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MANDADO DE SEGURANÇA COM PEEDIDO DE LIMINAR

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE_______
DEOCLECIANO DA SILVA, nacionalidade , estado civil, profissão, inscrito no CPF sob nº ________ , RG n°________ , residente e domiciliado na ________ , ________ , ________ , na Cidade de ________ , ________ , ________ , endereço eletrônico_____, vem à presença de Vossa Excelência ora intermediado por seu procurador ao final firmado – instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e profissional inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 287, caput, da Legislação Adjetiva Civil, indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, com suporte no art. 5º, inc. LXIX c/c art. 198 e art. 198, § 2°, todos da Carta Política e Lei nº. 12.016/09, impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR
em face da SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, pessoa jurídica de direito público interno, com endereço para citações à ____ n° ____, bairro____, cidade _____, estado ____,CEP ____, endereço eletrônico ______, no tocante ao ato vergastado, figurando como Autoridade Coatora (Lei n°. 12.016/09, art. 6°, § 3°), seu Secretário de Saúde, representante, na hipótese, da Impetrada (Lei n°. 12.016/09, art. 6°, caput), como se verá na exposição fática e de direito, a seguir delineadas.
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e 99, parágrafo 3º do Código de Processo Civil, solicita-se a concessão da assistência judiciária gratuita, pois o impetrante é reconhecidamente hipossuficiente na forma da lei.
DOS FATOS
DEOCLECIANO DA SILVA, após a realização de vários exames foi diagnosticado como portador de uma doença X, sendo que, conforme o laudo médico assinado pela Doutora ANA CLARA REIS, necessita dar início com urgência, sob pena de perder a vida, a um tratamento específico, incluindo a administração do medicamento Y. Diante de sua modesta condição econômica, somado ao elevado custo do medicamento, orçado no valor de R$ 5.000,00 para cada quantidade mensal necessária, DEOCLECIANO se dirigiu ao órgão municipal competente, e, após comprovar a necessidade, urgência e sua hipossuficiência econômica, formulou requerimento para que lhe fosse fornecido, pela Municipalidade, o referido medicamento. Ocorre que a Secretaria Municipal de Saúde indeferiu o pedido, alegando que o medicamento Y não consta da lista de medicamentos elaborada pela respectiva Secretaria. 
Vê-se, do atestado médico, com esta exordial carreado, que o Impetrante, é portador da doença X, Cid n°___. (doc.___) No referido documento, fora-lhe prescrito, com urgência, por médico credenciado à rede pública de saúde, que o paciente, aqui impetrante, passasse a tomar, continuamente, o medicamento Y.
Contudo, o Impetrante não consegue adquirir referido medicamento, sobremaneira por seu elevado valor, sua utilização contínua e, ainda, porquanto não tem condições financeiras para tal propósito. Como afirmado e demonstrado nas linhas iniciais.
Em conta disso, ao requisitar o medicamento que lhe fora receitado, à Secretaria de Saúde deste Município, ora Impetrada, tivera indeferida sua pretensão. (doc. ___). Os argumentos, lançados nesse documento, expresso, como se depreende, são pífios. Demonstra-se, sem hesitação, ser insignificante o estado de saúde da Impetrante.
Trata-se de ato ilegal da autoridade coatora pela total ausência de motivação da decisão administrativa. Nesse compasso, restou-lhe perquirir seus direitos constitucionais, mormente à saúde e à vida, pela via judicial, razão qual, de pronto, face ao quadro clínico desenhado, caracterizando o direito líquido e certo do Impetrante pede-se, inclusive, medida liminar.
DA ILEGALIDADE POR FALTA DE MOTIVAÇÃO
A negativa da Secretária da Saúde do Estado ao pedido administrativo da Impetrante fora manifestamente ilegal por falta de motivação, uma vez que se limitou a dizer: “o seu pedido não será atendido pela Secretaria do Estado da Saúde.”.
A falta de motivação ou fundamentação dos atos administrativos constitui expresso motivo de sua ilegalidade, isto porque, trata-se de expressa obrigação legal prevista no art. 50 da lei 9.784/99, que assim dispõe: “Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;”.
O ato da autoridade coatora em nada justificou a negativa do pedido, e assim, de forma arbitrária negou acesso à direito fundamental, líquido e certo, da Impetrante.
DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO
Dito isso, vê-se que o pedido em espécie encontra farto respaldo na Constituição Federal. A Seguridade Social, prevista na CF, compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade. conforme art. 195 da CFRB. Todas destinadas aos direitos à saúde, à previdência e à assistência social nos termos do art. 194 da CFRB. Ademais, todos os três entes federativos respondem pela assistência à saúde dos cidadãos, como assim prevê o art. 198 da Carta Política e, ainda, do que se extrai da Lei n. 8.080/90.
Quanto ao Município, é também a diretriz prevista no art. 30, inc. VII, da Constituição Federal. Desse modo, os entes públicos têm o dever de assegurar à população carente o direito à saúde e à vida, devendo desenvolver atuação integrada dentro de um sistema público de saúde.
DA TEMPESTIVIDADE
O Impetrante tomou ciência da decisão administrativa na data de ____, em sendo decisão manifestamente ilegal, o prazo de impetração deste remédio constitucional não supera o previsto no artigo 23 da Lei 12.016/09 (120 dias), portanto preenchido o pressuposto de admissibilidade no que tange a tempestividade da presente peça.
DO DIREITO 
Conforme narrativa acima colacionada, ficou perfeitamente evidenciado o direito líquido e certo do impetrante, afinal, trata-se de clara inobservância legal. A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
No artigo 6º, inciso LXIX da Constituição Federal, está previsto que será concedido Mandado de Segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuição de Poder Público.
Tal medida também se encontra regulamentada na Lei nº 12.016/09. Diante dos fatos narrados e de documentação anexada, é perceptível a existência de direito líquido e certo do impetrante, de deter medicamentos para a manutenção de sua saúde, e que este foi violado por ato de autoridade pública.
O direito à saúde está assegurado na Constituição Federal, na forma do artigo 6º e no artigo 196, onde encontra-se disposto que a saúde é um direito de TODOS e DEVER do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visam a redução do risco de doenças e de outros agravos.
Em seu artigo 5º, caput, o direito à vida é tido como uma garantia fundamental, assegurada a todos. Entende-se que sem saúde não há vida. A vida digna é tratada como um dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, segundo o artigo 1º, inciso III da Carta Magna. Diante disso, o Estado deve garantir o mínimo existencial às pessoas, sendo que a falta ou demora nos repasses ou recursos para o custeio da saúde, viola a dignidade humana, dada a relevância desse direito.
O artigo 198, inciso II também da Constituição, afirma que é DEVER do Município assegurar um atendimento integralizado na saúde, com prioridade para atividades de prevenção e assistência, incluindo o fornecimento de medicamentos.
A Lei nº 8.080/90, que prevê que o Poder Público deverá fornecer assistência integral, inclusive farmacêutica
Todo procedimento assim como qualquer ato administrativo deve ser conduzido com estrita observância aos princípios constitucionais, sob pena de nulidade. Diante da necessidade do impetrante de obter medicamentos e deforma urgente, o Município sob o artigo 30, inciso VII da Constituição de 1988, deve fornecer tais medicamentos, pois este é seu dever e na impossibilidade por falta de recursos públicos, o Estado e a União devem ser acionados para satisfazer tal pretensão, tendo em vista a responsabilidade solidaria dos entes federados no que diz respeito a saúde, de acordo com o artigo 23, inciso II da mesma Constituição.
Portanto, tais fundamentos justificam o ajuizamento da presente ação, a fim de tutelar a pretensão do autor, em ver seu direito à saúde efetivado por quem tem esse dever legal, segundo a Carta Política, que é o Poder Público.
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
O direito à saúde se trata de um direito fundamental do Autor, conforme previsto nos arts. 196 e 227 da Constituição Federal, para tanto, se estabelece a responsabilidade solidária da União, Estados e Municípios a prestar o atendimento necessário na área da saúde.
Por conseguinte, é obrigação dos Réus dar assistência à saúde e dar os meios indispensáveis para o tratamento médico, conforme entendimento predominante nos tribunais
Portanto, o Estado, em todas as suas esferas de poder, deve assegurar o direito à vida e à saúde, fornecendo gratuitamente o tratamento médico cuja família não tem condições de custear, conforme aqui pleiteado.
DA LIMINAR
Requer-se a Concessão de Liminar Imediata, no sentido de determinar-se ao Impetrado que forneça, no prazo máximo de 5 dias, a contar da notificação da autoridade coatora, A medicação Y que o Impetrante necessita, conforme as receitas em anexo e o pedido administrativo demonstram.
A lei processual civil dispõe, segundo o art. 300. do Código de Processo de Civil, que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. A negativa do medicamento, sem sombra de dúvida, certamente afeta a direito líquido e certo. Para além disso, sacrifica o direito à saúde, protegido constitucionalmente, havendo, mais, perigo concreto de ocorrer o desiderato aqui mostrado. 
 Por tais fundamentos, requer-se a Vossa Excelência, uma vez presentes a fumaça do bom direito e o perigo na demora, seja deferida, com supedâneo no art. 7º, inc. III, da Lei 12.016/2009 quando for relevante o fundamento do pedido e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida.
Há relevância do fundamento – bem como probabilidade do direito (fumus boni iuris) –, haja vista que a documentação acostada demonstra fartamente que o autor está acometido da doença e necessita da medicação. Outrossim, o fumus boni juris está representado pelo direito constitucional inalienável e irrenunciável à saúde e pela obrigação do Poder Público em custear o tratamento, previstas na ampla legislação e jurisprudência trazidas à colação.
Há também perigo de ineficácia da medida, caso não seja deferida de imediato – ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora) –, porquanto a demora pode causar o agravamento da saúde do impetrante de modo a lhe causar danos irreversíveis ou até mesmo a morte, já que há tempos o autor vem tentando – sem sucesso – obter os medicamentos – o que vem piorando seu estado de saúde cada vez mais, trazendo diversas formas de mal-estar ao impetrante (descrever sintomas). Em outras palavras, o perigo da demora resta evidenciado pelo atual estado de saúde do impetrante (que está muito agravado) e pela necessidade vital e urgente de fazer uso da medicação indicada ao seu caso, sob pena de enormes riscos a sua saúde. Sendo assim, o autor preenche todos os requisitos para a concessão deste tipo de tutela.
Logo, requer sejam antecipados os efeitos da tutela jurisdicional, liminarmente, por restarem consignados os requisitos fumus boni juris e o periculum in mora.
DOS PEDIDOS
Diante da relevância dos fundamentos, e por todo o exposto, o impetrante pede e requer a Vossa Excelência que:
1. Defira a medida liminar pleiteada, com urgência, determinando a autoridade coatora, o imediato fornecimento do medicamento y, pelo tempo necessário para o tratamento médico da Doença X do impetrante.
2. Seja concedida a Gratuidade de Justiça nos termos do Art. 98 do Código de Processo Civil;
3. A notificação do Impetrado para prestar as devidas informações, no prazo legal.
4. A intervenção do D. Ministério Público.
5. Requerer expressamente, que todas as publicações sejam realizadas em nome de sua advogada, sob pena de nulidade dos atos.
6. Seja o Impetrado, condenado à sucumbência, em fase de cumprimento de sentença, se favorável, nos termos do Art. 85, § 11, do NCPC, aplicado, subsidiariamente, à Lei Federal nº 12.016/09.
Dá se a causa o Valor de causa: R$ ________ 
Nestes termos, 
pede deferimento.
Local e data.
ASSINATURA DO ADVOGADO
OAB/UF. XXXX
#5126444 Sun Apr 4 08:48:21 2021

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