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Relações Internacionais - TERRORISMO

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Terrorismo
✗ terrorismo = ação violenta que procura provocar na população uma reação psicológica de
medo, um pavor incontrolável; essa sensação de pavor visa diminuir a coragem do 
inimigo, enfraquecendo, assim, a sua capacidade de resistência;
✗ essência do terrorismo = “mate um, amedronte dez mil”;
✗ terrorismo x ação criminal comum: a diferença está na MOTIVAÇÃO, que pode ser 
meramente política, ideológica ou religiosa, diferentemente de ações unicamente criminosas,
motivadas por lucro ou desvios de comportamento;
✗ não há uma definição de “crime de terrorismo” que seja aceita por toda a comunidade 
internacional;
✗ nem mesmo a ONU conseguiu definir, pois cada país tem a prerrogativa de definir, em seu 
Estado, o que é e o que não é terrorismo = todos são soberanos;
✗ CARACTERÍSTICAS DO TERRORISMO:
→ a) Natureza indiscriminada: todos, em potencial, podem ser alvos ou inimigos da ‘causa’, 
independentemente de seu papel na sociedade. Aliás, quanto mais inocentes parecerem as vítimas, 
melhor servem como alvos (sensação de insegurança);
→ b) Imprevisibilidade e arbitrariedade: não é possível saber onde e quando ocorrerá um atentado 
(sensação contínua de vulnerabilidade);
→ c) Gravidade ou espetacularidade: crueldade com que os atentados são perpetrados que 
despertam terror no inconsciente coletivo;
→ d) Caráter Amoral e de Anomia: tendência ao desprezo e indiferença pelos valores morais 
vigentes;
✗ TIPOLOGIA DO TERRORISMO
→ REVOLUCIONÁRIO / SECULAR: objetivo de destruir ou transformar por completo um 
sistema político existente e de tomar o poder por intermédio de uma revolução; normalmente 
possui motivação ideológica; se subdivide em:
a) Anarquistas: objetiva a eliminação total do Estado, visto como corrupto, inadequado e 
opressivo. Ex: Brigadas Vermelhas Italianas;
b) Igualitários: almejam impor um novo sistema, baseados na igualdade distributiva, a partir de 
uma transformação radical das estruturas sociais de uma comunidade política, geralmente sob o 
influxo de doutrinas marxistas ou maoístas. Ex. Sendero Luminoso (Peru);
c) Pluralistas: visam derrubar regimes de cunho ditatorial ou colonial, para com isto instituir 
um sistema de valores que preze os direitos e liberdades políticas. Ex: Unita (Angola).
→ SUBREVOLUCIONÁRIO: utiliza a violência organizada como forma de expressar suas 
opiniões, e não para causar uma revolução, derrubar governos ou provocar transformação de ordem 
social vigente. Ex: organizações de extrema direita ou xenófobas; subdivididos em:
a) Reformista: pleiteiam maiores benefícios políticos, sociais ou econômicos. Ex: Zapatista 
Mexicano;
b) Preservacionista: luta para manter o status quo vigente. Ex: Afrikaner (África do Sul);
→ REPRESSIVO: uso sistemático de atos de violência terrorista para dominar ou restringir 
certos grupos sociais. Terrorismo de Estado (método operacional básico de regimes totalitários);
→ SEPARATISTA: busca renunciar à comunidade política na qual estão formalmente 
inseridos, com o intuito de estabelecer ou restituir uma comunidade. Ex: IRA (Irlanda do Norte), 
ETA (Espanha, França);
→ NARCO-CRIMINAL: simbiose entre grupos guerrilheiros e grupos criminosos. Ex: FARC
(Colômbia) e Talibã (Afeganistão);
→ TRADICIONALISTA-RELIGIOSO: procuram substituir o sistema político vigente, mas os 
valores articulados são de natureza sagrada. Ex: Aum Shinrikyo (Verdade Suprema, grupo 
radical japonês);
✗ ESTRATÉGIAS DO TERRORISMO: 
1) Desgaste: persuasão pela qual os terroristas procuram se apresentar fortes o suficiente para impor
custos consideráveis ao inimigo caso ele não resolva mudar de rumo.
2) Intimidação: tentativa de convencer a população de que o governo é fraco demais para detê-los.
3) Provocação: tentativa de induzir o inimigo a responder ao terrorismo com violência
indiscriminada, contrariando a vontade popular, que passa a apoiar os terroristas.
4) Spoiling (denegrindo imagens para sabotar a paz): tentativa de passar ao inimigo a ideia de que
grupos moderados não são confiáveis, minando, assim, as tentativas de chegar a um acordo de paz;
5) Outbidding: tentativa de convencer o público de que os terroristas têm mais determinação para
lutar contra o inimigo que os grupos rivais, e, portanto, são dignos de apoio. Os autores citam a
competição entre o Hamas e o Fatah na Palestina como um caso clássico;
✗ COMBATE AO TERRORISMO
→ possui duas grandes vertentes: 
a) antiterrorismo: medidas defensivas (redução das vulnerabilidades); ocorre antes da detecção de 
ações ou da formação de células terroristas;
b) contraterrorismo: medidas ofensivas, tendo como alvo pessoas ou grupos já identificados, a fim 
de prevenir, dissuadir, ou retaliar seus atos;
→ ESTRATÉGIA DOS CINCO D:
→ Desencorajar os grupos descontentes a adotarem o terrorismo como tática; 
→ Denegar aos terroristas os meios que necessitam para perpetrar atentados; 
→ Dissuadir os Estados de apoiarem os grupos terroristas; 
→ Desenvolver a capacidade dos Estados no domínio da prevenção do terrorismo;
→ Defender os direitos humanos e o primado do Direito;
✗ TERRORISMO NO BRASIL
→ fronteira com a Venezuela (Estado Totalitário Boliviano);
→ tríplice fronteira Brasil–Paraguai–Argentina (pela suposta ajuda financeira a grupos como
Hezbollah e Hamas);
→ fronteira com a Colômbia (Farc);
→ Núcleo do Centro de Coordenação das Atividades de Prevenção e Combate ao Terrorismo = 
responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; tem como 
objetivo acompanhar o terrorismo internacional, promover estudos para conhecimento estratégico 
sobre o tema no País e propor iniciativas para neutralizá-lo no Brasil;
→ Departamento de Polícia Federal (DPF) = ações de repressão (dissuasão e retaliação) policial;
→ Comando do Exército/Ministério da Defesa (MD), por meio de sua Brigada de Operações 
Especiais (BOE) = medidas militares de caráter repressivo;

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