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SEMI_Fundamentos_da_Gestao_em_Educacao_04

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Fundamentos da Gestão em Educação
Autores:
Lindolfo Anderson Martelli
Maria Clotilde Bastos
Tema 04
Avaliações do Ensino: Desafios e 
Oportunidades na Gestão
seç
ões
Tema 04
Avaliações do Ensino: Desafios e 
Oportunidades na Gestão
Como citar este material:
BASTOS, Maria Clotilde & MARTELLI, Lindolfo 
Anderson. Fundamentos da Gestão em Educação: 
Avaliações do Ensino: Desafios e Oportunidades 
na Gestão. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 04
Avaliações do Ensino: Desafios e 
Oportunidades na Gestão
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• A avaliação educacional em larga escala: as avaliações externas.
• A avaliação da organização e da gestão da escola.
• A avaliação do sistema escolar, das escolas e da aprendizagem dos alunos.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: políticas, 
estrutura e organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza 
Toschi, Editora Cortez, 2012, Livro-Texto.
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson Martelli e
Maria Clotilde Bastos
Fundamentos da Gestão 
em Educação
6
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Quais são as formas de avaliação instituídas pelo Governo Federal e quais os seus 
fundamentos teóricos?
• De que forma o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica pode colaborar com 
a melhoria da qualidade do ensino nas escolas?
• Como aplicar uma proposta democrática de avaliação para o processo de organização 
e gestão da escola?
• Quais são os tipos de avaliação educacional voltados para a formação continuada no 
contexto do trabalho?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Avaliações do Ensino: Desafios e Oportunidades na 
Gestão
As pesquisas sobre avaliação no Brasil tiveram início na década de 1930 e, até a 
década de 1970, estavam pautadas em testes padronizados que buscavam medir as 
habilidades e aptidões dos alunos, com vistas a mensurar a eficiência e a produtividade do 
sistema de ensino. É a partir da década de 1980 que a preocupação com a avaliação passa 
a privilegiar também o aspecto qualitativo e as relações de poder que envolvem o currículo, 
os aspectos sociais e políticos culturais que refletem no rendimento escolar (LIBÂNEO; 
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 264-235). 
A instituição de uma política nacional de avaliação da qualidade do ensino no Brasil é 
delineada na década de 1990, no contexto de reformas educacionais mobilizadas pelo 
processo de reestruturação produtiva, na qual a educação – especialmente a educação 
básica – é reconhecida como elemento fundamental. Também na Europa, os exames 
LEITURAOBRIGATÓRIA
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
nacionais com esta preocupação aparecem na mesma época. Mesmo antes deste período, 
conforme documento produzido pela Agência de Execução relativa à Educação, ao 
Audiovisual e à Cultura (EACEA P9 EURYDICE, 2009, p. 12), países como Irlanda, França, 
Hungria, Suécia e Reino Unido, haviam introduzido exames nacionais “sem incidência 
nos percursos escolares individuais dos alunos e, na sua maioria, por amostragem”. No 
geral, esses exames visavam ao estabelecimento de parâmetros para avaliar a qualidade 
do ensino, e também para que o professor pudesse estabelecer um comparativo entre o 
rendimento dos seus alunos e a média apresentada pelo conjunto de estudantes avaliados. 
No Brasil o texto constitucional de 1988 previu disposições que remetem à necessidade 
da avaliação escolar. O art. 206 procura assegurar a “garantia de padrão de qualidade” 
para a educação, ou seja, a qualidade passa a compor um dos princípios basilares do 
ensino, suscitando questionamentos que dizem respeito à avaliação educacional. Ainda em 
seu art. 209, a responsabilidade pela autorização, pela avaliação e pela comprovação da 
qualidade do ensino privado é do Poder Público. Nesse sentido, a livre iniciativa privada fica 
condicionada a ofertar cursos que precisam observar determinados padrões de qualidade 
exigidos pelo Ministério da Educação e Cultura. Ainda o art. 214, tratando do plano nacional 
de educação, indica como um dos resultados pretendidos a “melhoria da qualidade do 
ensino” (BRASIL, 1988). Como se pode observar, os programas de avaliação da educação 
que surgiram a partir da década de 1990 obedecem às disposições constitucionais uma vez 
que a preocupação com a “qualidade da educação” é um dos princípios regulamentadores 
da constituição da Nova República brasileira. 
Para Freitas (2004, p. 667), a partir da Constituição de 1988 são muitas as questões que 
colocam a avaliação em evidência, tais como: a quem cabe torná-la efetiva, em que campo, 
quando, onde, quanto e como. E ainda suscitam-se questões que supõem definições com 
vistas à sua aplicação, como a de saber em que consiste tal melhoria e tal qualidade, 
qualidade por que ótica, para quem e para que, o que, quanto, como, onde e quando 
melhorar e como aferir tal melhoria. 
De acordo com Peroni (1990), a preocupação com a avaliação no Brasil se estende por 
toda a década de 1980, anteriormente à Constituição. Nessa década o MEC iniciou estudos 
sobre avaliação educacional, estimulado principalmente pelas agências internacionais. 
Pestana (apud PERONI, 1990) afirma que, naquele período, o Banco Mundial não 
concedia empréstimos aos países descompromissados com a avaliação dos seus sistemas 
educacionais. A autora aponta que foi com o contexto do processo da Constituinte e com 
a Constituição de 1988 que se firmou o princípio de que quanto mais democrática fosse a 
sociedade, mais necessárias seriam as avaliações.
8
Com a ampliação do acesso à educação pública, principalmente após a década de 1980, as 
políticas educacionais não tinham medidas que demonstrassem os resultados em termos 
que qualidade da educação. Era extremamente necessária a existência de dados que 
demonstrassem a efetividade das políticas propostas e desenvolvidas, como atendimento 
à transparência necessária uma vez que se trata de políticas públicas com a transferência 
de recursos públicos para sua efetivação. No que se refere à gestão, o desafio é 
definir estratégias de uso dos resultados como forma de melhorar o processo de ensino 
e aprendizagem, visando atingir os parâmetros de qualidade definidos como necessários 
para a sociedade moderna.
A partir da década de 1990, a avaliação da qualidade do ensino passa a ser pensada em 
termos de indicadores que revelem o alcance dos objetivos colocados no âmbito da política 
educacional. O Sistema de Avaliação da Educação Básica foi implantado com a assistência 
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)1 e foi estruturado em 
três eixos de estudo: o rendimento do aluno; o perfil e a prática docentes e o perfil dos 
diretores; e formas de gestão escolar. Atendendo às tendências internacionais, o objetivo 
principal da avaliação foi monitorar a qualidade e transformar a avaliação num instrumento 
cotidiano, a ser utilizado pela escola com vistas a identificar necessidades relacionadas ao 
processo de gestão. Monitoramento é uma palavra oriunda da Administração e consiste no 
acompanhamento sistemático do desenvolvimento de ações, visando ao atendimento dos 
objetivos e metas propostos por meio do controle dos processos. Deve ter a capacidade 
de prover a gestão de informações suficientes para a adoção de medidas corretivas, com 
interferências rápidas e eficientes. Vale destacar que as estratégias implementadas no âmbito 
da educação básica advêm de um processo amplo de reestruturação da educação, sendo 
recomendadas pelo Banco Mundial com base em análises econômicas fundamentadas na 
relação custo/benefício e taxa de retorno, visíveis por dados quantitativos em detrimento 
dos qualitativos.
Esses aspectos destacam o papel do Estado como avaliador numa perspectiva competitiva 
na medida em que estabelece um ranking, que valoriza indicadores e resultados baseados 
em dados mensuráveis,independentemente das condições e dos contextos em que ocorrem 
os fenômenos educacionais específicos. Segundo análise de Coelho (2008, p. 249):
1 O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é o órgão da Organização das Nações 
Unidas (ONU) que tem por mandato promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo.
LEITURAOBRIGATÓRIA
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_p%C3%BAblico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pobreza
9
Através da avaliação pode-se dar aumento (neoconservador) do poder de 
controle central do Estado em torno do currículo, da gestão das escolas e do 
trabalho dos professores. Pode também ocorrer a indução e implementação 
(neoliberal) de mecanismos de mercado no espaço público estatal e 
educacional, neste caso, em função das pressões de alguns setores sociais 
mais competitivos e das próprias famílias.
O projeto de Estado promove um novo discurso em relação ao trabalho da escola por meio 
de regulamentos e ações entre os quais se encontram os sistemas de avaliação externa. 
A autora explica que o Estado avaliador transita entre dois extremos, caracterizando-se 
como “híbrido”, uma vez que conjuga o controle estatal com estratégias de autonomia e 
autorregulação das instituições educativas (COELHO, 2008). A superação desse modelo 
requer a constante reflexão sobre as práticas pedagógicas, o contexto social mais amplo 
e sobre a identidade da profissão requerendo uma espécie de reinvenção da democracia.
Essas questões repercutem na escola, unidade central das políticas educacionais. No que 
tange à avaliação, a utilização de medidas e o estabelecimento de rankings criam uma visão 
da escola pela sociedade, que, por sua vez, passa a atribuir à escola e aos professores 
a responsabilidade do fracasso da escola e da educação. A gestão da escola torna-se 
a responsável pelos resultados apresentados uma vez que refletem a própria gestão e 
organização escolar. Sob o discurso da gestão democrática, da descentralização e da 
autonomia das escolas, a reforma esconde formas mais sofisticadas de controle. Martins 
(2002 apud PARRO 2012, p. 32) esclarece que:
[...] as políticas da reforma educacional caracterizam-se, na verdade, por 
desconcentração e não descentralização. [...] a desconcentração é o processo 
no qual responsabilidades são transferidas a unidades menores, mas o poder 
de decisão permanece no centro, em órgãos superiores; em contrapartida, 
a descentralização assegura a eficiência do poder local, são as unidades 
menores que assumem mais do que tarefas, as decisões a serem tomadas.
Não é possível falar em autonomia se as decisões são tomadas previamente pelos órgãos 
superiores sem a participação e o poder de decisão de todos os envolvidos, como concessões 
dos grupos no poder.
Com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB - Lei n. 9.394/1996), 
a avaliação passou a ser obrigatória; desde então, municípios e estados são convocados a 
participar do sistema nacional de avaliação. Reafirmando o dispositivo constitucional, a LDB 
estabelece que cabe à União “assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar 
no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com sistemas de ensino, objetivando 
a definição de prioridades e melhorias da qualidade do ensino” (BRASIL, 1996, grifos nossos). 
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
Na perspectiva apontada, em que pese o avanço no processo de descentralização das 
escolas, os Estados neoliberais encontraram formas sofisticadas de controle sob a aparência 
de monitorar a qualidade do ensino.
No Brasil, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) foi implantado pelo 
governo federal no início da década de 1990, com o objetivo de obter dados para subsidiar 
políticas públicas. O Saeb foi criado a fim de conhecer melhor a realidade e disparidades 
educacionais, tendo em vista os altos níveis de reprovação e evasão, principalmente nos anos 
1980, período em que houve aumento de alunos nas redes públicas. Conforme Castro (2009) 
demonstra, a política de avaliação brasileira é uma das mais eficientes do mundo e engloba 
diferentes programas: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o Sistema 
Nacional do Ensino Médio (Enem), O Exame Nacional de Curso (ENC) que foi substituído pelo 
Exame Nacional de Desempenho do Ensino Superior (Enade), o Exame Nacional de Certificação 
de Jovens e Adultos (Enceja), Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes), a 
Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Em conjunto, esses 
sistemas, ao lado da Avaliação da Pós-Graduação da Capes – o mais antigo do país no setor 
educacional – configuram o Sistema de Avaliação da qualidade da educação brasileira. 
Além desses exames, destaca-se ainda que, além das avaliações nacionais, vários estados, 
municípios e o Distrito Federal também organizam sistemas locais e regionais de avaliação 
que subsidiam dados para a gestão escolar e que funcionam paralelamente ao Sistema 
Nacional de Avaliação. 
Criado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em 2007, o 
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é resultado de dois fatores que são 
compreendidos como importantes na análise da qualidade da educação: primeiramente 
os indicadores de fluxo (taxas de aprovação, reprovação e evasão), medidos pelo Censo 
Escolar, e também os indicadores de desempenho em exames padronizados como o Saeb 
e Prova Brasil, realizados a cada dois anos ao final de determinada etapa da educação 
básica (5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio). A Prova Brasil e o 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), também criados pelo Inep, são 
avaliações para diagnóstico, em larga escala, cujos testes são aplicados, como dito, nos 
quinto e nono anos do ensino fundamental e na terceira série do ensino médio. 
É importante ressaltar que a partir da edição de 2001, o Saeb passou a avaliar apenas as áreas 
de língua portuguesa e matemática. Em 2013 a prova de ciências passou a ser incorporada, em 
caráter experimental, ao sistema de avaliação. A prova de ciências é destinada aos alunos do 9º 
ano do ensino fundamental da Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC), conhecida 
como Prova Brasil, e do 3ª do ensino médio da Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb). 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
Em 2005, o Saeb foi reestruturado pela Portaria Ministerial n. 931, passando a ser composto 
por duas avaliações: Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e Avaliação Nacional 
do Rendimento Escolar (Anresc), conhecida como Prova Brasil. Em junho de 2013, o Saeb 
também incorporou a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). 
Entre os indicadores produzidos pelo Saeb, alguns apontaram problemas graves na eficiência 
do ensino oferecido pelas redes de escolas brasileiras, como os baixos desempenhos em 
leitura demonstrados pelos alunos. Entre as ações do MEC para reverter esse quadro, 
houve a implantação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. 
Uma das diretrizes do Plano expressa a necessidade de alfabetizar as crianças até, no 
máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados de desempenho por exame periódico 
específico. Nessa perspectiva, o Plano de Desenvolvimento da Educação estabeleceu a 
realização da Provinha Brasil, aplicada pela primeira vez em abril de 2008. Essa avaliação 
acontece em duas etapas, uma no início e a outra ao término do ano letivo. A aplicação em 
períodos distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realização de um 
diagnóstico mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das 
crianças, em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado.
A partir das informações obtidas pela avaliação, os gestores e professorestêm condições 
de intervir de forma mais eficaz no processo de alfabetização, aumentando as chances de 
que todas as crianças, até os oito anos de idade, saibam ler e escrever, conforme uma das 
metas previstas pelo Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação.
Segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 263-265), a sociedade brasileira tem 
acompanhado, nos últimos anos, discursos que defendem a aplicação de testes educacionais 
unificados nacionalmente, com o objetivo de aferir o desempenho dos alunos nos diferentes 
graus de ensino, para controlar a qualidade do ensino ministrado nas escolas brasileiras. 
Para os autores, a avaliação educacional pode servir tanto para o controle e a regulação 
do Estado sobre os resultados do desempenho de alunos nos diferentes graus de ensino, 
quanto como mecanismo de reforço à lógica do mercado pautada no desempenho e nos 
valores como o individualismo, a meritocracia e a competência. Essa concepção de 
avaliação impede que se busque diagnosticar o desenvolvimento escolar a partir de uma 
avaliação democrática e emancipatória.
Os instrumentos de avaliação educacional em curso na política brasileira 
visam, especificamente, à realização de avaliação de diagnóstico – em larga 
escala, por meio de testes padronizados e questionários socioeconômicos – da 
qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. (LIBÂNEO; 
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 265) 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
Conforme a análise de Paz (2009), em que pesem as divergências sobre a eficácia do 
IDEB, é a primeira vez que o país possui um indicador sintético tão assimilável e prático, 
inclusive para comparações e análises de dados. Diagnosticar é umas das funções das 
avaliações educacionais e não há a possibilidade de se buscar construir um sistema nacional 
de educação articulado, sem mecanismos confiáveis de verificação do rendimento escolar. 
É interessante observar que, independentemente da divulgação e das expectativas criadas 
no âmbito do governo em relação aos índices apresentados pelo IDEB, muitos professores, 
pais e demais integrantes da comunidade escolar não conhecem o índice, não sabem como 
é construído e tampouco os resultantes da escola na qual trabalham ou em que os filhos 
estudam. Sobre esse aspecto, Paz (2009) considera que não existem sistemas sociais 
totalmente controlados, uma vez que sempre há uma margem de liberdade na qual os 
sujeitos transitam dando significado às suas ações, modificando práticas e redefinindo 
objetivos. Assim, os índices obtidos nas avaliações externas podem ser utilizados pela 
escola como estratégia para melhorar a qualidade do ensino, e isso está profundamente 
articulado às práticas dos profissionais da escola e da utilização feita pela organização e 
pela gestão, visando a esse desafio. 
Conforme Libâneo (2012), a avaliação do sistema escolar por meio da avaliação externa e/
ou interna desdobra-se em avaliação institucional e avaliação acadêmica. Um dos principais 
objetivos da avaliação é aferir a qualidade do ensino e da aprendizagem. Para garantir 
isso, é preciso uma maior aproximação com a sala de aula, para conhecer de fato o que 
interfere nesse processo. A avaliação dos alunos pelos professores não pode ser substituída 
pela avaliação do sistema de ensino. Ao contrário, é a avaliação do sistema que deve 
buscar critérios de relevância nas avaliações feitas pelos professores, para que de fato 
as avaliações em suas diferentes formas e dimensões estejam a serviço da melhoria da 
qualidade cognitiva da aprendizagem.
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo “Avaliações externas e gestão escolar: reflexões sobre usos dos resultados”, 
escrito pela Dra. Cristiane Machado. O texto discute os usos dos resultados de avaliações 
externas no trabalho pedagógico para melhorar a qualidade do ensino, por equipes da 
gestão escolar no ensino fundamental. 
Disponível em: <http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_
educacao/pdf/volume_5_1/educacao_01_70-82.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014.
O professor Dr. Dermeval Saviani, em seu texto “O plano de desenvolvimento da Educação: 
análise do Projeto do MEC”, faz uma análise global do PDE/MEC, visando responder à 
seguinte pergunta: “Em que medida esse novo plano se revela efetivamente capaz de 
enfrentar a questão da qualidade do ensino das escolas de educação básica?”. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2728100.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014.
Acompanhe as metas para a educação básica tanto em nível federal, quanto no estadual e 
no municipal no portal do Inep. 
As informações estão disponíveis para a consulta no site: <http://ideb.inep.gov.br/>. Acesso 
em: 1 fev. 2014.
Vídeos
Assista ao vídeo “Avaliação institucional: para controlar ou para democratizar?” do Programa 
Salto para o Futuro, que discute, com diferentes especialistas, os objetivos das avaliações 
realizadas atualmente no Brasil. 
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_
action=&co_obra=51400>. Acesso em: 1 fev. 2014.
http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_educacao/pdf/volume_5_1/educacao_01_70-82.pdf
http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_educacao/pdf/volume_5_1/educacao_01_70-82.pdf
http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2728100.pdf
http://ideb.inep.gov.br/
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=51400
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=51400
14
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
A avaliação educacional em larga escala 
faz parte das políticas definidas no Brasil, 
a partir da década de 1990. A Prova Brasil 
é aplicada de dois em dois anos e, durante 
esse processo, há uma grande mobilização 
da escola, em razão da importância que 
essa avaliação adquiriu. Uma das críticas 
feitas em relação à Prova é a de que esta 
definiu um ranking entre as escolas, geran-
do uma competição em que o mais impor-
tante é alcançar as metas definidas e não 
a efetiva aprendizagem do aluno. Conside-
rando que é possível a utilização da Prova 
para a melhoria do processo de ensino e 
aprendizagem, indique de que forma isso 
pode ser feito tendo como referência o pa-
pel da gestão.
Questão 2:
As pesquisas sobre avaliação demonstram 
que, a partir da década de 1980, emergiu 
um modelo avaliativo que leva em conta 
tanto os aspectos qualitativos quanto as 
questões de poder e de conflito envolvidas 
no currículo, evidenciando o que e para 
que se avalia. Essa visão corresponde a 
uma concepção:
a) Tradicional.
b) Legalista.
c) Crítico-analítica.
d) Sociocrítica.
e) Reprodutivista.
AGORAÉASUAVEZ
15
Questão 3:
Analise as afirmativas seguintes em rela-
ção às avaliações externas:
I. A determinação de critérios de 
avaliação revela a posição, as crenças 
e a visão de mundo de quem a propõe.
II. Os exames nacionais em vigor enfati-
zam a medição do desempenho esco-
lar por meio de testes padronizados, o 
que os vincula a uma concepção obje-
tivista de avaliação.
III. Os instrumentos de avaliação nacional 
em curso na política educacional 
brasileira visam à realização de 
avaliações de diagnóstico da qualidade 
do ensino oferecido pelo sistema 
educacional brasileiro.
IV. As avaliações nacionais realizadas 
pautam-se em aspectos qualitativos 
pois levam em conta as condições do 
ensino, as desigualdades sociais, a 
desvalorização de professor, dentre 
outros aspectos.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I, II e III.
b) II,III e IV.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) I e III.
Questão 4:
Analise as afirmativas a seguir e identifi-
que-as como verdadeiras (V) ou falsas (F) 
em relação à avaliação da organização e 
da gestão da escola:
– ( ) A avaliação supõe acompanhamento 
e controle das ações decididas pelo grupo 
gestor, visando a comprovação do alcance 
dos objetivos definidos. 
– ( ) A avaliação permite pôr em evidên-
cia as dificuldades surgidas na prática 
diária,mediante a confrontação entre o pla-
nejado e o funcionamento real do trabalho. 
– ( ) O controle e a avaliação dependem 
de informações concretas e objetivas sobre 
o andamento dos trabalhos e para isso a 
gestão precisa fiscalizar constantemente a 
forma como está sendo desenvolvido.
– ( ) O acompanhamento e o controle com-
provamos resultados do trabalho, eviden-
ciam os erros, as dificuldades, os êxitos e 
fracassos relativos ao que foi planejado.
A correta sequência é:
a) V, V, F, F.
b) F, V, F, V.
c) F, F, V, V.
d) V, F, V, F.
e) V, F, F, V.
AGORAÉASUAVEZ
16
AGORAÉASUAVEZ
Questão 5:
As ações da escola no campo da avaliação 
educacional, voltadas para a formação continu-
ada no contexto do trabalho, são de três tipos:
a) Avaliação da aprendizagem dos 
alunos, avaliação do estágio probatório, 
avaliação sistêmica.
b) Avaliação institucional, Prova Brasil e 
Saeb.
c) Avaliação do sistema escolar, 
avaliação do desempenho profissional e 
avaliação da aprendizagem.
d) Avaliação do sistema escolar, avalia-
ção da escola e avaliação da aprendiza-
gem dos alunos.
e) Avaliação da escola, avaliação dos 
professores e avaliação dos alunos.
Questão 6:
O controle e a avaliação dependem de in-
formações concretas e objetivas sobre o 
andamento dos trabalhos. De que forma o 
gestor escolar pode realizar o levantamen-
to das informações?
Questão 7:
Entre a avaliação do sistema escolar e a ava-
liação da aprendizagem dos alunos, está a 
avaliação da escola. Uma vez que o objetivo 
dessa avaliação é aferir a qualidade do ensi-
no e da aprendizagem dos alunos, ela pre-
cisa considerar os elementos determinantes 
da qualidade da oferta de serviços de ensino 
e do sucesso escolar dos alunos. Pensando 
nas condições objetivas da escola, quais as-
pectos precisam ser considerados?
Questão 8:
A avaliação realizada em sala de aula refle-
te uma concepção de sociedade, educação 
e escola e também a forma como escola se 
posiciona ante as práticas avaliativas. Nessa 
perspectiva, a partir da proposta de avaliar o 
aluno numa perspectiva diferenciada, em que 
o erro é considerado construtivo, como os pro-
fessores podem estimular a autonomia dos 
alunos para resolver situações-problema?
Questão 9:
Quais indicadores de caráter quantitativo sub-
sidiam informações para o gestor escolar no 
que diz respeito à aprendizagem dos alunos?
Questão 10:
O Brasil integra o Programa Internacional 
de Avaliação de Alunos (PISA), e, na última 
avaliação, o país teve um desempenho um 
pouco melhor, mas ainda há muito o que 
fazer. A melhoria do rendimento escolar de-
manda insumos para garantir o padrão de 
qualidade nas condições de oferta. Portan-
to não se pode responsabilizar o professor 
pelo baixo desempenho apresentado pelos 
alunos. Quais aspectos qualitativos devem 
ser considerados fatores intervenientes 
nos resultados das avaliações externas?
17
Neste tema, a avaliação teve destaque. A avaliação numa concepção sociocrítica 
coloca em evidência os aspectos sociais, políticos e culturais implicados nas práticas que 
envolvem a avaliação do rendimento escolar. Após a década de 1990, no âmbito das políticas 
educacionais, está a realização das avaliações do sistema educacional brasileiro com 
objetivo de diagnosticar a qualidade da educação oferecida pelas escolas. O foco principal 
dessas avaliações está na mensuração, uma vez que se baseiam nos testes padronizados 
para a medição das habilidades e aptidões dos alunos. São importantes a existência e 
a realização da avaliação do sistema, dos currículos, do desempenho profissional dos 
professores ou do rendimento escolar dos alunos. Porém, é insuficiente uma avaliação 
que não considere os aspectos qualitativos, uma vez que a qualidade do aprendizado 
está relacionada a determinadas condições que implicam melhorias que não podem ser 
avaliadas quantitativamente.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
18
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
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MEC, 1997.
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Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, ago. 2013b. Disponível em: <http://
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LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação 
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Científica, v. 5, n. 5, 2009. Disponível em: <http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/
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20
GLOSSÁRIO
Aferição: aferição é o ato ou efeito de aferir, de comparar medidas. É a ação de um 
instrumento que serve para medir ou pesar, obedecendo a um padrão oficial. É uma 
avaliação da competência ou da capacidade de uma pessoa mediante um exame ou teste. 
No sentido figurado, aferir é avaliar o conhecimento e medir a competência do candidato 
através de um exame ou teste. Por exemplo, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 
cujo objetivo é aferir se o participante, que chegou à fase final do ensino médio, possui 
domínio dos conteúdos estudados e de outros fundamentos de essencial conhecimento.
Banco Mundial: é uma instituição financeira internacional que fornece empréstimos para 
países em desenvolvimento em programas de capital. O Banco é composto por duas 
instituições: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e Associação 
Internacional de Desenvolvimento (AID).
Basilares: básico, que tem origem na base, fundamental. 
Constituinte: a Assembleia Nacional Constituinte, ou simplesmente Constituinte, reúne 
pessoas escolhidas para redigir ou reformar uma Constituição, lei maior de um país, que 
rege todas as outras leis vigentes. A atual Carta do Brasil é de 1988 e não contou com 
pessoas eleitas exclusivamente para a tarefa, tendo sido elaborada por deputados e 
senadores eleitos em 1986, que puderam cumprir o restante dos mandatos depois de terem 
terminado de escrever a Carta Magna.
Indicadores: os indicadores são instrumentos de gestão essenciais nas atividades de 
monitoramento e avaliação, pois permitem acompanhar o alcance das metas, identificar 
avanços, melhorias de qualidade, correção de problemas, necessidades de mudança etc. 
Pode-se dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções básicas: a primeira 
é descrever por meio da geração de informações o estado real dos acontecimentos e o seu 
comportamento; a segunda é de caráter valorativo que consiste em analisar as informações 
presentes com base nas anteriores a fim de realizar proposições valorativas. Os indicadores 
21
GLOSSÁRIO
servem para: mensurar os resultados e gerir o desempenho; embasar a análise crítica dos 
resultados obtidos e do processo de tomada decisão; contribuir para a melhoria contínua 
dos processos organizacionais; facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e 
viabilizar a análise comparativa do desempenho da organização.
Meritocracia: predominância dos que possuem méritos (numa sociedade, numa 
organização, num grupo, num trabalho ou ofício etc.); predomínio das pessoas que são 
mais competentes e eficientes.
Modo de seleção cujos preceitos se baseiam nos méritos pessoais daqueles que participam. 
Método que consiste na atribuição de recompensa aos que possuem méritos.
PNUD: PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) é a sigla referente a 
uma rede de desenvolvimento global das Nações Unidas que visa ao desenvolvimento em 
várias áreas através de diferentes projetos. Oferece apoio técnico aos seus parceiros através 
de diversas metodologias, fornecendo conhecimentos especializados e fazendo consultoria 
numa ampla rede de cooperação técnica internacional. O seu objetivo é o de contribuir 
para o desenvolvimento humano, lutando contra a pobreza e priorizando as áreas mais 
importantes a serem desenvolvidas. Um dos principais focos do PNUD no Brasil é conseguir 
dinamizar serviços, alinhando-os com as necessidades do país. Todo desenvolvimento 
destes projetos é realizado em conjunto com governo, instituições financeiras, setor privado 
e sociedade civil. O PNUD está relacionado com o IDH, pois ele tem como objetivo a mudar 
para melhor e ligar os países ao conhecimento, à experiência e aos recursos para que as 
pessoas possam construir uma vida melhor. O PNUD está implementado em 177 países, 
trabalhando com as nações a favor do desenvolvimento, para que possam alcançar soluções 
para os desafios globais e nacionais.
Recursos públicos: são os bens que compõem o patrimônio público. As atividades 
financeiras do Estado se assentam em três campos: i) receita, como os meios patrimoniais 
para a realização dos seus objetivos; ii) despesas, como utilização dos recursos disponíveis; 
e iii) gestão, como a administração e a conservação do patrimônio público. Os recursos 
públicos são compostos por: recursos financeiros, pessoas, patrimônio físico e recursos 
informacionais.
Saeb: o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de sistemas 
de avaliação do ensino brasileiro, desenvolvido e gerenciado pelo Instituto Nacional de Estudos 
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia do Ministério da Educação (MEC).
22
Sistemas sociais: remete à teoria dos sistemas para ser compreendido. Parte do 
entendimento de que todo sistema se estrutura em relação a si próprio e em relação ao 
meio. Existem várias divisões em funcionamento no mundo complexo; dentro de cada 
grupamento são constituídas formas de comunicação que só adquirem sentido dentro do 
próprio sistema. Apenas dentro de um sistema social pode haver comunicação. A grande 
contribuição da Teoria dos Sistemas Sociais foi apontar o fato de que a complexidade da 
sociedade moderna torna infrutífero qualquer modelo simplista que pretende descrever, 
esclarecer ou justificar a sociedade a partir de um único mecanismo ou aspecto. Não há um 
sistema ou mecanismo social a partir do qual todos os outros possam ser compreendidos.
GLOSSÁRIO
GABARITO
Questão 1
Resposta: A Prova pode ser um pretexto para que a escola analise a forma como está 
desenvolvendo suas atividades, e o alcance dos objetivos propostos. Para que esse 
processo seja legítimo, é importante que a escola promova espaços de participação efetiva, 
nos quais a comunidade escolar tenha oportunidade de apresentar seus argumentos e 
fazer discussões visando a uma definição comum. Isso é um aprendizado que precisa 
ser assumido como parte da organização e gestão da escola. Quando a escola tem a 
oportunidade de refletir de forma conjunta sobre os resultados das avaliações, pode também 
de forma conjunta propor ações e compreender os limites delas. É possível afirmar que 
boa parte dos instrumentos utilizados para a realização das avaliações externas pode ser 
utilizada de forma positiva pela escola, no sentido de se oportunizar uma reflexão objetiva 
sobre as práticas desenvolvidas, isso vai depender da forma como a escola está organizada 
e das concepções que orientam essas práticas.
23
Questão 2
Resposta: Alternativa D. A pedagogia sociocrítica (ou pedagogia crítico-social dos 
conteúdos, pedagogia dialética, pedagogia histórico-crítica) tem como seus principais 
representantes intelectuais da área da educação Dermeval Saviani, José Carlos Libâneo, 
Guiomar Namo de Mello, Carlos Roberto Jamil Cury, entre outros. A partir da década de 
1970, esses intelectuais passaram a rever as teorias pedagógicas vigentes sob a égide do 
materialismo dialético de Marx, Makarenki e Gramsci. Para aqueles teóricos, é importante 
reverter o quadro de desorganização da escola brasileira, que gera uma escola excludente, 
com altos índices de analfabetismo, evasão, repetência e seletividade. Portanto o aspecto 
qualitativo e a dimensão subjetiva devem ser considerados em todo sistema de avaliação.
Questão 3
Resposta: Alternativa A. As principais críticas aos sistemas de avaliação nacional recaem 
justamente sobre o seu aspecto quantitativo, valorativo e frequentemente discriminatório, 
pois não consideram as diferenças regionais e a realidade das escolas e dos alunos 
pesquisados.
Questão 4
Resposta: Alternativa B. O intuito da avaliação não é comprovar o alcance dos objetivos, 
mas estabelecer estratégiaspara atingi–los.
A avaliação não recai somente sobre aspectos objetivos, e nem deve ser analisada com 
esse enfoque, ao mesmo tempo em que serve para traçar estratégias de gestão, ou seja, 
não possui caráter fiscalizador mas de orientação e planejamento.
Questão 5
Resposta: Alternativa D. As avaliações da escola, dos professores e dos alunos servem 
como subsídios para a gestão escolar em sua própria realidade.
Questão 6
Resposta: Para coleta de informações, o gestor escolar pode realizar observações, 
acompanhamento das salas de aula e do recreio, entrevistas com pessoas, professores e 
funcionários, além de reuniões sistemáticas ou extraordinárias, encontros informais com os 
integrantes da comunidade escolar.
GABARITO
24
Questão 7
Resposta: Além dos dados sistematizados e disponíveis na escola, tais como rendimentos 
dos alunos por classe, tempo de magistério dos professores, currículo profissional, recursos 
físicos e materiais, materiais didáticos, dentre outros, é preciso que o gestor escolar participe 
da dinâmica escolar. A partir de situações vivenciadas, o gestor escolar pode aferir outros 
aspectos da comunidade escolar, relativos ao processo de ensino e aprendizagem, às 
relações entre professor e aluno, às práticas de avaliação, disciplina, práticas participativas, 
e outros componentes que revelem a vida do grupo social.
Questão 8
Resposta: O professor deverá retomar o caminho percorrido pelo aluno, visando reconstruir 
com ele os processos vivenciados, a fim de identificar com o aluno as respostas apresentadas 
e os motivos que o levaram a responder daquela forma. É um processo de levar o aluno a 
refletir sobre a forma como construiu a resposta.
Questão 9
Resposta: Taxa de aprovação, taxa de desistência, taxa de distorção série/idade.
Questão 10
Resposta: Condições objetivas de ensino, desigualdades sociais e culturais dos alunos, 
desvalorização profissional e possibilidade restrita de atualização permanente dos 
profissionais da educação.
GABARITO

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