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Retalhos Introdução • Quando temos a criação de um ferimento cirúrgico a primeira tentativa é sempre o fechamento das bordas exceto: o Quando temos incapacidade de aproximação da borda (ferimentos muito grandes) o Quando temos na aproximação uma tensão excessiva (maior predisposição a deiscência o Sinais de hipo ou desvascularização (predisposição a necrose ) o Nesses casos usamos os retalhos • Escala de acordo com a complexidade o Cicatrização por segunda intenção → por conta própria preenche a região de defeito o Síntese primária → aproximação de borda o Enxerto → retirada de area de tecido de uma região distante, sem obedecer referência vasculares o Retalho local o Retalho regional o Retalho microcirúrgico livre → tiramos de uma área doadora para receptores com realizando anastomoses vasculares • O fechamento primário é quando temos ressecção de pequenas lesões, quando há possibilidade de fechamento com aproximação simples. o A incisão deve ser programada → em cunha ou elíptica quando realizadas respeitando as linhas de força auxiliam no fechamento com maior facilidade • As linhas de tensão são as que dirigem a incisão, permitindo o fechamento de pele com maior facilidade o Quando obedecemos temos uma maior flexibilidade da pele, tendo maior facilidade no fechamento dos defeitos ▪ Quando não conseguimos realizamos o retalho Retalhos cutâneos • Segmento de pele e subcutâneo com suprimento vascular próprio, que será removido de uma área (doadora) para outra (receptora), com a finalidade de preencher uma ferida cirúrgica • Possuem pedículo vasculares (na maior das vezes) que o comunica com a área doadora e garantirá aporte sanguíneo o A gente tem uma exceção para os retalhos microcirúrgicos livres são feitos com a anastomose • Podem ser realizadas imediatamente no momento do ato cirúrgico ou até 7 dias após • Macrocirculação da pele o Artérias regionais ou segmentares (principais) • Microcirculação → plexos vasculares • As comunicações se comunicam pelas artérias musculares penetrantes Todos com base em vascularização específica • Princípios da rotação do retalho o Mobilidade o Boa vascularização o Não haver piora do dano estético (fechamento da área doadora não pode ser pior que o dando de manter a área lesada aberta) o Exérese completa da lesão → lesões tumorais que podem levar a outras cirúrgicas isso não vai ser feito CLASSIFICAÇÃO DOS RETALHOS CUTÂNEOS: FORMA • Plano → mais frequente, pegando uma pele, tecido subcutâneo e músculo e transferimos para a área receptora • Duplo revestimento → tem tecidos dos dois lados, enxertos de mamilo. • Pré-moldados → orelha, lóbulos de orelha → tiramos de uma região e transferimos COMPOSIÇÃO • Composição → Diretamente relacionada a profundidade de tecido transporto • Cutâneo randomizado → tira só pele e porção parcial do subcutâneo, sendo que a micro vasculatura será responsável por manter o retalho latente • Cutâneo axial → aprofunda para uma região maior, pegando as pequenas artérias (logo depois das perfurantes) • Fasciocutâneo → pega as porções finais da perfurante • Musculocutâneo → pega os grandes territórios arteriais inervados. Grandes artérias → anatomia da artéria vai servir de referência para a revascularização sanguínea MÉTODOS DE MOBILIZAÇÃO Pediculado: • Retalhos que se movimentam com um pedículo com ponto fixo → rotar ou transpor diretamente. • Quanto mais ampla a mobilização, menor o comprimento do retalho • Deformidade cutânea leve em pedículo • Tipos: o Rotação ▪ Pediculados com formação curvilínea ▪ Adjacentes a defeitos triangulares ▪ Base larga: boa vascularização o Transposição: ▪ Retalhos com fechamento linear da área doadora ▪ A base do retalho é contigua a do defeito ▪ Tipos • Rombóides → losango e transpõem a região da pele lateralmente • Bilobado → lesões circulares • Zetaplastia → retalho romboide duplo, transposição dos tecidos em dois. Muito usada em ferimentos em grandes queimados para realizar a liberação da pele o Interpolado → pula uma área sem defeito ▪ Sutura com pele por baixo ▪ Cirurgia em dois tempos ▪ Tira um setor da parte da fronte, dobra pra baixo para fazer a reconstrução o ilhado → entra por baixo do tecido. São feitos para defeitos mais distantes. ▪ Pode ser por pivotação ou por avanço ▪ Pedículo é do tecido subcutâneo • Avanço: unipediculados, Vy e bipediculados o Deslizamento direto, tendo que ocorrer em locais que a pele é maleável, sendo que o pedículo vai junto o Avanço simples → faz dissecção de uma área e puxa ela pra frente o Unipediculado: o Bipediculado → cobertura de grandes defeitos de defeito couro cabeludo e para cobertura de palpábra bilateral o Retalho em VY → falhas triangulares. Usado para reconstrução de extremidades, polpas digitais • Dobradiça → pouco utilizado, de subcutâneo. o Retalho é dissecado do subcutâneo e rebatido como um livro o Superfície epitelial é virada para baixo para construir um forro de um defeito o A face subcutânea é recoberta por outro retalho o enxerto SUPRIMENTO SANGUÍNEO • O retalho pode ser vascularizado de várias formar • Randomizado → só aproxima, confia na microvascularização para fazer o suprimento sanguíneo (retalhos pequenos) • Axial → retalhos maiores, compostos de pele e subcutâneo, e vai ser vascularizado por territórios de grandes artérias, tendo que corresponder ao trajeto de vaso sanguíneo principal Outras opções • Enxertos de pele → retirada completa do tecido para transposição em outra área o Precisa que a área doadora tenha vascularização suficiente para neovascularização o tecido de pele (leito de granulação) e precisa que não haja contaminação o Normalmente são feitos depois da formação do defeito, podemos fazer direto, porém tem que ter certeza da boa vascularização da área o Tipos: ▪ Pele total: epiderme+derme ▪ Pele parcial: preservação de derme na área doadora ▪ Compostos: epiderme + derma + subcutâneo/cartilagem ▪ Autoencherto: doador e receptor são os mesmos ▪ Homo ou aloenxerto: doador e receptores diferentes ▪ Xenoenxerto: espécies diferentes Fechamento por segunda intenção • Processo de reparação tecidual o Inflamação: 0-3 dias ▪ Alteração da permeabilidade vascular ▪ Deposição de fibrina ▪ Exsudação→ deve ser seroso, fase mais secretiva ▪ Edema o Debridamento: 1-6 dias ▪ Proliferação de polimorfonucleares ▪ Atividade de linfócitos e macrófagos o Proliferação: 3-14 dias ▪ Angiogênese → fase ideal para o enxerto ▪ Fibrinólise ▪ Proliferação de fibroblastos ▪ Granulação ▪ Síntese de colágeno ▪ Migração epitelial → bem lento o Maturação: 14 dias à anos ▪ Involução de capilares ▪ Aumento de depósito de colágeno ▪ Retração cicatricial → sem tempo determinado, lento e inicia a partir de 14 dias, muitos fatores (por isso podemos indicar o enxerto)
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