Buscar

3000_aula20_Marcela_Jorqueira_Fantappie

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 20
Marcela Jorqueira Fantappie – Turma 3000 
Questões:
1. Identifique e explique, de forma sucinta, como se dá cada uma das causas de extinção do crédito tributário. 
É previsão do artigo 156 do CTN, as formas de extinção do crédito tributário, quais sejam: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado; XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Pagamento é a modalidade mais comum de extinção do crédito tributário, consiste na entrega ao sujeito ativo pelo sujeito passivo, ou quem o faça em seu nome, da pecúnia correspondente ao crédito.
Ocorre a compensação quando o sujeito passivo é tambem credor da Fazenda Pública, por ter pago tributo que não era devido, por exemplo, sendo previsto no artigo 170 do CTN que a lei pode, às condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos liquidos e certos, vencidos ou vincendos.
A “transação é acordo” que “importe em terminação de litígio e consequente extinção da obrigação tributária”. A transação no Direito Tributário se dá somente para por fim ao litígio, mas não para o evitar.
Ocorre remissão quando a autoridade administrativa expressamente autorizada por lei perdoa o tributo, ou seja, dispensa o sujeito passivo do pagamento.
O artigo 173 e 174 do CTN prevêem a extinção do crédito tributário pelo lapso temporal de cinco anos, configurando decadência ou prescrição respectivamente.
A diferença entre decadência e prescrição em direito tributário, é que a primeira “extingue a relação jurídica tributária antes do lançamento, enquanto a prescrição extingue a relação jurídica tributária depois de formalizada pelo lançamento. É que o artigo 173 fala em “constituir o crédito tributário” já o artigo 174, em “ação para cobrança do crédito tributário”.
A conversão do depósito em renda somente acontece nos casos de embargos à execução fiscal, extingue o crédito tributário e presupõe, portanto, a existência deste.
A extinção do crédito, no caso de tributos sujeitos a homologação, ocorre após o pagamento no momento da homologação do lançamento.
A ação de consignação em pagamento extingue o crédito tributário existente para o sujeito passivo, que usa tal medida pois não consegue efetuar o pagamento, por a Fazenda Pública não aceitar tal pagamento.
A decisão administrativa, irreformável, pode extinguir o crédito tributário, mesmo quando este se encontre em constituição. Anula o lançamento já feito ou em elaboração.
A decisão judicial transitada em julgado, que decida pela invalidade do lançamento, extingue o crédito tributário. Anula o lançamento já feito ou em elaboração.
Tal previsão de dação em pagamento em bens imóveis implica dizer que a Fazenda pode optar por receber prestação diversa da pecuniária.
2.Que é pagamento? Pagamento antecipado, nos termos do art. 150, § 4o, do Código Tributário Nacional, extingue a obrigação tributária no momento de sua realização ou no átimo de sua homologação, nos termos do art. 150, § 1o, combinado com o art. 156, VII, do CTN?
Pagamento é o cumprimento do objeto da prestação tributária, uma vez pago o tributo, o Estado não tem mais direito de cobrança em relação ao contribuinte, pois a obrigação foi concluída.Em razão do artigo 3° da lei complementar 118/2005, a extinção do crédito tributário ocorre no momento do pagamento antecipado.
3.A hipótese de dação em pagamento de bens imóveis como causa extintiva do crédito tributário altera a cláusula do art. 3º do CTN quanto à prestação tributária qualificar-se como estritamente pecuniária? Justifique. 
A hipótese da extinção do crédito tributário na forma de dação em pagamento de bem imóvel não altera o disposto no art. 3˚ do CTN, isto porque, a Regra Matriz de Incidência Tributária continua com todos os seus elementos válidos, onde deve haver a prestação pecuniária, de modo que a norma individual e concreta estipulará o montante a ser pago na relação jurídica, e, outra norma trará a possibilidade de substituir o valor pecuniário por um bem imóvel, o qual deverá ter um valor correspondente, ou superior, ao valor do crédito tributário em questão.
Ainda, o art. 3˚ prevê que o tributo deverá ser pago em moeda ou em valor que nela se possa exprimir, de modo que, ao determinar o valor do imóvel que será dado em pagamento.
Antes da vigência da Lei Complementar n˚ 104/01, não era possível que os entes federativos (União, estados e municípios) aceitassem bens imóveis como pagamento, pois, apesar de se tratar de uma questão onde o credor pode aceitar diversas modalidades de pagamento, diante do princípio da legalidade e indisponibilidade do interesse público, não pode o Estado agir com liberalidade e aceitar formas de pagamentos diversas da prevista em Lei.
Mesmo que previsto em legislação municipal ou estadual, somente Lei Complementar pode dispor sobre questões relativas ao Crédito Tributário, tais como a extinção, conforme previsto no art. 146 da Constituição Federal.
Com o advento desta Lei Complementar, é regulamentada tal possibilidade, de modo que ainda se faz necessária a edição de leis estaduais e municipais para a devida regulamentação de sua procedência.
4. Sobre a compensação pergunta-se:
a) Quando nasce o direito subjetivo à compensação tributária: (i) na data em que se tornar vigente a lei autorizadora da compensação; (ii) no momento do nascimento do crédito tributário; (iii) quando surgir o indébito ou (iv) no momento em que se realizam essas três situações jurídicas? Determinada lei editada em momento posterior ao do nascimento do direito subjetivo à compensação poderá limitar o exercício do direito à compensação, estipulando tetos máximos?
b) Quanto aos precatórios de terceiros: (i) É possível utilizar para compensação tributária? (ii) É necessário legislação de cada ente, autorizando a compensação? (iii) Qual a natureza dos créditos de precatórios possíveis: tributária, comum e/ou alimentar? 
O direito subjetivo à compensação nasce quando da existência de um crédito e um débito tributários perante o fisco, bem como uma lei geral e abstrata que preveja a compensação e, por fim, uma norma individual e concreta autorizando tal instituto.
Sendo assim, a simples existência dos créditos e débitos, sem que haja lei prevendo a possibilidade de compensação, não gera o direito a compensar.
Assim, para que haja a devida compensação deve haver uma norma individual e concreta que, além da geral e abstrata, autorize tal compensação.
Portanto, se determinada lei for editada em momento posterior ao nascimento do direito subjetivo, qual seja, a norma individual e concreta autorizadora da compensação, não pode esta lei ser válida quanto ao teto máximo estipulado.

Continue navegando