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Fundamentos da Gestão em Educação Autores: Lindolfo Anderson Martelli Maria Clotilde Bastos Tema 04 Avaliações do Ensino: Desafios e Oportunidades na Gestão seç ões Tema 04 Avaliações do Ensino: Desafios e Oportunidades na Gestão Como citar este material: BASTOS, Maria Clotilde & MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos da Gestão em Educação: Avaliações do Ensino: Desafios e Oportunidades na Gestão. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 04 Avaliações do Ensino: Desafios e Oportunidades na Gestão 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • A avaliação educacional em larga escala: as avaliações externas. • A avaliação da organização e da gestão da escola. • A avaliação do sistema escolar, das escolas e da aprendizagem dos alunos. CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: políticas, estrutura e organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza Toschi, Editora Cortez, 2012, Livro-Texto. Roteiro de Estudo: Lindolfo Anderson Martelli e Maria Clotilde Bastos Fundamentos da Gestão em Educação 6 Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Quais são as formas de avaliação instituídas pelo Governo Federal e quais os seus fundamentos teóricos? • De que forma o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica pode colaborar com a melhoria da qualidade do ensino nas escolas? • Como aplicar uma proposta democrática de avaliação para o processo de organização e gestão da escola? • Quais são os tipos de avaliação educacional voltados para a formação continuada no contexto do trabalho? CONTEÚDOSEHABILIDADES Avaliações do Ensino: Desafios e Oportunidades na Gestão As pesquisas sobre avaliação no Brasil tiveram início na década de 1930 e, até a década de 1970, estavam pautadas em testes padronizados que buscavam medir as habilidades e aptidões dos alunos, com vistas a mensurar a eficiência e a produtividade do sistema de ensino. É a partir da década de 1980 que a preocupação com a avaliação passa a privilegiar também o aspecto qualitativo e as relações de poder que envolvem o currículo, os aspectos sociais e políticos culturais que refletem no rendimento escolar (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 264-235). A instituição de uma política nacional de avaliação da qualidade do ensino no Brasil é delineada na década de 1990, no contexto de reformas educacionais mobilizadas pelo processo de reestruturação produtiva, na qual a educação – especialmente a educação básica – é reconhecida como elemento fundamental. Também na Europa, os exames LEITURAOBRIGATÓRIA 7 LEITURAOBRIGATÓRIA nacionais com esta preocupação aparecem na mesma época. Mesmo antes deste período, conforme documento produzido pela Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura (EACEA P9 EURYDICE, 2009, p. 12), países como Irlanda, França, Hungria, Suécia e Reino Unido, haviam introduzido exames nacionais “sem incidência nos percursos escolares individuais dos alunos e, na sua maioria, por amostragem”. No geral, esses exames visavam ao estabelecimento de parâmetros para avaliar a qualidade do ensino, e também para que o professor pudesse estabelecer um comparativo entre o rendimento dos seus alunos e a média apresentada pelo conjunto de estudantes avaliados. No Brasil o texto constitucional de 1988 previu disposições que remetem à necessidade da avaliação escolar. O art. 206 procura assegurar a “garantia de padrão de qualidade” para a educação, ou seja, a qualidade passa a compor um dos princípios basilares do ensino, suscitando questionamentos que dizem respeito à avaliação educacional. Ainda em seu art. 209, a responsabilidade pela autorização, pela avaliação e pela comprovação da qualidade do ensino privado é do Poder Público. Nesse sentido, a livre iniciativa privada fica condicionada a ofertar cursos que precisam observar determinados padrões de qualidade exigidos pelo Ministério da Educação e Cultura. Ainda o art. 214, tratando do plano nacional de educação, indica como um dos resultados pretendidos a “melhoria da qualidade do ensino” (BRASIL, 1988). Como se pode observar, os programas de avaliação da educação que surgiram a partir da década de 1990 obedecem às disposições constitucionais uma vez que a preocupação com a “qualidade da educação” é um dos princípios regulamentadores da constituição da Nova República brasileira. Para Freitas (2004, p. 667), a partir da Constituição de 1988 são muitas as questões que colocam a avaliação em evidência, tais como: a quem cabe torná-la efetiva, em que campo, quando, onde, quanto e como. E ainda suscitam-se questões que supõem definições com vistas à sua aplicação, como a de saber em que consiste tal melhoria e tal qualidade, qualidade por que ótica, para quem e para que, o que, quanto, como, onde e quando melhorar e como aferir tal melhoria. De acordo com Peroni (1990), a preocupação com a avaliação no Brasil se estende por toda a década de 1980, anteriormente à Constituição. Nessa década o MEC iniciou estudos sobre avaliação educacional, estimulado principalmente pelas agências internacionais. Pestana (apud PERONI, 1990) afirma que, naquele período, o Banco Mundial não concedia empréstimos aos países descompromissados com a avaliação dos seus sistemas educacionais. A autora aponta que foi com o contexto do processo da Constituinte e com a Constituição de 1988 que se firmou o princípio de que quanto mais democrática fosse a sociedade, mais necessárias seriam as avaliações. 8 Com a ampliação do acesso à educação pública, principalmente após a década de 1980, as políticas educacionais não tinham medidas que demonstrassem os resultados em termos que qualidade da educação. Era extremamente necessária a existência de dados que demonstrassem a efetividade das políticas propostas e desenvolvidas, como atendimento à transparência necessária uma vez que se trata de políticas públicas com a transferência de recursos públicos para sua efetivação. No que se refere à gestão, o desafio é definir estratégias de uso dos resultados como forma de melhorar o processo de ensino e aprendizagem, visando atingir os parâmetros de qualidade definidos como necessários para a sociedade moderna. A partir da década de 1990, a avaliação da qualidade do ensino passa a ser pensada em termos de indicadores que revelem o alcance dos objetivos colocados no âmbito da política educacional. O Sistema de Avaliação da Educação Básica foi implantado com a assistência do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)1 e foi estruturado em três eixos de estudo: o rendimento do aluno; o perfil e a prática docentes e o perfil dos diretores; e formas de gestão escolar. Atendendo às tendências internacionais, o objetivo principal da avaliação foi monitorar a qualidade e transformar a avaliação num instrumento cotidiano, a ser utilizado pela escola com vistas a identificar necessidades relacionadas ao processo de gestão. Monitoramento é uma palavra oriunda da Administração e consiste no acompanhamento sistemático do desenvolvimento de ações, visando ao atendimento dos objetivos e metas propostos por meio do controle dos processos. Deve ter a capacidade de prover a gestão de informações suficientes para a adoção de medidas corretivas, com interferências rápidas e eficientes. Vale destacar que as estratégias implementadas no âmbito da educação básica advêm de um processo amplo de reestruturação da educação, sendo recomendadas pelo Banco Mundial com base em análises econômicas fundamentadas na relação custo/benefício e taxa de retorno, visíveis por dados quantitativos em detrimento dos qualitativos. Esses aspectos destacam o papel do Estado como avaliador numa perspectiva competitiva na medida em que estabelece um ranking, que valoriza indicadores e resultados baseados em dados mensuráveis,independentemente das condições e dos contextos em que ocorrem os fenômenos educacionais específicos. Segundo análise de Coelho (2008, p. 249): 1 O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem por mandato promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo. LEITURAOBRIGATÓRIA http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_p%C3%BAblico http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza 9 Através da avaliação pode-se dar aumento (neoconservador) do poder de controle central do Estado em torno do currículo, da gestão das escolas e do trabalho dos professores. Pode também ocorrer a indução e implementação (neoliberal) de mecanismos de mercado no espaço público estatal e educacional, neste caso, em função das pressões de alguns setores sociais mais competitivos e das próprias famílias. O projeto de Estado promove um novo discurso em relação ao trabalho da escola por meio de regulamentos e ações entre os quais se encontram os sistemas de avaliação externa. A autora explica que o Estado avaliador transita entre dois extremos, caracterizando-se como “híbrido”, uma vez que conjuga o controle estatal com estratégias de autonomia e autorregulação das instituições educativas (COELHO, 2008). A superação desse modelo requer a constante reflexão sobre as práticas pedagógicas, o contexto social mais amplo e sobre a identidade da profissão requerendo uma espécie de reinvenção da democracia. Essas questões repercutem na escola, unidade central das políticas educacionais. No que tange à avaliação, a utilização de medidas e o estabelecimento de rankings criam uma visão da escola pela sociedade, que, por sua vez, passa a atribuir à escola e aos professores a responsabilidade do fracasso da escola e da educação. A gestão da escola torna-se a responsável pelos resultados apresentados uma vez que refletem a própria gestão e organização escolar. Sob o discurso da gestão democrática, da descentralização e da autonomia das escolas, a reforma esconde formas mais sofisticadas de controle. Martins (2002 apud PARRO 2012, p. 32) esclarece que: [...] as políticas da reforma educacional caracterizam-se, na verdade, por desconcentração e não descentralização. [...] a desconcentração é o processo no qual responsabilidades são transferidas a unidades menores, mas o poder de decisão permanece no centro, em órgãos superiores; em contrapartida, a descentralização assegura a eficiência do poder local, são as unidades menores que assumem mais do que tarefas, as decisões a serem tomadas. Não é possível falar em autonomia se as decisões são tomadas previamente pelos órgãos superiores sem a participação e o poder de decisão de todos os envolvidos, como concessões dos grupos no poder. Com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei n. 9.394/1996), a avaliação passou a ser obrigatória; desde então, municípios e estados são convocados a participar do sistema nacional de avaliação. Reafirmando o dispositivo constitucional, a LDB estabelece que cabe à União “assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e melhorias da qualidade do ensino” (BRASIL, 1996, grifos nossos). LEITURAOBRIGATÓRIA 10 Na perspectiva apontada, em que pese o avanço no processo de descentralização das escolas, os Estados neoliberais encontraram formas sofisticadas de controle sob a aparência de monitorar a qualidade do ensino. No Brasil, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) foi implantado pelo governo federal no início da década de 1990, com o objetivo de obter dados para subsidiar políticas públicas. O Saeb foi criado a fim de conhecer melhor a realidade e disparidades educacionais, tendo em vista os altos níveis de reprovação e evasão, principalmente nos anos 1980, período em que houve aumento de alunos nas redes públicas. Conforme Castro (2009) demonstra, a política de avaliação brasileira é uma das mais eficientes do mundo e engloba diferentes programas: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o Sistema Nacional do Ensino Médio (Enem), O Exame Nacional de Curso (ENC) que foi substituído pelo Exame Nacional de Desempenho do Ensino Superior (Enade), o Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos (Enceja), Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes), a Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Em conjunto, esses sistemas, ao lado da Avaliação da Pós-Graduação da Capes – o mais antigo do país no setor educacional – configuram o Sistema de Avaliação da qualidade da educação brasileira. Além desses exames, destaca-se ainda que, além das avaliações nacionais, vários estados, municípios e o Distrito Federal também organizam sistemas locais e regionais de avaliação que subsidiam dados para a gestão escolar e que funcionam paralelamente ao Sistema Nacional de Avaliação. Criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em 2007, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é resultado de dois fatores que são compreendidos como importantes na análise da qualidade da educação: primeiramente os indicadores de fluxo (taxas de aprovação, reprovação e evasão), medidos pelo Censo Escolar, e também os indicadores de desempenho em exames padronizados como o Saeb e Prova Brasil, realizados a cada dois anos ao final de determinada etapa da educação básica (5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio). A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), também criados pelo Inep, são avaliações para diagnóstico, em larga escala, cujos testes são aplicados, como dito, nos quinto e nono anos do ensino fundamental e na terceira série do ensino médio. É importante ressaltar que a partir da edição de 2001, o Saeb passou a avaliar apenas as áreas de língua portuguesa e matemática. Em 2013 a prova de ciências passou a ser incorporada, em caráter experimental, ao sistema de avaliação. A prova de ciências é destinada aos alunos do 9º ano do ensino fundamental da Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), conhecida como Prova Brasil, e do 3ª do ensino médio da Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb). LEITURAOBRIGATÓRIA 11 Em 2005, o Saeb foi reestruturado pela Portaria Ministerial n. 931, passando a ser composto por duas avaliações: Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), conhecida como Prova Brasil. Em junho de 2013, o Saeb também incorporou a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). Entre os indicadores produzidos pelo Saeb, alguns apontaram problemas graves na eficiência do ensino oferecido pelas redes de escolas brasileiras, como os baixos desempenhos em leitura demonstrados pelos alunos. Entre as ações do MEC para reverter esse quadro, houve a implantação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. Uma das diretrizes do Plano expressa a necessidade de alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados de desempenho por exame periódico específico. Nessa perspectiva, o Plano de Desenvolvimento da Educação estabeleceu a realização da Provinha Brasil, aplicada pela primeira vez em abril de 2008. Essa avaliação acontece em duas etapas, uma no início e a outra ao término do ano letivo. A aplicação em períodos distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realização de um diagnóstico mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das crianças, em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado. A partir das informações obtidas pela avaliação, os gestores e professorestêm condições de intervir de forma mais eficaz no processo de alfabetização, aumentando as chances de que todas as crianças, até os oito anos de idade, saibam ler e escrever, conforme uma das metas previstas pelo Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. Segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 263-265), a sociedade brasileira tem acompanhado, nos últimos anos, discursos que defendem a aplicação de testes educacionais unificados nacionalmente, com o objetivo de aferir o desempenho dos alunos nos diferentes graus de ensino, para controlar a qualidade do ensino ministrado nas escolas brasileiras. Para os autores, a avaliação educacional pode servir tanto para o controle e a regulação do Estado sobre os resultados do desempenho de alunos nos diferentes graus de ensino, quanto como mecanismo de reforço à lógica do mercado pautada no desempenho e nos valores como o individualismo, a meritocracia e a competência. Essa concepção de avaliação impede que se busque diagnosticar o desenvolvimento escolar a partir de uma avaliação democrática e emancipatória. Os instrumentos de avaliação educacional em curso na política brasileira visam, especificamente, à realização de avaliação de diagnóstico – em larga escala, por meio de testes padronizados e questionários socioeconômicos – da qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 265) LEITURAOBRIGATÓRIA 12 Conforme a análise de Paz (2009), em que pesem as divergências sobre a eficácia do IDEB, é a primeira vez que o país possui um indicador sintético tão assimilável e prático, inclusive para comparações e análises de dados. Diagnosticar é umas das funções das avaliações educacionais e não há a possibilidade de se buscar construir um sistema nacional de educação articulado, sem mecanismos confiáveis de verificação do rendimento escolar. É interessante observar que, independentemente da divulgação e das expectativas criadas no âmbito do governo em relação aos índices apresentados pelo IDEB, muitos professores, pais e demais integrantes da comunidade escolar não conhecem o índice, não sabem como é construído e tampouco os resultantes da escola na qual trabalham ou em que os filhos estudam. Sobre esse aspecto, Paz (2009) considera que não existem sistemas sociais totalmente controlados, uma vez que sempre há uma margem de liberdade na qual os sujeitos transitam dando significado às suas ações, modificando práticas e redefinindo objetivos. Assim, os índices obtidos nas avaliações externas podem ser utilizados pela escola como estratégia para melhorar a qualidade do ensino, e isso está profundamente articulado às práticas dos profissionais da escola e da utilização feita pela organização e pela gestão, visando a esse desafio. Conforme Libâneo (2012), a avaliação do sistema escolar por meio da avaliação externa e/ ou interna desdobra-se em avaliação institucional e avaliação acadêmica. Um dos principais objetivos da avaliação é aferir a qualidade do ensino e da aprendizagem. Para garantir isso, é preciso uma maior aproximação com a sala de aula, para conhecer de fato o que interfere nesse processo. A avaliação dos alunos pelos professores não pode ser substituída pela avaliação do sistema de ensino. Ao contrário, é a avaliação do sistema que deve buscar critérios de relevância nas avaliações feitas pelos professores, para que de fato as avaliações em suas diferentes formas e dimensões estejam a serviço da melhoria da qualidade cognitiva da aprendizagem. LEITURAOBRIGATÓRIA 13 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia o artigo “Avaliações externas e gestão escolar: reflexões sobre usos dos resultados”, escrito pela Dra. Cristiane Machado. O texto discute os usos dos resultados de avaliações externas no trabalho pedagógico para melhorar a qualidade do ensino, por equipes da gestão escolar no ensino fundamental. Disponível em: <http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_ educacao/pdf/volume_5_1/educacao_01_70-82.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. O professor Dr. Dermeval Saviani, em seu texto “O plano de desenvolvimento da Educação: análise do Projeto do MEC”, faz uma análise global do PDE/MEC, visando responder à seguinte pergunta: “Em que medida esse novo plano se revela efetivamente capaz de enfrentar a questão da qualidade do ensino das escolas de educação básica?”. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2728100.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. Acompanhe as metas para a educação básica tanto em nível federal, quanto no estadual e no municipal no portal do Inep. As informações estão disponíveis para a consulta no site: <http://ideb.inep.gov.br/>. Acesso em: 1 fev. 2014. Vídeos Assista ao vídeo “Avaliação institucional: para controlar ou para democratizar?” do Programa Salto para o Futuro, que discute, com diferentes especialistas, os objetivos das avaliações realizadas atualmente no Brasil. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_ action=&co_obra=51400>. Acesso em: 1 fev. 2014. http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_educacao/pdf/volume_5_1/educacao_01_70-82.pdf http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_educacao/pdf/volume_5_1/educacao_01_70-82.pdf http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2728100.pdf http://ideb.inep.gov.br/ http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=51400 http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=51400 14 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: A avaliação educacional em larga escala faz parte das políticas definidas no Brasil, a partir da década de 1990. A Prova Brasil é aplicada de dois em dois anos e, durante esse processo, há uma grande mobilização da escola, em razão da importância que essa avaliação adquiriu. Uma das críticas feitas em relação à Prova é a de que esta definiu um ranking entre as escolas, geran- do uma competição em que o mais impor- tante é alcançar as metas definidas e não a efetiva aprendizagem do aluno. Conside- rando que é possível a utilização da Prova para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, indique de que forma isso pode ser feito tendo como referência o pa- pel da gestão. Questão 2: As pesquisas sobre avaliação demonstram que, a partir da década de 1980, emergiu um modelo avaliativo que leva em conta tanto os aspectos qualitativos quanto as questões de poder e de conflito envolvidas no currículo, evidenciando o que e para que se avalia. Essa visão corresponde a uma concepção: a) Tradicional. b) Legalista. c) Crítico-analítica. d) Sociocrítica. e) Reprodutivista. AGORAÉASUAVEZ 15 Questão 3: Analise as afirmativas seguintes em rela- ção às avaliações externas: I. A determinação de critérios de avaliação revela a posição, as crenças e a visão de mundo de quem a propõe. II. Os exames nacionais em vigor enfati- zam a medição do desempenho esco- lar por meio de testes padronizados, o que os vincula a uma concepção obje- tivista de avaliação. III. Os instrumentos de avaliação nacional em curso na política educacional brasileira visam à realização de avaliações de diagnóstico da qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. IV. As avaliações nacionais realizadas pautam-se em aspectos qualitativos pois levam em conta as condições do ensino, as desigualdades sociais, a desvalorização de professor, dentre outros aspectos. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I, II e III. b) II,III e IV. c) III e IV. d) I, II e IV. e) I e III. Questão 4: Analise as afirmativas a seguir e identifi- que-as como verdadeiras (V) ou falsas (F) em relação à avaliação da organização e da gestão da escola: – ( ) A avaliação supõe acompanhamento e controle das ações decididas pelo grupo gestor, visando a comprovação do alcance dos objetivos definidos. – ( ) A avaliação permite pôr em evidên- cia as dificuldades surgidas na prática diária,mediante a confrontação entre o pla- nejado e o funcionamento real do trabalho. – ( ) O controle e a avaliação dependem de informações concretas e objetivas sobre o andamento dos trabalhos e para isso a gestão precisa fiscalizar constantemente a forma como está sendo desenvolvido. – ( ) O acompanhamento e o controle com- provamos resultados do trabalho, eviden- ciam os erros, as dificuldades, os êxitos e fracassos relativos ao que foi planejado. A correta sequência é: a) V, V, F, F. b) F, V, F, V. c) F, F, V, V. d) V, F, V, F. e) V, F, F, V. AGORAÉASUAVEZ 16 AGORAÉASUAVEZ Questão 5: As ações da escola no campo da avaliação educacional, voltadas para a formação continu- ada no contexto do trabalho, são de três tipos: a) Avaliação da aprendizagem dos alunos, avaliação do estágio probatório, avaliação sistêmica. b) Avaliação institucional, Prova Brasil e Saeb. c) Avaliação do sistema escolar, avaliação do desempenho profissional e avaliação da aprendizagem. d) Avaliação do sistema escolar, avalia- ção da escola e avaliação da aprendiza- gem dos alunos. e) Avaliação da escola, avaliação dos professores e avaliação dos alunos. Questão 6: O controle e a avaliação dependem de in- formações concretas e objetivas sobre o andamento dos trabalhos. De que forma o gestor escolar pode realizar o levantamen- to das informações? Questão 7: Entre a avaliação do sistema escolar e a ava- liação da aprendizagem dos alunos, está a avaliação da escola. Uma vez que o objetivo dessa avaliação é aferir a qualidade do ensi- no e da aprendizagem dos alunos, ela pre- cisa considerar os elementos determinantes da qualidade da oferta de serviços de ensino e do sucesso escolar dos alunos. Pensando nas condições objetivas da escola, quais as- pectos precisam ser considerados? Questão 8: A avaliação realizada em sala de aula refle- te uma concepção de sociedade, educação e escola e também a forma como escola se posiciona ante as práticas avaliativas. Nessa perspectiva, a partir da proposta de avaliar o aluno numa perspectiva diferenciada, em que o erro é considerado construtivo, como os pro- fessores podem estimular a autonomia dos alunos para resolver situações-problema? Questão 9: Quais indicadores de caráter quantitativo sub- sidiam informações para o gestor escolar no que diz respeito à aprendizagem dos alunos? Questão 10: O Brasil integra o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), e, na última avaliação, o país teve um desempenho um pouco melhor, mas ainda há muito o que fazer. A melhoria do rendimento escolar de- manda insumos para garantir o padrão de qualidade nas condições de oferta. Portan- to não se pode responsabilizar o professor pelo baixo desempenho apresentado pelos alunos. Quais aspectos qualitativos devem ser considerados fatores intervenientes nos resultados das avaliações externas? 17 Neste tema, a avaliação teve destaque. A avaliação numa concepção sociocrítica coloca em evidência os aspectos sociais, políticos e culturais implicados nas práticas que envolvem a avaliação do rendimento escolar. Após a década de 1990, no âmbito das políticas educacionais, está a realização das avaliações do sistema educacional brasileiro com objetivo de diagnosticar a qualidade da educação oferecida pelas escolas. O foco principal dessas avaliações está na mensuração, uma vez que se baseiam nos testes padronizados para a medição das habilidades e aptidões dos alunos. São importantes a existência e a realização da avaliação do sistema, dos currículos, do desempenho profissional dos professores ou do rendimento escolar dos alunos. Porém, é insuficiente uma avaliação que não considere os aspectos qualitativos, uma vez que a qualidade do aprendizado está relacionada a determinadas condições que implicam melhorias que não podem ser avaliadas quantitativamente. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO 18 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. ______. Lei n. 9.394/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1997. ______. Avaliação nacional da alfabetização (ANA): documento básico. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, jul. 2013a. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2013/livreto_ANA_online.pdf>. Aces- so em: 1 fev. 2014. ______. Inclusão de Ciências no Saeb: documento básico. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, ago. 2013b. Disponível em: <http:// download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/menu_do_professor/matrizes_ de_referencia/livreto_saeb_ciencias.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Sistemas de avaliação da educação no Brasil avanços e novos desafios. São Paulo Perspec., São Paulo, v. 23, n. 1, p. 5-18, jan./jun. 2009. Disponível em: <http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v23n01/v23n01_01.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. COELHO, Maria Inês de Matos. Vinte anos de avaliação da educação básica no Bra- sil: aprendizagens e desafios. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 16, n. 59, p. 229-258, abr./jun. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v16n59/ v16n59a05.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. EACEA P9 EURYDICE. Rede de Informação sobre Educação na Europa. Exames Nacionais de Alunos na Europa: objetivos, organização e utilização dos resultados. Agência de Execução re- lativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura, set. 2009. Disponível em: <http://eacea.ec.europa. eu/education/eurydice/documents/thematic_reports/109PT.pdf>. Acesso em 1 fev. 2014. REFERÊNCIAS http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2013/livreto_ANA_online.pdf http://download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/menu_do_professor/matrizes_de_referencia/livreto_saeb_ciencias.pdf http://download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/menu_do_professor/matrizes_de_referencia/livreto_saeb_ciencias.pdf http://download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/menu_do_professor/matrizes_de_referencia/livreto_saeb_ciencias.pdf http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v23n01/v23n01_01.pdf http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v16n59/v16n59a05.pdf http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v16n59/v16n59a05.pdf http://eacea.ec.europa.eu/education/eurydice/documents/thematic_reports/109PT.pdf http://eacea.ec.europa.eu/education/eurydice/documents/thematic_reports/109PT.pdf 19 FREITAS, Dirce Nei Teixeira de. Avaliação da Educação Básica e Ação Normativa Fe- deral. Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 123, p. 663-689, set./dez. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/v34n123/a08v34123.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10.ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2012. PARRO, Ana Lúcia Garcia. Gestão da Escola, qualidade do ensino e avaliação externa: Desafios na e da escola. Revista Paulista de Educação, v.1, n. 1, 2012, p. 30-40. PAZ, Fábio Mariano da. O IDEB e a qualidade da educação no ensino fundamental: fundamentos,problemas e primeiras análises comparativas. ETIC- Encontro de Iniciação Científica, v. 5, n. 5, 2009. Disponível em: <http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ ETIC/article/viewFile/1953/2082>. Acesso em: 1 fev. 2014. PERONI, Vera. Políticaeducacional e papel do Estado: No Brasil dos anos 1990. São Paulo: Xamã, 2003. 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O Banco é composto por duas instituições: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e Associação Internacional de Desenvolvimento (AID). Basilares: básico, que tem origem na base, fundamental. Constituinte: a Assembleia Nacional Constituinte, ou simplesmente Constituinte, reúne pessoas escolhidas para redigir ou reformar uma Constituição, lei maior de um país, que rege todas as outras leis vigentes. A atual Carta do Brasil é de 1988 e não contou com pessoas eleitas exclusivamente para a tarefa, tendo sido elaborada por deputados e senadores eleitos em 1986, que puderam cumprir o restante dos mandatos depois de terem terminado de escrever a Carta Magna. Indicadores: os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc. Pode-se dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções básicas: a primeira é descrever por meio da geração de informações o estado real dos acontecimentos e o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as informações presentes com base nas anteriores a fim de realizar proposições valorativas. Os indicadores 21 GLOSSÁRIO servem para: mensurar os resultados e gerir o desempenho; embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de tomada decisão; contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais; facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização. Meritocracia: predominância dos que possuem méritos (numa sociedade, numa organização, num grupo, num trabalho ou ofício etc.); predomínio das pessoas que são mais competentes e eficientes. Modo de seleção cujos preceitos se baseiam nos méritos pessoais daqueles que participam. Método que consiste na atribuição de recompensa aos que possuem méritos. PNUD: PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) é a sigla referente a uma rede de desenvolvimento global das Nações Unidas que visa ao desenvolvimento em várias áreas através de diferentes projetos. Oferece apoio técnico aos seus parceiros através de diversas metodologias, fornecendo conhecimentos especializados e fazendo consultoria numa ampla rede de cooperação técnica internacional. O seu objetivo é o de contribuir para o desenvolvimento humano, lutando contra a pobreza e priorizando as áreas mais importantes a serem desenvolvidas. Um dos principais focos do PNUD no Brasil é conseguir dinamizar serviços, alinhando-os com as necessidades do país. Todo desenvolvimento destes projetos é realizado em conjunto com governo, instituições financeiras, setor privado e sociedade civil. O PNUD está relacionado com o IDH, pois ele tem como objetivo a mudar para melhor e ligar os países ao conhecimento, à experiência e aos recursos para que as pessoas possam construir uma vida melhor. O PNUD está implementado em 177 países, trabalhando com as nações a favor do desenvolvimento, para que possam alcançar soluções para os desafios globais e nacionais. Recursos públicos: são os bens que compõem o patrimônio público. As atividades financeiras do Estado se assentam em três campos: i) receita, como os meios patrimoniais para a realização dos seus objetivos; ii) despesas, como utilização dos recursos disponíveis; e iii) gestão, como a administração e a conservação do patrimônio público. Os recursos públicos são compostos por: recursos financeiros, pessoas, patrimônio físico e recursos informacionais. Saeb: o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de sistemas de avaliação do ensino brasileiro, desenvolvido e gerenciado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia do Ministério da Educação (MEC). 22 Sistemas sociais: remete à teoria dos sistemas para ser compreendido. Parte do entendimento de que todo sistema se estrutura em relação a si próprio e em relação ao meio. Existem várias divisões em funcionamento no mundo complexo; dentro de cada grupamento são constituídas formas de comunicação que só adquirem sentido dentro do próprio sistema. Apenas dentro de um sistema social pode haver comunicação. A grande contribuição da Teoria dos Sistemas Sociais foi apontar o fato de que a complexidade da sociedade moderna torna infrutífero qualquer modelo simplista que pretende descrever, esclarecer ou justificar a sociedade a partir de um único mecanismo ou aspecto. Não há um sistema ou mecanismo social a partir do qual todos os outros possam ser compreendidos. GLOSSÁRIO GABARITO Questão 1 Resposta: A Prova pode ser um pretexto para que a escola analise a forma como está desenvolvendo suas atividades, e o alcance dos objetivos propostos. Para que esse processo seja legítimo, é importante que a escola promova espaços de participação efetiva, nos quais a comunidade escolar tenha oportunidade de apresentar seus argumentos e fazer discussões visando a uma definição comum. Isso é um aprendizado que precisa ser assumido como parte da organização e gestão da escola. Quando a escola tem a oportunidade de refletir de forma conjunta sobre os resultados das avaliações, pode também de forma conjunta propor ações e compreender os limites delas. É possível afirmar que boa parte dos instrumentos utilizados para a realização das avaliações externas pode ser utilizada de forma positiva pela escola, no sentido de se oportunizar uma reflexão objetiva sobre as práticas desenvolvidas, isso vai depender da forma como a escola está organizada e das concepções que orientam essas práticas. 23 Questão 2 Resposta: Alternativa D. A pedagogia sociocrítica (ou pedagogia crítico-social dos conteúdos, pedagogia dialética, pedagogia histórico-crítica) tem como seus principais representantes intelectuais da área da educação Dermeval Saviani, José Carlos Libâneo, Guiomar Namo de Mello, Carlos Roberto Jamil Cury, entre outros. A partir da década de 1970, esses intelectuais passaram a rever as teorias pedagógicas vigentes sob a égide do materialismo dialético de Marx, Makarenki e Gramsci. Para aqueles teóricos, é importante reverter o quadro de desorganização da escola brasileira, que gera uma escola excludente, com altos índices de analfabetismo, evasão, repetência e seletividade. Portanto o aspecto qualitativo e a dimensão subjetiva devem ser considerados em todo sistema de avaliação. Questão 3 Resposta: Alternativa A. As principais críticas aos sistemas de avaliação nacional recaem justamente sobre o seu aspecto quantitativo, valorativo e frequentemente discriminatório, pois não consideram as diferenças regionais e a realidade das escolas e dos alunos pesquisados. Questão 4 Resposta: Alternativa B. O intuito da avaliação não é comprovar o alcance dos objetivos, mas estabelecer estratégiaspara atingi–los. A avaliação não recai somente sobre aspectos objetivos, e nem deve ser analisada com esse enfoque, ao mesmo tempo em que serve para traçar estratégias de gestão, ou seja, não possui caráter fiscalizador mas de orientação e planejamento. Questão 5 Resposta: Alternativa D. As avaliações da escola, dos professores e dos alunos servem como subsídios para a gestão escolar em sua própria realidade. Questão 6 Resposta: Para coleta de informações, o gestor escolar pode realizar observações, acompanhamento das salas de aula e do recreio, entrevistas com pessoas, professores e funcionários, além de reuniões sistemáticas ou extraordinárias, encontros informais com os integrantes da comunidade escolar. GABARITO 24 Questão 7 Resposta: Além dos dados sistematizados e disponíveis na escola, tais como rendimentos dos alunos por classe, tempo de magistério dos professores, currículo profissional, recursos físicos e materiais, materiais didáticos, dentre outros, é preciso que o gestor escolar participe da dinâmica escolar. A partir de situações vivenciadas, o gestor escolar pode aferir outros aspectos da comunidade escolar, relativos ao processo de ensino e aprendizagem, às relações entre professor e aluno, às práticas de avaliação, disciplina, práticas participativas, e outros componentes que revelem a vida do grupo social. Questão 8 Resposta: O professor deverá retomar o caminho percorrido pelo aluno, visando reconstruir com ele os processos vivenciados, a fim de identificar com o aluno as respostas apresentadas e os motivos que o levaram a responder daquela forma. É um processo de levar o aluno a refletir sobre a forma como construiu a resposta. Questão 9 Resposta: Taxa de aprovação, taxa de desistência, taxa de distorção série/idade. Questão 10 Resposta: Condições objetivas de ensino, desigualdades sociais e culturais dos alunos, desvalorização profissional e possibilidade restrita de atualização permanente dos profissionais da educação. GABARITO
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