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UNIDADE 2 SECAO 1

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Tornar a escola interessante para os alunos é, certamente, um dos principais desa�os atuais, e por isso deve ser
tema motivador para as atuais inovações educacionais.  
A implementação das metodologias ativas no ensino é uma prática que trás uma nova proposta rede�nido o papel
do aluno em sala de aula, tornando esse um protagonista da sua aprendizagem. Por outro lado rede�ni o papel
do professor que passa a despertar o interesse dos alunos por meio de propostas que conciliem as competências
a serem desenvolvidas ao projeto de vida dos alunos. 
A centralidade do aluno no processo de ensino e aprendizagem 
O propósito para o uso de metodologias ativas no ensino é fazer com que os alunos assumam a responsabilidade
da construção de seu conhecimento. Para que isso ocorra o aluno passa a ocupar a centralidade no processo de
ensino e aprendizagem, no lugar que é ocupado pelo professor nos modelos de aulas tradicionais. Nesse sentido
o aluno deverá: 
Ter iniciativa e perseverança para que os
objetivos pedagógicos sejam atingidos. 
Cumpram as tarefas a que se propuseram
fazer.  
As metodologias ativas trazem problemas reais para os momentos de escolarização para que, durante a busca da
solução, os conhecimentos sejam construídos e reconstruídos. Ou seja, a solução do problema e a construção do
conhecimento são processos desenvolvidos ao mesmo tempo, constantemente diante do desenvolvimento das
tarefas que têm como propósito resolver os problemas.  
Uma metodologia ativa começa a partir de
uma tarefa que o aluno efetivamente queira
cumprir. A sua motivação interna está no fato
de ele se sentir realizado em cumprir aquela
tarefa. 
Tarefas pertencentes às metodologias ativas
pressupõem que os alunos também decidam
sobre os caminhos que trilharão para
resolver os problemas e que, de forma
paralela, construam seus conhecimentos. 
Inovação Educacional 
Modelos centrados na aprendizagem ativa 
Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! 
Fonte: Shutterstock.
É importante destacar que as tarefas são associadas à resolução de problemas reais que são usados
no início do trabalho para buscar o interesse e comprometimento dos alunos. Diante desse papel, o
aluno tem a oportunidade de participar de forma autônoma, crítica e ética. 
Para construir as competências, a incorporação das metodologias ativas deve permitir que os alunos
se apropriem dos dados e os transforme em conhecimentos durante o processo. 
O papel do professor na metodologia ativa 
Diante desse novo papel do aluno, o papel do
professor é obrigatoriamente rede�nido.  
No trabalho com metodologias ativas o aluno precisa
fazer pesquisas, levantar hipóteses, testar essas
hipóteses para veri�car se são válidas, argumentar e
ouvir, debater para defender sua ideia e ver aplicação
dela. O professor, por sua vez, precisa inicialmente
propor tarefas que permitam aos alunos fazerem tais
atividades e, depois disso, ele precisa monitorar o
desenvolvimento para que possa fazer as intervenções
adequadas. 
Fonte: Shutterstock. 
Essas intervenções tem por objetivo fazer os
apontamentos necessários para que os alunos
elenquem quais são os possíveis caminhos e os
critérios que deverão ser usados usar para escolher,
dentre eles, qual será aquele que ele escolherá. Nesse
contexto �ca bem exempli�cado o real papel do
professor, que não deixa de ter a responsabilidade
sobre o processo de ensino, mas também não se torna
aquele que decide ou julga pelos alunos o que é a
melhor opção. 
No processo de identi�car os possíveis caminhos
e os critérios as serem usados para a escolha, um
debate consistente precisa ser estabelecido entre
os alunos. O professor precisa estar muito atento
tanto à forma quanto ao conteúdo dos debates
para que possa manter os alunos motivados e
apresentar suas ideias, hipóteses argumentações.
E é nesses momentos que surgem os con�itos.  
Ser um mediador de con�itos é outro papel importante do professor no desenvolvimento do trabalho com as
metodologias ativas. 
Fonte: Prado et al. (2012, p. 176)
O professor, para que as metodologias ativas efetivamente levem ao cumprimento dos objetivos, deve: 
Adotar uma postura de provocador
Ter postura de provocador de desa�os, orientador de caminhos, facilitador dos processos e mediador de
con�itos. 
Propor tarefas interessantes para os alunos 
Selecionar tarefas que sejam interessantes para os alunos, de maneira que os desa�em, e que possam ser
cumpridas por meio de diferentes estratégias, podendo, inclusive, chegar a diferentes resultados. 
Ter atenção à aprendizagem do aluno 
Estar atento às aprendizagens e atitudes dos alunos, sempre colocando em xeque as informações e os
valores presentes nas atividades desses estudantes.
Ter postura de provocador de desa�os, orientador de caminhos, facilitador dos processos e mediador de con�itos. 
O arco de Maguerez é uma representação grá�ca que pode ser usada para ilustrar as etapas de uma metodologia
ativa (BERBEL, 2011). 
Assimile: 
Nenhum aluno aprende de uma única forma, por isso o professor não deve se limitar a propor uma única das
diversas metodologias ativas. Cada metodologia tem sua potencialidade e limitação, e em função dessas
características devem ser escolhidas para melhor adequação aos objetivos pedagógicos e ao contexto em
que serão aplicadas. 
Será adequada a escolha da metodologia se ela levar ao cumprimento dos objetivos, de maneira que os
alunos desenvolvam diferentes habilidades e competências, com autonomia, criticidade e ética. 
A recon�guração dos tempos e espaços escolares,  
Com essa mudança, os papéis do aluno, do professor e da escola são rede�nidos. Também se faz necessária a
recon�guração dos tempos e espaços escolares, assim como também o são os objetos de conhecimento
trabalhados na escola.  
As escolas têm uma organização marcada por tempos
de forma correspondente à fragmentação
historicamente construída dos conhecimentos. Há um
tempo reservado para as Linguagens, outra para a
Matemática e um outro para cada um dos demais
componentes curriculares ou áreas de conhecimento.
Com as metodologias ativas, a depender dos projetos
educacionais em que forem envolvidos, esses tempos e
essa divisão dos tempos se tornam inadequados e
podem requerer uma reorganização. 
Fonte: Shutterstock.
A reorganização dos tempos e espaços escolares,
assim como o redesenho dos conteúdos a serem
trabalhados, atualmente são possíveis de serem
implementados graças à �exibilização curricular
presentes na legislação educacional vigente. Nesse
sentido, o uso das metodologias ativas para
desenvolver as habilidades especi�cadas na BNCC
garantirão ao mesmo tempo o desenvolvimento das
competências. 
Os recursos tecnológicos digitais disponíveis
colaboram signi�cativamente para o
cumprimento desses objetivos e na exploração
dessa �exibilização curricular, promovendo a
integração do mundo digital, cheiro de
informações, e o mundo real, cheio de
signi�cados. Esse é um dos conceitos de ensino
híbrido. 
Trabalhar com metodologias ativas se con�gura em mais um desa�o para o professor, pois esse modelo implica
em mudanças de paradigmas e requer muito conhecimento. Por outro lado tornar a escola um local onde
aprendizagem e trocas de experiências entre aluno/professor devem ser a força motivadora para atuais inovações
educacionais.   
Saiba mais 
John Dewey foi o �lósofo norte-americano mais importante da primeira metade do século XX. Sua carreira
cobre a vida de três gerações e sua voz pôde ser ouvida no meio das controvérsias culturais dos Estados
Unidos (e fora desse país) desde a década de 1890, até sua morte em 1952, quando completara 92 anos de
idade. 
Ao longo de sua carreira, Dewey desenvolveu uma �loso�a que advogava a unidade entre teoria e prática,unidade de que dava exemplo em sua própria ação como intelectual e militante político. O pensamento dele
baseava-se na convicção moral de que “democracia é liberdade”, ao qual dedicou toda sua vida, elaborando
uma argumentação �losó�ca para fundamentar essa convicção e militando para levá-la à prática. O
compromisso de Dewey com a democracia e com a integração entre teoria e prática foi, sobretudo, evidente
em sua carreira de reformador da educação. 
Quando tomou posse na Universidade de Chicago, no outono de 1894, Dewey escreveu à esposa, Alice: “Às
vezes penso que deixarei de ensinar Filoso�a diretamente, para ensiná-la por meio da pedagogia”, ainda que,
na realidade, jamais tenha deixado de ensinar Filoso�a. As opiniões �losó�cas de Dewey provavelmente
chegaram a um maior número de leitores por meio das obras destinadas aos educadores, como The school
and society (1899), How we think (1910), Democracy and education (1916) e Experience and education (1938),
do que por intermédio daquelas destinadas a seus colegas �lósofos. A penúltima foi, como ele mesmo disse,
a que mais parecia um resumo de “toda sua postura �losó�ca”. Não é por mera casualidade que ele
observava que, como ele, muitos grandes �lósofos interessaram-se pelos problemas da educação, já que
existe “estreita e essencial relação entre a necessidade de �losofar e a necessidade de educar”. 
Se �loso�a fosse sabedoria – a visão de uma “maneira melhor de viver” –, a educação orientada
conscientemente constituiria a práxis do �lósofo. 
A con�guração da disposição humana pode ser conseguida mediante diversos agentes; mas, nas sociedades
modernas, a escola é um dos mais importante e, como tal, constitui lugar indispensável para que uma
�loso�a se concretize como “realidade viva”. 
Os esforços de Dewey para dar vida à sua própria �loso�a nas escolas foram acompanhados de
controvérsias e, até hoje, continuam sendo ponto de referência nos debates acerca das falhas do sistema
escolar americano: o inimigo encarniçado dos conservadores fundamentalistas é considerado como o
precursor inspirador dos reformadores partidários de um ensino “centrado na criança”. 
Nos debates, ambos os lados tendem a ler Dewey erroneamente, superestimando sua in�uência e
subestimando os ideais democráticos que animam sua pedagogia. 
WESTBROOK, R. B.; TEIXEIRA, A. John Dewey. Recife: Fundação Joaquim Nabuco – Editora Massangana, 2010. 
Pesquise mais 
Para aprofundar seus conhecimentos, sugerimos as seguintes leituras: 
BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática.
Porto Alegre: Penso, 2018. 
BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto
Alegre: Penso , 2015. 
BENDER, W. N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Porto Alegre:
Penso , 2015. 
BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1982. 
BUCK INSTITUTE FOR EDUCATION. Aprendizagem baseada em projetos: guia para professores de ensino
fundamental e médio. Artmed, 2008. 
MAZUR, E. Peer instruction: a revolução da aprendizagem ativa. Porto Alegre: Penso, 2015. 
NETO, O. M.; SOSTER, T. S. Inovação acadêmica e aprendizagem ativa. Penso Editora, 2017. 
VICKERY, A. Aprendizagem ativa nos anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: Penso, 2016.

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