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Traqueostomia: Procedimento Cirúrgico

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Traqueostomia 
Traqueostomia é o procedimento cirúrgico que consiste na abertura da parede anterior da traqueia, comunicando-a com o meio externo, tornando a via aérea pérvia.
Definição
Há relatos históricos da realização de em pirâmide egípcia, simulando a realização de traqueostomia. 
Só ano 100 a.C., é que a traqueostomia foi mencionada pela primeira vez, por Asclepíades,
 na Grécia.
A primeira traqueostomia bem sucedida foi relatada em 1546, atribuída a Brasavola.
Apesar do sucesso, a traqueostomia foi raramente realizada nos séculos seguintes, pois se acreditava que qualquer procedimento na traqueia era igual à sentença de morte.
Somente em 1923, Chevalier Jackson2 padroniza a técnica cirúrgica com refinamentos, reduzindo a mortalidade das traqueostomias de 25% para 2%
Quanto à finalidade ;
 - Preventiva 
 - Curativa
 - Paliativa 
Quanto ao tempo apropriado para realizá-la;
 - Urgência
 - Eletiva 
Quanto ao tempo de permanência;
 - Temporárias
 - Definitivas
Classificação
Ventilação mecânica prolongada
Obstrução de via aérea
Anomalias congênitas 
Traumatismos craniomaxilofaciais
Corpos estranhos 
Eliminação ineficaz de secreção
Indicação
Permite falar , melhorando auto estima do paciente.
Alimentação por via oral
Redução das lesões de laringe e traquéia
Esteticamente é menos ofensiva
Facilita o desmame da VM
Pode reduzir o tempo de internação
Reduz o trabalho respiratório
Vantagens 
Traqueostomia plástica (PVC):
Com ou sem balonete
Com (shiley) ou sem cânula interna
Podem ser de duralite(nylon)
 silastatic, portex teflon polivinil
Tipos de traqueostomia
Traqueostomia metálica :
cânula externa
cânula interna
mandril
flange
Tipos de traqueostomia
Traqueostomia fenestrada;
Caracterizada pela presença de um orifício na sua parte superior que permite a passagem do ar para a laringe/ faringe/ boca e nariz/ sempre que a extremidade proximal da cânula é ocluída
Utilizada para recomeçar 
 a fonação
Fístula traqueoesofágica consequente a traqueostomia.
Hemorragia
Infecção orifício da traqueostomia
Obstrução
Mau funcionamento TQT
Intra-operatórias;
Parada respiratória
Edema agudo de pulmão
Hemorragia de vasos tireoidianos ou cervicais
Broncoaspiração de sangue
Lesão do nervo laríngeo
Lesão de esôfago com fístula traqueoesofágica
Complicações
Precoce (até 6 dias);
Hemorragias , geralmente decorrentes de lesão da veia jugular anterior ou do istmo da tireóide
Infecção
Falso trajeto por deslocamento da cânula traqueal
Obstrução da cânula por rolhas ou secreção;
Enfisema subcutâneo
Pneumomediastino
Complicações
Complicações
Tardias (+ 7 dias);
Hemorragias: causadas pelo trauma direto da cânula em grandes vasos, como a artéria inominada, subclávia ou mesmo a aorta. 
Estão associadas às traqueostomias realizadas abaixo do quarto anel.
Fístula traqueoesofágica;
Estenose subglótica ou traqueal;
Traqueomalácea
Fístula traqueocutânea
Cicatriz hipertrófica (após a decanulação);
Distúrbios de deglutição
O desmane e a decanulação devem ocorrer quando as causas de indicação a decanulação foram revertidas.
Traqueostomia PVC > desinsuflar cuff 
Repassa traqueostomia metalica
Desmane e Decanulação
Indicação resolvida 
Respiração espontânea
Secreções sobre controle
Tosse espontânea
Avaliar falso trajeto ou risco de broncoaspiração
Força mm para manter função respiratória 
Critérios para Desmane
Indicação resolvida
Desinsuflar o cuff
Trocar para TQT metálica
Diminuir números
Ocluir TQT
Decanular
Desmame
Sinais e sintomas que predizem o insucesso do desmame da TQT:
Taquipnéia ( aumento do trabalho respiratório)
Sudorese
Uso de musculatura acessória
Tosse excessiva
Broncoaspiração
Dispnéia
Inquietude, ansiedade e temor
Insucesso do desmame
Instalar VM ou nebulização
Verificar vazamentos de ar pela TQT
Manter pressão de “cuff” necessária para evitar vazamentos
Verificar o número da TQT
Promover alívio para desconforto
Fisioterapia pós -operatório 
Manter permeabilidade de vias aéreas
Manter curativo limpo e seco
Verificar consistência e aspecto de secreções
Manter o “cuff” desinsuflado sempre que possível
Verificar RX e os gases arteriais
Estimular a mobilização precoce no leito e deambulação
Fisioterapia pós -operatório 
Não realizar exercícios físicos intensos durante +/ – 6 semanas.
Ensinar a higiene da traqueostomia ao paciente ou cuidador.
Evitar locais fechados e aglomerações.
Usar “avental” para proteger a traqueostomia
Orientação

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