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Lívia Alves - @medvetinfoco 1. Descrever o papel do sistema nervoso autônomo no controle da pressão arterial sistêmica. Os neurônios simpáticos e parassimpáticos influenciam o sistema cardiovascular através da liberação dos neurotransmissores norepinefrina e acetilcolina. Além disso, os nervos simpáticos afetam o sistema cardiovascular por estimular a liberação de epinefrina e norepinefrina da medula suprarrenal. Exercem seus efeitos cardiovasculares ativando os receptores proteicos nas membranas de células do músculo cardíaco ou nas células musculares lisas dos vasos sanguíneos. Receptores adrenérgicos: são ativados pela epinefrina e pela norepinefrina. Existem dois tipos, α- adrenérgicos e receptores β-adrenérgicos. Os principais atuantes no controle cardiovascular são α1 e α2 e β1 e β2. α1 e α2: vasoconstrição. β1: aumento da frequência cardíaca, volume de ejeção e débito cardíaco. β2: vasodilatação. Receptores colinérgicos: é ativado pela acetilcolina e existem dois tipos, os receptores colinérgicos muscarínicos e os receptores colinérgicos nicotínicos, dos 5 subtipos, M2 e M3 são os importantes para o controle cardiovascular. M2: diminuição da frequência cardíaca, volume de ejeção e débito cardíaco. M3: vasodilatação. Vasoconstrição: diminui o fluxo sanguíneo, aumenta a resistência periférica e aumenta a pressão arterial. Vasodilatação: aumenta o fluxo sanguíneo, diminui a resistência periférica e diminui a pressão arterial. 2. Conhecer a localização e função dos barroreceptores e receptores de volume atrial. Os barroreceptores estão localizados na parede das artérias carótidas e aorta. Os barroreceptores carotídeos monitoram a pressão sanguínea que flui para o encéfalo e os barroreceptores aórticos monitoram a pressão sanguínea que flui para o resto do corpo. Os barroreceptores aumentam sua frequência de disparos quando a pressão sanguínea aumenta, ativando o centro de controle cardiovascular bulbar. O centro de controle cardiovascular aumenta a atividade parassimpática e diminui a simpática para retardar o coração. Quando a frequência cardíaca cai o débito cardíaco também cai. Na circulação a diminuição da atividade simpática causa dilatação das arteríolas permitindo que mais sangue flua para fora das artérias. A combinação da redução do débito cardíaco e da diminuição da resistência periférica reduz a pressão sanguínea arterial. Receptores do volume atrial O reflexo barorreceptor arterial e o reflexo do receptor de volume atrial são parceiros sinérgicos nas tarefas inter-relacionadas de regulação da pressão arterial e volume sanguíneo. O receptor de volume atrial é iniciado por terminações nervosas sensoriais especializadas, localizadas principalmente nas paredes dos átrios direito e esquerdo. São ativadas por estiramento, pois o volume de sangue de cada átrio determina o quanto a parede atrial é estirada. Quando o volume atrial diminui, a pressão do átrio também se reduz, e o mesmo ocorre com o estiramento nas paredes dos átrios e ocorre redução na frequência dos potenciais de ação gerados nos receptores de estiramento atrial. De forma inversa, aumentos no volume sanguíneo resultam em maior estiramento atrial e elevação da frequência dos potenciais de ação gerados pelos receptores de estiramento atrial. Estes receptores de estiramento atrial são detectores sensíveis de volume de sangue nos átrios e, indiretamente, do volume de sangue total. Terminações nervosas sensíveis ao estiramento adicionais, que agem em conjunto com os receptores do volume atrial, estão localizados nas paredes das veias pulmonares. 3. Compreender o controle endócrino da pressão arterial sistêmica e da volemia com ênfase no sistema renina-angiotensina-aldosterona. A secreção da aldosterona a partir do córtex suprarrenal acontece a partir de dois estímulos principais: concentração extracelular de K+ aumentada e pressão sanguínea diminuída. O decréscimo da pressão sanguínea ativa um via de liberação de angiotensina II que estimula a liberação de aldosterona. Sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) A angiotensina II é o sinal que controla a liberação de aldosterona do córtex da suprarrenal. A via SRAA inicia quando as células granulares justaglomerulares na arteríolas aferentes de um néfron secretam a enzima renina. A renina converte uma proteína plasmática inativa, angiotensinogênio em angiotensina I (ANG I). Quando a ANG I no sangue encontra a enzima conversora de angiotensina (ECA), a ANG I é convertida em ANG II. Quando a ANG II alcança a glândula suprarrenal, ela estimula a síntese e a liberação de aldosterona. Por fim, no néfron distal, a aldosterona inicia uma série de reações intracelular que causam reabsorção de Na+ no túbulo. Os estímulos que ativam a via SRAA são todos relacionados com a baixa pressão: - Células granulares respondem a baixa pressão do sangue nas arteríolas renais, secretando renina. - Os neurônios simpáticos, ativados quando a pressão diminui, terminam nas células granulares e estimulam a secreção de renina. - A retroalimentação parácrina estimula a liberação de renina. Atuação da ANG II – aumenta a pressão sanguínea por 4 vias: 1. Aumento da secreção de vasopressina - a retenção de líquido nos rins sobre a influência da vasopressina ajuda a conservar o volume do sangue, mantendo assim a pressão sanguínea. 2. Estimula a sede - a ingestão de líquido é uma resposta comportamental que aumenta o volume sanguíneo e eleva a pressão sanguínea. 3. Potente vasoconstritor - a vasoconstrição faz com que a pressão sanguínea aumente sem que ocorra mudança no volume sanguíneo. 4. A ativação de receptores de ANG II no centro de controle cardiovascular aumenta a estimulação simpática do coração e dos vasos sanguíneos - a estimulação simpática aumenta o débito cardíaco e a vasoconstrição, os quais aumentam a pressão do sangue. 4. Estabelecer a participação do antidiurético e do peptídeo natriurético atrial no controle da volemia. O peptídeo natriurético atrial (PNA) é um hormônio peptídeo produzido em células especializadas do miocárdio no átrio do coração. Ele é sintetizado como parte de um grande pró-hormônio que é clivado em vários fragmentos de hormônio ativo. O peptídeo natriurético cerebral (BNP) é sintetizado por células miocárdicas ventriculares e por certos neurônios do cérebro. Ambos são liberados pelo coração quando as células miocárdica estirão mais do que o normal, como ocorrem quando o volume de sangue aumenta. Em nível sistêmico os peptídeos natriuréticos aumentam a excreção de água e de sódio. Os peptídeos natriuréticos aumentam a TFG e diminuem diretamente a reabsorção de NaCl e água no ducto coletor. Também atuam indiretamente para aumentar a excreção de sódio e água pela inibição da liberação de renina, aldosterona e vasopressina. Agem diretamente no centro de controle cardiovascular do bulbo para diminuir a pressão sanguínea. O BNP é um importante marcador biológico para a insuficiência cardíaca Por que a produção desta substância aumenta com a dilatação ventricular e com o aumento da pressão ventricular. 5. Identificar 5 classes e o local de ação dos diuréticos enfatizando no mecanismo de ação furosemida. Diuréticos tiazídicos: seu mecanismo de ação é inibir a ação do íon transportador de Na+ e Cl- no túbulo distal, com aumento de eliminação de sódio, cloreto, potássio e água. Os principais diuréticos são a Hidroclorotiazida e a Clortalidona. Poupadores de potássio: são diuréticos que eliminam sal e água porém poupam o potássio ponto final agem inibindo os canais condutores de sódio no túbulo coletor, como a Amilorida e Triantereno ou bloqueando a aldosterona, como a Espironolactona. Diuréticos osmóticos: aumentam o volume da urina e diminui a concentração. Os principais diuréticos osmóticos são Manitol, Glicerinae Ureia. Inibidores da anidrase carbônica: inibem a reabsorção de bicarbonato (HCO3 -), principalmente nos túbulos contornados proximais e distais e em outros segmentos do organismo que envolvem transporte iônico de H+ ou HCO3 - . O principal representante dos inibidores da anidrase carbônica é a Acetazolamida. Diuréticos de alça: são os mais potentes e utilizados, atuam inibindo o íon transportador NaK2Cl no ramo ascendente da alça de Henle. A inibição do NaK2Cl resulta no aumento da excreção de sódio e cloro a eliminação de sódio e água aumenta a eliminação de potássio e hidrogênio, processo acelerado pela aldosterona. Principais diuréticos são a Furosemida e a Bumetanida. A furosemida atua bloqueando o sistema co-transportador de sódio, potássio e cloreto localizado na membrana luminal do ramo ascendente da alça de Henle.
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