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Colonização África AULA nº 02 Prof. YAN SANTOS PROFESSOR AQUI Pensando criticamente a colonização da África e Américas O que vocês conhecem da História da África? Kilwa (atual Tanzania) - ruínas, destruída pelos portugueses, século XV 3 Kilwa - Great Mosque 4 África: um continente desconhecido! (?) “Trata-se de uma visão histórica ampla, factual e analítica, cobrindo as dimensões socioeconômicas, políticas e culturais do continente africano nos períodos pré-colonial, colonial e pós-colonial, com ênfase na África que ressurge com a descolonização, a menos estudada e conhecida” (VISENTINI, 2014, p. 11). Pensando criticamente a colonização da África e Américas África pré-colonial: ambiente Divisões geográficas: o planalto setentrional os planaltos central e meridional e as montanhas do leste. “Em geral, a altitude do continente aumenta de noroeste para sudeste [...] Outra característica peculiar é que boa parte dos rios africanos corre para o interior do continente, não atingindo o mar” (VISENTINI, 2014. p. 17). África pré-colonial: línguas África pré-colonial: línguas e religião “Na África são faladas mais de mil línguas diferentes, que são divididas em quatro famílias: as afro-asiáticas, as khoisan, as nígero-congolesas e as Nilo-saarianas. Além do árabe, as mais faladas são o suaíle e o huaçá. Há também várias línguas que pertencem a famílias de línguas não africanas, como o malgaxe, que é uma língua indonésia (malaia), e o afrikaaner (derivado do holandês, mas que se pode considerar uma língua “nativa”), pertencente à família das línguas indo-européias, assim como a maioria das línguas crioulas da África” (VISENTINI, 2014. p. 20). De qualquer modo, a religião dominante na África pré-colonial foi o animismo ou religião tradicional, apesar da islamização do continente a partir do século IX. O animismo consiste na crença em um único criador do universo que colocou um espírito em todas as coisas, sejam elas animadas ou não. Igualmente são cultuados os ancestrais, e se dá um valor particular à magia, notadamente a que cercam os ferreiros” (VISENTINI, 2014. p. 25-26); Organização social da África pré-colonial Organização social da África pré-colonial VILAREJO – unidade básica CHEFE – representante do povo Na África Negra Poder politico derivado de concepções religiosas e morais, não da posse de terras Fonte de recurso do Estado tradicional africano sempre foi baseada em um Sistema de taxas, extração, e dos bens provindos da Guerra. Com poucos trabalhadores e muita terra (pouco fértil), o Sistema se baseava na migração e no controle sobre os seres humanos, e não sobre os meios de produção. Organização social da África pré-colonial “Ou seja, a harmonia da sociedade tradicional africana era baseada nas crenças, na moral e no respeito à divisão do trabalho por conta do sistema de castas, bem como no entendimento de que o indivíduo tem sua função dentro da comunidade e da sociedade em geral” (VISENTINI, 2014. p. 28-29); Reinos Africanos para além do Egito Kush O primeiro império de Kush foi construído com o intuito de enfrentar os egípcios. O reino intermediava o mercado entre a África Subsaariana e as comunidades próximas ao mar Mediterrâneo. Ao que tudo indica, foi dominado pelo Império Axun, por volta do século IV. Axun “localizada no nordeste da África, atual Etiópia, Somália, parte do Sudão e Eritreia, entre os séculos I e V. O surgimento de Axun esteve ligado à sua localização privilegiada, próxima aos antigos núcleos urbanos cuxitas, egípcios e árabes” (p. 34): “A expansão de Axun permitiu-lhes assumir o controle de uma vasta extensão de terras cultiváveis até o Mar Vermelho, e a ocupar também uma posição intermediária no comércio marítimo do Índico, entre os impérios do Oriente (chineses, mongóis e hindus) e Império Romano, então em decadência” (VISENTINI, 2014. p. 35); Gana O antigo Reino de Gana foi provavelmente fundado durante os anos 300. Desde essa data até 770, seus governantes constituíram a Dinastia dos Magas, uma família berbere, apesar de o povo ser constituído por negros das tribos Soninque. Em 770, os Magas foram derrubados pelos Soninques, e o império expandiu-se amplamente sob o domínio de Kaya Maghan Sisse, que governou por volta de 790. A capital de Gana, Kumbi Saleh, tinha uma população com cerca de 15 mil pessoas, parte das quais muçulmanas, que participavam ativamente do comércio transaariano. A maior parte da população de Gana era agricultora. Entretanto, o reino enriqueceu graças à sua localização, no extremo sul da rota comercial do Saara. Os berberes Sanhaja aprenderam a utilizar o camelo, que foi introduzido da Ásia a partir do Egito, e estabeleceram uma rota saariana que ligava o Marrocos a Gana. No início, eles traziam sal e trocavam por ouro na base de um peso equivalente. A essa altura, o Reino de Gana passou a ser reconhecido como uma região extensamente rica em ouro. Gana atingiu o máximo de sua glória durante os anos 900 e atraiu a atenção dos árabes” (VISENTINI, 2014. p. 35); Mali O Império de Mali deu início ao seu desenvolvimento como um pequeno Estado chamado Kangaba. Em 1235, um guerreiro chamado Sundiata tornou-se soberano e fundou o império. Sundiata construiu uma nova capital em NIani e conquistou territórios ao sul, onde havia minas de ouro, e ao norte, em Tanghaza, onde existia muito sal, controlando, assim, todo o comércio transaariano. O império anexou as cidades de Timbuktu e Gao. Entre os anos de 1324 e 1326, Mansa Kankan Musa fez sua peregrinação a Meca, levando consigo aproximadamente 60 mil servos, 100 camelos e enorme quantidade de ouro, no valor aproximado de três milhões de libras. Como resultado de sua peregrinação, o Império Mali tornou-se conhecido por todo o mundo mediterrâneo, além de ter convertido a cidade de Timbuktu, em 1337, em um famoso centro de estudos islâmicos Axun “localizada no nordeste da África, atual Etiópia, Somália, parte do Sudão e Eritreia, entre os séculos I e V. O surgimento de Axun esteve ligado à sua localização privilegiada, próxima aos antigos núcleos urbanos cuxitas, egípcios e árabes” (p. 34): “A expansão de Axun permitiu-lhes assumir o controle de uma vasta extensão de terras cultiváveis até o Mar Vermelho, e a ocupar também uma posição intermediária no comércio marítimo do Índico, entre os impérios do Oriente (chineses, mongóis e hindus) e Império Romano, então em decadência” (VISENTINI, 2014. p. 35); Bibliografia básica VISENTINI, Paulo Fagundes; RIBEIRO, Luiz Dario T.; PEREIRA, Ana Lúcia D. História da África e dos africanos. 3ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
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