptococose é adquirida por inalação e, assim, tipicamente afeta os pulmões. Muitos pacientes 
apresentam-se frequentemente com lesões pulmonares primárias, assintomáticas e 
autolimitadas. Em pessoas imunocompetentes, essas lesões pulmonares isoladas algumas vezes 
se curam de forma espontânea, sem se disseminar, até mesmo sem terapia antifúngica. 
Após a inalação, o Cryptococcus pode se disseminar, frequentemente para o cérebro e as 
meninges, tipicamente se apresentando como lesões intracerebrais multifocais microscópicas. 
Granulomas meníngeos e lesões focais maiores do cérebro podem ser evidentes. Embora o 
comprometimento pulmonar raramente seja perigoso, a meningite criptocócica é potencialmente 
fatal e exige tratamento agressivo. 
Lesões focais de disseminação também podem ocorrer em nódulos subcutâneos, em 
extremidades de ossos longos, articulações, fígado, baço, rins, próstata e em outros tecidos. Com 
exceção das lesões cutâneas, essas lesões geralmente causam poucos sintomas ou nenhum 
sintoma. Raramente, a pielonefrite ocorre com necrose papilar renal. 
Os tecidos envolvidos contêm tipicamente massas císticas de leveduras que parecem gelatinosas 
por causa de polissacarídios capsulares criptocócicos acumulados, mas apresentam alteração 
mínima ou nenhuma alteração de inflamação aguda, em especial no cérebro. 
Sinais e sintomas 
Manifestações da criptococose dependem da área afetada. 
Sistema nervoso central 
Criptococose (sistema nervoso central) 
 
Como a inflamação não é extensiva, a febre geralmente é baixa e pode estar ausente, não 
sendo comum haver meningismo. 
Criptococose (pulmonar) 
 
Em pacientes com aids, a meningite por criptococos pode produzir mínimo ou nenhum sintoma, 
mas dores de cabeça frequentemente ocorrem e, às vezes, estado mental alterado lentamente 
progressivo. 
Criptococose (disseminada) 
 
Como a maioria dos sintomas de meningites por criptococos resulta de edema cerebral, 
geralmente não são específicos (p. ex., cefaleia, visão turva, confusão, depressão, agitação ou 
outras alterações de comportamento). Com exceção de paralisias oculares ou faciais, sinais 
focais são raros, mesmo relativamente mais tarde no curso. Cegueira pode se desenvolver em 
decorrência de edema cerebral ou envolvimento direto dos tratos ópticos. 
Pulmões 
Muitos pacientes com infecção pulmonar criptocócica são assintomáticos. Aqueles com 
pneumonia com frequência apresentam tosse e outros sintomas respiratórios não específicos. 
Entretanto, a aids associada à infecção pulmonar criptocócica pode se apresentar como 
pneumonia grave, progressiva, com dispneia aguda e um padrão de radiografia sugestivo de 
infecção por Pneumocystis. 
Pele 
Disseminação dermatológica pode se manifestar na forma de lesões pustulares, papulares, 
nodulares, ou ulcerativas, algumas vezes semelhantes a acne, molusco contagioso, ou carcinoma 
de células basais. 
Diagnóstico 
● Cultura de líquor, escarro, urina e sangue 
● Coloração de amostra de tecido fixado 
● Sorologia e teste de líquor para antígeno criptococo 
Sugere-se o diagnóstico clínico da criptococose por sintomas de infecção indolente em pacientes 
imunocompetentes e infecção progressiva e mais grave em pacientes imunocomprometidos. 
Primeiramente, é feita radiografia de tórax, coleta de urina e punção lombar. 
Cultura de C. neoformans é definitiva. Culturas em líquor, escarro, urina e sangue muito 
frequentemente podem ser positivas em infecções graves, em particular em pacientes com aids. 
Em criptococose disseminada com meningite, C. neoformans é, na maioria das vezes, cultivado 
na urina (focos prostáticos da infecção ocasionalmente persistem, apesar da eliminação dos 
organismos do sistema nervoso central com sucesso). O diagnóstico é fortemente sugerido pela 
identificação de brotamentos encapsulados de leveduras em esfregaços de líquidos corporais, 
secreções, exsudatos, ou outras amostras, por observadores experientes. Em amostras de 
tecidos fixados, leveduras encapsuladas podem ser identificadas e confirmadas também como C. 
neoformans pela coloração positiva de mucicarmina ou de Masson-Fontana. 
Proteína elevada no líquor e uma pleocitose de célula mononuclear são habituais na meningite 
por criptococos. A glicose é frequentemente baixa e, na maioria dos casos, podem ser vistas 
leveduras encapsuladas formando brotamentos de bases estreitas na coloração com tinta de 
nanquim, especialmente naqueles com aids (que tipicamente têm maior carga fúngica do que 
aquele sem infecção pelo HIV). Em alguns pacientes com aids, os parâmetros de líquor são 
normais, exceto pela presença de leveduras na preparação com tinta de nanquim. 
O teste do látex para antígeno capsular criptocócico é positivo no líquor e/ou em amostras de 
sangue de > 90% dos pacientes com meningite, sendo geralmente específico, embora os resultados 
falso-positivos possam acontecer, na maioria das vezes com títulos ≤ 1:8, em especial na presença 
de fator reumatoide. 
Tratamento 
● Para meningite criptocócica, anfotericina B com ou sem flucitosina, seguida de 
fluconazol 
● Para criptococose não meníngea, fluconazol (que geralmente é eficaz) 
Pacientes sem aids 
Os pacientes podem não necessitar de tratamento para envolvimento pulmonar localizado 
assintomático, confirmado por parâmetros normais no líquor, culturas negativas no líquor e na 
urina e nenhum sinal ou sintoma de lesão cutânea, óssea, ou de outras lesões extrapulmonares. 
Alguns especialistas administram um esquema de fluconazol para evitar disseminação 
hematogênica e diminuir o curso da doença. 
Pacientes com sintomas pulmonares devem ser tratados com fluconazol, 200 a 400 mg VO uma 
vez ao dia por 6 a 12 meses. 
Na ausência de meningite, as lesões localizadas na pele, no osso, ou em outros locais requerem 
terapia antifúngica sistêmica, tipicamente com fluconazol, em dosagem de 400 mg VO uma vez 
ao dia, durante 6 a 12 meses. Para doença mais grave, utiliza-se anfotericina B, 0,5 a 1,0 mg/kg, 
IV uma vez ao dia, associada à flucitosina, 25 mg/kg, por via oral, a cada 6 horas, durante várias 
semanas. 
Para meningite, o esquema convencionalé: 
● Indução com anfotericina B, 0,7 mg/kg, IV uma vez ao dia mais flucitosina, 25 
mg/kg, por via oral, a cada 6 horas, por 2 a 4 semanas. 
● Seguida de terapia de consolidação com fluconazol 400 mg VO uma vez ao dia 
por 8 semanas 
● Então terapia de manutenção com fluconazol, 200 mg VO uma vez ao dia por 6 a 
12 meses 
Punção lombar repetida é importante para administrar as altas pressões de abertura. 
Pacientes com aids 
Todos os pacientes com aids precisam ser tratados. 
Para meningite ou doença pulmonar grave, o esquema padrão consiste em: 
● Anfotericina B, 0,7 mg/kg, IV (ou anfotericina B lipossomal, 3 a 4 mg/kg IV) uma 
vez ao dia, mais flucitosina, 25 mg VO a cada 6 horas, durante as 2 primeiras 
semanas de tratamento (terapia de indução mais longa pode ser necessária se a 
resposta clínica for lenta e as culturas permaneceram positivas) 
● Seguida por fluconazol, 400 mg VO uma vez ao dia por 10 semanas no total 
● Assim que o tratamento de indução é completado, tratamento supressivo de 
manutenção supressiva a longo prazo (necessário) 
Punção lombar repetida é importante para administrar as altas pressões de abertura. 
Os pacientes com sintomas leves a moderados de envolvimento pulmonar localizado (confirmado 
por parâmetros normais de líquor, culturas negativas de líquor e urina e nenhum sinal ou sintoma 
de lesões cutânea, óssea ou extrapulmonares) podem ser tratados com fluconazol, 400 mg VO 
uma vez ao dia, por 6 a 12 meses. 
Quase todos os pacientes com aids precisam de terapia de manutenção até a contagem de CD4 
estar > 150/mcL. Prefere-se empregar fluconazol, 200 mg VO uma vez ao dia, mas o itraconazol 
na mesma dose é aceitável; entretanto, os níveis séricos de itraconazol devem ser dosados para 
se ter certeza de que os pacientes estão absorvendo o fármaco. 
 
	Criptococose OPORTUNISTA NA AIDS
	(Blastomicose europeia, Torulose)
	Fisiopatologia
	Sinais e sintomas
	Sistema nervoso central
	Pulmões
	Pele
	Diagnóstico
	Tratamento
	Pacientes com aids
	Todos os pacientes com aids precisam ser tratados.
	Para meningite ou doença pulmonar grave, o esquema padrão consiste em:

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