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METODOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITO

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AULA 10/03/2021 - MÉTODOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLTO
Aula anterior: histórico da arbitragem: importante para entender o porque a arbitragem agora está dando certo. 
Após esses marcos que se conseguiu segurança jurídica. 
MARCO LEGISLATIVO – Lei n. 9.307/96
Outro marco é a lei n. 13.129/15 trouxe algumas alterações na Lei de Arbitragem.
Essa lei (9307), trouxe a possibilidade da convenção de arbitragem (que é gênero que decorre duas espécies: clausula compromissória – celebra um contrato que contem uma clausula que é a junção daqueles conflitos; compromisso arbitral – litigio já ocorreu, e as partes pela deliberação de autonomia resolvem solucionar o conflito por arbitragem. 
Efeito vinculante da clausula compromissória: é um efeito de caráter obrigatório entre as partes. Se uma quiser, a outra obrigatoriamente vai, pois ouve concordância. 
Clausula arbitral compromissória – OBRIGATÓRIO SOLUCIONAL POR VIA ARBITRAL: caso propuser uma ação em contrato com clausula compromissória, a outra parte pode alegar em cede de contestação, que declarará extinto sem resolução de mérito, remetendo ao juízo arbitral. Caso não alegue na contestação, haverá preclusão. 
Att. Não se fala e compromisso arbitral porque o conflito já ocorreu e as partes já resolveram. 
A Lei de Arbitragem, trouxe os mesmos efeitos da sentença estatal: 
· Não precisa de homologação;
· Faz coisa julgada, tanto formal, como material; caso haja situação, faz por ação anulatória, pois dependendo do motivo da anulação, ela volta para arbitragem. E se o judiciário decidir que não pode ser solucionada pelo juízo arbitral? Haverá uma sentença, anulando todo procedimento, e obrigando um processo judicial. 
· NÃO HÁ DUPLA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇAS ARBITRAIS ESTRANGEIRAS: atualmente ela só acontece uma única vez, é homologada direto. 
MARCO JURISPRUDENCIAL – Declaração de Constitucionalidade pelo STF em 2001
ALTERAÇÕES PROPORCIONADAS PELA LEI 13.129/2015
Nas situações de interesse público/administração pública, pode ir para a arbitragem?
Direitos indisponíveis EM REGRA não pode ser solucionado pela arbitragem. 
· A administração pública direta e indireta pode ser parte nos procedimentos arbitrais. Desde que seja direitos patrimoniais.
· Instituição da arbitragem interrompe a prescrição, retroagindo a data do requerimento de arbitragem: quando é considerada instituída? Quando os árbitros aceitam a sua nomeação. Se forem três árbitros, a data da instituição será da aceitação do terceiro arbitro. 
· Homologação de sentenças estrangeiras.
· Medidas cautelares e de urgência na arbitragem. 
· Carta arbitral;
· Revogou o Art. 25, que falava sobre a suspensão da arbitragem quando tivesse questão prejudicial de direitos disponíveis. OU seja, se uma das partes arguiu que o objeto do litigio era indisponível, suspendia a arbitragem e mandava para o judiciário, Quem decide agora é o árbitro. – princípio da competência, competência. 
CONSOLIDAÇÃO DA ARBITRAGEM: ENTRE A LEI 9307, CPC/15 E AS ALTERAÇÕES PROPORCIONADAS PELA LEI 13.129/2015
· Desnecessidade de homologação.
· Equiparação dos efeitos da sentença de juiz togado. 
· Efeito vinculante da clausula compromissória.
· Competencia absoluta do árbitro – Principio da Competência competência.
EVOLUÇÃO DA LEGISLATIVA NO BRASIL 
Questionamentos:
A sentença arbitral não precisa ser homologada para se tornar titulo executivo. Ela já faz coisa julgada. 
DE SENTENÇA ARBITRAL NÃO CABE RECURSO. Ação anulatória não é recurso. 
Se houver contradição, obscuridade e omissão há possibilidade de embargos de declaração? Sim, existe. MAS NÃO É TIDO COMO RECURSO. 
O árbitro não tem poder coercitivo. 
NATUREZA JURÍDICA DA ARBITRAGEM
Antes da Lei 9307, sua natureza era meramente contratual. Não tinha poder de decisão, ainda tinha que homologar, então o arbitro não resolvia. 
Com a chegada da 9307, e a desnecessidade de homologação, como os efeitos, trouxe a característica JURISDICIONAL. Agora colocava fim ao processo, sendo definitiva.
Qual é o único poder que o arbitro não tem? Poder de império, e de coercibilidade. 
Se não ocorrer o cumprimento, a sentença será executada no poder judiciário.
A maioria da doutrina entende que a natureza jurídica da arbitragem é JURISDICIONAL. 
Há a teoria de que seria um caráter hibrido = parcela mínima da doutrina defende isso. 
PARA PENSAR: Se tem um contrato, ou seja, um caráter compromissório, não teria o contrato? – PARA FORMAR MASSA CRÍTICA. 
VANTAGENS DA ARBITRAGEM
· Celeridade;
· Escolha da lei aplicada ao caso concreto;
· Ausência de formalidades procedimentais (flexibilidade procedimental) – se estabelece datas, sendo flexível, as partes determinam);
· Especialização dos árbitros na área objeto do litigio – quando escolhe um árbitro, será especialista na matéria.
· Segurança de uma decisão correta.
· Em via de regra, é confidencial e sigilosa – tem menos probabilidade de trazer prejuízos. Vide: Petrobrás. = se atentar que não é obrigatório, somente um costume. O arbitro tem que atuar com sigilo, discrição 
· Irrecorribilidade da sentença
· Desnecessidade de homologação da sentença arbitral;
· Redução dos gastos públicos: quando se para de levar conflitos ao judiciário, tira a necessidade de contratar servidor público por volume de demandas judiciais. Quanto menos processos judiciais, mais reduz o gasto público. A administração pública direta pega esses valores e reverte para educação, moradias, etc. 
· Eficiência na tutela dos interesses públicos: na arbitragem o arbitro é especialista, tem celeridade, etc. 
· Redução de custos: a eficiência na resolução do conflito, faz com que pela celeridade, reduz os custos no sentido de tempo, desgaste, etc. 
A SENTEÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA É HOMOLOGADA PELO STJ. 
Quando as partes celebram uma clausula compromissória no contrato, e no momento de acioná-la uma delas não possui recurso para arcar com o procedimento arbitral, o que acontece? 
Possibilidade: 1. Propõe no judiciário, pede gratuidade da justiça e torce para que a outra parte não manifeste a cláusula. 2. Financiamento de procedimento de arbitragem.
Em um contrato de adesão, ou envolvendo consumo (direito do consumidor) – a parte deve anuir EXPRESSAMENTE sobre a cláusula compromissória, se tornando nula. 
17/03/2021 – AULA
Prof. Aluísio Miele
Vantagens da Arbitragem:
- Celeridade;				- Escolha da lei aplicada ao caso concreto;
- Ausência de formalidades procedimentais; 	- Especialização dos juízes na área objeto do litígio;
- Segurança de uma decisão “correta”;		- Confidençialidade/Sigilo;
- Irrecorribilidade da sentença arbitral; 	- Desnecessidade de homologação da sentença arbitral;
- Redução dos gastos públicos.
Elementos essenciais:
a) autonomia da vontade das partes; b) permite a escolha dos árbitros; c) flexibilidade do procedimento; d) escolha de lei aplicável; e) não interferência do poder judiciário; f) obediência à ordem pública e aos costumes (NÃO pode afrontar norma pública ou interesse público – seja durante o procedimento, na convenção ou na sentença).
Requisitos de admissibilidade da arbitragem
· Existência – Jurisdição privada, aceitação da nomeação pelo(s) árbitro(s) e convenção de arbitragem (gênero)
· Validade – capacidade e legitimidade (arbitrabilidade subjetiva), juízo competente em razão da matéria (arbitrabilidade objetiva) e árbitro ou tribunal arbitral sem impedimento e suspeição, bem como imparcial.
Espécies de arbitragem
AD HOC (Avulsa)					INSTITUCIONAL
As partes escolhem (naquilo que for cabível)	Aquela que ocorre dentro de 	uma 								instituição (comumente chamada de 								Câmaras de Arbitragem – 									regulamento próprio)
ÁRBITRO
Requisitos para ser Árbitro: Pessoa capaz + Confiança das partes
Obs1. Não precisa ter formação sequer em direito, mas é desejável que ao menos algum árbitro do tribunal arbitral tenha conhecimento jurídico. Por ex. Um tribunal de 3, 1 é advogado.
Obs2. Juiz não pode ser árbitro.
Como se torna árbitro?
Experiência ou conhecimento que gera confiança nas partes de que será capaz de dar a soluçãomais adequada (“correta, eficiente e justa”) para o litígio. Conhecimento da língua inglesa é fundamental.
(Buscar cômite de jovens arbitraristas)
Em regra, os processos arbitrais possuem tribunais compostos por três árbitros ou árbitros únicos – liberdade das partes para determinar o modo como serão escolhidos os árbitros (Art. 13, §3º, da Larb). SEMPRE em número impar.
Deveres, impedimento e suspeição
Deveres (art. 13, §6º, da Larb):
Competência (deve ter sido escolhido pelas partes ou instituição); imparcialidade (tratar as partes com isonomia); independência (não pode ter relação com as partes ou objeto do litígio); diligência (cumprir prazo – pode responder civilmente) e discrição (sigilo).
Obs3. DEVER DE REVELAÇÃO: dever de revelar fatos ou circunstâncias que possam abalar a confiança gerada nas partes. A ausência de revelação de um fato importante e notório que possa influenciar o julgamento do árbitro acaba por representar a violação do devido processo legal, pois a parte foi impedida de se defender adequadamente, já que não conhecia o fato, que, se fosse de seu conhecimento, teria podido objetar a indicação do aludido árbitro (art. 14, §1º, da Larb).
Impedimento ou suspensão:
A exceção deve ser apresentada diretamente ao árbitro ou ao presidente do tribunal arbitral NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE de se manifestar (art. 15).
Duas possibilidades: a) exceção rejeitada = prosseguimento do procedimento arbitral – possibilidade de propositura de ação anulatória; b) exceção acolhida (recusa do árbitro á nomeação; falecimento ou incapacidade relativa/absoluta) = substituição pelo suplente (se não houver suplente já determinado, as partes escolhem – não havendo acordo, o Judiciário irá escolher – deverá ser provocado) – Aplica-se a convenção de arbitragem ou o regulamento do Tribunal Arbitral (se assim estiver estipulado na convenção). No caso de ausência de estipulação e também ausência de concordância quanto à nomeação do árbitro, provocar-se-á o judiciário para nomeação, decisão que NÃO cabe recurso.
ARBITRABILIDADE
Art. 1º = arbitrabilidade (litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis)
§ 1º = arbitrabilidade objetiva (direitos patrimoniais disponíveis – art. 841, CC)
E arbitrabilidade subjetiva? Capacidade (ats. 1º e 5º do CC), pode haver representação ou assistência; entes despersonalizados.
AULA 24/03/2021
Subjetiva: quem pode ser parte no litígio
Objetiva: qual o conflito que pode ser resolvido pela arbitrabilidade. 
ARBITRABILIDADE SUBJETIVA
Capacidade (arts. 1º ao 5º, do Código Civil – quem pode ser parte. 
Quem pode ser representado ou assistido: maiores de 18 anos ou emancipados. 
Entes despersonalizados: massa falida, espólio, condomínio edilício. 
O Condominio pode ser parte? Desde que seja autorizado pelos condôminos. 
E a Massa falida e espílio? Desde que tenha autorização judicial.
ARBITRABILIDADE OBJETIVA 
Qual o conflito que pode ser arbitrado? Aquilo que tem valor. 
Patrimonialidade.
 IN disponibilidade
- Disponibilidade: o que pode alienar, renunciar, transacionar. 
- Quando pode ser constituído ou extinto por ato de vontade de seu titular.
Certos doutrinadores, entende que o direito a honra não é patrimonial e nem pode ser transacionado. Não pode assinar no contrato que abre mão da honra, assim como o de personalidade. É diferente quando tem afronta ao direito a honra e busca uma reparação diante a essa afronta.
SE busca uma indenização/dano moral, esse dano é valorável, e indisponível. 
Art. 841. C.C. 
A ÚNICA COISA QUE SE PODE ARBITRAR É DIREITO PATRIMONIAL. 
Via de regra, direito patrimonial disponível. 
Professor entende que a disponibilidade é totalmente dispensável. 
Ainda que envolva interesse público. Não pode ocorrer afronta. 
Qual conflito que pode ser arbitrado?
· Patrimonialidade: pecúnia e valoração;
· (IN)disponibilidade: disponibilidade; quando pode ser constituído ou extinto por ato de vontade do seu titular.
Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação. (Código Civil).
· Novas fronteiras da arbitrabilidade objetiva: com o tempo, mais e mais ramos do direito passam a ser vistos, pelo Poder judiciário e pela sociedade, como arbitráveis, porque passa-se a ter a visão de que os direitos destes ramos jurídicos podem ser transacionados. 
Convenção de arbitragem: pacto entre as partes, gênero que sai duas espécies. 
- Cláusula compromissória (clausula arbitral): assinada antes da existência do conflito.
Quanto ao conteúdo – o que deve ter:
I. Cláusula Cheia:
· Dizer o local onde será solucionado o conflito;
· Qual a lei que será aplicada – pode escolher aplicar a lei de outro país. 
· Dispor quem serão os árbitros, OU como serão escolhidos;
· Dispor como e quem vai pagar os honorários do arbitro ou dos árbitros (único ou um tribunal);
· Procedimento da arbitragem; 
· Confidencialidade;
· Determinação da sede e local;
· Prazo para sentença arbitral: se a cláusula não trouxer qual o prazo para se ter a sentença, o prazo será de 6 meses, SEMPRE. 
· Responsabilidades pelos pagamentos das despesas OU
· Referência às regras de uma instituição arbitral: arbitragem institucional – essas instituições já tem regra de valores, etc.
II. Cláusula vazia: não indica as regras e não estabelece a instituição arbitral ou mesmo como se dará a escolha dos árbitros, se faltar algum elemento dos requisitos mínimos, a cláusula será vazia. É aquele padrão: todos serão solucionados pela arbitragem.
Consequência: i. acordo entre as partes para escolha do árbitro (ou árbitros) ou da câmara de arbitragem; ii. Solução pelo judiciário. 
III. Clausula padrão:
IV. Cláusula padrão escalonada MED-ARB: qualquer controvérsia originária do/ou relacionada ao presente contrato, inclusive quanto à sua interpretação ou execução, será submetida obrigatoriamente à Mediação, administrada pelo Centro de Arbitragem, e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (“CAM-CCBC”), de acordo com seu roteiro e regimento de mediação, a ser coordenada por mediador participante da lista de mediadores do CAM-CCBC, indicado na forma das citadas normas. 
A controvérsia não resolvida pela mediação, conforme a cláusula de mediação acima, será definitivamente resolvida por arbitragem, administrada pelo mesmo CAM-CCBC, de acordo com seu regulamento, constituindo-se o tribunal arbitral de três árbitros, indicados na forma do citado regulamento. 
EFEITOS DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA
I – Autonomia: se o contrato for considerado nulo, a clausula não será! Deve ser discutido na arbitragem. E SE, na sentença arbitral foi reconhecida a nulidade, mesmo assim a clausula arbitral não será nula, se não vai ser nula a sentença. 
II – Obrigatoriedade e caráter vinculante (COMPETENCIA – COMPETÊNCIA), o próprio tribunal arbitral que irá solucionar essa questão referente ao litígio, É DO ARBITRO. 
Se alguém arguir o impedimento, e arbitro decidir que não é, o processo seguirá.
· Restrições:
- Relação de consumo: consumidor, fornecedor, produto e serviço. PARA SER FORNECEDOR DEVE TER HABITUALIDADE.
i. Contrato de Adesão: para o contrato ser válido, a cláusula compromissória deve estar em negrito, e deve ter uma rubrica ao lado dessa cláusula. CASO CONTRÁRIO, será nula a cláusula. 
Compromisso arbitral: já existe o conflito, não tem isso. 
ii. Direito do Consumidor (art. , VII, do CDC) – diz que não pode ter clausula de arbitragem, que seja COMPULSÓRIA. 
Presume-se que a clausula é nula, pela hipossuficiência.
O mais correto quando tem a cláusula, é que busque a concordância com o consumidor, para que não seja nula. 
Compromisso arbitral: já existe o conflito, não tem isso. 
Próxima aula: 
Compromisso arbitral
07/04/2021
PROVA: 19/05
Continuação...
Restrições de cláusula compromissória: Contrato de adesão e direito do consumidor (art. 51, VII, do CDC).
Obs1. Ausência de condição financeira não gera invalidade da cláusula de arbitragem (não tem escolha).
Extingue-se o compromisso arbitral:
· Quando não alegada tempestivamente como matéria preliminar de contestação;
· Distratoem comum acordo
· Incapacidade superveniente das partes
Quando a parte é notificada e não aparece NÃO ocorre revelia, haverá a continuação do processo. Terá sentença.
Ausência de acordo Prévio para instituir a arbitragem (ou cláusula compromissória vazia) 		parte interessada convoca a outra parte para firmar compromisso arbitral (dia, hora e local) por qualquer meio de comunicação, informando sua intenção de iniciar a arbitragem 
Parte convidada comparece e 		parte convocada não comparece
Assina o compromisso arbitral. 		 parte interessada propõe ação
Preenche a cláusula vazia 		com a finalidade de celebrar 
Arbitragem será processada conforme	compromisso arbitral e/ou fazer valer
Estabelecido					a convenção de arbitragem celebrada						Deve juntar o documento que contém 						a cláusula compromissória. Juiz 							designa a data de audiência 
						Ausência do autor sem justa causa 							justificativa adequada: extinção
						Do processo s/ julgamento de 							mérito
						OU
						Partes não comparecem: sentença - 							juiz definirá o conteúdo do 								compromisso arbitral e nomeia 							árbitro único (NATUREZA DE 							COMPROMISSO ARBITRAL							E EFICACIA IMEDIATA)
						Partes comparecem: na audiência							o juiz busca a conciliaçaõ sobre o 							litígio. Caso não tenha acordo, busca-						se a celebração do compromisso 							arbitral de comum acordo
						Discordância quanto ao conteúdo do							compromisso arbitral: réu se 								manifesta na própria audiência ou no						prazo de 10 dias sentença: juiz 							definiráo conteúdo do compromisso							arbitral E, SE O CASO, nomear 							árbitro único (NATUREZA DE 							COMPROMISSO ARBITRAL							E EFICACIA IMEDIATA)
CRONOLOGIA DO PROCESSO ARBITRAL
Fase pré-arbitral Requerimento de arbitragem Resposta ao requerimento Constituição do tribunal arbitral Assinatura do termo de arbitragem Fase postulatória Fase instrutória Alegações finais Sentença arbitral Fase pós-arbitral.
Litisconsorte necessário – Todos deverão assinar ou o arbitro não será competente!!
Embargos de terceiro – grande discussão acerca da possibilidade – professor Aluísio e a maior parte da doutrina acredita não ser de competência do juízo arbitral o julgamento.
Procedimento arbitral
No processo arbitral, a revelia é vista como forma distinta do processo judicial, no CPC. 
Caso a parte não apareça, o arbitro mesmo assim julgará os fatos apresentados. O procedimento arbitral desenvolverá. 
Regras aplicáveis ao procedimento
LArb, Art. 2º § 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e a ordem pública. 
2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. 
- Flexibilidade de procedimento arbitral: as partes, com base no princípio da autonomia da vontade, tem amplíssima liberdade para estabelecer as regras do processo arbitral, desde que respeitado o princípio de observância a ordem pública.
- Julgamento por equidade: O julgador decide com base em seus próprios princípios, sem precisar observar alguma legislação. Pode escolher a arbitrariedade por direito ou pela equidade (próprios princípios do árbitro).
- Hierarquia normativa: procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, regras de um órgão institucional, o próprio árbitro ou tribunal arbitral regulará o procedimento. Ordem de hierarquia: primeiro o escolhido pelas partes; segundo as regras do órgão institucional; o terceiro é o organizado ou escolhido pelos árbitros.
- Princípios aplicados: contraditório, igualdade das partes, imparcialidade e livre convencimento do árbitro.
Quando tem cláusula compromissória (passo a passo) – FASE PRÉ ARBITRAL
1º Passo: requerimento de instauração de arbitragem. NÃO É PI, É REQUERIMENTO. Será explicado qual o direito que se busca, e brevemente os fundamentos. Já paga a taxa e indica o arbitro. 
Será notificada a parte. 
Ela irá adentrar e indicar outro árbitro.
Após isso irá ser indicado outro arbitro (Presidente), e somente será instituída após a aceitação dos três árbitros. 
ESSAS PARTES NÃO É PROCESSO ARBITRAL
FASE POSTULATÓRIA
É onde será apresentado os árbitros.
TERMO DE ARBITRAGEM OU ATA
· Verificação dos termos e requisitos da convenção de arbitragem. 
Observação: o árbitro pode pedir de ofício a produção de provas? Mesmo que no termo esteja limitando essa questão? O que prevalece? A doutrina diverge, e a jurisprudência também. Uma diz que não pode, pois as partes escolheram um procedimento, sendo assim já foi uma decisão delas, e uma escolha. Outra parte da doutrina apoia, pois diz que se o árbitro não pedir a prova de ofício, não terá a solução do conflito, sendo a fundamentação 
Arguições de preliminares
Art. 20. A parte que pretender argüir questões relativas à competência, suspeição ou impedimento do árbitro ou dos árbitros, bem como nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção de arbitragem, deverá fazê-lo na primeira oportunidade que tiver de se manifestar, após a instituição da arbitragem.
§ 1º Acolhida a argüição de suspeição ou impedimento, será o árbitro substituído nos termos do art. 16 desta Lei, reconhecida a incompetência do árbitro ou do tribunal arbitral, bem como a nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção de arbitragem, serão as partes remetidas ao órgão do Poder Judiciário competente para julgar a causa.
§ 2º Não sendo acolhida a argüição, terá normal prosseguimento a arbitragem, sem prejuízo de vir a ser examinada a decisão pelo órgão do Poder Judiciário competente, quando da eventual propositura da demanda de que trata o art. 33 desta Lei.
Questões relativas a competência, suspeição ou impedimento do árbitro, deve ser arguido preliminarmente. 
HÁ PRECLUSÃO DO DIREITO DE EXCESSÃO 
28/04/2021
Art. 22-A
· Aconteceu um erro pois deveria constar tutela provisória.
CARTA ARBITRAL – meio de comunicação entre arbitragem e poder judiciário. A carta levará o Poder Judiciário exercer seu poder exclusivo de coercitividade para execução de tutela – caso seja necessário o uso de força.
Juízo competente? Foro da arbitragem.
Arbitragem = celeridade = ausência de recurso
Nesse caso, o Juiz de Direito não pode negar o cumprimento da determinação – ele não tem competência para analisar se a tutela foi devidamente deferida ou não.
Na prática, invés do Poder Judiciário invoca o Árbitro de Emergência.
ESSE EMBARGOS NÃO CONFIGURA RECURSO!! EMBORA SEMELHANTE AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (NÃO É).
Arbitragem na Administração Pública
Aula 05/05/2021
Arbitragem envolvendo a administração pública - Objeções
Nós aprendemos a reproduzir o que outros autores dizem.
Quando se fala em arbitragem na administração pública, vem diretamente em mente a incompatibilidade com o princípio da indisponibilidade do interesse público sob a guarda da administração. 
Na doutrina, diz que tutela direito indisponivel, de interesse público. 
· Incompatibilidade com o principio da indisponibilidade do interesse público sob a guarda da administração.
· Incompatibilidade entre o principio da publicidade e a confidencialidade da arbitragem;
· O principio da legalidade pressupõe autorização para a celebração de convenção arbitral. 
Como à uma supremacia do interesse público sobre o privado, para Celso Antonio de Mello, não seria viável entregar ao privado a decisão sobre interesse.
Desmitificando: a principal caracteristica de um principio é poder ponderá-lo, sendo assim, a caracteristica principal é não afrontar, mas quando há confronto, poder ponderar. Um principio pode sobrepor ao outro, para ter a melhor decisão possivel e alcançar o objetivo que é buscado por esses principios. 
Como se fala sobre o principio da supremacia do interesse público sobre o privado, entende-se que falar SUPREMO, já não é principio, visto que rompe essa ponderação. Na cf, tem mais interesse individual, do que interesse público.O Estado não soluciona tudo, pois está em escassez. 
A relação é HORIZONTAL, ou seja, quando não pode escolher ambos, deve se fazer uma escolha.
A doutrina e jurisprudência pensa que nem todos os interesses públicos são indisponível, pois dá pra dividi-lo em duas classes para essa corrente:
a) Primário – indisponivel: atos de império (execução das funções políticas e legislativas); concretização de valores como proteção ao meio-ambiente e dignidade da pessoa humana. 
b) Secundário – disponível: atos de gestão (desempenho de funções administrativas) Ex: contrato de realização de obra pública; contrato de prestação de serviços de transporte público; compra de material escolar.
Não se discute o direito das pessoas terem acesso ao transporte público, mas o fato da prestação de serviços, sim!
OPINIÃO DO PROFESSOR: O contrato de fornecimento seria um ato de gestão, mas, se você não tem o medicamento atinge diretamente o interesse primário. Um depende do outro. 
Ainda que seja informação sensível, se for essencial pra entender a sentença, grande parte da doutrina entende que deve ser privilegiada a infomaçãao para o entendimento da sentença.
Tem a arbitragem no direito público, e é uma área com poucos profissionais qualificados. 
Esse é o entendimento: Como faz para o pagamento das custas na arbitragem? A doutrina debate e diz uma parte, que quem deve é o agente econômico, se ele ganhar a ação ai a administração pública paga esses valores. = não se tem resposta para essa pergunta. 
Opinião do professor: o contrário não seria viável, ou seja, o agente economico pagar sozinho. Quando a administração pública celebra a convenção de arbitragem, a mesma deve guardar valores para caso tenha que utilizar já tenha para isso. Vai virar precatório. 
ARBITRAGEM TRABALHISTA
https://grebler.com.br/conteudo/arbitragem-trabalhista/
Funcionalização do objetivo – ás vezes não se dispõe.
· Funções do direito do trabalho
a) Dignidade da pessoa humana (dependencia economica do empregado em relação ao empregador – venda da força de trabalho para sobreviver – hipossuficiência. Melhoria da condição social.
b) Garantias: salário mínimo; descanso semanal remunerado: 13ª salário; férias; redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (art. 7º da Constituição Federal).
c) É um direito social. 
O direito trabalhista são efetivamente indisponíveis? Se sim, qual o alcance desta indisponibilidade?
1ª corrente: totalmente indisponíveis > apenas o judiciário pode julgar conflitos trabalhistas.
2ª corrente: favorável à utilização do juízo arbitral em relações trabalhistas, mesmo que individuais, desde que o contrato de trabalho já tenha sido extinta e a opção pela arbitrariedade parta do empregado.
Para usar a arbitragem, seja em que segmento for, é preciso atender primeiramente à premissa básica da Lei da Arbitragem: só pode ser utilizada quando o direito for disponível, ou seja, quando for possível abrir mão dele.
Sobre a área trabalhista, as modificações nas relações de trabalho e a necessidade de alterações das regras a esse respeito resultaram na adição de um novo artigo à CLT, na ocasião da reforma trabalhista de 2017, o 507-A, em que ficou definido que poderá ser pactuada clausula compromissória em casos de contratos individuais de trabalho.
Isso se a remuneração do empregado for superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral da Previdência Social, e, claro, desde que a iniciativa seja do empregado ou mediante a concordância expressa dele, como já prévia a lei inicial.
Última aula. 
Prova: 19/05

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