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Universidade Estácio de Sá MBA EM GESTÃO AMBIENTAL DISCIPLINA: MANEJO E CONSERVAÇÃO DE SOLOS PROFESSOR: FELIPE BRASIL PRINCIPAIS AGENTES CAUSAIS E IMPACTOS DA POLUIÇÃO DO SOLO NO AMBIENTE: MEIOS FÍSICO, BIÓTICO E SOCIOECONÔMICO Anderson Cruz Anthony Matias Ivone Eliza Cardoso Maria do Carmo Nery Maria Teresa Moreira Monique Neves Orlando Pires Waleska Fiuza NITERÓI 2011 2 Sumário 1 Introdução ........................................................................................................... 3 2 Definição de Solo. ............................................................................................... 5 2.1 Tipos de Solo - Natural e Antrópico ............................................................... 6 2.1.1 Solo Natural ............................................................................................. 6 2.1.2 Solo Antrópico ......................................................................................... 7 2.2 Classificação do Solo ..................................................................................... 7 3 Poluição ............................................................................................................... 9 3.1 Poluição do Solo ............................................................................................ 9 3.2 Padrões de Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas ......................... 10 4 Principais Agentes Causais e Impactos da poluição do solo no meio Físico .. 13 4.1 Medidas de controle e mitigação: ................................................................. 15 5 Principais Agentes Causais e Impactos da poluição do solo no meio Biótico 17 5.1 Impactos causados pela poluição do solo no meio Biótico .......................... 20 5.2 Medidas de controle e mitigação .................................................................. 20 6 Principais Agentes Causais e Impactos da poluição do solo no meio Socioeconômico ... 22 6.1 Medidas de controle e mitigação: ................................................................. 24 7 Análise ............................................................................................................... 25 8 Conclusão ......................................................................................................... 27 9 Referências Bibliográficas ............................................................................... 28 3 1 Introdução A constante ação humana no meio ambiente provoca vários desequilíbrios ambientais, seja afetando os cursos hídricos, o ar atmosférico ou degradando os solos, interferindo diretamente ou indiretamente nas relações ecológicas da fauna e flora. (Resolução nº001/86 do Conama). O solo é o sumário ou extrato de todos os fatores do ambiente humano. Ele vive em equilíbrio dinâmico com todos os elementos determinantes de suas características: clima, os materiais de origem, a topografia, a biota e o tempo. Qualquer agressão sobre uma das variantes afetará o solo. Altamente degradável, o solo é um meio bastante afetado pela pressão antrópica. Sua poluição afeta particularmente o nível superficial da crosta terrestre, camada da biosfera que abriga considerável biodiversidade. Esse meio não é inerte e tampouco sustenta apenas as relações humanas. No extrato superficial do solo habitam espécies de macro e micro-organismos importantes à manutenção do equilíbrio biológico no planeta: bactérias, fungos, nematódeos, artrópodes, anelídeos, moluscos e pequenos vertebrados que, aliados à vegetação, dão vida e sustentação a esse substrato. No entanto, a exposição aos mais variados tipos de impactos, prejudicam as formas viventes e o seu regular desenvolvimento. A poluição do solo, dependendo da magnitude, pode causar malefícios irreparáveis tanto à natureza, que responde lentamente aos processos de reparação, quanto à frágil estrutura corpórea do homem. Os principais agentes causais e impactos da poluição do solo no ambiente são, em sua maioria, as queimadas, que lesam tanto a atmosfera quanto o solo, a desertificação, que pode ser causada pelas enchentes, pelo adensamento urbano descontrolado, esgotamento dos solos férteis mediante excessiva utilização de agentes químicos, excesso de população em áreas semiáridas e número excessivo de gado que é responsável pela destruição da vegetação arbórea, causando assim a compactação do solo e menor capacidade de infiltração do mesmo. Outro fator que contribui com a deterioração é a mecanização da lavoura, e o uso de fertilizantes artificiais e herbicidas, que são contaminadores do solo, dos lençóis freáticos, dos rios e das águas em geral. 4 A fauna e a flora são os que mais sofrem com a poluição do solo. Os impactos causados sobre eles são inúmeros desde o desmatamento até o abandono de hábitat naturais. Por exemplo, quando uma obra entra na fase de terraplanagem todo o meio biótico ao redor é impactado. Os animais fogem por causa do barulho causado pelas máquinas, as plantas e árvores são derrubadas para a abertura de estradas e, queimadas provocam a morte de várias espécies, seja ela da fauna ou da flora. O aumento da população nas grandes metrópoles é um dos principais causadores, junto com as grandes empresas, da poluição do meio ambiente. O crescimento desordenado, ou a favelização em Áreas de Proteção Permanente (APP), provocam a destruição da mata nas montanhas e encostas onde deveria ser conservado. Pelo desgaste do solo, em épocas de chuva, por exemplo, a água não penetra nas rochas, causando assim o acumulo na parte superior e consequentemente os desabamentos, os quais arrastam propriedades, arruinando cidades inteiras. 5 2 Definição de Solo. Não se pode definir o solo como simplesmente “o chão que pisamos”. Ele é muito mais que isso, pois indica o equilíbrio ambiental da maioria das atividades humanas tais como: habitação, agricultura, produção, etc. É uma grande fonte de material de construção, medicinal e arte. Possui ação filtrante e, é responsável diretamente pelo crescimento das plantas, fornecendo ar, água – instalada em seus poros, e nutrientes provenientes da ciclagem oriundos da decomposição química ou biológica do material orgânico produzido pelo próprio sistema. O solo desempenha ainda, a função de distribuir, escoar e infiltrar a água da chuva. Quanto mais antigo o solo, maior é seu indicador paleo-ambiental. O magma vulcânico é o início de todo e qualquer solo, pois ele é o formador das rochas na crosta terrestre. No ponto de vista de cada área, o solo é interpretado de uma forma diferente. Para a Geologia, o solo é um material disposto em camadas que vai da superfície até a rocha, dinâmico, resultante dos processos de alterações e modificações. Já para a Engenharia ele é um maciço terroso que, quando provocado, está sujeito a alterações. Para os agricultores, o solo é somente a camada de terra tratável que serve para o plantio. O solo tem sua origem do latim da palavra “solum” que em português quer dizer “chão”, e é constituído de partículas minerais (argila, areia, etc.), água e ar. Sua composição é formada por camadas que, após adições, perdas, translocações de energia e matéria, são chamados de horizontes. Os perfis hipotéticos desses horizontes podem ser classificados como: horizontes orgânicos - serapilheira ou turfa - (O), Horizonte A (com acúmulo de matéria orgânica decomposta) (A), Transacional para B (AB), Transacional para A (BA), de máximo acúmulo eluvial (B), Transacional para C (BC ou CB), Rocha parcialmente decomposta (C) e a Rocha consolidada ou Matriz (R). As causas naturais como o calor, o vento e chuva são 6 fatores de modificações do solo, que se formam na parte superior do regolito (rochas dissolvidas da litosfera),assim como as interferências antrópicas. Quanto aos limites, o solo tem nas laterais corpos aquosos além de aterros ou terrenos com espelhos d’água permanentes. Na parte superior, a atmosfera é o limite, enquanto na parte inferior possui a crosta (rochosa), o manto e o núcleo (formado de níquel e ferro). O constante deslocamento do solo devido à ação dos ventos, chuvas ou rios que modificam seu curso, causam a erosão do solo. Esse evento ocorre em virtude das partículas desse mesmo solo, arrastadas para as partes mais baixas do terreno, como ocasionado na tragédia ocorrida em Janeiro deste ano, nas cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro. Devido a intervenções do homem (antrópica), por total desconhecimento geral da população, o solo como recurso natural dinâmico, perde as suas funções básicas levando aos desastres naturais. As adições de aterros, asfaltamento, construções de cidades, inadequadas técnicas agrícolas, mineração, expansão das áreas urbanas e impermeabilização do solo, entre outros, levam a sua degradação, afetando diretamente a qualidade de vida dos ecossistemas agrícolas e urbanos. 2.1 Tipos de Solo - Natural e Antrópico A formação do solo depende de vários fatores como o clima, a quantidade de matérias orgânica, o tipo de rocha, etc. Na ocorrência de um clima úmido, em que as chuvas são uma constante, os sais são arrastados para as camadas mais profundas desse solo e esses solos são chamados de “solos profundos”, enquanto em locais de clima seco, a ação do calor do sol faz evaporar a água, tornando o solo mais árido com o acúmulo de sais em sua superfície, evitando assim, que alguma vegetação se desenvolva. Esses tipos de solo chamam-se “solos rasos”. 2.1.1 Solo Natural 7 Chamam-se solos naturais aqueles em que não há a intervenção do homem. É o solo em seu estado bruto, conservando todas as suas propriedades minerais. São sistemas naturais pouco transformados, como campos, florestas das planícies, pantanais. Esses sistemas possuem o nível das águas subterrâneas muito rasas. Há ainda, a floresta amazônica densa localizada nas bordas da bacia sedimentar amazônica. 2.1.2 Solo Antrópico Chamam-se solos antrópicos aqueles que sofreram intervenção do homem ou, que foram por este modificado, parcial ou totalmente. São sistemas naturais fortemente transformados. A floresta semidecidual da Bacia do Paraná, localizada no lado oeste de São Paulo, é um exemplo. Sua agricultura mecanizada, pecuária de cria e corte, exploração seletiva de madeiras, modificaram totalmente aquele sistema. Existe também a Floresta Tropical Atlântica, com seu relevo bastante dissecado com grande densidade de canais de drenagem localizado ao sul de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, onde há pastagens, cultivo de café, silvicultura, mineração e urbanização. 2.2 Classificação do Solo Com a diversidade de cenários ambientais, ocorrem as divisões dos vários grupos de solo e, no Brasil, uma rica variedade de tipos de solo, que são classificados como: Alissolos, Argissolos, Cambissolos, Chernossolos, Espodossolos, Gleissolos, Latossolos, Luvissolos, Nitossolos, Organossolo, Planossolos, Plintossolos e Vertissolos. No Brasil existe, predominantemente, grande concentração de solo do tipo Argissolos e Nitossolos (59%) e ainda, os do tipo Organossolo e ao Espodossolo. Argissolos (Argilla) – São solos constituídos por material mineral com muita fração de argila. Apresentam, frequentemente, uma cor amarelada com o Horizonte B logo abaixo do A ou E, por esse motivo são confundidos com o Gleissolo. 8 Espodossolos (Spodos) – Esse tipo de solo tem como característica uma textura arenosa e de extrema pobreza em nutrientes. Possui uma cor cinza vegetal. Tem um Grupamento de solos com B espódico, isto é, um horizonte mineral B subsuperficial, e seu horizonte B logo abaixo do horizonte E, A ou hístico (com matéria orgânica superior ao comumente encontrado). Latossolos (Lat) – Solos com material muito alterado, apresentando seu Grupamento de solos com B latossólico, isto é, constituído por material mineral abaixo de qualquer tipo de horizonte A. Esse tipo de solo não é recomendável ao plantio por conter baixo teor de nutrientes em sua composição. Organossolo – Orgânico. Horizonte H ou O hístico. Solos constituídos por material orgânico, que apresentam horizonte hístico. Geralmente encontrados em locais de baixo relevo onde recebem os sedimentos de áreas mais elevadas. Alissolos – Solos ácidos com alto teor de alumínio, baixa fertilidade química e baixa reserva de nutrientes para as plantas. 9 3 Poluição De acordo com a Lei: 6.938, de 31 de agosto de 1981, entende-se por poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que: direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente e lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. 3.1 Poluição do Solo Segundo o Biólogo Krukenbergue Fonseca, a poluição do solo, ou seja, da camada mais superficial da crosta terrestre, ocorre por causa dos malefícios diretos e indiretos ocasionados pela ocupação e exploração do meio ambiente de maneira desordenada. Tais atividades fazem com que sejam depositados no solo, elementos estranhos, que alteram as condições originais e interações ecológicas regulares do mesmo. De acordo com Fonseca, as principais causas da poluição do solo são: o acúmulo de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbicidas, e de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel, vidro e metal. No que diz respeito à decomposição, o vidro, por exemplo, leva cerca de cinco mil anos para se decompor, enquanto certos tipos de plástico, impermeáveis ao processo de biodegradação promovido pelos micro-organismos, levam milhões de anos para se desintegrarem. Desta forma, o material sólido do lixo demora muito tempo para desaparecer no ambiente. A deposição de resíduos em aterros sanitários, utilizada como uma das soluções para reduzir o acúmulo de lixo, também tem efeito poluidor, pois produz fluidos tóxicos que se infiltram no solo e contaminam os lençóis de água. A qualidade do solo está relacionada aos seus atributos químicos, físicos e biológicos, sendo imprescindível o estudo em conjunto desses três aspectos do solo para definir a sua qualidade. Por isso, em avaliações qualitativas de solos 10 antrópicos, são utilizados valores encontrados em solos naturais como referência na investigação de possíveis excessos ou escassezes das substâncias naturalmente presentes no solo. 3.2 Padrões de Qualidade do Solo e das Águas Subterrâneas De acordo com o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas da CETESB, que trata dos parâmetros de qualidade do solo e de águas subterrâneas, a investigação confirmatória de contaminação em uma determinada área é realizada através da coleta de amostras para análises de solo e/ou água subterrânea, em pontos estrategicamente posicionados com base no conhecimento adquirido sobre a área na etapa anterior (avaliação preliminar), onde se define o primeiro modelo conceitual da área. Após a etapa preliminar e os trabalhos de campo, deve ser feita uma interpretação (análise crítica) dos resultados das análises realizadas nas amostras coletadas, através da comparação dos valores de concentração obtidos com os valores de concentração estabelecidos em listas de padrões, definidas pelo órgão responsável pelo gerenciamento de áreas contaminadas. A utilização dessas listas de valores limite definidos para avaliação de contaminações do solo e/ou das águas subterrâneas, teve inicio nos países industrializados,há cerca de 20 anos, quando tais países atentaram para o problema da poluição. Essas listas foram desenvolvidas devido à necessidade de se ter parâmetros comparativos, possibilitando a definição do grau de poluição e quais os procedimentos a serem tomados. A utilização das listas de padrões, elaboradas a partir de avaliações de risco genéricas, em que normalmente são utilizados cenários e parâmetros mais restritivos, não fornece uma resposta definitiva quanto à existência de risco decorrente da poluição do solo ou da água subterrânea em uma área específica. Entretanto, o uso dessas listas é um instrumento importantíssimo na deflagração de um processo de caracterização mais detalhado da área avaliada A partir do conceito de multifuncionalidade do solo estabelecido pelo governo federal da Holanda em 1987, através da promulgação da Lei de Proteção do Solo (Soil Protection Act), o Ministério do Planejamento Territorial e Meio Ambiente da Holanda (VROM), em atendimento a essa lei, publicou em 1994 a nova 11 proposta de valores de qualidade do solo e da água subterrânea (Lista Holandesa de Valores de qualidade do Solo e da Água Subterrânea – Valores STI). A sigla “STI” representa a principal característica dessa proposta, sendo a criação de três valores distintos de qualidade para os compartimentos ambientais citados, em que: • (S) = Valor de referência: indica um nível de qualidade do solo e da água subterrânea que permite considerá-los “limpos”, considerando- se a sua utilização para qualquer finalidade. • (I) = Valor de Intervenção: Indica um nível de Qualidade do solo acima do qual existem riscos para a saúde humana e para o ambiente. A ultrapassagem desse valor (média) em um volume de solo de 25 m3 ou em 100 m3 de água subterrânea, indica a necessidade de implementação na área avaliada de ações voltadas para a sua remediação. • (T) = Valor de Alerta: é um valor entre os dois primeiros S e I. Ele indica que já ocorreu certa alteração que diminuiu, ainda que pouco, as propriedades funcionais do solo, sendo necessária uma investigação detalhada na área para quantificação dessa alteração A tabela 1 (Lista Holandesa de Valores de qualidade do Solo e da Água Subterrânea – Valores STI) apresenta como exemplo, os valores de qualidades para um solo contendo de 0 a 10% de matéria orgânica e de 0 a 25% de argila. 12 TABELA 1 Lista Holandesa de Valores de qualidade do Solo e da Água Subterrânea – Valores STI 13 4 Principais Agentes Causais e Impactos da poluição do solo no meio Físico Por ser um dos recursos naturais mais utilizados pelo homem, o solo é também um dos que mais sofrem impactos decorrentes de uso mal planejado. Intervenções de obras de engenharia no meio físico como: construção de aeroportos, agroindústrias, aterros para disposição de resíduos sólidos, estradas, portos, projetos urbanísticos e unidades industriais, são formas de uso do solo cujas operações das fases de instalação, funcionamento e eventual desativação envolvem uma série de processos tecnológicos, tais como cortes, aterros e transposição de cursos d’água, e podem afetar a qualidade do solo, das águas superficiais e subterrâneas causando sérios impactos. De acordo com RICHERT et al. (2003), a qualidade do solo do ponto de vista físico está associada àquele solo que: permite a infiltração, retenção e disponibilização de água às plantas, córregos e sub-superfícies; permite as trocas de calor e de gases com a atmosfera e raízes de plantas; possibilita o crescimento de raízes; responde ao manejo e resiste à degradação. Processos erosivos ocorrem de forma moderada em um solo coberto, sendo esta erosão chamada de geológica ou normal. O arraste de partículas constituintes do solo se dá pela ação de fatores naturais como água, vento, ondas que são tipos de erosão, além da própria erosão geológica ou normal que tem por finalidade nivelar a superfície terrestre. Há um intenso uso do solo nas regiões tropicais que, juntamente com a concentração de chuvas em determinado período do ano, são causadores de erosão. O processo de erosão que mais se observa em ambientes tropicais é a erosão hídrica, definida por Farias (1984), como o processo de desagregação e transporte das partículas do solo pela ação das chuvas. A erosão hídrica é o tipo de erosão mais importante e preocupante no Brasil, pois desagrega e transporta o material erodido com grande facilidade, principalmente em regiões de clima úmido onde seus resultados são mais drásticos. A erosão hídrica pode ser de caráter linear e laminar. 14 De acordo com o geólogo Salomão (1999), entende-se por erosão linear, o resultado do fluxo superficial concentrado, removendo o solo e formando incisões na superfície do solo e; por erosão laminar, o resultado do escoamento difuso das águas das chuvas que promove a remoção progressiva e relativamente uniforme dos horizontes superficiais do solo. Em se tratando de atividades antrópicas relacionadas ao uso do solo, a remoção da vegetação natural através do desmatamento é a primeira etapa da ocupação de um território. A vegetação natural mantém na região um processo de erosão natural, atenuando a ação das chuvas no solo. Quando esta vegetação é removida pode se instalar na região um processo de erosão, uma vez que, as gotas de chuva ao impactarem um solo desprovido de vegetação desagregam partículas que, conforme seu tamanho são facilmente carregadas pela enxurrada. Usando o exemplo da agricultura, quando o agricultor se dá conta de que este processo está acontecendo, o solo já está improdutivo. Um processo de erosão é dito acelerado quando ele é mais rápido do que os processos de formação do solo, não permitindo que este se regenere. Dentre outros danos, a erosão causa assoreamento de cursos e corpos d’água, degradação do solo prejudicando a manutenção da fertilidade do solo, alterando a profundidade do solo e causando a perda do horizonte A, o qual contém a maior parte dos nutrientes para as plantas, a maioria da matéria orgânica e a melhor estrutura para o desenvolvimento das raízes. Deste modo, quando se fala em solos e erosão, têm-se alguns fatores determinantes da erosão do solo, os quais são classificados como extrínsecos e intrínsecos. I) Extrínsecos: • Naturais - chuva, vento e ondas • Ocasionais - cobertura e manejo do solo II) Intrínsecos: • Topografia - declividade e comprimento da rampa • Propriedades do solo 15 Fatores como chuva, vento e ondas citados acima, são considerados os principais causadores ou agravadores da erosão, todavia, os demais fatores não se devem ser desconsiderados. Alguns tipos de erosão do solo devem ser considerados, dentre eles: erosão pela água; erosão pelo vento, e erosão pelas ondas. Como conseqüências da erosão pela água têm-se, por exemplo: desgaste de forma uniforme o solo, afloramento de raízes de plantas perenes e decréscimo na colheita, desabamentos e queda de barrancos. Como exemplo de conseqüências da erosão pelas ondas pode- se citar o desagregamento de material das margens, permanecendo este suspenso, sendo depositado posteriormente no fundo dos rios, lagos, mares etc. Com relação ao vento, um dos principais danos causados pela erosão eólica é o enterramento de solos férteis; os materiais transportados mesmo de longas distâncias sedimentam-se recobrindo camadas férteis. 4.1 Medidas de controle e mitigação: Técnicas de geoprocessamento e tratamento de imagens também têm contribuído para o diagnóstico de degradação dos solos e têm se tornado instrumentos indispensáveis em estudos de análise integrada do meio físico. Essas técnicas têm contribuído para uma análise ambiental de maior eficácia, possibilitando a elaboração de diagnósticos aplicáveis a gestão e planejamento de bacias hidrográficas. Abacia hidrográfica é uma importante unidade para estudos geográficos em função da possibilidade de se fazer uma inter-relação entre os elementos da paisagem e os processos que atuam na sua esculturação, apresentando-se como uma unidade ideal para planejamento de uso de terra (Botelho, 199) Existem algumas soluções para mitigar a erosão. Algumas antigas como plantar espécies que cobrem o solo e geram grandes raízes como as árvores. Aplicação de águas residuárias para tratamento no solo. Os sistemas de tratamento natural de despejos líquidos aproveitam os processos químicos, físicos e biológicos que acontecem no solo. Eles incluem operações unitárias que são desenvolvidas em estações de tratamento tais como sedimentação, filtração, transferência de gases, adsorção, troca iônica precipitação, oxidação e redução, conversão e decomposição 16 biológicas junto com os processos naturais como fotossíntese, foto-oxidação e assimilação pelas plantas. 17 5 Principais Agentes Causais e Impactos da poluição do solo no meio Biótico Os solos funcionam como um alicerce da vida terrestre, sendo essencial à vida humana, pois deles retiramos parte da nossa alimentação e sobre eles, construímos as nossas habitações. Os solos e a biodiversidade estão ameaçados. Estima-se que a percentagem de extinção de espécies no planeta seja de mil a dez mil vezes superior ao considerado normal, e cerca de dois milhões de hectares do solo terrestre, uma área equivalente a 15% da superfície do Planeta, estejam degradados devido a atividades antrópicas. Segundo a pesquisadora Lúcia Cunha Ortiz, microorganismos presentes no solo como: bactérias, fungos, protozoários, rotíferos, nematóides, e macroorganismos como ácaros, colembolas, minhocas, formigas, cupins e coleópteros desempenham funções importantes nos ecossistemas, como o auxílio na ciclagem de nutrientes, na degradação da matéria orgânica, no controle biológico de patógenos, na agregação e estruturação do solo, e na fixação biológica de nitrogênio, entre outras. As atividades desses organismos são essenciais para a sustentabilidade dos ecossistemas, para produção agrícola e para a vida no planeta, pois eles podem servir como fornecedores de nutrientes. Dentre as substâncias responsáveis pela contaminação do solo, têm-se os Metais Pesados e os Compostos Orgânicos (BTEX + Hidrocarbonetos totais). Quase todos os metais presentes no ambiente são biogeoquimicamente ciclados desde a formação do planeta e, por isso, são de ocorrência natural. Entretanto, atividades antrópicas têm gerado acréscimos desses elementos no solo. Muitas dessas entradas provêm do descarte de resíduos, deposição atmosférica, uso de agroquímicos, ou mesmo reuso de resíduos urbanos e industriais. O crescente incremento de metais pesados nos diversos ecossistemas terrestres tem sido acompanhado pela preocupação com a disseminação desses elementos, em concentrações que podem comprometer a qualidade dos ecossistemas. Os metais pesados podem interagir de maneira diferente com os organismos, levando os seres vivos a disfunções mais simples ou também ocasionar graves danos que podem levar à morte. É importante lembrar que as concentrações 18 dos poluentes são magnificadas nos vegetais e animais, constituindo a chamada biomagnificação (bioconcentração ou bioacumulação). No que se refere aos compostos orgânicos, BTEX é um acronismo para benzeno, tolueno, etil-benzeno e xileno. Estes compostos são encontrados em produtos derivados de petróleo. O etil-benzeno é aditivo de gasolina e querosene de aviação. São ainda extensamente usados em processos e manufaturas. O benzeno é usado na produção de materiais sintéticos como borracha sintética, plásticos, nylon, inseticidas e tintas. O tolueno é usado como solvente e tintas, coberturas, colas, óleos e resinas. O etil-benzeno pode estar presente em tintas, vernizes, plásticos e pesticidas. O xileno é usado como solvente para plásticos, tintas, borracha, pesticidas e na indústria de couros. O termo BTEX, portanto, reflete que o benzeno, tolueno, etil-benzeno e xileno são freqüentemente encontrados juntos em sítios contaminados. Dentre as atividades antrópicas impactantes para o solo no âmbito biótico, pode-se citar: I) Os Processos de Industrialização e Urbanização: Os impactos ambientais nos solos são causados pela ocupação e/ou uso dos mesmos de maneira desordenada. De acordo com o Engenheiro Florestal Elias Silva, entende-se por atividades impactantes, as ações desenvolvidas no sentido de implantar e conduzir o empreendimento impactante, como por exemplo, processos de urbanização e industrialização. O efeito da urbanização sobre os ecossistemas tem provocado uma intensa degradação dos recursos naturais, sejam estes fornecedores de bens e serviços ou receptores finais de resíduos. II) Uso Excessivo de Adubos Sintéticos: Com o intuito de atender à crescente necessidade de alimentos, acarretada pelo crescimento populacional, a produção e o uso de adubos sintéticos, que normalmente contém impurezas que podem contaminar os solos, vêm sendo intensificados progressivamente. Para a produção desses adubos a indústria de fertilizantes retira elevadas quantidades de nitrogênio do ar e fosfato das rochas. 19 O emprego excessivo de fertilizantes gera um desequilíbrio ecológico. Os agentes decompositores não conseguem reciclá-la na mesma proporção em que são adicionados ao solo, provocando eutrofização, bem como alterações caracterizadas pelo decréscimo de matérias orgânicas e retenção de água. III) Uso de Praguicidas: Praguicidas ou defensivos agrícolas são substâncias venenosas utilizadas no combate às pragas, organismos considerados nocivos ao homem. Os principais praguicidas são: • Herbicidas: usados para matar ervas daninhas (parasitas); • Fungicidas: utilizados no combate de fungos parasitas; • Inseticidas: usados contra insetos; • Neumatócidos: que controlam nematócidos parasitas. Acontece que os defensivos químicos empregados no controle de pragas são muito pouco específicos, destruindo indiferentemente espécies nocivas e úteis. Outro problema reside no acúmulo ao longo das cadeias alimentares. Assim, por exemplo, as minhocas, alimentando- se de grandes quantidades de folhas mortas e ingerindo partículas do solo, acumulam no seu organismo grandes quantidades de inseticidas clorados; as aves que se alimentam de minhocas, como as galinhas, passam a ingerir altas concentrações de veneno. IV) Contaminação por Compostos Orgânicos A principal fonte de contaminação por compostos orgânicos é o vazamento de gasolina de tanques subterrâneos mal conservados ou mal manejados. Outras fontes e contaminação por BTEX são grandes pátios de armazenagem de derivados de petróleo, oleodutos com vazamentos ou oficinas mecânicas que manipulam derivados de petróleo. Uma vez solto no ambiente, o BTEX pode volatilizar, dissolver-se, adsorver às partículas de solo ou ser biologicamente degradado. A volatilização ocorre quando da evaporação dos compostos químicos permitindo que passem do estado líquido para o gasoso. A volatilização dos composto de BTEX 20 componentes da gasolina comumente ocorre no momento de se abastecer os automóveis nas bombas onde se percebe seu odor característico (cheiro de gasolina). Este fenômeno também pode ocorrer em bolsões e ar dentro do solo. O BTEX pode ainda se dissolver em água, permitindo sua movimentação até o lençol freático. Uma vez que o BTEX se adere ao solo, sua movimentação para o lençol freático é relativamente lenta. Se houver oxigênio em grande quantidade, o BTEX pode ser biologicamente degradado. 5.1 Impactos causados pela poluição do solo no meio Biótico I) Flora: • Diminuição das espécies vegetais; • Impossibilidade de efetuar a interligação de fragmentosflorestais. II) Fauna • Diminuição de oferta de abrigo e alimento à fauna; • Diminuição da sustentabilidade dos ecossistemas; • Diminuição da capacidade de sustentação da fauna silvestre; • Diminuição da diversidade da fauna silvestre; • Possibilidade de redução das populações faunísticas terrestres e ictiofaunísticas (Ex.: peixes que se alimentam de vegetais superiores como folhas, sementes e frutos de plantas aquáticas e terrestres) devido à contaminação da cadeia trófica; • Possibilidade do aumento das populações de animais nocivos ao homem, devido à criação de ambiente propício ao seu desenvolvimento. 5.2 Medidas de controle e mitigação Algumas medidas mitigadoras podem ser adotadas quando houver: I) Ocorrência da diminuição de espécies de vegetais. 21 • Transporte para viveiros; • Remoção para locais em que as espécies possam ser preservadas; • Aproveitamento do plantio em praças de recreação; II) Diminuição da oferta de alimentos à fauna. • Obrigar o empreendedor, por meio da Lei, à manutenção de área da vegetação primitiva, quando possível; • Criação de locais públicos destinados aos animais, considerando-se a espécie e seus hábitos. III) Redução e/ou extinção da população faunística terrestre e ictiofaunística devido à contaminação da cadeia trófica. • Promover a remoção da fauna existente para locais de preservação; • Criação de parques de visitação pública destinados a receber as espécies; • Devido recolhimento do lixo gerado pelas construções IV) Contaminação do solo por BTEX: Têm sido estabelecidos pela legislação, níveis aceitáveis de BTEX em água para consumo humano e solo. Estes níveis são chamados de "Níveis Máximos de Contaminação". Os níveis máximos considerados são absolutamente seguros garantindo proteção adequada para a saúde pública. A tabela 1 mostra os valores orientadores para o solo e água subterrânea no estado de São Paulo. Tabela 1 22 6 Principais Agentes Causais e Impactos da poluição do solo no meio Socioeconômico Além de prover uma plataforma para as atividades animais, inclusive para a sociedade humana, o solo tem como função primordial sustentar diversas formas de vida, tendo o cultivo de plantas como um exemplo muito importante. O solo pode também funcionar como um grande reservatório para resíduos, não apenas os naturais, mas também para aqueles, decorrentes de atividades humanas. Tal sistema, em condições naturais, tem uma capacidade de tamponamento, ou seja, capacidade de resistir à mudança muito grande em relação às ações externas. Entretanto, isto leva ao âmago do problema da poluição do solo: o uso inadequado desta reserva natural pode levar à situações onde esta capacidade “tampão” é excedida. A poluição, além de causar impactos nos meios físico e biótico do solo, causa impactos também no âmbito socioeconômico. Dentre as causas dos impactos socioeconômicos decorrentes da poluição do solo, pode-se citar: I) A modernização da Agricultura: Segundo Graziano da Silva (2000, p. 94), a modernização da agricultura, por exemplo, estabelece um novo padrão de desenvolvimento econômico, que provoca a exclusão do homem do campo da geração de emprego, diminuição de renda, entre outras questões, acarretando a desordem no espaço rural, decorrente da competitividade do capitalismo. O uso intensivo do solo, juntamente com a fragilidade econômica da região, conduz à dependência de mercados globalizados e à fragilidade social e, trazem como característica, a sazonalidade do emprego agrícola. Este rápido processo de modernização contribui para o êxodo rural e, consequentemente, para a concentração populacional nos centros urbanos mais industrializados. Assim, o aumento da pobreza no campo pode ser visto como resultado do processo de modernização, pois a expansão da grande propriedade com a mecanização e utilização de agroquímicos diminui a necessidade de mão-de- obra permanente. 23 II) A Aplicação de pesticidas em excesso no solo: Quando um excesso de pesticida é aplicado ao solo, pode tornar-se poluente. O acúmulo de pesticida no solo pode ocorrer, por ser aplicado em excesso nas plantas, ou devido à aplicações sucessivas de materiais que persistem no solo por longo tempo. O excesso de pesticida também pode diminuir a produção e a qualidade dos alimentos, e ainda, serem absorvidas em elevada quantidade, tornando as partes da planta a serem consumidas, impróprias para o uso humano. III) A utilização de águas impróprias na irrigação do solo: A água de irrigação de qualidade inferior, também pode causar sérios danos ao solo. Os excessos de sais, de sódio trocável e de elementos biologicamente tóxicos estão entre as principais causas do efeito deletério dessas águas. Podem ser naturalmente inferior, entretanto, existem casos em que, a causa da sua baixa qualidade advém de lançamento de resíduos urbanos e industriais nas bacias hidrográficas ou lagos. Água de irrigação de boa qualidade também pode causar problema de salinidade, em certas condições, se não se dispuser de uma drenagem adequada. O aproveitamento da vinhaça, resíduo da indústria de álcool, como fonte de potássio deve também ser bem controlado para evitar acúmulos de sais em geral e de potássio em particular, que poderá não só afetar a produção, mas a qualidade do produto. IV) A má disposição de resíduos no solo: Elementos metálicos ou de natureza não metálica podem ser depositados no solo através da aplicação de resíduos ou através da exaustão industrial, responsável pela poluição de ar, quando esses elementos alcançaram a superfície do solo. Esses elementos, quando em concentrações mais elevadas que certos limites específicos para cada um, poderão ser tóxicos às plantas ou acumularem-se nestas, entrando na cadeia alimentar e ocasionando danos aos animais e aos homens. Uma regra geral, para se emitir problemas sérios de contaminação que 24 pode ser adotada neste particular, é que a água própria para o consumo humano é uma água adequada para disposição no solo. V) Erosão do solo: A erosão é também um fator que causa sérios danos ao solo. Como consequência do arraste do solo, muitos dos sedimentos irão contribuir para o assoreamento de barragens, rios e lagos. Assim, a agricultura perde o seu suporte principal e as águas ganham sedimentos, ocasionando muitos problemas para a sociedade em geral. 6.1 Medidas de controle e mitigação: A adoção de práticas e medidas de controle da poluição do solo traz benefícios não apenas na melhoria da qualidade do ambiente, mas à preservação de recursos de vital importância. Algumas medidas podem ser adotadas para viabilizar tais melhorias, como: • A elaboração de Leis mais práticas e rigorosas que defendam as florestas, as matas e todo o tipo de patrimônio ambiental; • Campanhas educativas que alertem o perigo do uso dos agrotóxicos sem a indicação técnica de um agrônomo especializado; • Divulgação e uso de técnicas avançadas na agricultura como o controle biológico de pragas (técnica que utiliza outros animais que se alimentam daquele que é o agente da praga, sem prejudicar os vegetais e o solo); • Investimentos e melhorias nos projetos de irrigação; • Financiamentos para agricultura e para o homem do campo, dando-lhes condições para viver e se sustentar no campo; • Participação da população nas campanhas de reflorestamento; • Instalação de estações de tratamento e reciclagem de lixo; • Incentivo para as empresas privadas investirem na coleta do lixo reciclável; • Campanhas de conscientização da população para consumirem só o necessário, incentivo à reciclagem de lixo ou pelo menos cooperar com o trabalho de coleta. 25 7 Análise Sendo o solo a base de toda a natureza animal e vegetal, a conscientização aindaé muito primária, pois a grande população ainda não percebeu que todo o transtorno causado ao meio ambiente é decorrente da sua própria agressão a ele. Mesmo com toda informação da tecnologia, são raras as cidades que tiram proveito desse desenvolvimento a favor de sua população, ou seja, os governantes agem de acordo com o seu interesse político e de seu partido, os quais nomeiam dirigentes desqualificados tecnicamente para os cargos de suas secretarias. Todas as secretarias estão correlatas com, digamos, a principal que é a secretaria do Meio Ambiente, ou seja, as obras de instalação de novas indústrias, de novos empreendimentos imobiliários, de novas rodovias, de ferrovias, de hidrelétricas, de termoelétricas, as áreas de plantio, de pecuária, de pesca, de lixões, de aterros sanitários, de emissários submarinos, de estaleiros navais, de plataformas de petróleo, de refinarias e etc, tudo que requer um progresso social depende dessa interligação. Com a grande poluição causada por pesticidas, queimadas, vazamentos in natura, vazamentos químicos, logísticas inadequadas de diferentes matérias, armazenamentos impróprios entre outros, ocorrem impactos ambientais que acarretam danos, às vezes, irreversíveis à natureza, ao ecossistema e à sócioeconomia e, impossibilita o homem de enxergar essa sua relação de dependência com o meio natural, isso se daria se a educação e exemplos de cidadania estivessem permanentemente incluídos no plano familiar. Com a mudança permanente do solo acontecendo nas áreas rurais ou urbanas, as constantes lutas de conservação e recuperação do ecossistema por parte de ambientalistas, não deixarão de ser o principal objetivo para a qualidade de vida vegetal e animal, mesmo que o dragão do capitalismo vença-os. 26 Infelizmente, a grande pressão social de melhor qualidade de vida do mundo capitalista, está longe de ter qualquer tipo de inteligência futura, uma vez que, um homem egoísta é cego e omisso ao seu redor, apenas dando valor ao seu próprio umbigo. 27 8 Conclusão Sendo os impactos ambientais conseqüências dos efeitos, benéficos ou não, decorrentes de alterações exercidas pelo homem ou por ações naturais, a diminuição ou a neutralização desses malefícios à natureza, devem ter o mesmo avanço que o progresso tecnológico e científico, fazendo com que haja uma sinergia entre ambos para a preservação do espaço que queira se fazer uso. Os estudos ambientais são de extrema importância, pois avaliam os efeitos de toda e qualquer intervenção ao Meio Ambiente, seja público ou privado, pois sem eles as consequências podem ser irreversíveis, sendo os processos de proteção e recuperação das áreas impactadas, inviáveis ou até mesmo impossíveis. Assim como o solo, o ar e a água também são focos de preservação desses estudos, os quais fazem parte da regra ambiental do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA. A necessidade de exigência de EPIA (Estudo Prévio do Impacto Ambiental), de EIA (Estudo do Impacto Ambiental) e de RIMA (Relatório de impacto Ambiental) em projetos que necessitam de muitas mudanças na natureza e com grandes riscos de desastres irreversíveis (solo, água e ar), é para que seus impactos não sejam interpretados como “desastres naturais”, onde a própria natureza se encarrega de reagir, e de se recuperar sozinha. Quanto ao meio sócio-econômico, a sobrevivência humana depende do que o próprio homem faz com o seu habitat, seja pela falta de educação ou pela falta de conscientização, pois diferentemente da fauna e da flora, o homem é capaz de adaptar-se aos diferentes climas e/ou regiões onde ele possa explorar o seu sustento, não medindo as conseqüências de seus rastros deixados nas localidades por onde passou. Essa falta de planejamento e abuso da terra, faz com que umas regiões se tornem mais ricas que outras. 28 Então, todas as formas de poluição e todos os futuros danos à natureza são objetivos de estudos dos impactos ambientais, que visam sempre a Preservação do Meio Ambiente. 9 Referências Fernando Bastos de Ávila S. J. e outros – “Meio Ambiente – Conselho técnico” – Ed. CNC, RJ,1996. Renato Nalini – “Ética Ambiental – 2ª edição” – Ed. Milennium, SP, 2003. Ignez Vidigal Lopes e outros – “Gestão Ambiental no Brasil – 5ª edição” - Ed. Fundação Getúlio Vargas, RJ, 2002. 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