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AULA 10/03/2021 - MÉTODOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLTO Aula anterior: histórico da arbitragem: importante para entender o porque a arbitragem agora está dando certo. Após esses marcos que se conseguiu segurança jurídica. MARCO LEGISLATIVO – Lei n. 9.307/96 Outro marco é a lei n. 13.129/15 trouxe algumas alterações na Lei de Arbitragem. Essa lei (9307), trouxe a possibilidade da convenção de arbitragem (que é gênero que decorre duas espécies: clausula compromissória – celebra um contrato que contem uma clausula que é a junção daqueles conflitos; compromisso arbitral – litigio já ocorreu, e as partes pela deliberação de autonomia resolvem solucionar o conflito por arbitragem. Efeito vinculante da clausula compromissória: é um efeito de caráter obrigatório entre as partes. Se uma quiser, a outra obrigatoriamente vai, pois ouve concordância. Clausula arbitral compromissória – OBRIGATÓRIO SOLUCIONAL POR VIA ARBITRAL: caso propuser uma ação em contrato com clausula compromissória, a outra parte pode alegar em cede de contestação, que declarará extinto sem resolução de mérito, remetendo ao juízo arbitral. Caso não alegue na contestação, haverá preclusão. Att. Não se fala e compromisso arbitral porque o conflito já ocorreu e as partes já resolveram. A Lei de Arbitragem, trouxe os mesmos efeitos da sentença estatal: · Não precisa de homologação; · Faz coisa julgada, tanto formal, como material; caso haja situação, faz por ação anulatória, pois dependendo do motivo da anulação, ela volta para arbitragem. E se o judiciário decidir que não pode ser solucionada pelo juízo arbitral? Haverá uma sentença, anulando todo procedimento, e obrigando um processo judicial. · NÃO HÁ DUPLA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇAS ARBITRAIS ESTRANGEIRAS: atualmente ela só acontece uma única vez, é homologada direto. MARCO JURISPRUDENCIAL – Declaração de Constitucionalidade pelo STF em 2001 ALTERAÇÕES PROPORCIONADAS PELA LEI 13.129/2015 Nas situações de interesse público/administração pública, pode ir para a arbitragem? Direitos indisponíveis EM REGRA não pode ser solucionado pela arbitragem. · A administração pública direta e indireta pode ser parte nos procedimentos arbitrais. Desde que seja direitos patrimoniais. · Instituição da arbitragem interrompe a prescrição, retroagindo a data do requerimento de arbitragem: quando é considerada instituída? Quando os árbitros aceitam a sua nomeação. Se forem três árbitros, a data da instituição será da aceitação do terceiro arbitro. · Homologação de sentenças estrangeiras. · Medidas cautelares e de urgência na arbitragem. · Carta arbitral; · Revogou o Art. 25, que falava sobre a suspensão da arbitragem quando tivesse questão prejudicial de direitos disponíveis. OU seja, se uma das partes arguiu que o objeto do litigio era indisponível, suspendia a arbitragem e mandava para o judiciário, Quem decide agora é o árbitro. – princípio da competência, competência. CONSOLIDAÇÃO DA ARBITRAGEM: ENTRE A LEI 9307, CPC/15 E AS ALTERAÇÕES PROPORCIONADAS PELA LEI 13.129/2015 · Desnecessidade de homologação. · Equiparação dos efeitos da sentença de juiz togado. · Efeito vinculante da clausula compromissória. · Competencia absoluta do árbitro – Principio da Competência competência. EVOLUÇÃO DA LEGISLATIVA NO BRASIL Questionamentos: A sentença arbitral não precisa ser homologada para se tornar titulo executivo. Ela já faz coisa julgada. DE SENTENÇA ARBITRAL NÃO CABE RECURSO. Ação anulatória não é recurso. Se houver contradição, obscuridade e omissão há possibilidade de embargos de declaração? Sim, existe. MAS NÃO É TIDO COMO RECURSO. O árbitro não tem poder coercitivo. NATUREZA JURÍDICA DA ARBITRAGEM Antes da Lei 9307, sua natureza era meramente contratual. Não tinha poder de decisão, ainda tinha que homologar, então o arbitro não resolvia. Com a chegada da 9307, e a desnecessidade de homologação, como os efeitos, trouxe a característica JURISDICIONAL. Agora colocava fim ao processo, sendo definitiva. Qual é o único poder que o arbitro não tem? Poder de império, e de coercibilidade. Se não ocorrer o cumprimento, a sentença será executada no poder judiciário. A maioria da doutrina entende que a natureza jurídica da arbitragem é JURISDICIONAL. Há a teoria de que seria um caráter hibrido = parcela mínima da doutrina defende isso. PARA PENSAR: Se tem um contrato, ou seja, um caráter compromissório, não teria o contrato? – PARA FORMAR MASSA CRÍTICA. VANTAGENS DA ARBITRAGEM · Celeridade; · Escolha da lei aplicada ao caso concreto; · Ausência de formalidades procedimentais (flexibilidade procedimental) – se estabelece datas, sendo flexível, as partes determinam); · Especialização dos árbitros na área objeto do litigio – quando escolhe um árbitro, será especialista na matéria. · Segurança de uma decisão correta. · Em via de regra, é confidencial e sigilosa – tem menos probabilidade de trazer prejuízos. Vide: Petrobrás. = se atentar que não é obrigatório, somente um costume. O arbitro tem que atuar com sigilo, discrição · Irrecorribilidade da sentença · Desnecessidade de homologação da sentença arbitral; · Redução dos gastos públicos: quando se para de levar conflitos ao judiciário, tira a necessidade de contratar servidor público por volume de demandas judiciais. Quanto menos processos judiciais, mais reduz o gasto público. A administração pública direta pega esses valores e reverte para educação, moradias, etc. · Eficiência na tutela dos interesses públicos: na arbitragem o arbitro é especialista, tem celeridade, etc. · Redução de custos: a eficiência na resolução do conflito, faz com que pela celeridade, reduz os custos no sentido de tempo, desgaste, etc. A SENTEÇA ARBITRAL ESTRANGEIRA É HOMOLOGADA PELO STJ. Quando as partes celebram uma clausula compromissória no contrato, e no momento de acioná-la uma delas não possui recurso para arcar com o procedimento arbitral, o que acontece? Possibilidade: 1. Propõe no judiciário, pede gratuidade da justiça e torce para que a outra parte não manifeste a cláusula. 2. Financiamento de procedimento de arbitragem. Em um contrato de adesão, ou envolvendo consumo (direito do consumidor) – a parte deve anuir EXPRESSAMENTE sobre a cláusula compromissória, se tornando nula. 17/03/2021 – AULA Prof. Aluísio Miele Vantagens da Arbitragem: - Celeridade; - Escolha da lei aplicada ao caso concreto; - Ausência de formalidades procedimentais; - Especialização dos juízes na área objeto do litígio; - Segurança de uma decisão “correta”; - Confidençialidade/Sigilo; - Irrecorribilidade da sentença arbitral; - Desnecessidade de homologação da sentença arbitral; - Redução dos gastos públicos. Elementos essenciais: a) autonomia da vontade das partes; b) permite a escolha dos árbitros; c) flexibilidade do procedimento; d) escolha de lei aplicável; e) não interferência do poder judiciário; f) obediência à ordem pública e aos costumes (NÃO pode afrontar norma pública ou interesse público – seja durante o procedimento, na convenção ou na sentença). Requisitos de admissibilidade da arbitragem · Existência – Jurisdição privada, aceitação da nomeação pelo(s) árbitro(s) e convenção de arbitragem (gênero) · Validade – capacidade e legitimidade (arbitrabilidade subjetiva), juízo competente em razão da matéria (arbitrabilidade objetiva) e árbitro ou tribunal arbitral sem impedimento e suspeição, bem como imparcial. Espécies de arbitragem AD HOC (Avulsa) INSTITUCIONAL As partes escolhem (naquilo que for cabível) Aquela que ocorre dentro de uma instituição (comumente chamada de Câmaras de Arbitragem – regulamento próprio) ÁRBITRO Requisitos para ser Árbitro: Pessoa capaz + Confiança das partes Obs1. Não precisa ter formação sequer em direito, mas é desejável que ao menos algum árbitro do tribunal arbitral tenha conhecimento jurídico. Por ex. Um tribunal de 3, 1 é advogado. Obs2. Juiz não pode ser árbitro. Como se torna árbitro? Experiência ou conhecimento que gera confiança nas partes de que será capaz de dar a soluçãomais adequada (“correta, eficiente e justa”) para o litígio. Conhecimento da língua inglesa é fundamental. (Buscar cômite de jovens arbitraristas) Em regra, os processos arbitrais possuem tribunais compostos por três árbitros ou árbitros únicos – liberdade das partes para determinar o modo como serão escolhidos os árbitros (Art. 13, §3º, da Larb). SEMPRE em número impar. Deveres, impedimento e suspeição Deveres (art. 13, §6º, da Larb): Competência (deve ter sido escolhido pelas partes ou instituição); imparcialidade (tratar as partes com isonomia); independência (não pode ter relação com as partes ou objeto do litígio); diligência (cumprir prazo – pode responder civilmente) e discrição (sigilo). Obs3. DEVER DE REVELAÇÃO: dever de revelar fatos ou circunstâncias que possam abalar a confiança gerada nas partes. A ausência de revelação de um fato importante e notório que possa influenciar o julgamento do árbitro acaba por representar a violação do devido processo legal, pois a parte foi impedida de se defender adequadamente, já que não conhecia o fato, que, se fosse de seu conhecimento, teria podido objetar a indicação do aludido árbitro (art. 14, §1º, da Larb). Impedimento ou suspensão: A exceção deve ser apresentada diretamente ao árbitro ou ao presidente do tribunal arbitral NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE de se manifestar (art. 15). Duas possibilidades: a) exceção rejeitada = prosseguimento do procedimento arbitral – possibilidade de propositura de ação anulatória; b) exceção acolhida (recusa do árbitro á nomeação; falecimento ou incapacidade relativa/absoluta) = substituição pelo suplente (se não houver suplente já determinado, as partes escolhem – não havendo acordo, o Judiciário irá escolher – deverá ser provocado) – Aplica-se a convenção de arbitragem ou o regulamento do Tribunal Arbitral (se assim estiver estipulado na convenção). No caso de ausência de estipulação e também ausência de concordância quanto à nomeação do árbitro, provocar-se-á o judiciário para nomeação, decisão que NÃO cabe recurso. ARBITRABILIDADE Art. 1º = arbitrabilidade (litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis) § 1º = arbitrabilidade objetiva (direitos patrimoniais disponíveis – art. 841, CC) E arbitrabilidade subjetiva? Capacidade (ats. 1º e 5º do CC), pode haver representação ou assistência; entes despersonalizados. AULA 24/03/2021 Subjetiva: quem pode ser parte no litígio Objetiva: qual o conflito que pode ser resolvido pela arbitrabilidade. ARBITRABILIDADE SUBJETIVA Capacidade (arts. 1º ao 5º, do Código Civil – quem pode ser parte. Quem pode ser representado ou assistido: maiores de 18 anos ou emancipados. Entes despersonalizados: massa falida, espólio, condomínio edilício. O Condominio pode ser parte? Desde que seja autorizado pelos condôminos. E a Massa falida e espílio? Desde que tenha autorização judicial. ARBITRABILIDADE OBJETIVA Qual o conflito que pode ser arbitrado? Aquilo que tem valor. Patrimonialidade. IN disponibilidade - Disponibilidade: o que pode alienar, renunciar, transacionar. - Quando pode ser constituído ou extinto por ato de vontade de seu titular. Certos doutrinadores, entende que o direito a honra não é patrimonial e nem pode ser transacionado. Não pode assinar no contrato que abre mão da honra, assim como o de personalidade. É diferente quando tem afronta ao direito a honra e busca uma reparação diante a essa afronta. SE busca uma indenização/dano moral, esse dano é valorável, e indisponível. Art. 841. C.C. A ÚNICA COISA QUE SE PODE ARBITRAR É DIREITO PATRIMONIAL. Via de regra, direito patrimonial disponível. Professor entende que a disponibilidade é totalmente dispensável. Ainda que envolva interesse público. Não pode ocorrer afronta. Qual conflito que pode ser arbitrado? · Patrimonialidade: pecúnia e valoração; · (IN)disponibilidade: disponibilidade; quando pode ser constituído ou extinto por ato de vontade do seu titular. Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação. (Código Civil). · Novas fronteiras da arbitrabilidade objetiva: com o tempo, mais e mais ramos do direito passam a ser vistos, pelo Poder judiciário e pela sociedade, como arbitráveis, porque passa-se a ter a visão de que os direitos destes ramos jurídicos podem ser transacionados. Convenção de arbitragem: pacto entre as partes, gênero que sai duas espécies. - Cláusula compromissória (clausula arbitral): assinada antes da existência do conflito. Quanto ao conteúdo – o que deve ter: I. Cláusula Cheia: · Dizer o local onde será solucionado o conflito; · Qual a lei que será aplicada – pode escolher aplicar a lei de outro país. · Dispor quem serão os árbitros, OU como serão escolhidos; · Dispor como e quem vai pagar os honorários do arbitro ou dos árbitros (único ou um tribunal); · Procedimento da arbitragem; · Confidencialidade; · Determinação da sede e local; · Prazo para sentença arbitral: se a cláusula não trouxer qual o prazo para se ter a sentença, o prazo será de 6 meses, SEMPRE. · Responsabilidades pelos pagamentos das despesas OU · Referência às regras de uma instituição arbitral: arbitragem institucional – essas instituições já tem regra de valores, etc. II. Cláusula vazia: não indica as regras e não estabelece a instituição arbitral ou mesmo como se dará a escolha dos árbitros, se faltar algum elemento dos requisitos mínimos, a cláusula será vazia. É aquele padrão: todos serão solucionados pela arbitragem. Consequência: i. acordo entre as partes para escolha do árbitro (ou árbitros) ou da câmara de arbitragem; ii. Solução pelo judiciário. III. Clausula padrão: IV. Cláusula padrão escalonada MED-ARB: qualquer controvérsia originária do/ou relacionada ao presente contrato, inclusive quanto à sua interpretação ou execução, será submetida obrigatoriamente à Mediação, administrada pelo Centro de Arbitragem, e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (“CAM-CCBC”), de acordo com seu roteiro e regimento de mediação, a ser coordenada por mediador participante da lista de mediadores do CAM-CCBC, indicado na forma das citadas normas. A controvérsia não resolvida pela mediação, conforme a cláusula de mediação acima, será definitivamente resolvida por arbitragem, administrada pelo mesmo CAM-CCBC, de acordo com seu regulamento, constituindo-se o tribunal arbitral de três árbitros, indicados na forma do citado regulamento. EFEITOS DA CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA I – Autonomia: se o contrato for considerado nulo, a clausula não será! Deve ser discutido na arbitragem. E SE, na sentença arbitral foi reconhecida a nulidade, mesmo assim a clausula arbitral não será nula, se não vai ser nula a sentença. II – Obrigatoriedade e caráter vinculante (COMPETENCIA – COMPETÊNCIA), o próprio tribunal arbitral que irá solucionar essa questão referente ao litígio, É DO ARBITRO. Se alguém arguir o impedimento, e arbitro decidir que não é, o processo seguirá. · Restrições: - Relação de consumo: consumidor, fornecedor, produto e serviço. PARA SER FORNECEDOR DEVE TER HABITUALIDADE. i. Contrato de Adesão: para o contrato ser válido, a cláusula compromissória deve estar em negrito, e deve ter uma rubrica ao lado dessa cláusula. CASO CONTRÁRIO, será nula a cláusula. Compromisso arbitral: já existe o conflito, não tem isso. ii. Direito do Consumidor (art. , VII, do CDC) – diz que não pode ter clausula de arbitragem, que seja COMPULSÓRIA. Presume-se que a clausula é nula, pela hipossuficiência. O mais correto quando tem a cláusula, é que busque a concordância com o consumidor, para que não seja nula. Compromisso arbitral: já existe o conflito, não tem isso. Próxima aula: Compromisso arbitral 07/04/2021 PROVA: 19/05 Continuação... Restrições de cláusula compromissória: Contrato de adesão e direito do consumidor (art. 51, VII, do CDC). Obs1. Ausência de condição financeira não gera invalidade da cláusula de arbitragem (não tem escolha). Extingue-se o compromisso arbitral: · Quando não alegada tempestivamente como matéria preliminar de contestação; · Distratoem comum acordo · Incapacidade superveniente das partes Quando a parte é notificada e não aparece NÃO ocorre revelia, haverá a continuação do processo. Terá sentença. Ausência de acordo Prévio para instituir a arbitragem (ou cláusula compromissória vazia) parte interessada convoca a outra parte para firmar compromisso arbitral (dia, hora e local) por qualquer meio de comunicação, informando sua intenção de iniciar a arbitragem Parte convidada comparece e parte convocada não comparece Assina o compromisso arbitral. parte interessada propõe ação Preenche a cláusula vazia com a finalidade de celebrar Arbitragem será processada conforme compromisso arbitral e/ou fazer valer Estabelecido a convenção de arbitragem celebrada Deve juntar o documento que contém a cláusula compromissória. Juiz designa a data de audiência Ausência do autor sem justa causa justificativa adequada: extinção Do processo s/ julgamento de mérito OU Partes não comparecem: sentença - juiz definirá o conteúdo do compromisso arbitral e nomeia árbitro único (NATUREZA DE COMPROMISSO ARBITRAL E EFICACIA IMEDIATA) Partes comparecem: na audiência o juiz busca a conciliaçaõ sobre o litígio. Caso não tenha acordo, busca- se a celebração do compromisso arbitral de comum acordo Discordância quanto ao conteúdo do compromisso arbitral: réu se manifesta na própria audiência ou no prazo de 10 dias sentença: juiz definiráo conteúdo do compromisso arbitral E, SE O CASO, nomear árbitro único (NATUREZA DE COMPROMISSO ARBITRAL E EFICACIA IMEDIATA) CRONOLOGIA DO PROCESSO ARBITRAL Fase pré-arbitral Requerimento de arbitragem Resposta ao requerimento Constituição do tribunal arbitral Assinatura do termo de arbitragem Fase postulatória Fase instrutória Alegações finais Sentença arbitral Fase pós-arbitral. Litisconsorte necessário – Todos deverão assinar ou o arbitro não será competente!! Embargos de terceiro – grande discussão acerca da possibilidade – professor Aluísio e a maior parte da doutrina acredita não ser de competência do juízo arbitral o julgamento. Procedimento arbitral No processo arbitral, a revelia é vista como forma distinta do processo judicial, no CPC. Caso a parte não apareça, o arbitro mesmo assim julgará os fatos apresentados. O procedimento arbitral desenvolverá. Regras aplicáveis ao procedimento LArb, Art. 2º § 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e a ordem pública. 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. - Flexibilidade de procedimento arbitral: as partes, com base no princípio da autonomia da vontade, tem amplíssima liberdade para estabelecer as regras do processo arbitral, desde que respeitado o princípio de observância a ordem pública. - Julgamento por equidade: O julgador decide com base em seus próprios princípios, sem precisar observar alguma legislação. Pode escolher a arbitrariedade por direito ou pela equidade (próprios princípios do árbitro). - Hierarquia normativa: procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, regras de um órgão institucional, o próprio árbitro ou tribunal arbitral regulará o procedimento. Ordem de hierarquia: primeiro o escolhido pelas partes; segundo as regras do órgão institucional; o terceiro é o organizado ou escolhido pelos árbitros. - Princípios aplicados: contraditório, igualdade das partes, imparcialidade e livre convencimento do árbitro. Quando tem cláusula compromissória (passo a passo) – FASE PRÉ ARBITRAL 1º Passo: requerimento de instauração de arbitragem. NÃO É PI, É REQUERIMENTO. Será explicado qual o direito que se busca, e brevemente os fundamentos. Já paga a taxa e indica o arbitro. Será notificada a parte. Ela irá adentrar e indicar outro árbitro. Após isso irá ser indicado outro arbitro (Presidente), e somente será instituída após a aceitação dos três árbitros. ESSAS PARTES NÃO É PROCESSO ARBITRAL FASE POSTULATÓRIA É onde será apresentado os árbitros. TERMO DE ARBITRAGEM OU ATA · Verificação dos termos e requisitos da convenção de arbitragem. Observação: o árbitro pode pedir de ofício a produção de provas? Mesmo que no termo esteja limitando essa questão? O que prevalece? A doutrina diverge, e a jurisprudência também. Uma diz que não pode, pois as partes escolheram um procedimento, sendo assim já foi uma decisão delas, e uma escolha. Outra parte da doutrina apoia, pois diz que se o árbitro não pedir a prova de ofício, não terá a solução do conflito, sendo a fundamentação Arguições de preliminares Art. 20. A parte que pretender argüir questões relativas à competência, suspeição ou impedimento do árbitro ou dos árbitros, bem como nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção de arbitragem, deverá fazê-lo na primeira oportunidade que tiver de se manifestar, após a instituição da arbitragem. § 1º Acolhida a argüição de suspeição ou impedimento, será o árbitro substituído nos termos do art. 16 desta Lei, reconhecida a incompetência do árbitro ou do tribunal arbitral, bem como a nulidade, invalidade ou ineficácia da convenção de arbitragem, serão as partes remetidas ao órgão do Poder Judiciário competente para julgar a causa. § 2º Não sendo acolhida a argüição, terá normal prosseguimento a arbitragem, sem prejuízo de vir a ser examinada a decisão pelo órgão do Poder Judiciário competente, quando da eventual propositura da demanda de que trata o art. 33 desta Lei. Questões relativas a competência, suspeição ou impedimento do árbitro, deve ser arguido preliminarmente. HÁ PRECLUSÃO DO DIREITO DE EXCESSÃO 28/04/2021 Art. 22-A · Aconteceu um erro pois deveria constar tutela provisória. CARTA ARBITRAL – meio de comunicação entre arbitragem e poder judiciário. A carta levará o Poder Judiciário exercer seu poder exclusivo de coercitividade para execução de tutela – caso seja necessário o uso de força. Juízo competente? Foro da arbitragem. Arbitragem = celeridade = ausência de recurso Nesse caso, o Juiz de Direito não pode negar o cumprimento da determinação – ele não tem competência para analisar se a tutela foi devidamente deferida ou não. Na prática, invés do Poder Judiciário invoca o Árbitro de Emergência. ESSE EMBARGOS NÃO CONFIGURA RECURSO!! EMBORA SEMELHANTE AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (NÃO É). Arbitragem na Administração Pública Aula 05/05/2021 Arbitragem envolvendo a administração pública - Objeções Nós aprendemos a reproduzir o que outros autores dizem. Quando se fala em arbitragem na administração pública, vem diretamente em mente a incompatibilidade com o princípio da indisponibilidade do interesse público sob a guarda da administração. Na doutrina, diz que tutela direito indisponivel, de interesse público. · Incompatibilidade com o principio da indisponibilidade do interesse público sob a guarda da administração. · Incompatibilidade entre o principio da publicidade e a confidencialidade da arbitragem; · O principio da legalidade pressupõe autorização para a celebração de convenção arbitral. Como à uma supremacia do interesse público sobre o privado, para Celso Antonio de Mello, não seria viável entregar ao privado a decisão sobre interesse. Desmitificando: a principal caracteristica de um principio é poder ponderá-lo, sendo assim, a caracteristica principal é não afrontar, mas quando há confronto, poder ponderar. Um principio pode sobrepor ao outro, para ter a melhor decisão possivel e alcançar o objetivo que é buscado por esses principios. Como se fala sobre o principio da supremacia do interesse público sobre o privado, entende-se que falar SUPREMO, já não é principio, visto que rompe essa ponderação. Na cf, tem mais interesse individual, do que interesse público.O Estado não soluciona tudo, pois está em escassez. A relação é HORIZONTAL, ou seja, quando não pode escolher ambos, deve se fazer uma escolha. A doutrina e jurisprudência pensa que nem todos os interesses públicos são indisponível, pois dá pra dividi-lo em duas classes para essa corrente: a) Primário – indisponivel: atos de império (execução das funções políticas e legislativas); concretização de valores como proteção ao meio-ambiente e dignidade da pessoa humana. b) Secundário – disponível: atos de gestão (desempenho de funções administrativas) Ex: contrato de realização de obra pública; contrato de prestação de serviços de transporte público; compra de material escolar. Não se discute o direito das pessoas terem acesso ao transporte público, mas o fato da prestação de serviços, sim! OPINIÃO DO PROFESSOR: O contrato de fornecimento seria um ato de gestão, mas, se você não tem o medicamento atinge diretamente o interesse primário. Um depende do outro. Ainda que seja informação sensível, se for essencial pra entender a sentença, grande parte da doutrina entende que deve ser privilegiada a infomaçãao para o entendimento da sentença. Tem a arbitragem no direito público, e é uma área com poucos profissionais qualificados. Esse é o entendimento: Como faz para o pagamento das custas na arbitragem? A doutrina debate e diz uma parte, que quem deve é o agente econômico, se ele ganhar a ação ai a administração pública paga esses valores. = não se tem resposta para essa pergunta. Opinião do professor: o contrário não seria viável, ou seja, o agente economico pagar sozinho. Quando a administração pública celebra a convenção de arbitragem, a mesma deve guardar valores para caso tenha que utilizar já tenha para isso. Vai virar precatório. ARBITRAGEM TRABALHISTA https://grebler.com.br/conteudo/arbitragem-trabalhista/ Funcionalização do objetivo – ás vezes não se dispõe. · Funções do direito do trabalho a) Dignidade da pessoa humana (dependencia economica do empregado em relação ao empregador – venda da força de trabalho para sobreviver – hipossuficiência. Melhoria da condição social. b) Garantias: salário mínimo; descanso semanal remunerado: 13ª salário; férias; redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (art. 7º da Constituição Federal). c) É um direito social. O direito trabalhista são efetivamente indisponíveis? Se sim, qual o alcance desta indisponibilidade? 1ª corrente: totalmente indisponíveis > apenas o judiciário pode julgar conflitos trabalhistas. 2ª corrente: favorável à utilização do juízo arbitral em relações trabalhistas, mesmo que individuais, desde que o contrato de trabalho já tenha sido extinta e a opção pela arbitrariedade parta do empregado. Para usar a arbitragem, seja em que segmento for, é preciso atender primeiramente à premissa básica da Lei da Arbitragem: só pode ser utilizada quando o direito for disponível, ou seja, quando for possível abrir mão dele. Sobre a área trabalhista, as modificações nas relações de trabalho e a necessidade de alterações das regras a esse respeito resultaram na adição de um novo artigo à CLT, na ocasião da reforma trabalhista de 2017, o 507-A, em que ficou definido que poderá ser pactuada clausula compromissória em casos de contratos individuais de trabalho. Isso se a remuneração do empregado for superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral da Previdência Social, e, claro, desde que a iniciativa seja do empregado ou mediante a concordância expressa dele, como já prévia a lei inicial. Última aula. Prova: 19/05
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