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Resumo Corynebacterium

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Microbiologia Veterinária I 
Gênero Corynebacterium 
Características Gerais 
- Gram-positivas 
- Pleomórficas, pequenas 
- Em formas cocóides, de clavas ou bacilos 
(morfologia corineforme) 
- Em esfregaços corados: Isoladas, em paliçadas 
de células paralelas e em grupos angulares 
semelhantes a letras chinesas 
- Catalase-positiva 
- Oxidase-negativa 
- Não-formadora de esporos 
- Anaeróbia facultativa 
- Requer meios enriquecidos para crescimento 
- Corinebactérias patogênicas são imóveis 
Habitat usual 
- Maioria: comensal em membranas mucosas 
- Corynebacterium pseudotuberculosis: pode 
sobreviver por meses no meio ambiente. 
Diferenciação de Corinebactérias 
Características coloniais: 
↳Corynebacterium bovis: é uma bactéria lipofílica 
que, em placas inoculadas com uma amostra de 
leite bovino, produz colônias pequenas, brancas, 
secas e não-hemolíticas; 
↳Corynebacterium kutscheri: produz colônias 
esbranquiçadas; ocasionalmente, isolados são 
hemolíticos; 
↳Corynebacterium pseudotuberculosis: tem 
colônias pequenas, esbranquiçadas, rodeadas por 
zona estreita de hemólise completa, que pode 
não ser evidente por até 72 horas; após vários 
dias, as colônias tornam-se secas, friáveis e de cor 
creme; 
↳ Membros do grupo C. renale: produzem 
colônias pequenas, não-hemolíticas após 
incubação por 24 horas; produção de pigmento 
após incubação por 48 horas é uma das 
características para diferenciação das três 
espécies no grupo. 
Reações Bioquímicas: 
↳C. pseudotuberculosis de ovino/caprino não são 
capazes de reduzir nitratos 
↳C.. pseudotuberculosis de eqüino/bovino 
reduzem nitratos 
- Diferenciação dos membros do grupo C. renale: 
 
- Urease é produzida por todas as corinebactérias 
patogênicas, com exceção de C. bovis. 
Acentuação do teste de hemólise: 
- A hemólise produzida por C. pseudotuberculosis 
é acentuada quando microrganismos são 
inoculados cruzando uma linha de semeadura 
(estria) de Rhodococcus equi 
Patogênese e Patogenicidade 
- Maioria: patógena oportunista 
- São microrganismos piogênicos que causam 
grande variedade de condições supurativas em 
animais domésticos (Com exceção de C. bovis). 
↳ Corynebacterium bovis: Encontrado no canal do 
teto em mais de 20% das vacas de leite 
aparentemente sadias, provoca resposta 
neutrofílica moderada. 
- Tem sido sugerido que essa resposta pode 
proteger a glândula mamária contra invasão por 
muitos patógenos virulentos (Pociecha, 1989). 
↳ Corynebacterium pseudotuberculosis: 
Patógeno intracelular facultativo 
- Capaz de sobreviver e de multiplicar-se em 
fagócitos. 
- A virulência desse patógeno está ligada aos 
lipídeos de sua parede celular e à produção de 
uma exotoxina, a fosfolipase D (PLD). 
Fosfolipase D (PLD) → Hidrolisa esfingomielina na 
membrana das células mamárias → Liberando 
colina. 
- Nos estágios iniciais de infecção, PLD pode 
aumentar a sobrevivência e a multiplicação de C. 
pseudotuberculosis no hospedeiro. 
↳ Corynebacterium ulcerans e C. 
pseudotuberculosis: Podem produzir toxina 
diftérica quando lisogenizados pelo beta-
corinefago que possui o gene tox. 
- Sua presença no leite in natura de vacas 
infectadas com C. ulcerans pode ter implicações 
em saúde pública 
↳ C. renale: Patógenos do trato urinário 
- Causam cistite e pielonefrite em bovinos. 
- Produzem urease e hidrolisam a uréia. 
- Membros do grupo C. renale possuem fímbrias 
que permitem ligação com a mucosa urogenital. 
- Pequenos traumas na pele podem permitir a 
entrada de C. kutscheri e de C. 
pseudotuberculosis, considerando-se que os 
patógenos do trato urinário se beneficiam com a 
diminuição das defesas imunológicas ou com 
lesão tecidual local após o parto. 
Procedimentos Diagnósticos 
- As espécies de animais afetados e os sinais 
clínicos podem sugerir um diagnóstico específico. 
- Espécimes adequados para exame laboratorial 
incluem: Pus, exsudato, amostras de tecidos 
afetados e urina. 
- Exame microscópico direto de esfregaços 
corados pela técnica de Gram de espécimes 
podem revelar microrganismos corineformes 
- Meios de cultura para uso na rotina incluem 
ágar-sangue seletivo e ágar MacConkey. 
Placas inoculadas são incubadas aerobiamente a 
37°C por 24 a 48 horas. 
Critérios para a identificação dos isolados: 
- Características coloniais; 
- Presença ou ausência de hemólise; 
- Requerimentos de incubação em aerobiose ou 
anaerobiose; 
- Ausência de crescimento em ágar MacConkey; 
- Pleomorfismo corineforme típico em 
esfregaços das culturas corados pela técnica de 
Gram 
- Resultados dos testes bioquímicos convencionais 
ou comercialmente disponíveis; 
- Testes específicos para diferenciar membros do 
grupo C. renale 
- Teste da intensificação da hemólise para C. 
pseudotuberculosis. 
Infecção Clínica 
↳ Linfadenite Caseosa 
- Causada por C. pseudotuberculosis biotipo não-
redutor de nitrato 
- Condição supurativa crônica de ovinos, de 
caprinos e, raramente, de bovinos. 
- As infecções resultam em abscessos e em 
aumento de linfonodos internos e superficiais. 
- Período de incubação: cerca de 3 meses. 
- Caquexia pode ser evidente em animais 
afetados, e as doenças resultam invariavelmente 
em condenação da carcaça e desvalorização do 
couro. Pneumonia também pode estar presente. 
-Disseminação: por meio do pus pela ruptura de 
abscessos e por meio de secreção nasal e oral. 
- O microrganismo pode sobreviver no meio 
ambiente por vários meses. 
- Os ovinos infectam-se pela contaminação de 
feridas decorrentes de tosquia, por picadas de 
artrópodes ou por banhos de imersão 
contaminados. 
- Os linfonodos afetados ficam aumentados e 
exibem abscessos encapsulados característicos 
que, ao corte, se parecem com “anéis de cebola”. 
- O material dos abscessos é caseoso, inicialmente 
esverdeado e, mais tarde, uma massa com 
coloração amarelada. 
- A disseminação hematógena pode levar à 
formação de abscessos nos linfonodos internos, 
sem lesão superficial óbvia. 
- A forma visceral da doença pode não ser 
detectável antes da morte. 
- Os caprinos geralmente desenvolvem forma 
superficial da doença, com abscessos 
subcutâneos na região da cabeça e do pescoço. 
 Diagnóstico: 
 - Pode-se suspeitar da doença no exame clínico 
ou no exame post-mortem. 
- Esfregaços de lesões podem revelar bactérias 
corineformes Grampositivas. 
- Isolamento e identificação de C. 
pseudotuberculosis do material de abscessos é 
confirmativo. 
- Um teste ELISA sandwich, que detecta 
anticorpos circulantes direcionados contra a 
exotoxina (PLD), tem sido desenvolvido para 
identificação de ovinos infectados (Schreuder et 
al., 1994). 
Tratamento: 
- Pela natureza crônica das lesões e pela 
capacidade do microrganismo em sobreviver 
intracelularmente, a terapia geralmente é ineficaz. 
↳ Linfangite Ulcerativa 
- Corynebacterium pseudotuberculosis, biotipo 
redutor de nitrato 
- Equinos e bovinos. 
- Contaminação: Por meio de feridas na pele, por 
picadas de artrópodes ou por contato com arreios 
contaminados. 
- A doença apresenta-se como linfangite na parte 
inferior dos membros ou como abscessos na 
região peitoral. 
- O início da linfangite é lento, e a doença 
geralmente torna-se crônica. 
- Os vasos linfáticos afetados ficam inchados e 
firmes, e nódulos se formam ao longo deles. 
- Edema desenvolve-se nos membros afetados, 
e nódulos ulcerativos exsudam um pus espesso, 
sem odor, esverdeado e tingido de sangue. 
- O diagnóstico é fundamentado no isolamento e 
na identificação de C. pseudotuberculosis das 
lesões, visto que a linfangite também pode ser 
resultado de infecções com outras bactérias 
piogênicas. 
- A terapia antibiótica sistêmica pode ser 
combinada com tratamento tópico com anti-
séptico iodóforo. 
- Os animais afetados devem ser isolados, e as 
áreas contaminadas, desinfetadas. 
↳ Pielonefrite bovina 
- Microrganismos pertencentes ao grupo C. 
renale podem ser isolados da vulva, da vagina e 
do prepúcio de bovinos aparentemente normais.- O estresse do parto e a uretra curta na vaca 
predispõem à infecção do trato urinário. 
- A forma mais grave está associada a C. cystitidis. 
- Infecção ascendente da bexiga ao longo dos 
ureteres pode resultar em pielonefrite. 
- Sinais clínicos: febre, anorexia e diminuição da 
produção de leite. Inquietação e chutes no 
abdome podem indicar dor renal. Disúria, dorso 
arqueado e urina com sangue estão 
invariavelmente presentes. 
- Infecções de longa duração levam a uma 
extensiva lesão renal. 
Diagnóstico: 
- Sinais clínicos podem sugerir doença no trato 
urinário. 
- Ureteres espessados e rins alargados podem ser 
detectados por palpação retal. A doença é 
frequentemente unilateral. 
- Hemácias estão presentes na urina. 
- Cultura de C. renale de depósitos urinários, em 
associação a sinais clínicos característicos, é 
confirmatória. 
Tratamento: 
- Terapia antibiótica, baseada no teste de 
suscetibilidade a antimicrobianos 
- Como a penicilina é excretada na urina, 
tratamento com esse antibiótico é 
particularmente eficaz para isolados suscetíveis. 
↳ Balanopostite Ulcerativa (enzoótica) 
- Causada por C. renale 
- Podridão do pênis 
- Particularmente comum em ovinos da raça 
merino e em caprinos da raça angorá 
- Ulcerações ao redor do orifício prepucial, com 
o desenvolvimento de uma crosta de cor marrom 
sobre as lesões. Lesões semelhantes algumas 
vezes ocorrem na vulva de ovelhas. 
- A bactéria pode hidrolisar uréia em amônia, o 
que causa irritação e ulceração na mucosa. 
- Predisposição: alta taxa de uréia na urina, 
conseqüência da alta ingestão de proteína e 
animais que se alimentam em pastagens 
contendo altas taxas de estrógenos. Ovinos 
castrados são mais freqüentemente afetados do 
que os carneiros. Uma cobertura abundante de lã 
ou a presença de pêlos ao redor do prepúcio. 
 
 
Referência Bibliográfica: Microbiologia Veterinária e Doenças Infecciosas. P. J. QUINN, et al., 2005. 
 
Feito por: Ana Thays dos Santos da Silva

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