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P4 - Fisiologia Cardíaca Fisiologia Cardíaca Bulhas: • B1: Fechamento da válvula mitral e tricúspide. • B2: Fechamento da válvula pulmonar e aórtica. • B3: ouve o sangue batendo na parede do ventrículo. Pode ser ouvido em jovens e atletas não sendo patológico nessa situação. • B4: é patológico sempre. Sístole: • Ventrículo cheio, maior volume: começa a sístole: contração muscular (sangue vai para o corpo e para o pulmão). • Como está cheio de sangue contrai a fim de jogar esse sangue fora. Sangue bate contra todas as válvulas. o Sístole ↦ Quais estão fechadas e devem abrir: Pulmonar e Aórtica, sangue sai por elas. o Quais válvulas estão fechadas e não podem abrir: Válvula Mitral e Tricúspide. Devem estar fechadas para o sangue não voltar. • Pressão de 5 mmHg: fechamento da mitral • Como está contraindo cada vez mais a pressão vai aumentando, ao atingir 80mmHg abre a válvula aórtica, para o sangue sair por ai. • 80 mmHg pois a pressão normal é 120:80mmHg, o 80 vem da abertura da válvula aórtica • Evolui do 80 até 120mmHg não há mais sangue para sair, contraiu o máximo possível, descendo para 80mmHg (aórtica fecha). • 80mmHg: limite para abertura e fechamento da válvula aórtica (se a pressão cai para menos de 80 a válvula irá se fechar). Bulha 1: • Contração isovolumétrica: nenhuma válvula está aberta; fechada a mitral e a válvula aórtica ainda não abriu. o Pressão no ventrículo aumentando, de 5 para 80mmHg. • Fase de ejeção ventricular: passou 80mmHg. Abriu a válvula aortica e pulmonar. Aqui tem duas fases: 1. Fase de ejeção rápida (1ª saída de sangue ao abrir a válvula ↦ maior parte do sangue do átrio desce) seguida de uma ejeção lenta 2. Ejeção lenta (quando a pressão foi do 80 para o 120 e já está decaindo, decai por não ter mais sangue para sair - contraiu o máximo possível). • Desce para80mmHg: fecha aórtica (ela colaba). • Na raiz da valva, dentro da aorta tem os dois óstios das coronárias. o Quando o sangue é jogado pela válvula aórtica, logo diminui-se a pressão e um pouco de sangue volta (regurgita), encontra a válvula fechada e perfunde as coronárias, para que o sangue arterial chegue para o próprio coração. Bulha 2: • Relaxamento isovolumétrico: Fechou a válvula aórtica e tem se a segunda bulha o Recém fechou válvula aórtica ↦ Pressão de 80mmHg. Essa pressão vai caindo, ao chegar em 5mmHg ↦ abre-se a válvula mitral e o sangue presente no átrio cai. 1 P4 - Fisiologia Cardíaca • Se o coração é muito grande (crianças e atletas), pode ter muito sangue no átrio e ele cai em peso, causando a bulha 3. Nessa caso a B3 não é patológica. o Se o barulho for do sangue batendo contra uma parede hipertrofiada ↦ é patológico. o Como os atletas têm o coração grande, sua FC é mais baixa (em torno de 50 - 60bpm). Como a cada batida ejeta muito sangue, não precisa de tantas batidas. • 20% do sangue sempre fica dentro do coração (Volume residual/ remanescente) • Enchimento ventricular rápido e lento, sempre que envia ou que enche tem duas fases. o A primeira fase é rápida: maior parte do sangue do átrio cai quando a mitral abre. o A segunda é lenta: mitral continua aberta e o sangue do pulmão (oxigenado), passa pelo átrio, e cai direto no ventrículo. Átrio está funcionando somente como um canal condutor, não contrai, sem movimento ativo. • Evento final da diástole: quando o átrio contrai para ejetar o resto de sangue existente. o Se o sangue bater contra a parede de um ventrículo hipetófico ↦ B4 que é patológica. o É mais comum ter hipertrofia de VE do que de VD Quando as válvulas são incompetentes: • Estenose: a válvula não abre como deveria. • Insuficiência: a válvula não fecha quando deveria fechar, assim, deixa o sangue voltar. Válvula frouxa/ insuficiente. 2 2 2 P4 - Fisiologia Cardíaca Curva de Pressão e Volume no Ciclo Cardíaco: • Ponto A: o Contração isovolumétrica (volume não muda) com pressão aumentando dentro do ventrículo. Pressão sobe de 5mmHg até 80mmHg. Chegou a 80mmHg fechamento da válvula mitral (válvula aórtica ainda fechada). • Ponto B: o Quando chega em 80mmHg abre a válvula aórtica e mitral está fechada. o Válvula aórtica se abre, joga sangue para o corpo, diminui o volume dentro do ventrículo. Tem a fase de ejeção rápida e lenta. o Na fase rápida ainda está fazendo força e a pressão continua aumentando de 80 para 120mmHg. o No final, quando quase não se tem mais sangue dentro do ventrículo “última contração” ↦ pressão começa a cair. • Ponto C: o Pressão começa a cair, fechamento da válvula aórtica. A pressão vai descendo a partir de 80mmHg, a mitral ainda esta fechada. Fase de relaxamento isovolumétrico. Acabou a sístole e vai começar a diástole. • Ponto D: o Pressão chegou em 5mmHg ↦ abre válvula mitral: enchimento do ventrículo. • Pressão de pulso: PAS – PAD diferença da pressão sistólica e diástolica. o Diferença é muito pequena (quase a zero): estase, quase parado. A bomba está falhando, pouco sangue saindo. o Se é muito grande: preditor de problema cardíaco grave. tem chance de trombos, lesão de artéria (aterosclerose). o Ex.: 120 - 80 = 40 • Volume Sistólico Final = O que sobra de sangue no final da sístole (Volume Mínimo ↦ sobrinha). Volume que sobrou após contrair o máximo possível. Ex.: 45. Gralmente, em torno de 20%. • Volume Diastólico Final = Volume no final da diástole, com o coração o mais cheio possível. Ex.: 115 • Volume Sistólico = Volume diastólico final – Volume sistólico final o Volume sistólico (o que saiu) é o que foi ejetado em cada ciclo, quanto de sangue saiu e foi para o corpo. o 115 – 45 = 70 ml. Saiu 70mL para o corpo. 3 P4 - Fisiologia Cardíaca • Fração de ejeção do VE = Volume Sistólico dividido pelo Volume Diastólico Final o 70/115 = 0,60 ↦ 60% o Com a fração de ejeção descobre-se a função sistólica (saber e conferir porcentagens). o Também calcula-se pela regra do Cubo. Regra do Cubo no Ecocardiograma: • Ve-se as paredes do Ventrículo contraídas e relaxadas. 1. Mais cheio = VDF (Maior quantidade de sangue, coração cheio) o Como é esférico calcula-se diâmetro ao cubo. o V esfera = 4.Pi.R3 / 3 2. Mais vazio = VSF (Quanto de sangue sobrou dentro do V após a contração) • Fração de ejeção ↦ FE = VS/ VDF (o que saiu de sangue sobre o total que eu tinha) • U = R x i equivale a: delta P (diferença de pressão) = Resistência periférica x débito cardíaco. o Quanto mais diferença de potencial mais flui. • Diferença de pressão = resistência periférica x DC • Débito cardíaco = VS x FC o DC: quanto de sangue está passando, sangue fluindo • Quanto maior a área do vaso, menor resistência, mais fácil de fluir. • Vasodilatação: aumento da área, diminui a resistência. Resistência periférica: R = 8. N. L / PI . R4 • N = Viscosidade do fluído, sangue, característica do material que passa dentro do vaso. • L = Comprimento do vaso. • Área de secção reta transversal ↦ Ex.: vasocontrição ↦ diminui A ↦ Aumenta R ↦ Aumenta PA o Vasodilatação: aumenta A ↦ diminui R ↦ diminui PA ↦ Síndrome Vasovagal por vasodilatação (Ex.: ficar muito tempo no sol) 4 P4 - Fisiologia Cardíaca • Dois tubos, um com o dobro do raio do outro. Raio maior, menor R ↦ 16 vezes menos R (cuidar que R é inversamente proporcional a r4) • Vasos com mesmo diâmetro, mas pressões diferentes. Vaso A numa ponta tem 120 e na outra 100 mmHg, e no B: 64 e 24 mmHg. Qual terá mais fluxo? O que tiver mais diferença de pressão, nesse caso o tubo B. o Mais diferença de pressão, mais fluxo. Resistência no Leito Vascular do Pulmão: • Onde o fluxo é mais fácil na aorta ou nos capilares do pulmão? Nos capilares do pulmão, porque tem milhares de arteríolas, logo a área é muito maior. • 1 aorta calibrosa, mas que se divide em milhares de arteríolas. • Na aorta há mais resistência do que nos capilares do pulmão Um gráfico de Pressão, outro de Volume: No gráficoda Pressão: • Ponto onde aumenta muito a pressão dentro do ventrículo: sístole (coração contraindo, aumenta a pressão). Nos dois gráficos juntos: • Um pedaço onde a P aumenta e o V constante: isovolumétrico. Como é aumento da Pressão (sístole) ↦ Contração Isovolumétrica. • Contração Isovolumétrica vai até o momento que abre a válvula, onde reduz o V de sangue no ventrículo ↦ abertura da válvula aórtica. • Pressão aumenta de 80 para 120 e depois decai até os 80mmHg. Pressão Caindo: • Fechamento da aórtica em 80mmHg. / Abertura da mitral em 5mmHg, 5 P4 - Fisiologia Cardíaca • 80mmHg = fecha aórtica (enche as coronárias). Ao diminuir a pressão o sangue começa a regurgitar, quando bate na válvula e a fecha, bate nas paredes, as distendendo levemente e aumentando um pouco a pressão na aorta. No momento que fecha a válvula aórtica é chamado de nó dicróico (vê na linha da pressão na aorta). • 5mmHg = abre mitral. o A pressão estará baixa, pois começou a diástole, está relaxando. o No final da diastóle ocorre uma contração/ sístole atrial para jogar um resto de sangue para o ventrículo (ponto a do gráfico). • Começa o ciclo de novo, uma nova sístole. Resumindo: • Pressão aumenta e o volume é constante: contração isovolumétrica (deixa de ser isovolumétrica quando abre a válvula, volume começa a diminuir). • Volume constante e pressão diminuindo: relaxamento isovolumétrico (desse ponto para frente começa a diástole). • Obs.: valva AV: AtrioVentricular ↦ mitral e tricúspide o Semilunares ↦ pulmonar e aórtica Ausculta na estenose e insuficiência valvar: Sístole: • Final da contração isovolumétrica: abre válvula aórtica e pulmonar, e tem que ficar fechada mitral e tricúspide. Problemas na Sístole: • Válvula aórtica ou pulmonar endurecidas ↦ Estenose aórtica ou estenose pulmonar: deveria abrir mas não abrem • Quem deveria estar fechada, mas está frouxa: mitral e tricúspide ↦ Insuficência mitral e tricúspide • Barulhos na sístole entre B1 e B2 ↦ sopro sistólico por um dos problemas supracitados. Diástole: • Final do relaxamento isovolumétrico: abertura de mitral e tricúspide, não pode abrir aórtica e pulmonar. Problemas na Diástole: • Estenose mitral e tricúspide: deveria abrir, e não abre • Insuficiência aórtica e insuficiência pulmonar. • Barulho depois de B2 ↦ sopro diastólico 6 P4 - Fisiologia Cardíaca Mecanismo de Frank - Starling: • Energia potencial elástica. Nos sarcômeros (com actina e miosina) • Distenção proporcional a força de contração. • Distende (puxa) pouco ↦ devolve pouco. / Quem puxa muito: devolve muito. • Sarcômeros com actina e miosina começam a se distender, se puxa pouco eles voltam pouco e se puxa muito podem romper as fibras, deixando-as frouxas (por ex.: sobrecarga de sangue no coração). o Enche coração demais, rompe fibras, fica com o coração cada vez mais fraco, apresentando problemas na fração de ejeção. Contração: Entra Cálcio • Entra o cálcio que abre os sitios para contração de actina e miosina. • Onde gasta mais energia? Para tirar o cálcio e permitir relaxamento. o Então se falta energia, dificuldade de retirar o cálcio da contração muscular ↦ fica contraído (rigor mortis). • Principal íon envolvido na contração: Cálcio. • Junto com a exposição dos sítios há varias moléculas de troponina. Em um infarto, isquemia, dano muscular libera-se muita TROPONINA que é liberada na degeneração dos músculos. • Medida da troponina ↦ representa a destruição da musculatura cardíaca o Suspeita de AVC: 1º exame a pedir é dosagem de troponina. Forças de Starling: • Pressão hidrostática: força da água para sair fora de onde está ↦ puxa para FORA. • Pressão oncótica ou osmótica: devido a muito sal e proteínas trazendo o líquido para o interstício. Trazer a água para seu espaço, para si ↦ puxa para DENTRO. • Filtração: sair do vaso e ir para o interstício (tecido). • Reabsorção: do interstício (tecido) para o vaso. Arterial: • Na imagem Ph dentro do vaso = 3 e Po no interstício (fora do vaso) = 7. Saldo de 10mmHg indo para o interstício (filtrando). o E sair muito e ir para o interstício há risco de edema. Venoso: • Saldo total é 7mmHg para dentro do vaso. Logo, filtrou 10 e reabsorveu 7. Para onde foi os 3mmHg? Via linfática (a fim de evitar edema). 7 P4 - Fisiologia Cardíaca Estenose mitral: • Sangue que deveria sair do AD, para o VD não consegue fluir, ocorrendo no pulmão um aumento da pressão hidrostática no vaso ↦ sai mais água do vaso para o interstício pulmonar ↦ gerando edema pulmonar Estenose tricúspide: • Edema nos membros inferiores (aumento de pressão hidrostática nos MMII ↦ extravasamento de líquido). o Tricúspide não abre o suficiente: sangue fica engarrafado no átrio, pelas veias cavas, sangue vai até os MMII. Potencial de ação: Gera ondas do ECG • Célula naturalmente é negativa. Potencial de -90mV. • Em um estímulo: Entra sódio que é positivo, tirando o teor negativo, despolariza até chegar em +10mV. • No +10mV ocorre abertura dos canais de potássio, o qual é positivo e agora está saindo da célula, diminuindo positivo até 0. • Em 0 abre os canais de cálcio. • Equilíbrio.: sódio (positivo) entrando e cálcio (também positivo) saindo. • Fechamento dos canais de cálcio e potássio continua a sair ↦ repolarização. • Ou seja, há uma despolarização rápida, pelos canais de sódio, depois fica um tempo os canais de sódio e potássio abertos e mais tarde uma repolarização. • No lado há outra célula fazendo o mesmo, abre canais de sódio ENTRE as células, chamados de GAP junctions. • Entre as células abrem canais de sódio por meio das GAP junctions, assim a carga positiva vai passando de célula para célula. Isso é chamando vetor elétrico. • Esse movimento de carga elétrica nos tecidos que vai dar os riscos do ECG. o Cargas correndo pelo tecido, o amperímetro marca 8 P4 - Fisiologia Cardíaca Eletrocardiograma: • Nó sinoatrial ↦ células vão despolarizando células ↦ até chegar no nó atrio ventricular (grupo de células muito lentas e fracas, a corrente elétrica chega e passa em câmera lenta, então o amperímetro não lê nada). • O septo fibroso entre o átrio e ventrículo é um isolante elétrico, assim, o único ponto onde da para passar é o nó atrio-ventricular. • Primeiro movimento de cargas - mov. elétrico (nó sinoatrial para nó átrio-ventricular): o Onda P: despolarização do átrio. o O evento muscular é posterior ao evento elétrico. Dessa forma, onda P é a despolarização do átrio e só após a despolarização que vai ocorrer a contração. • Segundo movimento: sem sinal elétrico, é a passagem das cargas pelo nó atrio-ventricular. • Terceiro movimento (feixe de Hiss): despolarização do ventrículo, chamado de complexo QRS. o Complexo QRS: despolarização de toda musculatura do ventrículo. o Onda Q é a despolarização do septo, onda R é da porção muscular e onda S é da porção final do ventrículo. • Segmento ST: final da despolarização (final da sístole), músculo está contraído e ainda não relaxou. • Onda T: relaxamento ↦ repolarização. 9
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