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Aluna: Mariana Rocha Fluxo de Caixa e Indicadores de Avaliação Econômica Todos os indicadores econômicos podem ser calculados no excel Quem não tem capital de giro, precisa pegar emprestado a uma taxa de juros que deve ser corrigida e entrar no fluxo de caixa planejado de uma empresa É preciso considerar que o valor residual as vezes não é nulo no final Ex: projeto de irrigação para uma plantação de 3 anos, ainda há valor de 4 anos Fluxo de Caixa ● É um instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros as entradas e as saídas de recursos, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado Ex: Café perene = investimento de 20 anos; atividade leiteira = 10 anos ● É de fácil elaboração para empresas que possuem os controles financeiros bem organizados, ele deve ser utilizado para o controle e tomada de decisões ● Deve ser considerado como uma estrutura flexível, para inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades da empresa ● Com essas informações o empresário pode elaborar a Estrutura Gerencial de Resultado, Análise de Sensibilidade, calcular a Rentabilidade, Lucratividade, Ponto de Equilíbrio e o Prazo de Retorno do investimento ● O objetivo é verificar a saúde financeira do negócio a partir da análise e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do investimento e do estágio atual da empresa ● Para fazermos uma análise financeira, projetamos o Fluxo de Caixa para um ano e totalizamos as informações anuais Fluxo de Caixa como Instrumento Gerencial: ● É um instrumento gerencial que controla e informa todas as movimentações financeiras (entradas e saídas de valores monetários) de um dado período (diário, semanal, mensal, anual, etc) ● É composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, vendas, despesas, saldos e aplicações, e todos os demais que representem as movimentações de recursos financeiros disponíveis da organização ● O mecanismo do fluxo de caixa é bastante simples, mas nenhum sistema de informações pode funcionar sem que os dados relevantes sejam constantemente atualizados nele ● Da mesma forma, o sistema não tem qualquer utilidade se os dados não foram analisados periodicamente, e se a organização não tiver confiança neles ● O fluxo de caixa precisa de dados que nascem em um bom método de controle de contas a pagar, contas a receber, acompanhamento de saldos de aplicações bancárias, faturamento, despesas, etc. Para que serve o Fluxo de Caixa? ● Auxilia na previsão e controle das movimentações financeiras de cada período. Possibilitando planejar ações futuras ou acompanhar o seu desempenho ● O controle de fluxo de caixa bem feito é uma grande ferramenta para lidar com situações e outros fantasmas que rondam os empreendimentos Permite: ● Avaliar se as vendas presentes serão suficientes para cobrir os desembolsos futuros já identificados ● Calcular os momentos ideais para a reposição de estoque ou materiais de consumo, considerando os prazos de pagamento e as disponibilidades Aluna: Mariana Rocha ● Verificar a necessidade de promoções, liquidações e variação de preços ● Saber se é ou não possível conceder prazos de pagamentos aos clientes ● Saber se é ou não possível comprar à vista dos fornecedores ● Ter certeza da necessidade ou não de obter um empréstimo de capital de giro ● Antecipar as decisões sobre como lidar com sobras ou faltas de caixa Como montar o Fluxo de Caixas? Data zero → investimento em ativos fixos e investimentos em capital de giro Data terminal (última análise) → o capital de giro é totalmente recuperado, e o investimento em ativos fixos poderá ser parcialmente recuperado pelo seu valor residual Ex: vida útil do equipamento maior do que o horizonte de eventos Da data 1 até a data terminal - o investimento gerará um Fluxo de Caixa Operacional FCO = R - C - IR Lucro Bruto: LB = R - C Lucro Tributável: LT = LB - dep ou LT = R - C - dep I.R sobre o Lucro: IR = LT x T ou IR = (R - C - dep) x T T = alíquota Lucro Líquido Operacional (LLO): LLO = LB - IR - dep ou LLO = R - C - (R - C - dep) x T - dep Outras formas de calcular o Fluxo de Caixa Operacional (FCO) 1. FCO = (R - C) - (R - C - dep) X T + dep - dep 2. FCO = (R - C - dep) LT + dep - (R - C - dep) x T 3. FCO = LT + dep - IR 4. FCO = LLO + dep Ex: No final do 3° ano, estimou FC do projeto, sendo R = 3.000,00, C = 1.850,00 e dep = 520,00. Qual é o valor de FCO considerando a alíquota de imposto de renda de 35%? 1. FCO = R - C - IR FCO = (3.000 - 1.850) - (3.000 - 1.850 - 520) x 0,35 = 929,50 2. FCO = LT + dep - IR FCO = (3.000 - 1.850 - 520) + 520 - (3.000 - 1.850 - 520) x 0,35 = 929,50 3. FCO = LLO + dep → FCO = [(R - C) - (R - C - dep) x T - dep] + dep [(3.000 - 1.850) - 220,5 - 520] + 520 = 929,50 4. FCO = (R - C) x (1 - T) + dep x T FCO = (3.000 - 1.850) x (1 - 0,35) + 520 x 0,35 = 929,50 Ex 2: Construir o fluxo de caixa do projeto considerando as receitas e os custos a baixos Investimento (data 0) = 250.000,00 Depreciação linear e total = 4 anos Alíquota = 35% = 0,35 Valor residual = 0 Anos 0 1 2 3 4 (+) Receitas 1.280.000 1.350.000 1.400.000 1.435.000 (-) Custos 985.000 1.010.000 1.050.000 1.050.000 Depreciação 62.500 62.500 62.500 62.500 FCO 213.625 242.875 249.375 272.125 FC (250.000) 213.625 242.875 249.375 272.125 FCO = (R - C) x (1 - T) + dep x T Aluna: Mariana Rocha Ano 1 → FCO = (1.280.000 - 1.350.000) x (1 - 0,35) + 62.500 x 0,35 = 213.625 Ano 2 → FCO = (1.350.000 - 1.010.000) x (1 - 0,35) + 62.500 x 0,35 = 242.875 Ex 3: Verificar a viabilidade do projeto método do VPL, considerando TMA 12% a. a. Investimento (data 0) = 2.750.000,00 Depreciação linear e total = 5 anos Alíquota = 35% = 0,35 Valor residual = 0 Anos 0 1 2 3 4 5 (+) Receitas 2.550.000 2.650.000 2.800.000 2.850.000 3.000.000 (-) Custos 1.460.000 1.550.000 1.690.000 1.765.000 1.990.000 Depreciação 550.000 550.000 550.000 550.000 550.000 FCO 901.000 907.500 914.000 897.750 849.000 FC (2.750.000) 901.000 907.500 914.000 897.750 849.000 A depreciação anual é dividir o investimento inicial (2.750.000) pelo período (5) = 550.000 FCO = (R - C) x (1 - T) + dep. x T Ano 1 → (2.550.000 - 1.460.000) x (1 - 0,35) + 550.000 x 0,35 = 901.000 Ano 2 → (2.650.000 - 1.550.000) x (1 - 0,35) + 550.000 x 0,35 = 907.500 Se houver valor residual, será adicionado ao último ano No final, calcular o VPL com TMA 12% → 480.767, o investimento é viável economicamente e deve ser aceito pois VPL > 0 Nesse mesmo exemplo, o Gerente Financeiro não aceitou analisar o projeto porque não tinha investimento em capital de giro, que agora foi estimado em 500.000,00 por ano Anos 0 1 2 3 4 5 (+) Receitas 2.550.000 2.650.000 2.800.000 2.850.000 3.000.000 (-) Custos 1.460.000 1.550.000 1.690.000 1.765.000 1.990.000 Depreciação 550.000 550.000 550.000 550.000 550.000 FCO 901.000 907.500 914.000 897.750 849.000 (-) Cap. Giro 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 (-) Inv. CG 500.000 0 0 0 0 (500.000) FC (3.250.000) 901.000 907.500 914.000 897.750 1.349.000 O capital de giro precisa estar disponível no ano 0 para poder ter movimentação O CG necessário no 1° ano é 500.000 registrado na linha Cap. Giro. Mas as necessidades são constantes, então, o CG dos 4 anos restantes também será 500.000 O Inv. CG. 500.000 registrado na data zero é o CG do 1° ano que deve estar disponível no início do 1° ano O Inv. CG no 2° ano será obtido com subtração do CG do 2° ano menos o CG do 1° ano, cujo resultado é 0 Aluna: Mariana Rocha No final do 5° ano, o CG é recuperado. Neste caso, na coluna do 5° ano e na linha Inv. CG é (500.000). Como tudo registrado na linha Inv. CG têm sinal negativo, o registro de (500.000) no final do quinto é positivo e indica que o valor refere-se à devolução do CG 500.000 O capital de giro é recuperado integralmente ao final do horizonte do investimento Neste mesmo exemplo, outro Gerente Financeiro não aceitou analisar o projeto com estimativa de 500 mil para capital de giro e sim com CG = 25% das receitas Anos 01 2 3 4 5 (+) Receitas 2.550.000 2.650.000 2.800.000 2.850.000 3.000.000 (-) Custos 1.480.000 1.550.000 1.690.000 1.765.000 1.990.000 Depreciação 550.000 550.000 550.000 550.000 550.000 FCO 901.000 907.500 914.000 897.750 849.000 (-) Cap. Giro 637.500 662.500 700.000 712.500 750.000 (-) Inv. CG 637.500 25.000 37.500 12.500 37.500 (750.000) FC (3.387.500) 876.000 870.000 901.500 860.250 1.599.000 25% de 2.550.000 = 637.500 25% de 2.650.000 = 662.500 O Inv. CG 637.500 registrado na data zero é o CG do 1° ano que deve estar disponível para iniciar o 1° ano O Inv. CG no 2° ano será obtido do CG = 662.500 do 2° ano menos o CG = 637.500 do 1° ano, que é 25.000 e deverá estar disponível no final do 1° ano O Inv. CG no 3° ano será obtido do CG = 700.000 do 3° ano menos o CG = 662.500 do 2° ano, que é 37.500 e deverá estar disponível no final do 2° ano No final do 5° ano, o CG é recuperado. Neste caso, na coluna do 5° ano e na linha Inv. CG é (750.000). Como tudo registrado na linha Inv. CG têm sinal negativo, o registro de (750.000) no final do 5° ano é positivo e indica que o valor refere-se à devolução do CG 750.000 Como obter a linha FC? Na data zero, o investimento total é 3.387.500, resultado da soma do investimento em ativos fixos 2.750.000 + o investimento em capital de giro 637.500 No 1° ano, o FC é 876.000, resultado do FCO = 901.000 menos Inv. CG = 25.000 No 2° ano, o FC é 870.000, resultado do FCO = 907.500 menos Inv. CG = 37.500 No 3° ano, o FC é 901.500, resultado do FCO = 914.000 menos Inv. CG = 12.500 Neste mesmo exemplo, apurou-se ao final do horizonte de 5 anos que ainda resta um valor residual de 227.500 para incluir e avaliar Anos 0 1 2 3 4 5 (+) Receitas 2.550.000 2.650.000 2.800.000 2.850.000 3.000.000 (-) Custos 1.480.000 1.550.000 1.690.000 1.765.000 1.990.000 Depreciação 550.000 550.000 550.000 550.000 550.000 FCO 901.000 907.500 914.000 897.750 849.000 (-) Cap. Giro 637.500 662.500 700.000 712.500 750.000 Aluna: Mariana Rocha (-) Inv. CG 637.500 25.000 37.500 12.500 37.500 (750.000) FC (3.387.500) 876.000 870.000 901.500 860.250 1.826.500 O valor residual entre como se fosse receita no último ano do FC O FC5 no final do 5° ano é igual a 1.826.500, resultado da soma de FCO5 = 849.000, mais a recuperação do capital de giro 750.000 e mais o valor residual de 227.500 Finalmente, apura-se o VPL = 312.981,00, indicando que o projeto continua ainda mais viável economicamente do que o anterior Revisão de Indicadores Definição Como calcular Custo de Produção Gastos relativos à atividade de produção de bens e serviços, tudo que implica em saída de valor para produzir um produto Relacionar todos os gastos utilizados na atividade produtiva Custo Fixo (CF) É a parcela do custo que não é a produção Gastos constantes ao longo do período de produção Custo Variável (CV) Altera em função do volume de produção, como matéria-prima. À medida que aumenta a produção utiliza mais matéria prima Relacionar os gastos que variam com o volume de produção Custo Total (CT) Gasto total da empresa com fatores de produção CT = CF + CV Custo Operacional Efetivo (COE) São os custos operacionais desembolsados COE = todos os custos desembolsados Custo Operacional Total (COT) Usa a depreciação e a Remuneração da Mão-de-Obra Familiar COT = COE + Depr. + R.m.d.o.f Custo Total (CT) Além do COT, soma-se a Rem. Capital Empatado ou Custo de Oportunidade CT = COT + RCE ou Cop. Lucro Bruto (LB) Resultado positivo deduzido das vendas, custos e despesas LB = RT - CT LB = Vendas - Despesas Lucro Líquido (Lq) Equivale ao lucro bruto deduzindo IR e taxas Lq = r - Impostos e taxas Lucro Operacional (LO) São as receitas operacionais totais descontando os custos operacionais LO = RT - COT Aluna: Mariana Rocha Lucratividade É a relação do lucro com o volume de vendas Lucrat. = r/ Vendas Margem Bruta É a RT descontado os Custos Variáveis Maior MB indica eficiência MB = RT - CV Margem Líquida É a RT descontados os Custos Variáveis e Fixos ML indica rentabilidade ML = RT - CT Margem Operacional É a divisão do Lucro Op. pela Receita Líquida Bom indicador de eficiência MO = LO/ RL Ponto de Equilíbrio Indica a quantidade que equilibra a receita total com a soma dos custos e despesas relativos aos produtos vendidos PE ou PN = CF/ (RT - CV) PE ou PN = CF/ MCU PE = (CF/ MC) x VT Margem de Contribuição (MC) É o que resta da receita de vendas após a dedução das despesas variáveis MC% = MC/ Vendas MC = RT - CV Equilíbrio Lucro Determina o volume de vendas para atingir a meta de lucro L = MC x Q - CF Receita Bruta É o preço unitário multiplicado pela quantidade vendida do bem RB = Preço x Quantidade Receita Líquida É a receita bruta menos as devoluções de produtos e impostos pagos RL = RB - DP - I Rentabilidade É uma medida de retorno que o investidor ganha para cada quantia investida Rentab. = Lucro/ Inv. Inicial Em um determinado momento, RT = CT, na intercessão das linhas. Nesse ponto, é o ponto de nivelamento. Ver a quantidade da produção, quanto representa na capacidade de produção da empresa Comparação Custo por Área e Custo Unitário Nem sempre altos custos representam alta lucratividade No baixo nível tecnológico, o custo operacional efetivo (COE) por um hectare é baixo, o médio é o mais alto e o de alto nível é o intermediário. O Custo Total no baixo tecnologia é baixo, o no médio é próximo ao de alta tecnologia. O COE por saca é menor na produção de alto nível, assim como o COT. O COT encarece muito o produto da baixa tecnologia porque a produção também é baixa, como o CT. O Custo total de uma saca de café é muito mais baixo no de alta tecnologia do que os demais. Aluna: Mariana Rocha ● Os custos menores por área ocorrem com os produtores de baixo nível tecnológico. Apresentava um custo muito mais baixo do que os outros produtores ● Este grupo de baixa tecnologia não utiliza irrigação, adubação foliar, controle de pragas e doenças ● Quanto maior for a incorporação de tecnologia, de assistência técnica e de gerenciamento, melhores foram os resultados para alcançar a vantagem competitiva ● O sistema mais intensivo em tecnologia e grau de organização apresentou maior rentabilidade em todos os casos analisados. ● A ausência de mecanismo eficiente de gerenciamento dos custos de produção e o uso de processos produtivos inadequados por alguns produtores ainda são os principais problemas na produção de café e em várias produções. Nem sempre uso de tecnologia significa maior lucro. Tem o máximo de otimização econômica e o máximo de produção física, geralmente o de otimização é menor do que a produção. A tecnologia, quando bem utilizada, acompanhada com os custos de produção, pode ter benefícios.
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