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Fundamentos do Direito do Consumidor 2

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Fundamentos da defesa do Consumidor Curso Marketing
Universidade Estácio – Campus Nova América.
Disciplina – Defesa de Consumidor.
Turma – Marketing Turma:
Professora Celia Regina. Aula nº 01
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
- identificar os conceitos básicos previstos no Código de Defesa do Consumidor
- Conceituar consumidor e fornecedor
- Identificar os direitos básicos do consumidor
Definição da Direito Defesa do Consumidor.
O que é direito do Consumidor?
É o conjunto de regras que regula as relações de consumo, travadas entre os consumidores e os prestadores de serviços ou os vendedores de produtos.
Que lei trata, no Brasil, das relações de Consumo?
A Lei 8.078, de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor, e dá outras providências. Tal norma é mais conhecida pelas iniciais CDC (Código de Defesa do Consumidor).
De acordo com o Art. 1º do CDC, o que quer dizer a expressão de ordem pública?
Ordem pública está ligada com a esfera pública, interesse público dando proteção e defesa do consumidor como: Proteção da vida e da saúde, educação e escola e informação.
Qual é a essência do CDC?
Trata-se de uma lei de cunhos inter e multidisplinar, como caráter de um verdadeiro microssistema jurídico.
O que a relações de consumo? 	
Relação Jurídica de Consumo – é o negócio no qual o vínculo entre as partes se estabelece pela aquisição ou utilização de um produto1 ou serviço2, tendo o adquirente a qualidade de destinatário final 3 e o vendedor a qualidade de fornecedor.
Quem compõe as partes?
Consumidor – é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza ou serviço como destinatário final.
Fornecedor – é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Produto – é o objeto das relações de consumo; bem que existe e satisfaz uma necessidade humana.
BEM é que o termo “bens” é mais abrangente e genérico do que “produto”. Bens são efetivos objetivos das relações de consumo, o que está entre os dois da relação de consumo.
Classificações dos bens – os bens podem ser móveis ou imóveis, tangíveis ou intangíveis, fungíveis ou infungíveis, consumíveis ou inconsumíveis, divisíveis ou indivisíveis e semoventes.
Bens tangíveis – é aquele que pode ser compreendido e identificado por pelo menos um dos sentidos normais dos seres humanos. São os bens corpóreos que se materializam. Exemplos óculos, carteiras, televisores
Bens intangíveis – é aquele que existe, mas não é percebido pelos sentidos, em que peses ter conteúdo e expressão econômica. São os bens incorpóreos, que não se materializam. Exemplos (marcas, patentes, direitos e ações)
Bens fungíveis – é aquele que pode ser substituído por outro de mesma espécie, quantidade e qualidade. Exemplos - Dinheiro, bebidas, alimentos e vestimentos.
Bens infungíveis – é aquele que não pode ser substituído por outro de mesma espécie, quantidade e qualidade. Isso se justifica por ser aquele bem o único do gênero ou quando o titular nutre por ele especial afeto. Exemplos – tela de um pintor famoso ou uma jóia.
O que se entende por serviços.
É qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeiras, créditos, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhistas.
Serviços públicos- São aqueles prestados pelo poder público à população: transportes, água, esgoto, telefone, luz, correios.
O que significa “destinatário final” – seria o destinatário fático do produto ou serviços, aquele que o retira do mercado e o utiliza, consumindo-o. È, pois, a pessoa que adquire produto ou serviços para uso próprio.
Produtor – (fornecedor) – é aquele que disponibiliza no mercado de consumo produtos não industrializados, abrangendo, com maior freqüência, os produtos de origem animal ou vegetal.
Construtor –(fornecedor) – é aquele que introduz produtos imobiliários no mercado de consumo, mediante o fornecimento de bens ou serviços.
Responsabilidade por danos (construtor) – decorrer dos serviços técnicos de construção, bem como dos defeitos relativos ao material empregado na obra. Nessa última hipótese, responderá solidaria mente o fabricante do produto defeituoso. PRAZO 5 ANOS.
Serviços de profissionais liberais – mediante a verificação de culpa do prestador de serviços. Assim sendo, só serão responsabilizados por danos quando ficar demonstrada a ocorrência de negligência.
Princípios da Defesa do Consumidor.
Princípio da inversão do ônus da prova – na seara cível ou administrativa, competirá ao fabricante ou fornecedor, diante da reclamação do consumidor, demonstrar a ausência de fraude, e que o consumidor não foi lesado na compra de um bem ou serviço. Em relação ao consumidor, a inversão do ônus da prova ficará a critério do juiz quando for verossímil a alegação do consumidor e quando o mesmo for hipossuficiente, para isso o magistrado deverá ater-se ao conjunto de juízos fundados sobre a observação do que de ordinário acontece.
Princípio da vulnerabilidade do consumidor – aquele que, ante a fraqueza do consumidor no mercado, requer que haja equilíbrio na relação contratual. 
Princípio da boa-fé – aquele que proíbe conteúdo desleal de cláusula nos contratos sobre relações de consumo, impondo a nulidade do mesmo. 
Princípio da correção do desvio publicitário – é o que impõe a contrapropaganda. 
Principio da harmonização das relações de consumo – aquele que visa proteger o consumidor, evitando a ruptura na harmonia das relações de consumo. 
Princípio da identificabilidade – impõe a identificação de anúncio ou publicidade. Essa publicidade não pode ser enganosa ou dissimulada, devendo indicar a marca, firma, o produto ou serviço, sem induzir a erro o consumidor. 
Princípio da identificação da mensagem publicitária – a propaganda deverá ser direta, para o consumidor de imediato identifica-la. 
Princípio da informação – o consumidor tem de receber informação clara, precisa e verdadeira, usando a boa-fé e lealdade. 
Princípio da lealdade – quando a concorrência legal dos fornecedores. Visa a proteção do consumidor ao exigir que haja lealdade na concorrência publicitária, ainda que comparativa. 
Princípio da não-abusividade da publicidade – reprime desvios prejudiciais ao consumidor, provocados por publicidade abusiva. 
Princípio da obrigatoriedade da informação – aquele que requer clareza e precisão na publicidade, ou seja, o anunciante terá obrigação de informar corretamente o consumidor sobre os produtos e serviços anunciados. 
Princípio da prevenção – é o que sustenta ser o direito básico do consumidor, a prevenção de prejuízos patrimonial e extrapatrimonial. 
Princípio da transparência – a atividade ou mensagem publicitárias devem assegurar ao consumidor informações claras, corretas e precisas. 
Princípio da veracidade – as informações ou mensagens ao consumidor devem ser verdadeiras, com dados corretos sobre os elementos do bem ou serviço. 
Princípio da vinculação contratual – o consumidor pode exigir do fornecedor o cumprimento do conteúdo da comunicação publicitária ou estipulado contratualmente. 
Princípio do respeito pela defesa do consumidor – princípio que requer que no exercício da publicidade não se lese o consumidor. 
Princípio geral de transparência – requer não só a clareza nas informações dadas ao consumidor, mas também ao acesso pleno de informações sobre o produto ou serviço e sobre os futuros termos de um determinado negócio. 
Princípios da publicidade – são aqueles que regem a informação ou mensagem publicitária, evitando quaisquer danos ao consumidor dos produtos ou serviços anunciados, tais como: liberdade, o da legalidade, o da transparência, o da boa-fé, o da identificabilidade, o da vinculação contratual, o da obrigatoriedade da informação, o da veracidade, o da lealdade, o da responsabilidade objetiva, o da inversãodo ônus da prova na publicidade e o da correção do desvio publicitário. 
Universidade Estácio - Campus Nova América.
Disciplina – Fundamentos do Direito do Consumidor 
Aula prevista - ....... 4ª Feira dia 19 / 03 / 2014. Aula nº 02
Assunto – Analise do Art. 3º § 2º Serviço. Princípio da Inversão dos ônus da Prova, Princípio da Vulnerabilidade
· CDC. ART. 3º. § 2º, Serviço1 – é qualquer atividade no mercado de consumo, mediante remuneração 2 , inclusive as de natureza bancária4, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
1 - Serviço – é qualquer prestação de trabalho remunerado, oferecida no mercado de consumo, exceto as relações de caráter trabalhistas.
Serviços públicos 3 - São aqueles prestados pelo poder público à população: transportes, água, esgoto, telefone, luz, correios.
	No entendimento da expressão “ remuneração(2) ” excluem-se os tributos, as taxas e as contribuição de melhoria, ou seja, excluem as relações inseridas na área tributária. Exemplo: segurança pública(3). Por outro lado, incluem-se os preços públicos cobrados pela prestação de serviços prestados pelo Poder público, ou mediante concessão ou permissão à iniciativa privada. Exemplo: transportes, telefonia etc.
4 -	As atividades das instituições financeiras (bancos) estão expressamente incluídas. Exemplos: expedição de extratos etc. Incluem - se também os planos de previdência e seguros-saúde, que são atividades securitárias.
	As relações trabalhistas estão expressamente excluídas da proteção do Código do Consumidor. 
· Inversão do ônus da Prova.
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
	Se houver dano ao consumidor, este não terá que provar dolo ou culpa do fabricante. Basta que prove que o dano decorreu das condições em que se apresentava o produto ou serviço. Entretanto, a inversão será decidida pelo Juiz em cada caso concreto, tendo em vista dois requisitos:
a) – veracidade da alegação;
b) – hipossuficiência do Consumidor
Destacamos o que nos ensina Antonio Gidi, no sentido de que:
“ o Juiz não possui o poder discricionário de inverter ou não o ônus da prova em favor do consumidor. Com efeito, não diz a lei que fica a critério do juiz inverter o ônus da prova.O que fica a critério do Juiz ( a partir do seu livre convencimento motivado) é a tarefa de aferir, no caso concreto levado à sua presença, se o consumidor é hipossuficiente e se sua versão dos fatos é verossímil.”
Conceito de verossimil é o que é semelhante à verdade, o que não repugna a verdade , e mim, o provável. Assim, é possível fazer uma aproximação emtre verossimilhança das alegações do consumidor. “(...) a verossimilhança possui papel relevante para a inversão do ônus da prova, bem como para a Tutela Antecipada, desde que preenchidos os demais requisitos da Lei processual(fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação abuso de direito de defesa etc,)”.
· Princípio da vulnerabilidade do consumidor – aquele que, ante a fraqueza do consumidor no mercado, requer que haja equilíbrio na relação contratual. 
	Objetivo
O Código de Defesa do Consumidor define uma nova ordem de proteção dos direitos sociais, ao reforçar a questão da cidadania e reconhecer a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo. Garantir os direitos do consumidor é hoje uma necessidade para o avanço do processo democrático, dos direitos humanos e da cidadania e também para um justo desenvolvimento econômico e social do país. Uma economia aberta e cada vez mais globalizada precisa de consumidores participantes, capazes de exigir serviços e produtos com preço justo e qualidade adequada, possibilitando sua satisfação nas relações de consumo de vida cada vez melhor.
Exemplo: Contrato - Fica visível que, em simples contrato de compra e venda, não há apenas o comprador e vendedor, os quais resolvem suas disputas. Esta relação gera direitos de interesse social dando nascimento à relação de consumo e á intervenção do Estado na atividade econômica. Tal intervenção é mais ou menos acentuada. Mas não existe país sem influência do governo, ainda que mínima.
E foi neste contexto que entrou em vigor o nosso Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, que veio disciplinar justamente uma relação de desigualdade e inferioridade existente entre aqueles que são detentores dos meios de produção e aqueles que adquirem tais produtos ou serviços inseridos no mercado, basicamente. Neste sentido, o código disciplinando essa relação, chamada de “relação de consumo”, está protegendo o consumidor, o qual é o mais fraco nesta relação, o mais vulnerável.
· Princípio da boa-fé – aquele que proíbe conteúdo desleal de cláusula nos contratos sobre relações de consumo, impondo a nulidade do mesmo. 
O princípio da boa-fé como cláusula geral, serve de paradigma para as relações provenientes da contratação em massa e deve incidir na interpretação dos contratos relativos os planos de saúde.
É o princípio máximo orientador do Código de Defesa do Consumidor e basilar de toda a conduta contratual que traz a idéia de cooperação, respeito e fidelidade nas relações contratuais. Refere-se aquela conduta que se espera das partes contratantes, com base na lealdade, de sorte que toda cláusula que infringir esse princípio é considerada, ex lege como abusiva. Isso porque o artigo 51, XV do Código de Defesa do Consumidor diz serem abusivas as cláusulas que “estejam em desacordo com o sistema de proteção do consumidor”, dentro do qual se insere tal princípio por expressa disposição do artigo 4º, caput e inciso III.
· Princípio da correção do desvio publicitário – é o que impõe a contrapropaganda. 
Publicidade que fora veicula com abuso ou enganosidade. Assim, o princípio da correção do desvio publicitário visa garantir que a publicidade danosa não mais continue a ser veiculada, bem como é através desse princípio que se permite a realização de contrapropaganda, medida esta que será estudada em capítulo posterior.
Diante do exposto, a publicidade só é válida quando o consumidor de maneira fácil e imediata a identifica sem emprego de nenhum esforço ou capacidade técnica.
Amparado no artigo 30 e 35 do Código de Defesa do Consumidor, surge o princípio da vinculação contratual da publicidade se baseando no direito do consumidor em exigir do fornecedor o cumprimento do conteúdo da comunicação publicitária. Estes dispositivos evitam que o fornecedor vincule informações com o único intuito de capitação de clientela, descumprindo informação expressa nos anúncios.
· Principio da harmonização das relações de consumo – aquele que visa proteger o consumidor, evitando a ruptura na harmonia das relações de consumo. 
 
Harmonização de interesses. Interessa às partes, ou seja, aos consumidores e fornecedores, o implemento das relações de consumo, com o atendimento das necessidades dos primeiros e o cumprimento do objeto principal que justifica a existência do fornecedor: fornecer bens e serviços. Colima-se, assim, o equilíbrio entre as partes. Por outro lado, a proteção ao consumidor deve ser compatibilizada com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, em face da dinâmica própria das relações de consumo, que não podem ficar obsoletas e entravadas, em nome da defesa do consumidor. Novos produtos e novas tecnologias são bem-vindos, desde que seguros e eficientes. 
· Coibição de abusos. Deve-se garantir não só a repressão aos atos abusivos, como a punição de seus autores e o respectivo ressarcimento, mas também a atuação preventiva tendente a evitar a ocorrência de novas práticas abusivas, afastando-se aquelas que podem causar prejuízos aos consumidores, como a concorrência desleal e a utilização indevida de inventos e criações industriais. A coibição preventiva e eficiente dessas práticas representará o desestímulo dos potenciais fraudadores. A contrario sensu,a ausência de repressão, ou mesmo o afrouxamento, representará impunidade, e, pois, estímulo. 
· Incentivo ao autocontrole. Apesar do Estado interpor-se como mediador nas relações de consumo, procurando evitar e solucionar os conflitos de consumo, não deve, por outro lado, deixar de incentivar que tais providências sejam tomadas pelos próprios fornecedores, mediante a utilização de mecanismos alternativos por eles próprios criados e custeados. Essa é a solução ideal e significa modernização das relações de consumo. De três maneiras pode-se dar o autocontrole :
· Em primeiro lugar, pelo eficiente controle da qualidade e segurança de produtos defeituosos no mercado, o que refletirá na diminuição ou eliminação de atritos com o consumidor. 
· Em segundo lugar, a prática de recall, ou seja, a convocação dos consumidores de bens produzidos em série e que contenham defeitos de fabricação que possam atentar contra a vida e a segurança dos usuários, arcando o fornecedor com as despesas de substituição das peças defeituosas. Há o reconhecimento do defeito, mas ao mesmo tempo ele é sanado pelo próprio fabricante, sem prejuízo ou custo para o consumidor. 
· E, em terceiro lugar, pela criação, pelas empresas, de centros ou serviços de atendimento ao consumidor, resolvendo diretamente a reclamação ou queixa apresentada contra seu produto ou serviço.
· Direitos Básicos dos Consumidores.
1- Direitos do consumidor:
           Os direitos básicos do consumidor, conforme estabelece o próprio Código de Defesa do Consumidor, são:
· Direito à informação: Conhecimento dos dados indispensáveis sobre produtos ou serviços para uma decisão consciente.
· Direito a ser ouvido: Os interesses dos consumidores devem ser levados em conta no planejamento e execução das táticas e classificada das organizações.
· Direito à Segurança: Garantia contra produtos ou serviços que possam ser nocivos à vida ou à saúde.
· Direito à Escolha: Opção entre vários produtos e serviços com qualidade satisfatória e preços competitivos.
· Direito à Indenização : Reparação financeira por danos causados por produtos ou serviços. Quando for prejudicado, o consumidor tem o direito de ser indenizado por quem lhe vendeu o produto ou lhe prestou o serviço, inclusive por danos morais.
· Acesso à Justiça: O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer à Justiça e pedir ao juiz que determine ao fornecedor que eles sejam respeitados.
· Facilitação da defesa dos seus direitos: O Código de Defesa do Consumidor facilitou a defesa dos direitos do consumidor, permitindo até mesmo que, em certos casos, seja invertido o ônus de provar os fatos.
· Qualidade dos serviços públicos: Existem normas no Código de Defesa do Consumidor que asseguram a prestação de serviços públicos de qualidade, assim como o bom atendimento do consumidor pelos órgãos públicos ou empresas concessionárias desses serviços.
· Direito a um Meio Ambiente Saudável : Defesa do equilíbrio ecológico para melhorar a qualidade de vida agora e preservá-la para o futuro.
· Direito à educação para o consumo : Meios para o cidadão poder exercitar conscientemente sua função no mercado.
· Direito a Bens e Serviços Básicos : Garantia de acesso à alimentação, saúde, educação e habitação.
· Proteção contra publicidade enganosa e abusiva: O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for anunciado seja cumprido. Se o que foi prometido no anúncio não for cumprido, o consumidor tem direito de cancelar o contrato e recebera devolução da quantia que havia pago. A publicidade enganosa e a abusiva são proibidas pelo Código de Defesa do Consumidor, podendo ser considerada como crime.(art. 67, CDC).
· Proteção contratual:
A- Quando duas ou mais pessoas assinam um acordo ou um formulário com cláusulas pré-redigidas por uma delas, concluem um contrato, assumindo obrigações.
          B- O Código protege o consumidor quando as cláusulas do contrato não forem cumpridas ou quando forem prejudiciais ao consumidor. Neste caso, as cláusulas podem ser anuladas ou modificadas por um juiz.
           C- O contrato não obriga o consumidor caso este não tome conhecimento do que nele está escrito.
Universidade Estácio- Campus Nova América.
Disciplina Defesa do Consumidor.
Professora Celia Regina.
Aula prevista para....26..............2014. Direito básicos do Consumidor - Direito de informação aula Nº 03
Ilustração.
Quais são os direitos do CONSUMIDOR ?
Todas as pessoas são consumidoras de bens e de serviços. A Lei nº 8.078, de 11/09/90, em vigor desde 11/03/91, protege e defende o consumidor.
Ao contratar um serviço, exija a NOTA FISCAL ou RECIBO que prove a quantia paga, o serviço feito, a data, o nome completo da pessoa, o serviço, o número da cédula (Carteira de Identidade) do CPF, assinatura do responsável. Caso o serviço apresente defeitos, você terá onde e como reclamar e ser respeitado como consumidor.
A lei atual é conhecida como o Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC).
Por exemplo, você sabia que, numa compra que você faz por telefone, por fax, pelo reembolso postal (fora do estabelecimento comercial do vendedor) você tem 07 (sete) dias para devolver o produto, se o mesmo não for aquilo que você pensava que fosse, sem qualquer despesa?
E se você já pagou?
Terá direito de receber, integralmente, todo o seu dinheiro de volta.
A lei é boa, mas você precisa conhecê-la!
Qual o prazo para reclamações?
O prazo para reclamar de um defeito em produto comprado é de 30 dias, se o bem não for durável (bens de pouca durabilidade; ex.: alimentos), é de 90 dias, se o bem for durável, (eletrodoméstico, por ex.), se o defeito for aparente.
Se você só percebeu o defeito depois de certo tempo, diz-se que o defeito estava oculto. O prazo para reclamação será também de 90 dias, contado a partir da data em que o defeito for encontrado e reclamado, para os bens duráveis, e, de 30 dias, para os bens não duráveis, a partir do momento da constatação do defeito.
Se um bem causar dano ao seu comprador, este tem o prazo de 5 anos para ajuizar a ação de indenização ou reparação de danos, contado da data da compra.
O que é Orçamento Prévio?
O orçamento solicitado tem validade de preço e condições num período de 10 dias. Este orçamento tem o nome de prévio, é gratuito e você só o pagará se concordar com o contrato feito pelo comerciante, e vale para fornecimento de bens e de serviços.
Como se faz um contrato?
Em letras em tamanho que facilite a leitura e a interpretação. Se você tiver assinado um contrato que Ihe proíba o direito de reclamar, se for preciso, deverá fazê-lo.
Dívida - Se você deixar de pagar uma dívida, uma prestação no prazo estipulado, a multa não poderá ser superior a 2%.
Se um estabelecimento comercial faz propagandas, prometendo "mundos e fundos", deverá cumpri-los, desde que você apresente documentos, papéis, jornais, folhetos onde constem as referidas propagandas.
Recibo - Quando você assina aquela parte destacável da NOTA FISCAL, comprovando o recebimento da mercadoria, significa dizer que, se após verificar o produto, constatar que o mesmo se apresenta defeituoso, você continua com o direito de reclamar o conserto ou a sua substituição.
Se você comprou um objeto que deveria ter tais funções e, após adquiri-lo, o mesmo mostra o contrário, você deve ir à loja onde esse objeto foi comprado, e exigir o conserto. Se não for possível consertá-lo, exigir um novo objeto.
Onde reclamar?
No PROCON (Programa de Proteção e Orientação ao Consumidor), que tem a finalidade de prestar informações, orientando e conscientizando o Consumidor sobre seus direitos e deveres, promovendo também o encaminhamento de reivindicações, consultas, reclamações ou sugestões aos organismos competentes.
Onde funciona o PROCON?
. nas prefeituras municipais- direitos individuais
. nos foruns (promotor de justiça) - direitos coletivos
. nos juizados especiais - direitos individuais
. nas delegacias de polícia - direitos individuais
· Falta de informação para consumidor gera anulação de contrato
O direito à informação adequada,clara e precisa sobre o produto colocado no mercado ou do serviço oferecido, suas características, qualidades e riscos, dentre outros, constitui direito básico e princípio fundamental do consumidor. Com isso, toda informação prestada no momento de contratação com o fornecedor, ou mesmo anterior ao início de qualquer relação, vincula o produto ou serviço a ser colocado no mercado (art. 30 e seguintes do Código de Defesa do Consumidor). Aliás, a informação constitui componente necessário e essencial ao produto e ao serviço, que não podem ser oferecidos sem ela.
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado
O direito a informação está diretamente ligado ao princípio da transparência (art. 4º, "caput", CDC), traduzindo-se na obrigação do fornecedor de dar ao consumidor a oportunidade prévia de conhecer os produtos e serviços gerando, outrossim, no momento de contratação, a ciência plena de seu conteúdo.
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Princípio da transparência
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
Saliente-se que a ausência de informação dos fornecedores não obriga os consumidores, caso não lhes for dada a oportunidade de tomarem conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se seus respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.
Assim, se o consumidor não tomar conhecimento prévio, as cláusulas contratuais estipuladas não terão qualquer validade e, ainda, as cláusulas devem ser interpretadas de forma a revelar se o consumidor não contrataria caso tivesse oportunidade de ler e, antes disso, entender previamente.
Tais normas decorrem do elemento formador do contrato, que é tipicamente de adesão (art. 54, CDC), ou seja, a grande maioria dos contratos é criada unilateralmente pela vontade e decisão do fornecedor que, obviamente, dispõe de cláusulas favoráveis aos seus interesses, caracterizando-se pela ausência total de qualquer discussão prévia sobre sua composição. Os contratos, infelizmente, são impostos ao consumidor, que devem concordar com o modelo impresso que subscreve depois de preenchidos os espaços em branco que lhe diz respeito.
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. 
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
§ 1º A inclusão de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato. 
§ 2º Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2º do artigo anterior. (Cláusula resolutória -Cláusula em que se convenciona que a inexecução da obrigação, por parte de um dos contraentes, determina a re¬solução do contrato.) 
§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos ( tentar assustar) e legíveis, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. 
§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. (Redação dada pela nº 11.785, de 2008) 
§ 4º As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com evidência, permitindo sua imediata e fácil compreensão. 
§ 5º (Vetado) 
Desta forma, cláusulas abusivas que, por exemplo, estabeleçam obrigações consideradas injustas ou que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, dentre outras (art. 51, CDC), são nulas de pleno direito, na medida em que, certamente, o consumidor não teve oportunidade de discutir os termos da avença. 
Cláusula terceira: da interrupção temporária na prestação de serviços. É aberta a abusividade de tal dispositivo, uma vez que ele permite que a Vivo interrompa a prestação dos serviços quando “a seu critério, julgar necessário”. Como conseqüência, passa a existir uma margem muito ampla para que a operadora deixe de adimplir com sua parte do contrato, de forma arbitrária, sob a justificação de que estaria a “resguardar a integridade de seu sistema” ou a garantir a “segurança de seus usuários”. O princípio da boa-fé foi claramente desconsiderado na formação dessa cláusula, pois está demonstrada a finalidade do proponente em obter contrato mais vantajoso para si, ao se permitir a interrupção na prestação do serviço, por motivos não taxativos, e negar a mesma faculdade ao aderente.
CDC - Lei nº 8.078 de 11 de Setembro de 1990 
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. 
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços
Cláusulas podem ser consideradas abusivas num contrato.
O Código de Defesa do Consumidor, no seu artigo 51, apresenta alguns exemplos de cláusulas abusivas, inseridas nos contratos, que podem ser consideradas nulas, ou em outras palavras, as chamadas 'letras mortas', pois não afetam a contratação.
Para melhor exemplificar, destacamos alguns tipos de cláusulas:
- dispensem responsabilidades do fornecedor ou as transfiram a terceiros; 
- estabeleçam obrigações consideradas injustas, abusivas, ou que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada;
- sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade; 
- estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor; 
- deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigue o consumidor a cumpri-lo.
Percebe-se, outrossim, que há abuso da boa-fé, do justo e do razoável, quando, na realidade, a harmonia e o equilíbrio das relações de consumo deveriam caminhar conjuntamente, evitando-se extremos condenáveis da crueldade e do livre arbítrio.
O pressuposto da clareza das informações, reunido ao princípio da boa-fé objetiva, isto é, o dever das partes de agirem conforme parâmetros de honestidade e lealdade devem ser, acima de tudo, preservado, a fim de se estabelecer o equilíbrio e harmonia das relações de consumo coadunado com o interesse de ambas as partes, sem ocasionar-lhes qualquer lesão ou ameaça de direito.
· Curiosidade
A internet e os contratos eletrônicos -em proposta. Especial atenção aos que utilizam a internet como forma de negócio, pois, conforme o artigo 30 do Código de Defesa..., possível, determinado ou determinável de forma prescrita ou não defesa em lei (art. 104, CC), esta se configura..., aplica-se também o Código de Defesa do Consumidor, devendo entre outras especificidades, ser redigido em termos claros... 
Questionário de Fixação.
1ª Questão . Célia realizou um contrato bilateral e amigável com o Marceneiro José para execução de uns serviços residencial, pactuando o valor do trabalho no total de R$ 4.000,00 (Quatro mil Reais), sendo parcelado em três vezes iguais. Ocorre que após o termino do serviço e já totalmente quitado pelo contratante, verificou que as portas dos armários estavam começando, apresentados defeitos acentuados. Contagiando então o Marceneiro José para refazer os defeitos, ora apresentado. Diante do fato narrado qual o prazo legal previsto no CDC, para acerto dos armáriosda Contratante:
1. (...) 7 dias a partir da data que o defeito foi encontrado;
2. (...) 30 dias a partir da data que o defeito foi encontrado;
3. (...) 90 dias a partir da data que o defeito foi encontrado;
4. (...) 10 dias a partir da data que o defeito foi encontrado;
5. (...) 48 horas a partir da data que o defeito foi encontrado.
2ª Questão. Em conformidade ao Código de Defesa do Consumidor podemos verificar que a cláusula ora transcrita “ O item 11.2.2 diz que no caso de extravio, furto ou roubo da estação móvel, o cliente deverá requerer a suspensão dos serviços junto à companhia e deverá arcar com os valores decorrentes da utilização da mesma até a data desse requerimento. “Até ai, tudo bem”. Entretanto, a frase final desse item e o item seguinte determinam que, nas hipóteses listadas, será cobrado um “valor mensal a título de suspensão temporária do serviço”. Diante da apresentação da cláusula podemos afirmar que o contrato está infringindo direito básicos do Consumidor:Marque e Justifique sua afirmativa.
A (...) Sim ou B – (....) Não 
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3ª Questão:
Responda.
3.1 – Exemplifique e apresente tipos clausulas contratual que são nulas de pleno direito no contrato de adesão, considerado uma modalidade de contrato irregular na esfera do Código de Defesa do Consumidor.
3.2 – Esclareça qual o princípio de está interligado com o direito de informação.
3.3 – Qual a finalidade do Código de Defesa do Consumidor?
3.4 – Conceituando com baseado do CDC. ART. 3º. § 2º, Serviço – é qualquer atividade no mercado de consumo, mediante remuneração , inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Esclareça qual o significado da expressão remuneração.
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Fundamentos da Direito da Defesa
Do Consumidor – Turma 2014 1º

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