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11/05/2021 Anatomia Laura Miguez 75D FCMMG @laurinhamiguez Introdução É um conjunto de nervos que se forma na coluna cervical e se estendem aos membros superiores, para inerva-los. Ele é formado pelos ramos ventrais dos nervos espinhais C5, C6, C7, C8 e T1. Em alguns casos existe a contribuição de C4, chamando de plexo pré-fixado, já quando há a participação do T2, chama-se de pós-fixado. Organização do plexo Esses ramos passa por entre os músculos escalenos e vão se unir formando troncos. Os ramos C5 e C6 se unem formando o tronco superior, C7 segue solitário formando o tronco médio e C8 e T1 se unem formando o tronco inferior. Os troncos se dividem anteriormente e posteriormente. Os nervos da divisão posterior inervam os músculos da parte posterior do membro superior, que são músculos extensores, já os nervos das divisões anterior inervam os músculos da parte anterior dos membros superiores, que são músculos flexores. Não é somente os membros superiores que são inervados pelo plexo braquial, músculos do pescoço e peitorais também são inervados pelo plexo. Essas divisões, de anterior e posterior, vão formar fascículos. A divisão anterior do tronco superior com a divisão anterior do tronco médio se unem e formam o fascículo lateral, a divisão anterior do tronco inferior vai formar o fascículo medial e as divisões posteriores dos 3 troncos formam o fascículo posterior. Os fascículos lateral, medial e posterior recebem esses nomes por suas relações com a artéria axilar. Os fascículos vão dar origem aos nervos terminais. Do fascículo lateral saem o nervo músculo-cutâneo e o ramo lateral para o nervo mediano. Do fascículo medial saem o ramo medial para o nervo mediano e o nervo ulnar. Do fascículo posterior saem o nervo radial e o nervo axilar. As raízes de C5, C6 e C7 se unem para formar o nervo torácico longo, que inerva o músculo serrátil anterior. No tronco superior existem dois nervos, o nervo supraescapular, que inerva os músculos supraespinhal e infraespinal na escápula, e o nervo subclávio, que inerva o músculo subclávio. Nos fascículos também existem alguns outros nervos. No fascículo lateral existe o nervo peitoral lateral, que inerva o músculo peitoral maior, no fascículo posterior tem os nervos subescapulares superior e inferior, que inervam, respectivamente, o músculo subescapular e o redondo maior, e o nervo toracodorsal, que inerva o músculo grande dorsal (latíssimo do dorso). Plexo braquial No fascículo medial existe o nervo peitoral medial, que inerva os músculos peitoral maior e menor, e o nervo cutâneo medial do braço e cutâneo medial do antebraço, que são nervos cutâneos para a pele da região medial do braço e do antebraço. Nervo torácico longo É formado pala união das raízes de C5, C6 e C7, ele desce ao tórax para inervar o músculo serrátil anterior, que tem sua origem da 1ª a 8ª costela e sua inserção na borda medial da escápula., ele contorna o tórax formando a parede medial da axila, sua função é manter a escápula próxima do tórax. Um lesão nesse nervo faz com que a escápula se afaste do tórax, gerando a escápula alada. Nervo músculo cutâneo É um ramo terminal do fascículo lateral, formado por C5, C6 e C7. Ele inerva a região anterior do braço, os músculos flexores: bíceps braquial, braquial e coracobraquial.. O nervo músculo cutâneo perfura o músculo coracobraquial (que sai do processo coracoide em direção ao úmero), e após inervar os músculos flexores, na região do cotovelo, ele se torna superficial e passa a se chamar de nervo cutâneo lateral do antebraço, e vai inervar a pele da região lateral do antebraço. Lesões nesse nervo são raras, pois ele se encontra protegido dentro da massa muscular, porém uma lesão cortante ou perfurante que lese o nervo gera perda de força muscular dos músculos flexores, diminuindo a flexão do braço e antebraço e levando a perda de sensibilidade na lateral do antebraço. Página 1 de ANATOMIA Laura Miguez 75D FCMMG @laurinhamiguez Nervo axilar É parte do fascículo posterior, recebe ramos de C5 e C6. Ele possui um trajeto curto, ele contorna o colo cirúrgico do úmero e a artéria circunflexa posterior do úmero e passa pelo espaço quadrangular (formado pela cabeça longa do tríceps, redondo maior, colo cirúrgico do úmero e redondo menor). O nervo axilar vai em direção e inerva o músculo deltoide, e ele gera um ramo cutâneo que inerva a pele lateral do braço, que cobre o músculo deltoide. A lesão do nervo axilar se caracteriza por atrofia do músculo deltoide, perda da sensibilidade na porção lateral superior do braço e diminuição do poder de abdução do braço até 90° (realizada também pelo músculo supraespinhal). Suas causas mais comuns decorrem de uma compressão da axila para cima, por uso de muletas por exemplo, ou traumas e fraturas que desloquem a cabeça do úmero da cavidade glenoide. ou fratura no ombro cirúrgico do úmero. Nervo radial É o maior nervo terminal do fascículo posterior, supre todos os músculos posteriores do braço e antebraço. No braço passa pelo sulco do nervo radial no úmero, juntamente com a artéria braquial profunda, segue para a região anterior ao epicôndilo lateral onde se divide em um ramo profundo e um superficial. O ramo profundo é totalmente muscular, ou seja ele inerva a musculatura da região posterior do antebraço, e o ramo superficial é totalmente cutâneo, responsável pela sensibilidade do dorso da mão, da pele da região posterior do antebraço e da pele na região posterior e inferior do braço. O nervo radial se encontra no recesso triangular, que é a área localizada entre a cabeça longa do tríceps e a cabeça lateral do tríceps, ele inerva o tríceps e o ancôneo, vai seguir pelo sulco no nervo radial até o epicôndilo lateral, anteriormente ao epicôndilo lateral ele se divide no ramo profundo e no ramo superficial, e torna-se novamente posterior para inervar os músculos da região posterior do antebraço, os extensores da mão e dos dedos e a pele, na região posterior e latero inferior do braço, posterior do antebraço e o dorso da mão (1° a 4° dedo) Uma lesão no nervo radial pode ser causada por fratura em ossos, como na diáfise do úmero, e ela pode acarretar alterações nos músculos inervados por ele, como perda ou dificuldade da extensão da mão (mão de gota), do antebraço e do antebraço, e perda de sensibilidade cutânea. Plexo braquial Nervo mediano É o principal nervo do antebraço, ele se localiza na região anterior e é formado por uma raiz lateral do fascículo lateral e uma raiz medial do fascículo medial. Este grande nervo segue pelo braço anterior ou lateralmente a artéria braquial, ele não inerva nenhum músculo na região do braço, na fossa cubital ele toma uma posição mais mediana e vai inervar praticamente todos os músculos do antebraço, que são músculos flexores da mão e dos dedos, Ele também possui um segmento cutâneo para inervar uma parte da palma da mão. O nervo mediano penetra na mão através do túnel do carpo. A síndrome do túnel do carpo pode comprometer o funcionamento do nervo mediano e gerar alterações de sensibilidade, como formigamento e dormência, e musculares, como a mão em benção. Nervo ulnar É o nervo do fascículo medial, ele segue pelo braço medialmente a artéria braquial. Ele não inerva nenhum músculo no braço, no antebraço ele inerva o flexor ulnar do carpo e metade do flexor profundo dos dedos. Ele penetra na mão através de um pequeno túnel, chamado de túnel do ulnar, e vai inervar os músculos da região hipotenar e faz a inervação cutânea, tanto da palma, quanto no dorso na região do 4° e 5° dedos. Uma lesão no nervo ulnar, que normalmente acontece no canal ulnar (de Guyon) ou no túnel cubital, gera perda de sensibilidade na palma e no dorso da mão, no 4° e 5° dedo, e a mão em garra ulnar, além na perda na capacidade de abdução da mão; Página 2 de ANATOMIA Laura Miguez 75D FCMMG @laurinhamiguez Lesões do plexo braquial As lesões do plexobraquial podem ser total ou parcial. Uma lesão total ocorrera a perda total da movimentação e sensibilidade do membro superior. Já uma lesão parcial, ela pode ser superior ou inferior no plexo braquial, ocorrendo alguns movimentos e alguns sinais. Alguns casos: Neste caso, temos uma leão superior, comprometendo o C5, C6, e C7, acontece principalmente em quedas. C5 e C6 formal principalmente o fascículo lateral, o nervo músculo cutâneo, que inerva a região anterior do braço, que são flexores, e sua lesão provoca a perda da capacidade de flexão do braço. Uma parte de C7 vai para o fascículo posterior, principalmente para o nervo axilar, gerando perda de sensibilidade na região deltoide e a capacidade de mvimentação dessa região. O sinal característico é a mãoo de garçom, já que o paciente não consegue flexionar nem abduzir o braço. Durante o parto, a tração excessiva da cabeça pode lesar as fibras superiores do plexo braquial, provocando mão de garçom no neném, chamado de síndrome de Erb Duchenne Já nessa lesão de estiramento, que ocorre por ficar pendurado pelo braço, são as lesões da parte interior do plexo e provoca principalmente uma lesão no nervo ulnar, provocando a mão em garra. As alterações na sensibilidade cutânea dependem da inervação ou do nervo comprometido Plexo braquial Página 3 de ANATOMIA
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