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DIREITO PENAL Dos crimes contra o Patrimônio Furto (art. 155): é a subtração do bem móvel de terceiro, para si ou para outrem. É um crime comum. Subtração de coisas/objetos. O cadáver pode ser objeto de furto. Os animais podem ser objeto de furto (abigeato). O furto é punido somente a título de dolo. Caso o agente subtraia um objeto desejando apenas realizar o uso momentâneo do bem móvel, e restituir o objeto integralmente, haverá mero “furto de uso”, não punível. A tentativa é admitida. A pena será aumentada em 1/3 se o crime for praticado durante repouso noturno. Furto Privilegiado ou Mínimo §2º: se o agente não tiver condenações criminais e o valor do objeto não ultrapassar de um salário mínimo, o Juiz poderá substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuir a pena de 1/3 a 2/3 ou somente aplicar a pena de multa. Equiparação §3º: a energia elétrica (ligação clandestina), eólica, térmica, radioativa, podem ser objeto de furto. O sêmen de animais que possuem valor econômico alto, considerado energia genética, também! Furto Qualificado (§4º, 5º, 6º e 7º) §4º, inciso I – destruição ou dano integral ou parcial de qualquer objeto ou construção destinada a proteger aquele patrimônio. II – Abuso da confiança existe quando o autor e a vítima possuem relação de fidelidade, confiança, e tal relação é utilizada para a prática do furto. Fraude = agente se veste de funcionário da CPFL. Escalada = escalar muro, construir um túnel, apoiar uma escada. Destreza = habilidade especial do agente sem que a vítima consiga perceber. III – chave falsa = objeto destinado a abrir fechadoras (mixas ou gazuas). IV – qualificado quando praticado por duas ou mais pessoas. §4º - A – emprego do uso de explosivos (de 4 a 10 anos), causa perigo comum. §5º - Subtração de veículo e locomoção deste para um outro Estado / País. §6º - Subtrair animal destinado a produção (mesmo se o animal for dividido em partes). §7º - Subtração de explosivos/artefatos. Obs A res nullius e a res derelicta não podem ser objeto material do crime de furto. Res Nullius = coisa de ninguém, sem dono. Res Derelicta = é coisa abandonada, suscetível de apropriação. Roubo (art. 157): Roubo Próprio “caput” ocorre quando a subtração é precedida de violência, grave ameaça ou incapacitação da resistência da vítima e tal hipótese está prevista no caput do art. 157. Roubo Impróprio §1º: o impróprio é aquele onde a violência ou grave ameaça ocorre após a subtração para garantir a posse do bem ou impunidade do crime. *Reduzir a capacidade de resistência da vítima é o que o Direito chama de violência imprópria e, a esta incapacitação deve ser provocada pelo agente, seja através de uso de substâncias químicas, ou drogas, hipnose, álcool ou ainda, através do impedimento da vítima de reagir, a enclausurando, desde que SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA = ROUBO PRÓPRIO. COM VGA = ROUBO IMPRÓPRIO. Haverá crime de furto se o agente se aproveitar da incapacidade da vítima quando esta for única responsável pela ausência de resistência. Caso a incapacitação da resistência da vítima seja realizada após a subtração para garantir a impunidade ou assegurar a posse do bem, o crime será de FURTO, por ausência expressa desta possibilidade no §1º do art. 157. Consumação: é idêntica ao crime de furto, ou seja, se consuma quando após o emprego da ameaça ou violência ou ainda incapacitação da vítima, ocorre a subtração do bem que sai da esfera da disponibilidade da vítima. Tentativa: no roubo próprio se dá quando a subtração não se consuma mesmo com o uso da VGA ou incapacitação da vítima. Já no roubo impróprio ocorre quando após a subtração a violência é tentada. Casos de Aumento de Pena §2º - de 1/3 até metade (II – se há o concurso de duas ou mais pessoas; III – se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância; IV – se a subtração for de veículo, e este for transportado para outro Estado ou exterior; V – se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade; VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios (fabricação, montagem ou emprego); VII – se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca. Casos de Aumento de Pena II - §2º, A pena aumenta-se de 2/3: (I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo). Roubo Qualificado §3º - Se da violência resulta: (I – lesão corporal grave – pena de 7 a 18 anos). (II – morte – pena de 20 a 30 anos). (Morte = Latrocínio). O resultado lesão corporal grave ou morte devem ter ocorrido a título de dolo ou culpa, quando então será crime preterdoloso. A lesão ou a morte devem derivar da violência. Se derivar da ameaça, teremos o crime de roubo em concurso com lesão corporal ou homicídio. Roubo + Morte = Latrocínio Se o agente visou a morte, e após o homicídio resolveu subtrair bem móvel da vítima, teremos crime de homicídio doloso e furto em concurso material. Consumação do Latrocínio: 1) Morte consumada + subtração consumada = Latrocínio consumado 2) Morte tentada + subtração tentada = Latrocínio tentado 3) Morte consumada + subtração tentada = Latrocínio consumado 4) Morte tentada + subtração consumada = Latrocínio tentado · Haverá Latrocínio Consumado quando houver Morte Consumada
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