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O gato na emergência OBSTRUÇÃO URETRAL Juliana Mota dos Santos 1 1 O que abordaremos Segunda parte: Passo a passo do manejo com o gato; Considerações anestésicas; Considerações gerais sobre a cirurgia. Primeira parte: Conceito; Sinais clínicos; Distribuição das doenças do trato urinário; Fisiopatologia; Epidemiologia; Alterações clínicas; Diagnóstico; 1 2 Conceito de obstrução urinária Interrupção do fluxo Parada da filtração renal Óbito Cálculos, pólipos, tumores, plugs uretrais, cistites e a DTUIF 1 3 Sinais clínicos de DTU Periúria Tenesmo urinário Disúria Alterações comportamentais Resmungos e barulhos estranhos *Gilete 1 4 Sinais clínicos de DTU Polaquiúria Hematúria Distenção, espessamento e sensibilidade vesical Lambedura compulsiva de zonas perianais e inguinais Dica!! Dermatologista Necrose e mutilação 1 5 Sinais clínicos de obstrução uretral Desidratação e anorexia; Uremia pós-renal; Vômitos; Abdômen agudo; Arritmias, tetania, coma. 1 6 Distribuição das doenças do TU 80% Cistite intersticial / Síndrome de Pandora 10% Urolitíase 3% Neoplasias 6% Deformações anatômicas 1% Infecções do trato urinário Predisposição Genética Adrenal, bexiga e SNC Estresse Não tem cura Reduzir a frequência de crise Reduzir consequências do obstrução 1 7 Chegou um paciente obstruído • Estabilizar; • Desobstruir. Obstrução uretral? • US e RX; • Cirurgia e/ou alimentação. Urolitíase? • Descartar: DRC, Diabetes... DU < 1.040 1 8 Chegou um paciente com OU • Persistência do uraco; • Massas. Defeito anatômico? Neoplasias? • Exame de urina e cultura; • Antibiograma. Infecções bacterianas? • Mais sinais clínicos; • Síndrome de Pandora. Cistite intersticial felina 1 9 Fisiopatologia da obstrução uretral Obstrução do lúmen uretral Oclusão mecânica Tampões uretrais/plugs Urólitos Neoplasias Oclusão anatômica Estenoses uretrais por edema e/ou fibrose Neoplasias Lesões na glândula prostática Oclusão funcional Resistência excessiva da musculatura do colo vesical ou da uretra. 1 10 Fisiopatologia da obstrução uretral Bexiga se dilata além da sua capacidade Urina retida ascende Aumento da pressão intrabular Comprometendo a capacidade de [tubular] Regulação do sódio e capacidade de reabsorção H2O Excreção de ácidos e potássio 1 11 Epidemiologia Machos Uretra pré-prostática; Uretra prostática; Uretra pós-prostática; Uretra peniana; Progressivamente <; 0,7mm. 1,3mm. 1 12 Alterações identificadas em pacientes obstruídos Desequilíbrio hídrico Desequilíbrio ácido básico Desequilíbrio eletrolítico Retenção de resíduos metabólicos 1 13 Alterações identificadas em pacientes obstruídos Desequilíbrio acido básico - Acidose metabólica: Incapacidade de eliminar íons H+ Atividade metabólica Vasodilatação não responsiva a catecolaminas Diminuição do DC pH inadequado Piora da hipercalemia Compensatoriamente através da bomba de sódio e potássio Reduzir quantidade de potássio na CS Bomba de prótons e sódio Manter o pH do organismo 1° pH 2° concentração de potássio Parada da bomba de sódio e potássio. 1 14 Alterações identificadas em pacientes obstruídos Desequilíbrio eletrolítico: Hiperfosfatemia: Incapacidade de eliminação; Fosfato (Po4)³-; Sequestro de cálcio - Ca3(Po4)² Hipocalcemia: Fadiga, tetania, dispneia, baixa de débito cardíaco, coma. Hipercalemia: Alteração que mais leva ao óbito; Diminuição da contratilidade do musculo cardíaco. 1 15 Diagnóstico em pacientes obstruídos Clínico Rx Us Causa base não id • Urólitos • Trauma espinal • Pequenos urólitos • Massas Exames Laboratoriais: Proteína sérica; Hipercalcemia; Hiperfosfatemia; Hipermagnesemia; Hipercolesteremia; Acidose metabólica; Creatinina, ureia e outros catabólicos de proteína. 1 15 Diagnóstico em pacientes obstruídos Clínico Rx Us Causa base não id • Urólitos • Trauma espinal • Pequenos urólitos • Massas Urinálise DU, Proteinúria, hematúria, pH Tipo de precipitado Celularidade, tipos de cristais, bactérias, debris celulares Urocultura Nem sempre a presença de cristais na urina é um achado significativo 1 16 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 1) ABC do trauma: 1 17 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 2) Alívio de dor: Opioides Cetamina (3 mg/kg, IM) Buscopam AINES 1 18 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 3) Eliminar o potássio Cistocentese Potássio e fósforo;TFG e alívio de dor; Uroperitônio. Recomendação dos especialistas. OU prolongada ou histórico de urina demasiadamente vermelha Inspeção/Manipul ação do pênis Ver possíveis traumas e mutilações Massagem 1 19 Passo a passo do manejo com o gato obstruído Anatomia da bexiga: Pelve Diafragma Palpação; Cistocente se. 1 20 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 4) Corrigir a desidratação e a hipotensão: Fluidoterapia Solução fisiológica Piora da acidose RL Controle da acidose Quantidade de fluído Hipotensão simultânea a hidratação Mecanismo compensatório cuidado com as queimaduras 1 21 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 5) Corrigir bradicardia: 100 Bpm; Atropina (0,02 a 0,04mg/kg); 36°C; Grau de hipercalemia. 1 22 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 6) Corrigir acidose: pH for menor que 7,1; Igual ou maior que 7,2; Bicarbonato = 0,3 x Kg x BE Administrar 1/3 da dose em 15 a 45 min; Hemogasometria após 4 horas. 1 23 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 7) Corrigir hipocalcemia: Abaixo de 0,85mmol/L; Antes da correção de acidose; Gluconato de cálcio (50-100mg/kg/ 2 a 5min); Hemogasometria após 4 horas. 1 24 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 8) Corrigir hipercalemia: Maior que 7mmol/L ou presença de sinais clínicos; Insulina regular 0,1 – 0,25 UI/Kg + Glicose 0,5g/kg em IL; Administrar a glicose junto. 1 25 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 9) Sedar/ anestesiar para desobstruir: Metabolização renal; Todos os anestésicos reduzem a TFG; Conhecimento de todos os efeitos colaterais; Reversores. Azotemia reduz o pH e leva a uma menor interação. Excessiva diurese; Monitoração da hidratação e de eletrólitos. Considerações anestésicas 1 26 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 9) Sedar/ anestesiar para desobstruir: Fármacos indicados como MPA e anestésicos Opioide + benzodiazepínico ou Anest. Gerais MPA fármacos que não produzam alterações CR Indução: propofol, cetamina e alfaxalona Diferença significativa nas alterações ácido- básicas Alfaxalona - CR e recuperação semelhante ao propofol Monitorar parâmetros CR Posições cirúrgicas 1 27 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 9) Sedar/ anestesiar para desobstruir: Anestesia local Alternativa analgésica Durante o período trans- operatório Epidural sacrococcígea Bloqueio dos N. pudendo, pélvico e caudais Períneo, pênis, uretra, cólon e ânus 1 28 Passo a passo do manejo com o gato obstruído 9) Sedar/ anestesiar para desobstruir: Técnicas cirúrgicas Introduzindo um catéter Injetando solução Pressão hidrostátic a desobstrua Ruptura de uretra ou infecções bacterianas Centro cirúrgico Limpeza e material apropriado Tracionar levemente o pênis Após colocar a sonda Reduzir as curvaturas anatômicas Arredondada atraumática e lubrificada 1 30 Após a desobstrução deve-se lavar a bexiga? Material obstrutor é impelido Hematúria e cristalúria intensa. Impele a solução e em seguida a retira Volume de líquido, suficiente para amolecer os tampões uretrais ou remover os cristais Maioria dos tampões uretrais é expelida da uretra após está técnica 1 31 Após a desobstrução deve-se lavar a bexiga? Apenas com solução fisiológicaestéril Inflamação da mucosa e consequentemente gerar a formação de mais plugs. Absorção e interação medicamentosa Realização de um circuito fechado Acoplagem da sonda urinária flexível ou cateter urinário; Equipo com o frasco de soro vazio 1 32 Sonda de demora? Não produzir fluxo satisfatório Sempre que se coloca a sonda, causa uma lesão na mucosa Inflamada começa a cicatrizar e pode aderir a sonda Remove fere novamente essa mucosa Gotejando deixa sem sonda e em observação Ruptura da uretra Casos de hematúria e cristalúria intensa 1 33 Sonda de demora? Se necessário deixar a sonda de espera, por quanto tempo? O mínimo possível; Casos de ruptura de uretra Qual sonda de espera utilizar? Sonda plástica 4; Sonda tom cat não deve ser mantida na uretra. 1 34 Após todo esse procedimento e se eu não obtiver sucesso? Avaliar Espasmo uretral Grau de inflamação local Auto trauma Cistocentese de alívio 2 a 3 dias - nova tentativa de sondagem. 1 35 Incapacidade de estabelecer a patência uretral Lesão no pênis, peri uretral ou uretral. Obstruções recidivantes e urólito firmemente aderido. Estabilizar o animal para a realização da uretrostomia perineal/penectomia BENEFÍCIOS Recidivas de obstruções menos frequentes; Menores complicações, baixo risco de novos episódios; Porção distal da uretra. Sem benefício se na p. média ou proximal MALEFÍCIOS Alto risco de infecções do TU; Urinálises e uroculturas periódicas Uretra abaixo do ânus e exposta. Dermatites. 1 36 Relembrando... ABC do trauma; Alívio de dor; Eliminar potássio; Corrigir a desidratação e a hipotensão; Corrigir bradicardia e hipocalcemia; Corrigir acidose e hipercalemia; Sedar/ anestesiar para desobstruir.; 1 37 Alguns artigos... • http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/qCG3SuqcCfufYJ2_2013-6-25-16- 12-22.pdf • https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Cistite-intersticial-felina- cif-Diva-Carla-Camargo-Cordeiro.pdf • https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84781997000400018 • http://www.rcvt.org.br/volume10_2_3/62-73.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/qCG3SuqcCfufYJ2_2013-6-25-16-12-22.pdf https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Cistite-intersticial-felina-cif-Diva-Carla-Camargo-Cordeiro.pdf https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84781997000400018 http://www.rcvt.org.br/volume10_2_3/62-73.pdf 1 38 Obrigadaa!! Juliana Mota dos Santos juliannamota426@gmail.com O gato na emergência OBSTRUÇÃO URETRAL
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